POV Fatinha

Professora: SILÊNCIO TURMA, SILÊEEEEEEENCIO!

Baianinho: Hoje é sexta feira professora, queremos curtir. –o pessoal parece que não tinha visto a professora ali querendo dar aula e continuavam a conversar, quer dizer berrar.

Professora: FIQUEM QUIETOS. –ela bateu com toda a força o livro que ela estava nas mãos na mesa e todo mundo parou na hora. –Vocês acham que estão aonde?Isso aqui não é um parque de diversão não, vocês estão parecendo crianças! Quer se divertir vai no circo. –ela estava muito brava e alguém bateu na porta.

Diretor: Com licença professora.

Professora: Claro diretor, aliás apareceu em boa hora.

Diretor: Aconteceu alguma coisa aqui?

Professora: Esses alunos acham que eles estão em um parque de diversões!

Diretor: Vamos ver então quem vai querer se divertir na minha sala... Bom mais eu vim anunciar a vocês a nossa aluna classificada para participar do Congresso Internacional de Letras.  

Congresso Internacional de Letras era um evento mais esperado por aqueles que amavam letras, eu tinha sonho de poder participar um dia, estariam presentes os maiores autores de livros, os maiores professores, os maiores mestres das principais línguas do mundo e da literatura. Essa matéria era meu forte, teve uma prova aqui no colégio para selecionar os alunos, por isso fui selecionada para fazer, o Congresso seria nos Estados Unidos, a viajem seria 5 dias e só duas pessoas seriam escolhidas.

Diretor: A vencedora da primeira vaga foi... você Maria de Fátima. –hãaa?Como assim eu?Não, não podia ser, isso era uma piada? Por favor, alguém me acorda se for um sonho.

Alice: Hey amiga! PARABÉNS. –disse ela me abraçando.

Fatinha: Alice, ele disse mesmo o meu nome?

Juh: Claro que disse menina, para de ser boba, PARABÉNS!

Guilherme: Parabéns menina! Você merece desde quando você foi selecionada para fazer a prova eu sabia que você ia ganhar.

Fatinha: AAAAAAAAAAAAAAAAH! Diretor, você tem certeza?

Diretor: Absoluta Maria, parabéns, você tem uma inteligência invejável. –disse ele sorrindo para mim. –Obrigado professora,aah e se alguém continuar a atrapalhar a aula, a senhora pode mandar lá na minha sala e Maria depois passa na minha sala para resolvermos os detalhes.

Fatinha: Tudo bem.

Professora: Obrigado diretor.

Baianinho: OOOOOOH OOOH meu diretor, é assim será que ela não pode levar ninguém junto não?

Diretor: Creio que não, só os alunos escolhidos poderão ir.

Baianinho: Mais e se alguém desistir?

Diretor: Se houver alguma chance lhe comunico Leonel.

Baianinho: Obrigado excelentíssimo diretor. –e assim ele saiu da sala, e minha ficha ainda não tinha caído.

Professora: Parabéns Maria de Fátima tenho certeza que você vai amar, aproveite bem essas oportunidades são únicas nas nossas vidas.

Fatinha: Obrigada professora, vou aproveitar o máximo.

Professora: Bom classe voltando aqui com a matéria, vamos finalmente começar a nossa aula.

Assim o resto das aulas prosseguiram normalmente, e ao terminar eu fui falar com o diretor, ele me explicou tudo sobre a viajem, e iríamos daqui 3 meses, a outra aluna classificada foi a Manuela nunca tinha visto ela na minha vida aqui na escola e agora viajaríamos juntas, legal.

Agora viria uma das partes mais difícil, explicar para meu chefe e meus pais.

Fatinha: Boa tarde chefinho!

Eduardo: Boa tarde Fatinha.

Fatinha: Então, sabia que você é o melhor chefe do mundo...

Eduardo: Claro, o que você quer? –expliquei a historia à ele desde o principio, e ele me liberou, desde que meus pais também concordassem.

Fatinha: Obrigado Chefinho, você é o melhor do mundo! Agora eu vou tomar um banho e almoçar.

