POV fatinha

Fatinha: O que você quer comigo seu desgraçado?

Henk: É tão bom ouvir sua voz também, como você está meu amor?

Fatinha: Não te interessa me deixa em paz!

Henk: Acho que não tão cedo, só queria saber como você estava, mas você está sendo mal educada... Você viu o que aconteceu com seu amiguinho?

Fatinha: AAh céeeus você seu monstro, desprezível e insignificante como você foi capaz?

Henk: Sou um monstro como você acabou de dizer, agora presta bem atenção ou você tira a polícia que está atrás de mim ou aqueles que são significantes para você vão sofrer as consequências, e eu te garanto não são boas.

Fatinha: SE VOCÊ FIZER MAL A ELES... NEM OUSE TOCAR NELES. –eu não convenci é claro, até minha voz tremia de medo.

Henk :Estou comovido com a sua preocupação e com medo da sua ameaça, está avisado amor, ou você fica quietinha ou nunca mais você vê seus amiguinhos e principalmente o seu querido Bruno.

E ele desligou, isso não podia estar acontecendo, o que eu faria agora? Eu não conseguia pensar em nada, não podia colocar a vida de ninguém em risco por minha causa, eu precisava ir embora o mais rápido possível dali.

Bruno: Ei, onde você estava? –ele sussurrou.

Fatinha: Lá fora tomando um ar. –tentei me recompor para ele não perceber nada.

 Alice: Será que agente pode ir embora? Não está fazendo bem para ninguém ficar aqui.

Gui: Concordo, já deu isso aqui.

Fatinha: É vamos mais vocês podem esperar só mais um minuto?  –caminhei até onde estava o corpo do Heitor e pela primeira vez eu consegui olhar para ele, ele estava com um semblante triste e pesado, mesmo depois de morto.

Gui: Você precisa mesmo fazer isso? –disse ele chegando perto, e olhando para o Heitor também.

Fatinha: Preciso Gui, se não eu que não vou ficar em paz. –suspirei e comecei. -Heitor, agora eu entendo o que aconteceu, sei que você teve seus motivos, mas não consigo entender suas atitudes, mais enfim apesar de tudo... Vai em paz, eu te perdoo.

Gui: Bela atitude fiquei impressionado. –eu olhei para ele e com os olhos cheios de lágrimas, sorri, e pude ver que meus amigos também choravam, apesar de tudo sempre gostamos dele.

Fomos embora o mais rápido possível dali, e aquelas palavras daquele monstro não saiam da minha cabeça, resolvi ir para a minha casa precisava pensar.

 Minha mãe me ligou no meio da tarde dizendo que chegaria ao fim de semana porque estavam com muito trabalho, segundo ela meu pai não estava bravo comigo e sim preocupado. Eu tomei a minha atitude falaria com Dr.Ovaldo sobre o telefonema e seria agora, tomei um banho, vesti uma roupa, dei uma arrumada nos cabelos e pronto estava maravilhosa novamente (SÓ QUE NÃO MESMO).

Toquei a capainha e olha só, fui recebida pela Alice, com uma panela de brigadeiro na mão.

Fatinha: UAU tudo isso é pra mim? –disse já entrando.

Alice: AAAAi amiga, sinto lhe informar mais você não é tão importante assim. –nos rimos.

Fatinha: Quanto amor, obrigado!

Juh: NOOOSSA Fat, eu ia te liga agoooooora mesmo! Olha aqui aluguei uns filmes.

Fatinha: Tive uma intuição sabe que você ia me liga então eu vim. Mais na verdade eu precisava falar com seu pai, ele está?

Juh: Não, ele saiu com o Bruno, nem sei aonde foram, mas já já estão de volta. Você precisa falar com ele?

Fatinha: Sim o mais urgente possível.

Juh: Alice, você pode ir lá pegar no meu quarto os filmes? –ela não respondeu. –ALICE! –agora ela gritou.

Alice: OOOi, não precisa berra, já vou.

Fatinha: Uma opinião, ela estava pensando no...

Juh: Seu excelentíssimo amigo!  -nós rimos.

Era a primeira vez que eu a via assim, porque no geral ela sempre foi durona, tirava uma com a cara de todo mundo, então era estranho vê-la desse jeito, mas paralelamente era bom.

Alice: Que foi gente? –ela já estava voltando com os filmes, e pelo que pude ver era de terror, AAH NÃO!

Juh: NAAAAAAADA, só você parecendo uma idiota apaixonada.

Alice: AAAh cala a boca Julia, e você parece o que? Uma aberração.

Juh: Não apele amiga, você são lindos juntos! Melhor assim?

Alice: Dá um tempo dessas coisas de que vocês ficam lindos juntos, e isso e aquilo.

Fatinha: Gente que menina revoltada.

Juh: Ela sempre foi assim.

Alice: Ou vocês duas param, ou eu mando a panela na cabeça de cada uma.

Fatinha: Por que ela sempre foi assim? Vocês ficaram de me contar lembra? –eu e a juh conversamos como se ela não tivesse ali.

Juh: Bom acho que essa parte é só ela mesmo para te contar, amiga mais linda do meu coração? –disse ela, meio que dando passagem para a Alice falar.

Alice: Tá legal, não gosto de falar sobre isso, então presta bem atenção para eu não repetir ok? –ela disse piscando para mim.

Fatinha: Sim senhora!

