Fight For This Love escrita por Succubus


Capítulo 14
Capítulo 13 - Você quer?


Notas iniciais do capítulo

Hello leitoress! Quanto tempo sem postar nada, trágico, trágico! Mês de outubro foi muito corrido, então nem terminar um capítulo apenas nós conseguimos! Gostaríamos de pedir mil desculpas por toda essa bagunça e atraso, esse capítulo é grande e demoramos para conseguir fechar, e outro fator que atrasou foi o caso do Nyah que estava em manutenção, como todos vocês devem saber, então por isso também o cap não veio mais cedo. Enfim, boa leitura, e nos vemos lá embaixo. ♥

Trilha Sonora:
Parte I: http://www.youtube.com/watch?v=EUAmgkDqxTk
Parte II: http://www.youtube.com/watch?v=3QhCjf51RfE
Parte III: http://www.youtube.com/watch?v=3RLwuDQSkDI

Succubus



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Parte I:

Essa semana passou rápido e já estávamos na sexta-feira. Não houve nada de novo, nenhuma novidade mesma, a semana foi correndo normalmente, tive a maldita consulta com a psicologa na quinta-feira e aquela entrometida ficou querendo saber de tudo o que já aconteceu e que acontece comigo, e ainda queria saber a minha opinião sobre esses tipos de coisas. Também reforçou a recomendação para que me afastasse de Patch, assim como quase todo mundo fazia, com exceção das garotas, mas eu não tinha intenção nenhuma de me afastar dele. Embora eu esteja tendo uma grande dificuldade em olhar para ele sem ficar vermelha, já que houve aquele acontecido no meu quarto terça-feira, ou melhor, não ter acontecido. Eu ainda fiquei com cara feia para Agatha durante alguns dias. Mas hoje era sexta-feira, como eu estava de castigo decidi que só iria para casa no sábado e Agatha e Renata decidiram me acompanhar ficando no colégio.

Nós estávamos no quarto e cada uma tinha um a fazer, Agatha estava teclando com Dudu no notebook, o que não era nenhuma novidade. Renata estava tomando banho e recém sairá e se secava enquanto conversa conosco. E eu, estava lendo um dos vários romances do Nicholas Sparks, Um Pouco Seguro. Um livro que eu particularmente considero muito interessante e estava prestando realmente atenção, por isso cada vez que as garotas falavam comigo as respostas eram: Aham, é, hum, sim, não, talvez. E essa era a minha brilhante programação para sexta-feira, passar a noite inteira olhando filmes melosos com as garotas, comer porcarias, ficar gorda. Ah, esqueci de falar sobre ter de aturar um grande mau-humor vindo da Agatha, ela geralmente ficava assim quando não iria transar com Dudu.

— ... O que você acha, Ash? — Renata parecia esperar a minha opinião sentada na cama ao lado de Agatha.

— Aham. — respondi sem prestar atenção no que ela havia dito.

— Você escutou o que eu falei?

— Não sei. — continuei vidrada em meu livro, que tomava toda a minha atenção.

— Sabia que eu vou transar com o Dudu sem camisinha? — ouvi a voz de Agatha soando como uma ironia, pude notar que ela estava me encarando.

— Sim. — continuei passando os olhos pelas páginas dos livros.

— Ah, deixa ela para lá. — escutei a voz de Renata e senti que seu olhar voltou-se para notebook, saindo de cima de mim. — Êi Agatha, você já viu o vídeo pornô que o Patch postou na internet?

— É, vi sim, e você viu aquela Patchconda? Que isso menina, já estou me atirando aos seus pés. — escutei a voz de Agatha animada. — Brincaria com ela toda a noite.

— O quê? Patch o quê?! — eu saltei da cama sentando-me depressa e deixando o livro de lado, boquiaberta.

— Ah, Patch ela escuta, não é. — Renata me olhou rindo e me jogou um travesseiro. — Você não passa de uma patchorra.

— Patchconda. Vai me dizer agora que você não entendeu o porque disso. — Agatha me encarou incrédula.

— Não. — respondi fazendo uma expressão desacreditada.

— Renata, essa mina tá me irritando, ela tá me irritando! — Agatha disse entredentes lançando seu olhar para Renata.

— Vocês não estavam falando sério quando disseram que...

— Ah, vai se foder! — me interrompeu Agatha me fuzilando com o olhar.

— Porra Ash, você acredita em tudo o que a gente fala, ás vezes é brincadeira. — Renata apoiou a mão na cabeça e balançou a mesma em negação.

— Nem tudo, Patchconda é de verdade porém eu não vi, mas bem que eu queria. — Agatha disse erguendo a cabeça para o teto pensativa.

— É né. — Renata imitou sua expressão. — Hm... — ela suspirou com um sorriso sedutor mordendo o lábio.

— Meninas! Vocês só pensam nisso, nunca vi.

— É, mas não era a gente que estava dando o rabo em cima dessa cama aí. — Renata retrucou, rindo.

— Mas bem que queriam que fosse. — disparei.

— Tá aí uma verdade. — confirmou Agatha bem na cara dura.

— Sua...

Antes que pudesse responder fui interrompida por um barulho de uma buzina soando duas vezes, o som vinha do lado de fora não muito longe da janela do quarto, pensamos todas que fosse Dudu que provavelmente não aguentou a saudade de Agatha. Esses dois são mesmo inseparáveis.

Agatha correu para a janela toda empolgada, chegando nela a abriu com um movimento rápido, enfiou a cabeça para fora com uma animação contagiante. Mas segundos depois ela retornou depressa para o quarto, com uma expressão confusa e um olhar intrigante.

— Não é o Dudu, não conheço aquele carro.

— Ai meu Deus, tem certeza? — Renata correu para sua cama que era próxima a janela, sentando-se na ponta e dando uma espiada, meio que se escondendo, para tentar enxergar quem era.

Comecei a ficar nervosa, se não era um carro conhecido de Agatha e principalmente não era Dudu, então quem poderia ser?

— É óbvio que tenho. — Agatha respondeu rápido.

— Eu não conheço esse carro. — Renata concluiu ainda observando a janela.

Antes que eu me movimentasse para ver a janela, escutei o sinal de meu Iphone que estava na mesinha de cabeceira da cama, todas nós nos olhamos trocando olhares confusos. Agatha voou para cima da minha mesinha antes que eu pudesse protestar, ela abriu um sorriso enorme e foi caminhando pelo quarto devagar, Renata seguiu tentando enxergar a tela, as duas abriram sorriso condescendentes.

