Fight For This Love escrita por Succubus


Capítulo 17
Capítulo 16 - Perseguição.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite?! Ou devemos dizer péssima noite?! Gente, pedimos SEIS comentários, com mais de 30 visitas no capítulo passado, e só CINCO comentaram, e hoje recém, conseguimos nosso 6º! Então finalmente vamos postar esse capítulo depois de TRÊS MESES!!!! Sim, três meses, não colaboraram, então não vamos colaborar também, sentimos muito, sabemos que isso é chato, muito chato, mas o que podemos fazer?!
Enfim, capítulo 16 postado, ele tem partes do livro sim, é um capítulo chato sim, sabemos, foi chato de escrevê-lo, chato de concluí-lo, mas é preciso, histórias são assim, nem sempre os capítulos são só alegria ou putaria.
Obs: não podemos esquecer das lindas que não nos deixaram na mão, desculpem, vocês não precisam ler isso, mas precisamos cobrar algumas coisas. Tivemos duas lindas recomendações, das incríveis lipsmango e Kinha, muito obrigada amores, vocês nos dão vontade de continuar com essa fanfic. Obrigada também as que comentaram, vocês são 10, e não merecem esperar tanto, e desejamos boas vindas as que chegaram agora. ♥

Succubus



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Voltamos do acampamento pela manhã e todos tivemos de entregar as redações e o kit que nos ajudou a realizar a tarefa. Patch se despediu de mim quando chegamos ao colégio dizendo que tinha umas coisas pra fazer e na cena seguinte já estava dirigindo com seu Jeep Commander para fora de lá. Eu sabia que ele não iria me dizer claramente o que ou onde ele estava indo, ele nunca me dizia nada apenas saia e me deixava falando sozinha, confusa e curiosa, eu gostava daquele mistério, mas eu não gostava de como ele nunca me contava nada e como ele sempre saia de repente.

Tudo bem que o nosso ponto forte nunca foi a conversa, afinal eu podia contar quantas conversas sérias nós tivemos até hoje e foram só uma ou duas vezes e nessas poucas conversas o contexto era sobre mim, nunca ele. Nós definitivamente nunca falamos sobre ele, a prova disso é que eu até hoje não sei absolutamente nada sobre Patch, ah não ser que ele tem um fraco por psicólogas. Eu realmente tinha uma infindável curiosidade sobre tudo nele, mas eu duvidava que se começasse a fazer um questionário ele me esclareceria qualquer coisa que fosse.

Dirigia a caminho da casa de Agatha, o que foi muito difícil de conseguir, já que o meu pai de repente estava com um senso moralista de ser um bom pai presente que se importa em passar o tempo com a filha em programas familiares e não, com certeza Jared Claflin não era esse tipo de pai. Já era noite pois só consegui a permissão para vir a casa de Agatha com a condição de passar o dia inteiro com meu pai no shopping, o que geralmente eu até gostava de fazer e confesso que foi divertido finalmente passar um tempo com ele mesmo que ele insistisse naquela ideia maluca de que eu estava namorando. Na verdade eu até acho que prefiro que seja assim, é melhor do que se ele descobrisse que a filha anda prestes a transar com um garoto ao qual ela não sabe praticamente nada e que decididamente nem é seu namorado. Acho que para o próprio bem dele, a versão de eu estar namorando é a melhor opção.

A noite estava fria e sinistra, haviam poucas estrelas no céu que estava tomado por diversas nuvens marrons que insinuavam uma chuva próxima. A rua Middlesex além de pouco frequentada e basicamente afastada da maioria dos pontos de comercio da cidade, também estava pouco iluminada nesta noite, o que me obrigava a prestar mais atenção na estrada, principalmente por causa da névoa que deixava a rua nublada.

No som, começou de repente a música de Lilly Allen Hard Out Here, música a qual Agatha sempre diz que é nossa, eu sorri lembrando de quando fazemos uma noite das meninas e escutamos nossas músicas. Perdi a atenção da estrada por um minuto para me concentrar no rádio e aumentar o volume dessa música e no minuto seguinte, quando voltei a dedicar minha atenção a estrada outra vez fui surpreendida por uma figura estranha, envolta em sombras, arregalei os olhos e apertei o volante com mais força e afundei o pé no freio desesperada, mas aterrorizantemente o carro parecia estar fora de meu controle e ao invés de recuar, o Audi Q7 ônix pareceu acelerar ainda mais e eu parecia estar correndo em uma velocidade absurda em direção aquela figura sinistra estática parecendo se aproximar cada vez mais de meu carro, mas na verdade, era o Audi que acelerava cada vez mais em sua direção, como se aquela figura fosse um imã o atraindo.