Eduardo: AAh Fatinha espera. –ele levantou e pegou um buquê de rosas. –Hoje mais cedo entregaram aqui esse buquê destinado a você. –fui até ele pegá-lo.

Fatinha: Para mim?

Eduardo: Sim tem um cartão.

Fatinha: Ok! Obrigado. –preferi abri-lo aqui mesmo, estava na esperança que fosse do bruno tipo assim pedindo desculpas e tals, e comecei a ler o cartão.

“Querida Fatinha,

Receba esse buquê de flores como forma de meu amor, para você lembrar-se de mim e para você não se esquecer do que eu te disse, porque eu não esqueci.

Com muito amor e carinho,

Henk.

Fatinha: AAAAH! –eu dei um grito e o buquê caiu da minha mão.

Eduardo: Algum problema?

Fatinha: Joga isso fora agora, por favor, queima sei lá, eu não quero ver isso aqui nunca mais! –sai correndo dali, e deixei onde estava o buquê.

Esse Henk era louco e agora estava ficando mais ainda, não havia dito a ninguém que ele me ligara e pensei será que era o certo? Não sei.

Liguei para minha mãe, ela ficou super feliz com a noticia e claro convenceu meu pai a deixar.

3 meses depois

Já estava tudo pronto para a viagem, passaporte feito e vistado, malas feitas, permissão dos pais, permissão do chefe.

Meus pais vieram se despedir de mim uma semana antes da viajem.

Meus três melhores amigos me acompanharam até o aeroporto.

Alice: Vou sentir saudades!

Gui: Não esquece meu presente! 

Juh: AAHHHHHHH que saudades que eu vou ficar de você. -eu abracei os três junto.

Fatinha: Eu amo tanto vocês.

Juh: Também amamos você. Agora vai antes que você perde o voo.  –me afastei deles, sequei as lágrimas, dei meu ultimo abraço em cada um, e de longe mandei um beijo para eles, e fui com a minha nova amiga que não falava nada, para NOVA YORK, quem diria eu a menina simples que veio do interior de MG em Nova York. Muitas pessoas que iriam para o Congresso estavam nesse voo também, e o avião decolou, seria uma longa viagem...

Manuela: Fatinha? –ela me cutucava de leve e sussurrava.

Fatinha: Oi, algum problema Manu?

Manuela: Não nenhum, é que o avião já vai pousar e é para colocar os cintos de segurança.

Fatinha: AAH obrigado. –foi a primeira vez que eu tinha ouvido a voz dela.

O avião pousou, nós descemos, pegamos as malas e fomos esperar a van que nos conduziria até o hotel, havia mais ou menos 15 pessoas juntas.

Nesse meio tempo, fiz amizade com duas meninas elas eram da faculdade de Letras, eram legais até, e poderiam ser uma boa companhia, durante esses dias.

O motorista nos deixou no hotel,e eu fui logo na recepção para fazer os últimos acertos e poder ir para o quarto.

Fatinha: Vamos Manuela, estou morta, será que nós vamos ficar no mesmo quarto? –ela fez um gesto como não sei argh! Não sei por que eu gastava meu tempo falando com ela, então eu fui falar com a recepcionista, meu inglês não era o dos melhores, mas eu sabia me virar, 5 meses trabalhando em um hotel e mais 3 meses de aula extras de inglês acho que dava para me virar.

Fatinha: Hi... –disse toda empolgada.

Recepcionista: Hello, name of reservation, please.

Fatinha: OOOH yeah, Maria de Fátima dos Prazeres.

Recpicionista: Just a minute. –estava me saindo bem até agora. -There is no reservation under that name, sorry.

Fatinha: O QUE COMO ASSIM, NENHUMA RESERVA COM MEU NOME?MANUELA VOCÊ OUVIU ISSO?

............: Algum problema por aqui? –surgiu uma voz do além e eu conhecia essa voz.

Fatinha: BRUNO? AAH meu Deus! –dei um abraço nele, foi espontâneo, afinal ele era a minha salvação. –O que você esta fazendo aqui?