— Olha, mensagem do Patch. — Agatha anunciou ainda vidrada na tela. — E da Patchconda.

— Me devolve isso! — exclamei saltando da cama e indo para cima delas, na tentativa de recuperar meu Iphone. Elas começaram a andar para trás me impedindo de alcançar o aparelho.

— Saia na janela, anjo. — Agatha leu com o sorriso enorme.

— Agatha existe uma coisa nova chamada privacidade, conhece?! E... espera, o quê? — disse balançando a cabeça incrédula.

— O que você ouviu, vai logo para aquela merda. — Renata apontou para a janela sorrindo com empolgação.

Caminhei para a janela ainda confusa e pensei por alguns instantes antes de ultrapassar o vidro, apoiando as mãos na base inferior. Fiquei olhando para o carro lá fora, esse seria o carro de Patch? Ouviu-se outro som vindo de meu Iphone, uma nova mensagem.

— Uh. — Agatha soltou um som, empolgada. — Tem vinte minutos para descer. — ela leu instintiva.

— Como? Desculpe, será que eu perdi alguma coisa? — perguntei voltando para dentro ainda mais confusa.

— É para você descer logo, o que você não entendeu? — Renata me observou irônica.

— O que eu não entendi é que se ele acha mesmo que eu vou fazer isso, de novo. — disse cruzando os braços mantendo uma postura firme.

— Então você é burra, porque eu, a Renata, ele, você e todo o Elementary sabe que sim, você vai fazer. — Agatha lançou seu olhar para mim, bastante convincente.

— É, e agora você tem menos três minutos! — Renata me avisou olhando a hora em meu Iphone.

— E se eu não descer em vinte minutos? Ele vai fazer o que? E o que vocês vão fazer? Sabem que não podem me obrigar.

— Você faz o que você quiser, nós todos sabemos que o que você quer é descer lá, agora se você é idiota o bastante para não ir por causa do seu orgulho, problema seu. — Renata cuspiu as palavras jogando-se em sua cama e ficando atoa.

— Isso não é uma questão de orgulho Renata, você não vê isso? E pelo visto você também não, Agatha. Eu já fugi uma vez desse colégio, e pensei que ninguém descobriria mas me enganei e levei uma boa suspensão por causa disso, então não, isso não se trata de orgulho. — relembrei a elas indignada. Como elas podiam querer que eu repetisse aquela burrada para acabar na sala do John de novo? Será que elas não percebem que eu já recebi uma punição por isso?

— Agatha, pergunta para o Patch se eu posso ir no lugar dela. — Renata direcionou o olhar para Agatha com a expressão cansada. — Porque por favor, ficar nesse colégio na sexta-feira á noite tendo coisa melhor para fazer é burrice.

— Eu não estou reclamando, e também não pedi para vocês ficarem, para mim tá muito bom assim, quieta no meu canto, sem nenhuma confusão ou perigo de me ferrar futuramente. — disse envolvendo-me os braços e caminhando devagar pelo quarto.

— Certo, então fala isso para ele. — Agatha disse me jogando o Iphone. — Mas fala agora, e fala você, eu não vou mandar nada disso, porque eu sei que você quer ir, só está com medo, como sempre, das consequências, só está pensando nas malditas regras que você acha que deve seguir o tempo todo. Você sabe que não é assim Ash, que não precisa ser, e o único momento que você não é, é quando está com ele e isso com certeza vale a pena.

Fiquei por um momento a observando, pensativa. Haviam muitas consequências, e haviam grandes chances de o John descobrir novamente, tinam possibilidades de eu ir para na sala dele novamente, mas também tinha a parte de mim que concordava com Agatha e que sabia que ela estava certa, no fundo eu queria ir e estava mesmo com medo, mesmo que me custasse admitir isso. Era verdade. E as únicas vezes em que eu cometia deslizes era quando Patch estava presente, eu não me orgulhava disso, afinal isso não era uma coisa boa, mas ainda sim eu iria sair com ele está noite.

O que você está tramando hoje?

Mandei a mensagem desistindo de lutar contra minha vontade de ir lá. Passaram-se alguns segundos antes de chegar uma mensagem em resposta vinda de Patch.

Apenas coloque a roupa mais curta que você tiver e desça.

Foi o que ele respondeu, me deixando ainda mais curiosa, onde será que ele pretendia se perder comigo essa noite?

E por que eu faria isso?

Depois de enviar a mensagem eu corri para meu guarda-roupa, abrindo-o depressa e procurando por as peças mais curtas que existissem ali, de preferência as mais bonitas que tiver.

Confie em mim, você vai fazer isso.

Sorri com a mensagem, e acabei escolhendo um look que se encaixava na descrição que Patch me passara. Ainda bem que eu já havia tomado banho se não perderia mais tempo, me vesti depressa e corri para a penteadeira fazendo uma maquiagem e arrumando meus cabelos, me levantei e fui para a sapateira, após alguns minutos escolhi um sapato que ficasse bem, de acordo com a roupa.

— Como estou? — perguntei me virando para as meninas fazendo pose.

— Não é mais fácil ir só de sutiã e calcinha? — Agatha ironizou sorrindo.

— É, vai de lingerie logo. — Renata concordou sorrindo, maliciosa. — Onde vocês vão? Num bordel?

— Calem a boca! Eu não sei onde vamos, só sei que ele disse que era pra ir com uma roupa curta. — expliquei me virando para o espelho e me observando nele.

— Foda-se, vai de uma vez. — Renata me apontou a janela com a mão no quadril. — Boa sorte, você vai precisar.

— Vai lá e arrasa com a Patchconda. — Agatha brincou com uma expressão de safada.

— Obrigada pelos conselhos, agora tchau. — agradeci sorrindo.

Fui para a janela e sai devagar, me apoiando na janela e na árvore, fui escalando a mesma até chegar ao chão e então desci, passei as mãos na roupa para tirar a sujeira e então fui em direção ao carro que estava estacionado na esquina. O modelo era de um Jeep de cor preta. Muito bonito.

Abri a porta do carona e entrei me acomodando depressa no banco e fechando a porta. Virei o rosto para Patch e sorri.

— Carro novo? — induzi arqueando uma sobrancelha. — Gostei, muito bonito.