A medida que me aproximava mesmo contra minha vontade, eu passava a perceber cada vez mais detalhes naquele ser. Aparentemente parecia uma figura masculina, forte e corpulenta com braços e pernas avantajados que me pareciam estranhamente conhecidos em uma posição firme. Vestia um traje totalmente preto composto por uma blusa de mangas compridas, um colete estufado que parecia com um daqueles trajados por jogadores de hockey, uma calça de moletom igualmente negra com as bordas cobertas por botas pesadas de cano médio. O rosto era impossível de ser reconhecido visto que o estranho usava uma máscara de esqui preta que deixava a mostra apenas a região de seus olhos.

Girei o volante desesperadamente aos berros tentando conduzir o Audi em uma outra direção na tentativa de fugir daquela figura sinistra, mas para a minha terrível surpresa enquanto eu tentava enlouquecidamente desviar, ao observar pelo espelho retrovisor o lugar onde estaria a figura estranha o lugar estava vazio. Senti um estranho alívio por não voltar a vê-lo junto ao desespero recente. Mas no momento seguinte ouvi um som estridente e retumbante e então a figura apareceu novamente, dessa vez, sobre o capô do Audi e batendo com as mãos em punho contra o vidro, me fazendo soltar um grito estrondoso e tomar um enorme susto a ponto de hesitar batendo com a cabeça no banco. Senti-me tonta durante os primeiros momentos, mas o terror era o que se apossava completamente de mim, eu podia ver que ele além de extremamente forte era rápido e isso só me fazia temer ainda mais.

Ele pulou para fora do carro e usou as mãos aparentemente pesadas e fortes para segurar o para-choque e fincando os pés com força no chão, ele fez o Audi começar a desacelerar enquanto seus pés iam destruindo o asfalto e entortando o metal do carro, colocando-o levemente para dentro. Assim que o carro desacelerou, ele apareceu rapidamente em minha porta. Percebendo a velocidade reduzida do Audi, eu apertei ainda mais as mãos contra o volante as fazendo empalidecer ainda mais e com elas ainda trêmulas, eu tentei conduzir o veículo para o lado direito da rua novamente, mandando o carro para cima dele.

Não houve tempo para que eu pelo menos criasse esperanças em conseguir deter o esquiador já que em seguida que eu reagi tentando concentrar-me na estrada e no volante, um barulho rangiu ensurdecedor e explosivo, era algo além do da derrapada dos pneus no cimento, era um ranger metálico estridente que faziam meus dentes doerem e quando eu olhei para o lado em direção a porta mais uma vez eu notei ela dobrando-se, percebi o motivo daquele som e tremi de pavor. O esquiador estava arrancando minha porta.

Gritei ainda mais alto apavorada, e esmaguei o pé contra o acelerador, puxando a marcha com força e apertando tão forte o volante que parecia que se pudesse, eu iria quebrá-lo. O carro passou a correr em uma velocidade tremenda outra vez que me fazia enxergar as imagens alterar-se depressa de um jeito embaçado com as imagens misturando-se umas as outras. Uma explosão estilhaçante de vidro surgiu com ele socando a janela e me segurando forte pelo pescoço com um movimento estrangulador e sufocante.

Abri a boca tentando respirar com dificuldade, tentei gritar mas minha voz não saía sendo abafada, meus olhos começavam a ficar frenéticos enquanto eu liberei uma das mãos da direção e segurei seu pulso com o máximo de minha força embora tremesse. Cravava as unhas em sua pele tentando fazê-lo recuar, sem sucesso. Neste exato momento, o esquiador adentrou com a cabeça para dentro do Audi e ergueu o rosto na altura do meu me permitindo pela primeira vez encará-lo diretamente. A maior parte do rosto coberta pela máscara, mas seus olhos fixaram-se aos meus e eu estranhamente, parecia reconhecer aqueles olhos azuis que me aparentavam ser familiares. Seus olhos eram realmente azuis, claros e fascinantes como o mar, mas ao mesmo tempo tão enigmáticos, fitavam os meus de uma maneira firme e doentia fazendo minha pele se arrepiar e meu corpo estremecer.