Bruno: Esqueceu que eu curso Letras? –ele deu risada. –Mas agora você está com algum problema? 

Fatinha: Não me esqueci mais nem imaginava que você estaria aqui, agora pelo amor de Deus me ajuda aqui, essa mulher não está entendendo o que eu estou falando, aah céeus. –eu estava super nervosa e ele não parava e dar risada de mim.

Bruno: Calma eu vou resolver isso para você. –e ele foi falar com ela, demoro uns 10 minutos lá, e eu já estava pensando na pior a hipóteses. –Pronto.

Fatinha: E ai resolveu?

Bruno: Bom realmente aconteceu um rolo aqui e a reserva estava no nome da Manuela com outra pessoa...

Fatinha: AAAh meu Deus e agora eu estou sem quarto? –eu estava desesperada.

Bruno: Se você me deixar terminar eu agradeço, obrigado, não você não está sem quarto eu sou muito bonzinho e você vai ficar no quarto comigo.

Fatinha: AAAH mais não vou mesmo.

Bruno: Você quem sabe, ou você fica comigo ou você fica sem quarto porque já estão todos lotados.

Fatinha: Ta bom então, eu vou procurar outro hotel.

Bruno: Aé? Então tá, boa sorte! E de nada por ajudar você, agora eu vou subindo estou morto de cansaço. –e saiu andando, ou eu ia com ele ou eu ficava sem, bom até que não era tão ruim assim ficar junto com ele.

Fatinha: BRUNOO! Espera eu vou com você. –ele se virou e parou. –Err Manu, desculpe por isso, mais fica sossegada nossos quartos são pertos é só me chamar se precisar. –por incrível que pareça ela já tinha feito amizade com sua nova colega e quarto que era estranha assim como ela, ela sorriu para mim, acho que isso era um sim. –Então tá, tchau.

Bruno: Sabia que você não resistiria.

Fatinha: Cala a boca. –ele apenas sorriu.

Nós fomos para o quarto que ficava no 14º andar, quando ele abriu a porta e eu pude ver melhor por dentro, eu quase cai para trás, era demais! Perfeito!

Fatinha: Todo mundo vai ficar em um quarto assim? –eu entrei e deitei na cama para experimentar.

Bruno: Não, cada um escolheu seu quarto.

Fatinha: AAh e você como é metido quis um melhor é claro.

Bruno: Para a sua informação foi meu pai que alugou esse quarto, por mim eu ficava em qualquer um. –ele deitou do meu lado.

Fatinha: Hmm, então tá. –me levantei da cama e tentei afasta-las, para que elas ficassem duas, e ele começou a dar risada de novo de mim. –Bruno qual é a sua?Eu tenho cara de palhaça?

Bruno: Não, é que você tenta fazer umas coisas que não dão certo, tipo separar a cama, elas não são duas, você vai ter que dormir comigo.

Fatinha: AAAAAh mais que merda, então você dorme no chão.

Bruno: O que? Nem a pau, quem alugou esse quarto foi eu! Quem vai dormir no chão é você.

Fatinha: Já está decidido, agora vou tomar banho.

Para falar a verdade eu amei ficar junto com ele, pelo menos eu teria com quem conversar, teria alguém para encher o saco, seria divertido, e tentador, mais até eu agente se dava bem.

 POV Bruno

Depois da nossa primeira e breve discussão sobre quem dormiria na cama, -ela estava certa de que era ela-, enquanto ela foi tomar banho eu fui buscar algo para comermos, fiz o pedido no restaurante do hotel e voltei para o quarto, quando eu abri a porta pude ver pelo espelho que ela trocava de roupa, fiquei parado na porta só observando, como ela era linda assim natural, ela também era divertida, meiga, carinhosa, amiga, companheira...

Enfim extraordinária e eu também me sentia assim quando eu estava perto dela, extraordinário. Nunca em toda minha vida menina nenhuma tinha feito eu me sentir assim, ela me mudou, eu não pensava mais em ter várias ficantes, não via mais graça nisso, a única menina que me interessava estava agora na minha frente, nada me impedia de ir até ela e me declarar, ao não ser meu medo interior.