— É um Jeep Commander, ganhei em um jogo. — ele ligou o carro e preparou-se para sair, então direcionou o seu olhar para mim mais uma vez e sorriu, me observando de cima a baixo. — Esta muito bonita.

— Ganhou em um jogo? Um carro como esse? — perguntei incrédula. — Ah, obrigada. — respondi meio sem graça.

— Pois é, as pessoas apostam cada coisa, principalmente quando acham que vão ganhar. Não quando eu estou jogando. — nós seguimos pelas ruas com algumas paisagens diferentes, eu conhecia esse caminho, só não conseguia lembrar da onde. — Gostei do seu short.

— Claro, porque você é muito bom e deve ganhar todas. — ironizei sorrindo, que milagre ele sendo convencido. — Aonde estamos indo? — mudei de assunto antes de ficar corada.

— Você vai ver, é uma surpresa.

— Que tipo de surpresa é essa a qual eu precisei vir de roupa curta? — exigi saber cruzando os braços e o encarando.

— Do tipo que fica bem longe do seu quarto. — ele respondeu prestando atenção na estrada. — De preferência bem longe da Agatha. Além do mais, a visão de você com roupas curtas é muito mais interessante.

— Você é tarado assim o tempo todo ou eu tenho privilégios? — quis saber com uma expressão debochada.

— O que eu posso fazer se você me deixa louco? — ele respondeu com naturalidade.

— Eu o quê? Eu deixo você louco? Acho que isso não é bem verdade. — disse descrente.

— Ah é? — ele me olhou sorrindo com uma expressão confusa. — E por quê acha isso?

— Porque eu nunca fui o tipo de garota que deixa alguém louco, principalmente alguém como você. — confessei com um ar desanimado.

— Não está falando sério. — ele sorriu, desdenhando. — E o que quer dizer com alguém como eu? — ele perguntou com um sorriso curioso.

— É claro que eu estou falando sério. — reafirmei cruzando os braços e o encarando. — Ah, como você, que pode ter todas as garotas que quiser, a hora que quiser, essas coisas.

— Não acredito em você, olha só para você, anjo. Você é incrível, é o tipo de garota que todos os caras sonham em ter. — seu sorriso induzia um é óbvio. — Espera, primeiro me chamou de tarado e agora de galinha? Eu não quero todas para sua informação. — ele me olhou, seus olhos eram penetrantes nos meus. — Só quero você.

— Certo, agora você está me deixando sem graça. — confessei desviando o rosto, minhas bochechas coraram levemente. — Não, eu não quis dizer isso, só disse que se você quisesse poderia ter todas, então não vejo o porque de eu deixar você louco e não qualquer outra, porque elas são boas nisso. — disse encarando os fatos. — Hm, falta muito para chegarmos?

— Por quê? Têm pressa para que essa conversa acabe logo? — ele me olhou mais uma vez e seu sorriso era sedutor. — Ou você tem pressa em se livrar da minha companhia?

— Se o assunto continuar sendo esse, sim, eu tenho pressa para que essa conversa acabe logo. — desviei o olhar timidamente.

— Tudo bem então, — ele soltou uma risada. — seu desejo é uma ordem, já chegamos.

Patch estacionou em uma calçada não muito longe da praia, caminhamos pela rua onde haviam diversas lojas e alguns vendedores ambulantes, com suas barraquinhas. Caminhamos em direção a praia, me perguntava se esse seria o nosso destino, que tipo de surpresa Patch poderia ter planejado em uma praia? Ao nos aproximarmos mais eu comecei a entender que tipo de surpresa seria, haviam várias fogueiras no local, diversas pessoas em volta de muitas fogueiras com os sons ligados, algumas dançavam, outras apenas conversavam e outras faziam brincadeiras cantando as letras das músicas como se estivessem em um karaokê.

— Um lual? — perguntei olhando para ele de forma interrogativa.

— É o que parece. — ele me olhou sorrindo, debochado.

— Engraçadinho. É que eu não esperava por isso. — disse observando os diversos cenários a minha volta. Eu já fui a um lual? Não me lembro.

— O quê? — ele deu uma olhada em volta e então olhou para mim novamente com um sorriso safado. — Quando você me pediu em casamento eu também não esperava por aquilo.

— O-o quê? — gaguejei envergonhada, senti minhas bochechas esquentando — Isso não conta! — balancei a cabeça negativamente e olhei para as pessoas no lual tentando voltar ao normal.

— Ah é? — ele balançou a cabeça afirmativamente e seu sorriso aumentou. — Bom e que tal terça? É sério eu não esperava que você apareceria arrumada de um jeito tão sexy como você fez. — seus olhos ficaram ainda mais penetrantes e seu sorriso cafajeste surgiu. — Você já estava com segundas intenções para cima de mim, anjo?

— Espera, o quê? — o fitei incrédula. — Acha mesmo que eu iria me arrumar para ficar sexy para você? E para a sua informação, eu realmente estava deitada. — menti descaradamente, mantendo minha expressão natural.

— Para falar a verdade, acho.— ele continuou me observando da mesma maneira. — Você não espera que eu acredite que você dorme com uma lingerie de renda atoa? E aquele pijama semi-transparente, — ele olhou para frente e soltou uma risadinha. — foi uma boa jogada.

— Além de convencido, é iludido. — ergui os braços e balancei a cabeça, inacreditável. — E por que não? Para falar a verdade quase todos os meus pijamas são assim! Então não fique achando que foi uma produção especial para você.

— Tudo bem, eu finjo que acredito. — nós caminhamos para não muito perto do mar, já estava tudo preparado para acender uma fogueira. Patch começou a trabalhar nela. — Mas devo dizer que eu gostei da sua produção não especial para mim.

nem aí. — dei de ombros.

— Gosta de marshmallows?

— Não. — disse cruzando os braços com a expressão fechada.

— Você já veio a um lual antes? — ele me lançou um olhar curioso.

— Por que a pergunta?

— Certo, vou considerar isso como um não. — ele terminou de montar a fogueira e limpou as mãos nos jeans. — O que, que você gosta de comer então?

— Quer mesmo saber? — pensei uma sacanagem, mas não iria falar.

— No que esta pensando? — ele me olhou desconfiado, sorrindo.

— Eu nada. — disse depressa, tentando controlar o riso e principalmente tentando controlar para que minhas bochechas não corassem.

— Que pena, porque eu estou. — ele abriu um sorriso malicioso. Então esfregou as mãos e se dirigiu a mim. — Vai me dizer o que gosta de comer, ou não? E por favor, não responde caviar.