Tão intrigada sobre aquele par de olhos azuis eu acabei esquecendo de dar a devida atenção ao volante e percebi isso assim que o carro moveu-se tão rápida e desordenadamente que eu senti meu estômago embrulhar enquanto lutava com dificuldades para ganhar ar com minha garganta sendo esmagada. Esqueci de que meu pé ainda afundava no acelerador mas sem ter mais forças para conduzir o volante, eu senti que era o fim da linha para mim. Não havia como comandar o carro e ainda tentar me livrar do esquiador, então eu parecia estar vendo, através dos olhos dele, a chegada da minha própria morte. Sim, eu sentia que estava no caminho para ela, se não por falta de oxigênio, por um acidente de carro fatal.

Quando já me encontrava sem forças para lutar, minhas mãos deslizaram soltas e leves sobre seu pulso, meus olhos começavam a fechar-se lentamente a medida que minha garganta seca não encontrava mais ar algum, e eu estava rendida, preparada para desistir e aceitar meu destino fatal. Mas, antes que meus olhos se fechassem completamente, um estrondo impactante e ruidoso, com o barulho alternando entre metal estraçalhado contra o concreto se despeçando que fora causado por uma batida incrivelmente rápida e sólida que provocou um tremendo solavanco, fazendo o carro recuar para trás abruptamente e o esquiador ser arremessado longe pelo movimento, voando para longe do Audi e desaparecendo de meu campo de visão.

O caco de minha cabeça bateu com uma força enorme contra o banco duro e ali ficou enquanto eu lutava desesperadamente em busca de oxigênio. Meus olhos se arregalaram outra vez e meu peito subia e descia enquanto eu arfava com a respiração ainda entrecortada e oscilante e a garganta ardendo com uma dor irrelevante devido ao tempo que fora apertada com uma força extraordinária.

Segurei o volante estremecendo, me obrigando a dirigir o mais rápido que conseguia. Apertei o pé contra o acelerador com o resto de força que me restava, dando a marcha e arrancando com o carro em direção a estrada em minha frente, dirigindo outra vez a caminho da casa de Agatha. Durante o trajeto olhava de um em um minuto para o retrovisor, me certificando de que o esquiador não estava me seguindo outra vez, sem desviar a atenção do capô do Audi, rezando para que ele não reaparecesse sobre o mesmo, mas finalmente ele não apareceu.

Vinte minutos depois eu estava estacionando com o que sobrou do carro, em frente a casa de Agatha, a mansão dos Kamelot seria tão linda quanto assustadora á noite, se não estivesse completamente iluminada e vibrando ao som de Drunk In Love da cantora Beyoncé, era assim que eu sabia que ela estava mesmo sozinha em casa. A parte boa é que eu não teria de lidar com pais me achando uma louca por chegar no estado em que iria chegar, e também não teria de lidar com uma situação constrangedora de aparecer no momento em que ela estivesse com o Dudu.

Puxei o freio de mão e desliguei o carro, descendo correndo sem me preocupar em fechar a porta, porque não havia mais uma. Corri pelo asfalto em direção a entrada da casa, tocando a campainha freneticamente, desesperada ainda vigiando com o olhar perturbado por todos os lados, certificando-me de que o esquiador já não mais me perseguia. Não demorou para que ela surgisse abrindo a porta espantada, me encarando com certo tom de preocupação.

— Ashley, o que você... — começou ela parecendo surpresa.

Antes que ela conseguisse concluir a frase eu invadi, passando por ela e entrando para dentro da casa caminhando com passos rápidos ainda com a respiração oscilante e um olhar louco, ainda sentindo a adrenalina do recente acidente pelo qual passara.

— Ash, você está bem? — perguntou Agatha fechando a porta devagar e me lançando ainda mais preocupação.

— E-eu... — comecei tentando me controlar. — Eu acho que... Atropelei alguém, ou algo... — foi a melhor desculpa que consegui para não parecer uma louca antes de ela dar uma olhada no Audi.

— Você o quê? Ai meu Deus! — Agatha arregalou os olhos apavorada, abrindo a porta em um puxão e saindo desesperada em direção ao Audi, parando em frente ao carro e inspecionando-o temerosa.

