The Search escrita por Bakurei


Capítulo 11
A Rainha de Moonye.


Notas iniciais do capítulo

Rick e Lorenna chegaram em Moonye. Hora da conversa com a rainha de Moonye.



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O castelo era tão grande quanto o castelo de Melghart, mas a cor predominante era o azul. Cada homem que guardava o reino mantinha uma espada presa no quadril, a maioria com o cabo também em cor azul. Lorenna pareceu fascinada com o próprio lugar de origem, devo admitir que eu também estivesse maravilhado pela beleza do reino.

Fomos recepcionados por quatro guardas, dois deles apontaram suas lâminas para nós, mas pareceu reconhecer a princesa e recuou:

–Oh, nos desculpe pela nossa atitude, senhorita Moonye. –Disse um dos guardas que nos havia ameaçado. –Suas vestes de batalha nos causou confusão.

–Tudo bem, leve-me para minha mãe. –Disse Lorenna, parecendo autoritária.

Eu não pensava muito naquele momento, eu ainda não conseguia tirar a imagem de meu pai em minha cabeça, ainda mais saber que minha mãe estava viva em algum lugar da tal Ilha Celebrindal com um governador chamado Oberon.

Já era o segundo castelo que eu tinha visto e percebi que Melghart é muito mais protegido, guardas cercam todo o castelo, além das casas de camponeses. Moonye era diferente, só tinham alguns guardas cercando o castelo, nada que alguns ninjas mascarados não deem jeito.

Tivemos que passar por diversos salões para chegar até a sala da rainha de Moonye. De início tinha uma imensa escada levando para os outros andares do castelo, a cor predominante também era azul e diversos quadros com paisagem cercavam aquele ambiente. As escadas eram de madeira e faziam barulhos a cada passo nosso, um tapete vermelho enfeitava as escadas e a todo o momento os quadros das paredes chamavam minha atenção.

A maioria dos quadros mostravam paisagens de florestas e o até o mar, mas um dos quadros chamou minha atenção: O quadro mostrava o Espírito do Ar flutuando em meio às nuvens. As mãos da mulher cercavam um vulcão em meio às florestas onde se via uma figura também humanoide. A criatura que havia no vulcão parecia um homem, uma aura vermelha cercava seu corpo.

–Quem é o homem que o Espírito está protegendo? –Perguntei.

–É um dos espíritos da natureza, ele tem vários nomes, Vulcano, Ares, O Guerreiro de Fogo e até simplesmente Fogo. –Disse Lorenna, parecendo ansiosa para chegar ao fim da escada.

Chegando ao topo da escada, também tivemos que passar por diversos corredores protegidos e portas travadas. Os guardas pareciam trocar olhares a cada passo ao lado dos outros guardas que guardavam as salas. Lorenna parecia mais animada.

...

–Chegamos. –Disse Lorenna, de frente para uma grande porta dourada.

Quando dois guardas abriram a porta, a mesma rangeu, talvez mostrando que aquela porta não era aberta há bastante tempo, ou era tão velha que não a trocavam.

O quarto era todo dourado, eu tinha certeza que não era ouro, mas mesmo assim me surpreendeu. Diversos alimentos eram mantidos em uma enorme mesa no fundo da sala com pratos de cristais e copos dourados. A rainha estava sentada em um trono, também dourado, mas não era o trono principal. Talvez o rei estivesse viajando ou algo parecido.

–Filha! –Gritou a rainha assim que viu Lorenna.

A rainha usava um grande vestido branco com pequenos detalhes azuis nas laterais. Sua pele era branca e seus olhos eram negros como a de Lorenna, parecia ser uma mulher que só trata bem quem era da família, ela tinha um olhar meio irritante. Acho que eu estava certo.

Lorenna abraçou a rainha e lhe entregou o papel que mostrava que ela era minha babá. Deprimente, não? Enfim, a rainha avaliou o papel e seus olhos se arregalaram em minha direção. Lorenna pareceu perceber e se afastou da mãe.

–Rick Melghart. –A voz da rainha me assustou um pouco. –Parece que seu pai está sofrendo ataques muito poderosos contra os guerreiros obscuros, certo?

A rainha riu mostrando seu desprezo à mim e ao meu pai. Pensei em pular no pescoço dela, mas não o fiz.

–Mãe. –Começou a falar Lorenna, segurando a mão da rainha. –Rick tem relação com aquilo. Ele precisa nos ajudar.

Encarei Lorenna, tentando entender o que ela queria dizer com “ele precisa nos ajudar”. A rainha também encarou Lorenna, mas com um ar pensativo.

–Então você não é daqui, garoto? –Disse a rainha, parecendo me avaliar.

–A senhora sabe da onde eu venho? –Perguntei, tentando parecer educado.

–Não, mas tenho uma ideia. Guardas! –Ela gritou.

No mesmo segundo, todos os guardas aos cantos da sala sacaram suas espadas e lanças para mim. Eles se aproximaram. Não pareciam felizes.

–O que você está fazendo?! –Gritei.

A rainha não disse nada, mas Lorenna parecia preocupada.

Eu não estava com a espada em mãos. Eu tinha deixado no barco junto com as malas, não tinha como me defender se eles decidissem me atacar. Lado ruim de tudo: Eles atacaram.

Desviei do primeiro golpe, mas o segundo atingiu meu ombro. Dor e sangue surgiram onde eu fui atingido. Os outros guardas aproveitaram minha situação e me transferiram golpes no peito. Digamos que eu não fiquei com uma aparência muito boa.

–Mãe! Para! –Gritou Lorenna.

A rainha não pareceu querer parar, continuava séria e sem reação. Lorenna pareceu se zangar com a reação da mãe e sacou a espada que havia no quadril e arremessou em minha direção.

Vi a espada voar em minha direção, em meio aos guardas. Rolei para a direita desviando de mais um ataque e peguei a espada que brilhou em cor azul assim que peguei. Girei e atingi a perna do guarda mais próximo, meu corpo ainda doía, mas eu acho que viver era mais importante. Rolei novamente e atingi mais um guarda no quadril, fazendo o mesmo cair.

–Pare! –Gritou a rainha, olhando para os guardas.

Os outros guardas pararam. Foi bom, porque tenho certeza que eu não aguentaria por muito tempo. A rainha levantou do trono em que estava e fez um sinal para que eu me aproximasse, o que era bem difícil já que eu ainda estava sangrando e com dores.

–Garoto, eu acho que você veio com um livro, estou certa? –Disse a rainha, assim que eu me aproximei.

–Eu posso voltar pra minha casa? –Perguntei.

–Com certeza, príncipe. –Até o jeito que ela fala príncipe consegue me irritar mais do que Lorenna falando. –Você precisa encontrar o Livro de Zancor novamente.

“É assim que o Livro que brilhava se chamava então”, pensei. O Livro que me trouxe para aquele mundo seria o Livro que me traria de volta? Esperava que sim.

–Onde está o Livro? –Perguntei.

A rainha riu.

–Digamos que você irá para um lugar... Quente. –Disse a rainha, gargalhando.


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Notas finais do capítulo

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