— Bom para você. — dei de ombros. — Contanto que não seja marshmallows, qualquer coisa.

— Ah é? — ele sorriu de maneira safada.

— É. —disse fitando-o de maneira desconfiada. — No que esta pensando, Patch?

— Eu nada. — proferindo minha frase, ele deu de ombros.

— Certo, estou com fome.

— Me espere aqui.

Patch foi se distanciando de onde estávamos, indo em direção, pelo que pude perceber, a uma barraquinha de fast food, sentei no tronco em frente a fogueira e fiquei tentando aquecer as mãos apenas para passar o tempo. De repente, uma garota com mais ou menos minha idade parou em minha frente vestindo um traje totalmente inadequado para uma praia. Vestia uns jeans rasgados de cor escura, uma blusa de ombro caído preta com uma cruz estampada no centro, feita de tachinhas e umas botinas pretas. Ergui o rosto para encarar a figura e me surpreendi ao ver quem era.
A garota tinha longos cabelos platinados no comprimento abaixo da cintura, os olhos azuis foscos e as feições que eu conhecia desde terça-feira.

— Olá, Ashley. — a garota era a psicologa do colégio, que eu quase não reconheci devido as suas vestes, que tipo de pessoa consegue se vestir de jeitos tão diferentes como ela fazia? Olhando-a como eu a via agora, ela nem parecia a mesma moça que me foi apresentada como psicologa.

— Senhorita Hall? O que faz aqui? — perguntei confusa e talvez muito surpresa.

— Bom, também tenho uma vida fora do Elementary. — sua maquiagem era tão escura que seus olhos eram a única coisa que não era preta ali. — E você não deveria estar no colégio?

— Ah, que bom. — disse desinteressada. — Nos finais de semana estamos livres.

— Ah claro. — ela olhou em volta e então retornou seu olhar a mim com um sorriso. — Você está sozinha?

— Agora não estou mais. — respondi com um sorriso forçado, não sou falsa, só não gosto da sua cara.

— Entendo, — ela continuava sorrindo. — você veio sozinha? Eu achei que fosse a única pessoa que fazia isso. — ela olhou para o tronco em frente ao que eu estava sentada. — Posso sentar com você?

— Na verdade não, estou acompanhada e creio que a pessoa não irá demorar, então se não se importa.

— Hm, é mesmo? — ela sorriu confusamente. — Está com quem?

— Com uma pessoa!

— Patch?

— Não é da sua conta! — disparei encarando-a séria — Agora, se não me leva a mal?

— Entendo. — a garota sentou ao meu lado e me encarou — Sabe, Ashley acho que eu não sou a primeira pessoa que vai te aconselhar assim, mas — ela sorriu de maneira confusa — o que disse sobre você se afastar de Patch vale principalmente para fora do colégio. Ele pode ser um garoto perigoso entende? Muito problemático, não é um cara fácil de se lidar.

— Por que não vai curtir sua vida fora do Elementary? E deixa que da minha cuido eu. — disparei ficando realmente indignada, ela podia ser minha psicologa dentro do colégio, mas fora dele ela não era nada mais do que uma estranha. E uma estranha não pode me dar ordens, ou conselhos sobre o que fazer com a minha própria vida.

— Bom você quem sabe, mas depois não diga que eu não avisei, não gostaria que acontecesse alguma coisa com você. — ela se levantou e caminhou na direção da calçada. — Nos vemos na terça. — ela disse sorrindo virando somente o rosto para mim, em seguida desapareceu pelas ruas.

— Vadia. — disse chutando a areia fazendo uma careta. — Ele é muito problemático, vai se foder. — mas que porra, agora deu para todo mundo controlar a minha vida.

— Quem é problemático? — Patch perguntou com um sorriso confuso, aparecendo com duas sacolas com lanche.

— Ninguém. — resmunguei com a cara fechada.

— Ok. — ele caminhou até o tronco em minha frente e sentou-se nele, me oferecendo uma das sacolas em suas mãos. — Faminta? Eu demorei muito, não é.

— Perdi a fome. — disse olhando para a sacola com uma cara enjoada, senti meu estômago embrulhar só de pensar em ingerir qualquer coisa que estivesse ali dentro.

— Demorei demais. — ele deu de ombros e deixou a sacola ao seu lado, então começou a cutucar o fogo com uma vareta. — Você está estranha, aconteceu alguma coisa?

— Por que todo mundo de repente resolveu se meter na minha vida? — esbravejei erguendo as mãos, indignada.

— Olha tem alguém de mau-humor, — ele abriu uma das sacolas e retirou um cupcake dela, deu uma olhada no doce e com um movimento tão rápido que eu mal pude perceber, passou o dedo no chantilly e esse mesmo dedo lambuzado em minha bochecha, me lançando um sorriso divertido. — você está precisando de um doce nessa sua vida.

— Êi! — protestei o empurrando levemente sem conseguir conter o riso. Mas ainda estava perplexa e incomodada sentindo aquela meleca no meu rosto. — Ótimo, agora vou ficar toda lambuzada, obrigada mesmo Patch.

— Finalmente um sorriso, você fica muito mais bonita assim, anjo. — ele se inclinou no tronco e aproximou-se mais de mim erguendo sua mão direita e levando-a ao meu rosto, então passou os dedos em minha bochecha tirando o chantilly. — Pronto, já limpei. — ele continuava sorrindo, de uma maneira bastante sedutora.

— O que é aquilo lá? — fiz uma expressão apavorada, com meu queixo caído.

Patch me observou confuso então virou o rosto para trás para procurar por algo fora do comum ao qual, eu parecia olhar apavorada. Aproveitando sua distração, eu inclinei minha mão depressa e passei o dedo no chantilly do cupcake em sua mão adquirindo uma grande quantidade do doce em meu dedo. No momento em que Patch virou-se para mim novamente eu levei meu dedo ao seu rosto rapidamente e espalhei o chantilly na metade de sua bochecha e em sua boca. Baixei o dedo depressa e comecei a rir extravasadamente.

— Opa. — fingi inocência.

— Então quer dizer que é vingativa, anjo? — ele sorriu e fez uma careta. — Eu fico mais bonitinho assim? Mais gostoso com certeza.