Deixei a casa também indo em sua direção e parando ao seu lado, tendo uma terrível surpresa. Enquanto Agatha contornava o carro procurando por vestígios de o que eu poderia ter atropelado, eu apenas observei o veículo de queixo caído, incrédula, eu não podia acreditar no que via. O Audi estava intacto. Exatamente como quando sai com ele de casa, sem nenhum arranhão, com aparência de novo, era como se nada tivesse acontecido, era como se o carro nunca tivesse sofrido nenhum acidente, como se nenhum esquiado maluco tivesse desabado sobre o capô e quebrado os vidros e a porta, nem amassado o para-choque, era como se... O acidente nunca tivesse acontecido.

— Ash, não tem nada aqui, se tivesse atropelado, teria pelo menos algum arranhão, ou algum amasso, mas o seu carro está melhor que o meu! O que aconteceu? — concluiu Agatha desconfiada, de repente sem nada entender, eu não estava melhor do que ela.

— Ah... É... Eu devo ter me assustado com alguma coisa então, estava distraída. — menti tão confusa quanto ela.

Eu não podia dizer nada a Agatha, sabia que ela não acreditaria em mim, quando nem eu mesma conseguia continuar acreditando que aquilo fora real, mesmo quando eu presenciara a cena, e sentirá todo o terror, o medo e a dor, de ser sufocada pelo homem com a mascara de esqui.

— FFTL —

Após passar o resto da noite conversando bobagens, comendo besteiras e olhando filmes com Agatha, tudo isso entre muitas risadas, nós deitamos razoavelmente cedo, pois amanhã teríamos de retornar ao Elementary e a nossa rotina de sempre. Estávamos deitadas depois de um longo papo, prontas para finalmente dormir e acordar bem cedo amanhã.

— Boa noite Patchconda! — brincou Agatha me cutucando, e me empurrando mais para a beirada da cama de casal, soltando uma risada sem vergonha.

— Argh. Boa noite Duduconda! — devolvi erguendo a sobrancelha com ironia.

— Saudades Duduconda, saudades. — suspirou ela fazendo um beicinho, tristemente.

— Ai meu Deus! Estou deitada nessa cama, ai que nojo! — lembrei-me fazendo uma expressão enojada e estremecendo freneticamente.

— Ih querida, essa cama, coitada, já viu de tudo. — devolveu Agatha soltando uma risadinha incriminadora.

— Você é nojenta Agatha, vou dormir depois dessa. — disse entre risos sem conseguir me conter.

Virei-me para o lado oposto ao dela, fechei os olhos concentrando-me nos pensamentos refletindo sobre o dia de hoje, pensei naquela acidente, diretamente lembrei-me de como o Audi ficará incapacitado após o ataque do esquiador e de como quando Agatha fora verifica-lo e eu a segui, o carro parecia recém ter saído da loja. Tentei raciocinar em alguma explicação, afinal haveria de ter alguma lógica, o carro não podia ter simplesmente se reconstruído sozinho, e eu não acreditava em que aquele ataque havia sido apenas uma ilusão de minha cabeça. Isso não fazia sentido, eu não podia estar enlouquecendo, afinal que tipo de pessoa fantasia um acidente ao qual quase perde sua vida? Eu não era esse tipo de pessoa.

Além do mais o jeito como minha garganta ardia, doendo vigorosamente, pela pressão com a qual fora esmagada. Eu não poderia ter imaginado aquela dor, ela fora real o suficiente para ainda se fazer lembrar até agora, quando eu ainda sentia minha garganta pulsar devido ao efeito da força com que fora pressionada. Ergui a mão tocando naquela região outra vez, sentindo dificuldade em engolir a saliva junto a aquela dor incomoda. Tentei relembrar a visão do agressor, seria ótimo se ele não usasse aquela maldita máscara de esqui enorme e amedrontadora, que me fazia tremer só de pensar, mas havia um detalhe. Quando ele ergueu a cabeça em minha direção olhando diretamente em meus olhos, eu pude ver nitidamente o azul vivo e brilhante de seus olhos, encarei diretamente naquela vastidão azul-mar e estranhamente senti como se fosse familiar aquele par de olhos, era como se eu já os tivesse contemplado muitas vezes.