— Eu? Jamais. — abri a boca em uma expressão incrédula, apontando-me o dedo indicador. — Hm, não sei, deixa eu ver. — passei o dedo em seus lábios juntando um pouco do chantilly que havia nele, levei o dedo a boca e passei a língua na ponta onde havia o doce. Provei-o fazendo uma careta, como se pensasse enquanto saboreava. — É, tem razão.

— Eu sou delicioso, não sou? — ele sorriu de uma maneira sedutora. — Agora limpa essa sujeira, criança. — seu sorriso aumentou nessa última palavra.

— O chantilly é delicioso, você não. — brinquei piscando o olho. — E o que eu vou ganhar em troca? — quis saber erguendo uma sobrancelha com um sorriso.

— Eu tenho minhas dúvidas. — ele ergueu os braços e dobrou as mãos, sorrindo satisfeito. — Pelo menos nunca recebi reclamação. — ele me observou como se me estudasse com um sorriso intrigado. — O que quer?

— Está recebendo agora. — afirmei o encarando. — Certo, vem cá, você está ridículo com isso no rosto.

— Cala a boca e limpa logo isso. — ele aproximou mais o rosto de mim, inclinando-o em minha direção.

Ergui a mão e a levei ao seu rosto, preparando-me para tirar os resíduos do doce que ainda estavam em seus lábios, mas antes que eu pudesse passar a mão ali, Patch aproximou mais o rosto do meu e senti seus lábios tocarem os meus, dominando-os de uma maneira rápida, mas ainda assim deliciosa. Além de seu hálito de hortelã tão maravilhoso, também senti o gosto do chantilly em minha boca, retribui o beijo instintivamente, sorrindo de uma forma que considerei idiota. Também, eu não esperava por aquele beijo roubado.

Após alguns instantes Patch parou o beijo com um selinho e afastou o rosto do meu devagar, com um sorriso nos lábios como se a cena o divertisse.

— Agora estamos quites. — ele ergueu a mão ao meu rosto e apontou com o indicador meu queixo, ainda sorrindo. — Está sujinho aqui, ó.

— Essa é uma ótima maneira de se limpar, aliás. — sorri e passei os dedos no lugar onde ele me apontou.

— Imaginei que diria isso. — ele piscou o olho e voltou ao tronco, de dentro do bolso de seus jeans ele retirou seu celular, passou algum tempo prestando a atenção nele fazendo cliques na tela, então, escutei de repente o som da música Sex On Fire do Kings Of Leon, vinda do aparelho. — O que é um lual sem música? — ele disse sorrindo, instintivo.

— Escolheu uma boa trilha sonora. — observei fazendo um gesto com a cabeça em direção ao aparelho em suas mãos.

— Conhece o Kings Of Leon? — Patch perguntou me encarando de uma maneira interrogativa.

— O que você acha que eu escuto? Pensei que soubesse meu estilo musical preferido. — arqueei uma sobrancelha e sorri observando-o de uma maneira questionadora.

— E eu sei, mas achei que só escutasse bandas depressivas, — ele se inclinou mais para frente no tronco e me encarou sorrindo. — principalmente depois de ver o quanto você é fraquinha.

— Você achou o quê? Que eu cortava os pulsos ouvindo bandas depressivas? — sugeri lançando sobre ele um olhar incrédulo.

— Não, na verdade achei que ouvia esse tipo de música quando estava com muita saudade de mim. — ele ainda disse isso de uma maneira descarada.

— Idiota. — disse o encarando mas sem conter um sorriso que saiu espontâneo.

— Além do mais, aposto que você não canta nada.

— Falou o Stevie Wonder. — brinquei com um sorriso irônico.

— Por quê? Você acha que eu fico sexy de óculos escuros? — ele me devolveu o sorriso.

— Para você tudo se resume a sexy? — cruzei os braços e o observei arqueando uma sobrancelha.

— Principalmente depois que eu conheci você.

— Oh, eu sou sexy? — disse colocando a mão no peito, como se me sentisse lisonjeada.

— Na verdade, eu não tenho certeza. — ele me analisou com um sorriso canalha. — Vista o seu pijama com aquela lingerie de novo, para eu ter certeza.

— Você realmente gostou daquele pijama. — disse sorrindo afirmando com a cabeça.

— Gostei mais de você sem ele.

— Você também gosta de me deixar sem graça. — afirmei com as bochechas ficando levemente avermelhadas.

— Você fica ainda mais linda quando cora, anjo. — ele sorriu.

— Acho melhor nós irmos, está ficando tarde. — mudei de assunto antes que eu ficasse ainda mais vermelha.

Parte II:

No momento em que eu tinha encerrado minha frase, a música All I've Ever Needed do cantor Paul Mcdonald com Nikki Reed começou a tocar no som dos alto-falantes posicionados por todo o perímetro da praia para o lual. Olhei para um dos alto-falantes que não estava tão distante de mim e Patch fitando-o surpresa.

— Primeira coisa que você precisa aprender sobre um lual, anjo: Não se pode ir embora antes de dançar a música principal. — ele se ergueu do tronco e se pôs em pé a minha frente, estendeu-me a mão direita com um sorriso no rosto — Me daria a honra?

— Você inventou isso agora. — disse o fitando com uma expressão inacreditável.

— Não respondeu minha pergunta.

— Depois vamos embora, certo? — perguntei com um ar cansado, mas sabia que essa seria a única maneira de ir embora de uma vez e bom, que eu me lembre nunca vim a um lual antes mesmo.

Ergui-me do tronco segurando a mão de Patch e parei a sua frente com minhas bochechas ameaçando a ficarem vermelhas, mas eu ainda conseguia me manter com a aparência natural. Patch sorriu ao observar a cena, não sei se rindo comigo ou rindo da minha cara mas agora eu teria algo muito pior para me preocupar: todas as pessoas aqui presentes me observando pagar o maior mico de toda a minha vida, não sei como Patch não pensa nisso. Talvez seja porque ele ainda tem o pensamento de que pode construir um universo só para nós dois e ignorar o resto do mundo, uma pena eu não ser assim.

Ele posicionou as mãos na minha cintura, me puxando para mais perto o que fez com que minha pele esquentasse e eu me arrepiasse automaticamente. Subi minhas mãos ao seus ombros e sorri de uma maneira nervosa. A música estava recém começando e é bem lenta, de um modo que fica fácil de se dançar, até para uma pessoa como eu que nunca dançou com uma outra pessoa assim na vida, muito menos um cara como Patch. Ele guiava nossos passos e eu apenas tinha de acompanha-lo conforme a música corria lentamente, no começo, eu cuidava nossos pés, principalmente os meus para que não fizesse nenhuma merda: como pisar no pé dele por exemplo. Patch não demorou para soltar uma das mãos de minha cintura e a erguer de forma lenta em direção ao meu queixo, segurando-o e trazendo devagar meu rosto para encarar o seu. Seus olhos eram penetrantes, prendendo meu olhar ao seu de uma maneira que eu não conseguia mais desviar meu olhar e nem tinha mais vontade de fazer isso também. Sua mão entrelaçou minha cintura mais uma vez e nós continuávamos com a dança lenta, um apenas observando o olhar do outro e mais nada e assim, eu consegui esquecer do resto do mundo ao nosso redor e do mico que podia estar pagando exatamente agora.

Quando a canção finalmente chegou ao fim, Patch parou e eu o acompanhei, sem nem perceber quanto tempo havia passado enquanto nós estávamos ali, dançando, um segurando-se no outro, nossos olhares presos, um dentro do outro. Nós tínhamos realmente dançado toda a música mesmo? Eu nem vi o tempo passar e sinto que passou mais rápido do que eu gostaria, infelizmente. Ao olhar ao redor mais uma vez eu voltei a perceber a presença das outras pessoas que eu tinha esquecido que ainda estavam ali presentes e tive uma surpresa que realmente foi inesperada. Diversos outros casais estavam recém cessando seus passos e parando de frente para o seu par nas muitas partes alternativas da praia. Nós realmente havíamos contagiado tantas pessoas a seguir nosso exemplo? E eu que pensei que estaria pagando o maior mico da vida. Mas estranhamente, com Patch, tudo o que eu pensava ou apostava estar errado e eu sempre sou surpreendida por coisas inesperadas, não sei como, mas ele sempre acaba fazendo algo que parece impossível acontecer.

— Viu como eu sempre tenho uma carta na manga? — Patch sorria e piscou para mim — É uma dançarina maravilhosa, anjo.

— Você é inacreditável — eu o observava surpresa após ter dado uma boa olhada nos diversos casais que continuavam a se formar a nossa volta, pois outra musica iniciou. — E.. Obrigada.

— E isso é bom?

Fiquei o fitando por mais algum tempo antes de responder, minha expressão era de analise, enquanto eu tentava estuda-lo. Sorri.

— É...

— Bom saber. — ele sorriu. — Agora eu vou te levar para o colégio como queria. Vamos?

— Vamos.

Assim, Patch segurou minha mão e nós caminhamos sem pressa pela areia fina da praia na direção da calçada e depois para onde Patch tinha estacionado seu Jeep Commander. Ao chegarmos em frente ao carro, entrei na porta do carona e me ajeitei ao banco, fechando a porta. Passava as mãos nos braços sentindo frio agora, afinal, tinha vindo para cá apenas com um short e um top e agora que já estava mais tarde, começou a esfriar e minhas roupas se tornaram curtas demais para o frio noturno. Patch apareceu no lugar do motorista em seguida e ligou o Jeep, preparando-o para sair. A rua onde estávamos era escura, escura demais e não havia nenhum movimento, nós fomos os únicos a estacionar por aqui pelo que eu podia perceber, já que os diversos outros carros estavam estacionados muito mais próximos a praia. Olhei para Patch ficando mais curiosa e interessada em saber cada vez mais e mais sobre ele, como ele podia ser assim? Eu queria saber tudo sobre ele, como ele era tão diferente das pessoas que eu conheço e como isso era tão bom. Patch se mostrou ser, surpreendentemente, diferente do que eu esperava quando o conheci, ele era mais. Era melhor.

— Por que será que todos querem me afastar de você? — perguntei pensativa.

— O quê? — o carro se apagou e Patch olhou para mim confuso. — Quem quer te afastar de mim?

— Ninguém, só o John, meu pai e agora até a psicologa resolveu entrar para o time. — contei revirando os olhos.

— Pensei que você tinha dito que nunca foi a um psicologo.

— Eu parei de ir a muitos anos, até o John resolver que seria melhor para mim começar a ter consultas novamente. — confessei com dificuldade.

— O diretor não gosta de mim, — Patch olhou para frente com uma expressão como se sentisse ofendido. — e eu que pensei que eramos bons amigos.

— Pelo visto a psicologa também não. — disse sorrindo.

— No Elementary tem uma psicologa? — ele se voltou a mim confuso. — Que eu saiba não tinha.

— Agora tem, ela é nova, acabou de chegar.

— E você já é paciente? — ele sorriu. — Estou começando a achar que você é maluca. Não é nenhum psicopata, não é anjo?

— Eu fui obrigada a ser. — protestei franzindo o cenho. — Falou o que é considerado um garoto bastante problemático. O que você fez para todos te considerarem assim?

— Problemático? — ele abriu um sorriso incrédulo. — Acha que sou problemático?

— É o termo que eles gostam de usar quando se trata de você.

— Que tipos de problemas um cara como eu pode causar? — ele perguntou com uma expressão inocente. — Além do mais, eu sou novato, como eles podem já me considerar assim? Não faz nem um mês que eu cheguei aqui.

— Do tipo: barra pesada. — disse fazendo um gesto com as mãos como se dissesse: enorme. — Esta aí uma boa pergunta.

— Só quando se trata de você, — ele disse aproximando um pouco mais o rosto do meu com um sorriso largo. — aí sim eu fico um cara maluco. Você me deixa assim.

— Ah é? E eu estou te deixando assim agora? — arqueei uma sobrancelha e abri um sorriso condescendente. Eu estava flertando? Se estava, melhor.

— Você me deixa assim sempre. — ele sorriu da sua maneira cafajeste de costume.

Parte III:

Então continuou se aproximando de mim e chegou seus lábios próximo aos meus, bem próximo. Eu podia sentir sua respiração e o cheiro do seu hálito de hortelã, nossos olhos estavam mergulhados, um dentro do outro, então seus olhos encararam meus lábios com desejo, o que fez me arrepiar e sentir um calor. Meus olhos automaticamente passaram a fitar sua boca desenhada, e já imaginar aquele hálito delicioso dentro de minha boca, a visão me fez sentir ainda mais calor. Passei a desejar sua boca mais do que tudo no momento.