Tentei associar características as quais eu relembrava aos olhos do esquiador. Eu lembrava de que suas orbes eram de um azul enigmático e misterioso, porém se eu fosse associar os olhos a imagem de alguém que não fosse um assassino querendo me matar, então aqueles olhos seriam bem atrativos, eram como se fosse o azul do mar e é claro que qualquer garota adoraria mergulhar na vastidão daquele azul, tenho a impressão de que eu bem que gostaria de me afogar naqueles olhos... A reação foi imediata, de repente eu parecia lembrar perfeitamente de onde já havia visto aquele par de olhos azuis.

— Patch... — sussurrei pensando em como havia sido idiota o bastante para não pensar que ele era a pessoa que tinha os olhos com essa descrição, os olhos de Patch foram a primeira coisa a qual marcaram em minha visão, o quanto eu adorei suas vistas quando as vi.

Além do mais, a descrição da aparência física do agressor ironicamente batia perfeitamente com a do perfil de Patch, alto, pernas e braços avantajados, corpulento e com um ótimo físico. Patch tinha exatamente essas características se eu fosse descreve-lo, porém o fato era que eu não queria acreditar quando percebi a semelhança, tinha que haver outra explicação, eu não conseguia acreditar que Patch me atacaria na estrada até porque não tinha sentido, ele não tinha porque fazer uma coisa dessas. Ao contrário ele dizia que era afim de mim, e me fazia acreditar, então por que de repente ele ia querer me perseguir e me machucar? Isso era o que o meu coração me dizia. Mas claro, a minha mente se manifestou me interrogando: Sim, mas o que você sabe sobre ele mesmo?

Tentei procurar por uma resposta, além de que ele era muito tarado, irônico e convencido, eu não sabia mais nada sobre ele, nada além de que gostava de praticar esportes radicais como por exemplo motocross, ou também os mais simples, como sinuca, mas também sabia que fora me irritar seu esporte preferido deveria ser sexo. Mas pensando bem, eu nunca havia parado para cogitar os motivos pelos quais ele se aproximou de mim, logo de mim. Quer dizer, um cara como ele era o tipo perfeito de qualquer garota da escola e após conhecer Patch, eu comprovei que ele pode conquistar qualquer garota que quiser, e no Elementary garotas mais interessantes do que eu não faltam, Agatha e Renata por exemplo sempre foram bem disputadas no colégio, os garotos sempre fizeram fila para ficarem com elas, enquanto que nenhum garoto de lá se interessou por mim. Por que com Patch seria diferente? Principalmente sendo Patch, assim que chegou ele recebeu a atenção imediata de todas as meninas da escola, então por que com tantas outras muito melhores, ele se interessaria por mim? A menos é claro, que ele não estivesse realmente interessado em mim, talvez ele tenha tido um motivo especial para se aproximar de mim.

Normalmente eu poderia considerar que esses são pensamentos paranoicos, mas se levar em conta todas as vezes em que ele apareceu de repente em lugares em que eu estava, ou como ele sempre está por perto, ou como ele parece que está me seguindo, ou como além de saber tudo sobre minha vida, eu não sei nada sobre a dele, e ele não tem a mínima vontade de me dizer nada, além do mais, pensando bem, ele sempre some misteriosamente, sempre tem alguma coisa muito importante e que eu não posso saber para fazer. Nunca havia parado para pensar sobre isso, porém agora que fiz é estranho como tudo se encaixa, e como por mais que eu não queira admitir preferia não saber, pois infelizmente agora ficaria mais difícil de me afastar dele, mas eu tinha que fazer, se reunindo todos os fatores e se eu estivesse certa, Patch é perigoso. E se ele for realmente o cara com a máscara de esqui, então ele é muito perigoso, e mais que isso, além de minha vida estar em perigo eu não sabia mais o que estava, principalmente quando ele conseguiu fazer parecer que o acidente não aconteceu de uma maneira estranha e misteriosa que enganou até a Agatha, mas a mim não. E eu pretendia esclarecer essa história.