Quando faltavam apenas alguns poucos centímetros para nossos lábios se encontrarem, tomei a iniciativa e acabei com o pouco de distância que havia entre nós fazendo com que finalmente nossas bocas se tocassem e o jogo de beijos surgisse. Os lábios de Patch se tornaram deliciosamente rápidos e agressivos contra os meus que tentavam acompanhar seu ritmo. Sem pedir permissão a língua de Patch invadiu minha boca e a minha começou a explorar a dele timidamente mas em seguida nossas línguas estavam travando uma batalha maravilhosamente molhada e rápida enquanto se chocavam um contra a outra num ritmo alucinante.

Ergui minhas mãos e segurei seu pescoço o empurrando levemente para trás fazendo com que Patch apoiasse as costas no banco, passei minhas pernas entre a marcha do carro e o banco de Patch mudando de posição para cima de suas pernas, ficando de joelhos em seu banco e sentada em seu colo. Meus lábios passaram a dominar os dele, fazendo com que a agressividade com que nossos lábios partiam um para cima do outro ficasse ainda mais intensa e a guerra de nossas línguas ainda mais molhada e saborosa.

As mãos de Patch seguraram minhas coxas com uma certa força e as apertaram com desejo me fazendo suspirar e desejar por mais toques. Puxei seu pescoço mais para mim trazendo sua boca mais vorazmente para cima da minha, também devoradora, então deslizo minhas mãos pelos seus ombros e as passo pelo seu peito, sentindo seus músculos duros em minhas mãos o que fez com que eu passasse a apertar todo o perímetro por onde minhas mãos passavam. Suas mãos subiram apertando minha pele até encontrar minha bunda, deslizando por ela e flexionando-as contra a carne, apertando com uma certa força que deixava seu toque ainda mais prazeroso.

Mordi seu lábio inferior e o puxei sorrindo maliciosa, quando soltei passei a língua nele sentindo seu gosto delicioso, existia algum sabor melhor do que esse? Patch começou a passar seus lábios nos meus, mas recuava antes que eu pudesse beija-lo e retornava o processo novamente, me fazendo desejar o beijo cada vez mais, ele estava me provocando? Vi seu sorriso cafajeste aparecer enquanto ele repetia o processo de me provocar e não pude evitar de sorrir também com a situação. Apertei mais os músculos em seu peito com minhas mãos e então as deslizei por dentro de sua camisa xadrez aberta subindo por seu tronco e passando pelos seus ombros, passando minhas mãos pelos seus bíceps e apertando seus músculos largos com uma certa força e prazer. Patch foi contornando suas mãos lentamente de minha bunda pelo cós de meu short encontrando o botão frontal do mesmo. Suas mãos o agarraram e seus dedos seguraram ele por um instante antes dele me dar um selinho um tanto demorado e deliciosamente provocativo, então sua boca hesitou um momento para dar espaço a fala.

— Você quer? — ele sussurrou com uma voz ainda mais sedutora que o normal que me fez arrepiar e estremecer. Me deu mais um selinho saboroso e demorado.

— Ah sim, eu quero. — sussurrei entre um suspiro forçando um tom de flerte e sorri maliciosa.

Seu sorriso canalha aumentou e então sua boca avançou para a minha mais uma vez, nossos lábios retornaram ao jogo de um tentando dominar-se e nossas línguas voltaram a explorar as bocas um do outro e a se chocarem entre si. As mãos de Patch me apertaram contra ele que as levou a minha bunda novamente e me segurando com força, ele nos ergueu do banco me levando junto com ele para o banco traseiro do jeep. Patch me deitou sobre o banco e em seguida já estava em cima de mim, seu aroma cítrico de terra molhada com hortelã exalava a mim enquanto seus lábios percorriam o perímetro de meu pescoço, dando mordidas algumas vezes e sugando minha pele em outras, ambos me faziam apertar os olhos e cravar as unhas nos ombros de Patch. Seus dedos deslizaram por minhas pernas subindo a meu quadril e estacionando novamente sobre o botão de meu short abrindo-o e passando os dedos para o zíper, puxando até abrir completamente.

Comecei a beijar seu pescoço e apertar com uma certa força os bíceps em seus braços, sentindo seus músculos. As mãos de Patch subiram pela minha barriga encontrando a ponta de minha blusa e começando a ergue-la puxando-a para cima devagar, eu sentia um frio em minha barriga e minha pele se arrepiava ao seu toque enquanto suspiros escapavam de minha boca. Patch puxou minha blusa na altura de meu sutiã, então segurou-me pela lateral de meu corpo e foi me puxando junto a si, sentando-nos no banco do Jeep. Passamos a nos olhar, um desejando o outro, o olhar dele baixou e suas mãos voltaram a agarrar minha blusa e voltar a levanta-la, levantei meus braços para que ele pudesse retira-la de meu corpo e assim ele o fez. Depois de tirar minha blusa o olhar negro e profundo de Patch voltou a mim e o meu ao encontro do dele, nos observamos por uns instantes um corpo ansiando pelo do outro, até que Patch trouxe as mãos a minha cintura e me segurou firme trazendo-me para ele e sua boca passou pela minha, descendo seus lábios pelo meu queixo enquanto produzia mordidas leves pelo contorno do mesmo, sua boca continuou a descer por meu pescoço e em algumas vezes sugava minha pele com vontade, me fazendo suspirar e o incentivar a continuar. Deslizei as mãos por seu peito sentindo meus dedos se enrugar em sua blusa preta e seus músculos duros se destacarem em minhas palmas e dedos. Entrelacei os dedos entre o tecido da blusa e me inclinando para trás, fui deitando-me no banco outra vez, levantei minhas pernas na altura das coxas de Patch as segurando com minhas pernas e calcanhares e com minhas mãos segurando sua blusa eu o puxei junto a mim, fazendo com que ele deitasse sobre mim mais uma vez.

Patch deitou sobre mim com suas mãos alisando minhas coxas com uma certa força, então, senti uma de suas mãos deslizar pela parte interna de minha coxa apertando minha perna e inclinando meu quadril em direção ao seu e quando nossas intimidades se chocaram, eu senti um calor ainda maior se apoderar de mim e minha intimidade ficar em chamas, minha calcinha já devia estar molhada nessa hora, senti a ereção de Patch em meu ventre o que me deu ainda mais prazer e excitação e soltei um suspiro que saiu tão alto que pareceu mais um gemido. Os lábios de Patch desceram por minha clavícula e não pararam até encontrar o inicio de meu sutiã, Patch empurrou com a boca meu sutiã um pouco mais para baixo mas em seguida que começou a beijar aquela área ele logo parou e suas mãos deixaram minhas pernas e ele se apoiou no banco em torno de mim, se erguendo a minha frente com uma expressão que parecia assustada.

— O que foi isso? — perguntou observando a região entre minha clavícula e meus seios. Baixei meu olhar na direção onde ele se referia sem entender nada e começando a ficar preocupada e assim, avistei os roxos vulgo: chupões, que ficaram em minha pele devido a última noite em que estivemos juntos na qual Patch foi ao meu quarto no Elementary.

— Nada. — respondi ainda sem compreender a que ele se referia exatamente.

— Como nada? — insistiu ficando cada vez mais preocupado. Mas antes de voltar a falar, ele respirou fundo e fechou os olhos meditando por uns instantes, comecei a entender o que devia estar acontecendo, talvez ele tenha ficado preocupado pelo fato de eu estar cheia de roxos por causa dos chupões daquela noite e se ele for um cara super-protetor com certeza iria fazer um drama por isso.

Quando de repente, ele começou a se erguer no banco analisando-me, eu constatei que ele não podia ver as outras marcas em meu corpo se não aí mesmo que ele desistiria. Lembrava de ter passado maquiagem... Muita maquiagem nos diversos roxos em meu corpo para que ninguém percebesse que alguém tinha me feito vários chupões por aí, mas eu realmente não lembrava mais dessas marcas por algum tempo, na verdade, eu tinha mesmo esquecido delas mas imagino que com o contato físico com Patch, a maquiagem deve ter se espalhado e desaparecido de mim, deixando todos os roxos a mostra novamente, puta que pariu.

Patch sentou no banco e me olhou de cima a baixo observando cada detalhe de mim e pela cara de susto que fez, com certeza deve ter notado os vários roxos em diversas partes de minha pele, provocados por ele e seus chupões.

— Desde quando está com isso? — se pronunciou enfim, com uma expressão séria e firme.

— Desde aquela vez... — contei confusa e preocupada ao mesmo tempo. Me sentei no banco a sua frente o fitando.

— Então está assim desde a noite do seu quarto no Elementary?

— Sim... — confessei ficando ainda mais nervosa, o que estava acontecendo?

Patch me observou por mais um tempo pensativo mas eu não conseguia mais ler ou compreender sua expressão, queria poder saber o que ele estaria pensando mas parecia ser algo impossível. Então ele retirou sua camisa xadrez e a ofereceu a mim, a peguei.

— Vou te levar de volta para o colégio.

Foram suas últimas palavras antes de se levantar do banco e passar para a frente novamente, se acomodando mais uma vez ao banco do motorista e já parecia preparar o Jeep. Vesti sua camisa e passei para o banco do carona ao seu lado em seguida.
Eu não estava entendendo mais merda nenhuma, o que está acontecendo? Primeiro a gente começa a ficar e ele pergunta se eu quero, depois ele me leva para o banco de trás do Jeep e tira minha blusa, fora toda a pegação que acontece antes e depois desse evento e agora ele me olha dessa maneira, acaba com tudo e diz que vai me levar de volta para o colégio? O que ele está pensando? O que há de errado? O que eu fiz de errado? Bem, que eu me lembre não tinha feito ou dito nada que pudesse cortar o clima então, o que me leva a única coisa que aconteceu fora do comum nisso: a maneira como ele olhou para as marcas no meu corpo que inclusive, são as consequências dos chupões que ele mesmo fez em mim, então o que podia haver de tão surpreendente nelas? E se fosse esse caso, ele me devia pelo menos uma explicação, mas ele age assim? Decide que vai embora e vai me levar de volta para o Elementary e não me diz nada? Não sei o que ele está pensando mas se acha que pode decidir tudo assim sem me dizer nada e esperar que eu fique numa boa ele está muito enganado.

Cruzei meus braços e fui durante todo o percurso com o rosto voltado para as ruas por onde passávamos que eu observava através da janela. Não olhei para o rosto de Patch sequer uma vez desde que saímos da rua onde tínhamos estacionado para ir á praia. Quando o Jeep Commander de Patch estacionou em frente a janela de meu quarto no colégio eu abri minha porta com um movimento rápido e brusco, eu não olhei para Patch durante todo o trajeto e não estava com vontade alguma de fazer isso agora, estava irritada demais com ele para faze-lo. Desci do Jeep tão rápido quanto podia para que Patch não tivesse tempo de me impedir ou de me dizer alguma de suas besteiras já que eu não estava com a mínima paciência para ouvir agora.

Depois de passar por todo o sacrifício para chegar em meu quarto, vi o Jeep saindo da calçada em frente onde estava estacionado e observei a cena com a expressão fechada. Fechei a janela irritada e olhei ao redor, vendo Renata e Agatha já atiradas em suas camas dormindo feito duas pedras, talvez tivesse sido melhor se eu houvesse feito o mesmo no final das contas. Fui ao banheiro onde fiz todas as devidas higienes e vesti meu pijama antes de voltar para o quarto e para minha cama. Me deitei virada para a parede, e tentei adormecer logo para não ficar pensando o quanto Patch era um idiota filho da puta e o quanto eu o odiava e queria nunca ter saído com ele finalmente, eu não conseguia compreender o que tinha de errado em eu ter marcas de chupões que ele mesmo fez no corpo e o que isso tinha de tão importante a ponto de fazer ele acabar com o clima e me trazer de volta para cá depois de já estarmos quase transando e de eu já ter admitido que queria mesmo! Mas eu queria evitar aquelas diversas duvidas que estavam me atormentando agora, então me concentrei em pegar logo no sono e essa noite eu não iria sonhar com Patch Strike. Não mesmo.


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Notas finais do capítulo

Então? Cadê nossos comentários? Vamos lá pessoal, no último recebemos apenas dois, aliás, obrigada mais uma vez as lindas que sempre nos motivam a continuar, vocês são demais! Estávamos observando outras histórias que só com dois capítulos tem mais de cem comentários, e a nossa com quatorze, que estamos sempre tentando fazer o mais rápido possível e melhor para vocês, apenas com dezessete, assim não dá vontade de escrever mais. Então, o quinze irá sair se tivermos nem que seja cinco comentários, só estamos pedindo isso, deem um pouco de alegria para essas escritoras. Críticas, conselhos, o que esta bom, o que esta ruim, o que tem que melhorar, digam, falem, observem, soltem o verbo. ♥

Succubus



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