— FFTL —

Estávamos em sala, na aula de biologia nosso primeiro período de segunda-feira, e como sempre Patch chegou atrasado o que já não me surpreendia mais, e nem a senhorita Masterson pelo visto, pois dessa vez ela não disse nada para ele, então ele se dirigiu a seu lugar ao meu lado, a senhorita Masterson havia acabado de passar uns exercícios para que fizéssemos em sala. Eu havia acabado de começar a realizar as tarefas quando Patch sentou ao meu lado, ele jogou a mochila sobre a classe e atirou-se sobre a cadeira inclinando-se me minha direção e dando um beijo em minha cabeça, o que me fez estremecer, depois da minha reflexão de ontem qualquer proximidade com Patch me deixava assustada, ainda que fosse muito tentador.

— Bom dia, anjo. — cumprimentou-me ele.

— Oi. — respondi continuando a realizar a tarefa em meu caderno.

— Como foi a noite das meninas? — perguntou ele.

— Ótima. — disse enfim olhando para ele irônica. — E a sua noite? Como foi?

— Não tinha meninas. — ele sorriu ironicamente. — De qualquer maneira, aposto que não foi tão interessante quanto a sua.

— E por que você diz isso? — perguntei friamente.

— Isso é um interrogatório?

— Ah sim, eu me esqueci que você não responde as minhas perguntas. — disparei revirando os olhos.

— Pensei que nós já tínhamos resolvido isso. — disse ele dando de ombros.

— Nós nunca resolvemos nada, Patch. — rebati fechando a cara.

— Eu sei de uma coisa que nós íamos resolver sábado. — devolveu ele com um sorriso incriminador.

— Mas para variar nós não resolvemos, então não conta.— contrariei com expressão carrancuda.

— Você fica linda quando está mau-humorada.

— Afinal, o que você fez ontem á noite? — perguntei cuspindo ás palavras.

— Por que está interessada? — perguntou ele com um tom evasivo.

— Você devia estar fazendo uma coisa muito errada para ficar evitando o assunto. — insinuei desconfiada, tentando instiga-lo a me responder.

— E o que seria uma coisa muito errada? — perguntou com um sorriso travesso.

— Me diga você. — instiguei arqueando a sobrancelha.

— Bom, tem várias coisas muito erradas que eu quero fazer com você. — sugeriu ele com a expressão travessa.

— Não muda de assunto. — exigi tentando não me concentrar na parte de mim que gostou daquela resposta.

— Eu não estou mudando.

— É impossível ter uma conversa civilizada com você Patch, cansei. — disparei indignada virando-me e prestando a atenção nos deveres de biologia novamente.

— Você está brava comigo, anjo?! — deduziu ele com um sorriso irônico. — E eu que pensei que nós estávamos bem depois de sábado.

— Vai se ferrar. — esbravejei mau-humorada.

— Já vi que está. — ele se inclinou mais em minha direção e eu senti que seus olhos me encaravam atentamente e tive medo de encara-los outra vez, após o ataque de ontem a noite. — O que eu fiz dessa vez?

— Você não responde as minhas perguntas, e quer que eu fique feliz?! O que tanto esconde de mim? — disparei bufando, encarando-o outra vez, olhando profundamente em seus olhos. Estremeci, eles eram realmente iguais ao do esquiador.

— Por que está tão interessada em saber sobre mim? Não era você que não gostava de mim, então por que está tão curiosa agora? — respondeu revidando perguntas outra vez, e eu não conseguia decifrar o que havia por traz de sua expressão.

— E não era isso que você queria? Que eu ficasse interessada em você? E agora não se presta nem para me responder. — devolvi mantendo a postura firme, irredutível.

— Então quer dizer que está interessada em mim? — insinuou ele com um sorriso largo. — Tudo bem, o que exatamente quer saber sobre mim?

— Digamos que sim. — respondi com relutância. — Andou me perseguindo ontem á noite?


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Notas finais do capítulo

E então, o que fazer com vocês? Meta do capítulo infelizmente vai voltar para cinco, porque levou três meses para levar seis! Queríamos saber de uma coisa, a história esta chata? Tem alguma coisa que vocês não estão gostando? Tá ficando massante? Tá ruim? Gente, nós não somos adivinhas, precisamos que vocês nos digam se tá ruim, se não querem falar pelos comentários, venham por mensagens privadas. Vocês que dão o rumo para essa fanfic, vocês que sabem se está ao agrado ou não, mas vocês também precisam colaborar, detestamos fazer isso, mas também não gostamos de ficar no escuro, sem saber o que tem que mudar, sem uma luz, nos ajudem, obrigada, de nada. ♥

Succubus



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