Alice: Bom, a 2 anos atrás, meu pai recebeu uma proposta irrecusável (entenda, irrecusável somente para ele), em Curitiba  em um hospital grande, não sei se você sabia mais ele é neurologista e ele não pensou duas vezes em aceitar, não ligou para a opinião da minha mãe e muito menos para a minha,eu sabia que não ia dar certo e a parte mais difícil foi deixar essa idiota aqui. –ela apontou para a Julia. –Quando cheguei a nova escola não tinha e nem fiz questão de fazer amigos, mais havia um cara que não largava no meu pé, e eu acabei até criando um vinculo com ele, ele era a única pessoa que eu conversava, depois de uns 6 meses eu aceitei ir em uma festa, porque eu estava mais revoltada do que nunca com meu pai, estava fazendo coisas que ele nunca permitiu e nessa festa (que eu arrependi amargamente de ter ido) bebi muito e acabei ficando inconsciente de tão bêbada, o desgraçado me levou para a casa dele, tirou minha roupa e fez fotos intimas de mim, e espalhou para a escola inteira. –ela parou por um segundo imaginei que estava tomando coragem para falar o resto e continuou. –Eu nunca imaginei que isso fosse acontecer, nunca imaginei que ele faria isso, mais eu não deixei barato e denunciei-o, ele teve lá seus fins e pagou caro. Mas a pior parte ficou dentro de mim, eu nunca confiei em mais ninguém, e nunca mais voltei àquela escola, depois desse ocorrido meu pai voltou para cá, a Julia foi a pessoa que me colocou para cima de novo, fazendo com que cada dia mais eu me esquecesse desse ocorrido, e acredite se quiser, se eu fui dura com o Gui era porque eu tinha muito medo.

Fatinha: Meu Deus, mais eu tenho certeza que agora você vai ser muito feliz!

Alice: Eu sei, agora eu sei também, e eu ... –ela deu um sorriso, um sorriso que eu nunca vi nela, um sorriso apaixonado. –aah eu gosto dele um pouquinho. –ela riu, e a Juh deu um tapa nela. –AAAI tá legal, eu gosto muuuuuito dele.

Juh: Eu sempre soube disso. –nós rimos.

Fatinha: Tipo tava na cara né, mais ele teve uma atitude muito linda e fez com que você acreditasse nele.

Alice: É por isso que eu gosto tanto dele... mas agora podemos assistir ao filme?

Juh: É para agora mesmo.

Existe coisa melhor do que isso? Estar entre amigas, comendo brigadeiro e assistindo filmes? Tirando a parte do terror, isso aqui estava perfeito.

Tinha acabado de acabar o filme, o Dr. Ovaldo e o Bruno chegaram finalmente.

Ovaldo: Ora ora, reunião de meninas.

Juh: Boa noite pai, o senhor foi fazer compras? Por que só assim para demorar tudo isso, fala sério.

Bruno: Na próxima vez você vai conosco, para ver o que é fazer algo legal, um programa de HOMENS, tipo futebol, e não uma coisa improdutiva como ir ao Shopping.

Fatinha: UUUUUUI desculpa ai machão! –nós meninas rimos.

Bruno: Não me provoca... –ele olhou com uma cara de sedutor.

Ovaldo: Filha ir ao shopping é legal, mas nada como um futebol né? Bom  vou tomar um banho e depois trabalhar um pouco, tudo bem?

Juh: Fatinha, você não queria falar urgente com meu pai?

Fatinha: EEr deixa quieto, não era nada demais, só ia dizer que meus pais chegam no fim da semana. –eu não tive coragem de dizer que aquele monstro tinha ligado.

Ovaldo: Melhor assim, obrigado por avisar e boa noite a todos, e Bruno se você for sair novamente, leva a chave, por favor.

Bruno: Ok pai, boa noite.

Juh: Vai sair de novo?

Bruno: Acho que sim, o Tony me chamou para ir... é... na casa dele.

Juh: Hmm, entendi, da ultima vez que você foi na casa dele, tinha umas 10 piriguetes para cada um!

Bruno: Júlia fica na sua, isso não é da sua conta.

Fatinha: Nossa você não se contenta com uma só não?

Bruno: O que você tem a ver com a minha vida?

Juh: Para de ser idiota e arrogante Bruno, ela só está dizendo a verdade.

Fatinha: Ele tem razão, não tenho nada a ver mesmo com a vida dele. Bom meninas já está na minha hora, obrigada pelos filmes e o brigadeiro, até amanhã no colégio. –disse levantando-me e indo até a porta.

Alice: Ei Fat, está cedo ainda...

Fatinha: Não, eu preciso dormir. Beijos. –disse fechando a porta.

Precisava sair dali o mais rápido possível, não sei se estava triste por ele sair com várias meninas, ou por ele ter deixado claramente que eu não tinha nada a ver com a vida dele, sentei na pracinha que ficava de frente a minha casa, caiam diversas lágrimas de tristeza dos meus olhos, e como um anjo o Gui apareceu, sim ele é um anjo na minha vida.

Gui: Ei menina porque você está chorando?

Fatinha: AAh Gui... Porque as coisas nunca são do jeito que nós queremos? Porque tudo não pode ser bom?

Gui: Deixa eu pensar, você está se referindo ao Bruno?

Fatinha: Não somente ele.

Gui: Como assim não somente ele?

Fatinha: Você não vai acreditar em quem me ligou... o Henk.

Gui: Como é que é? E o que ele queria?

Fatinha: Ele ameaçou todos vocês, foi horrível. –eu debrucei em cima dos meus joelhos com o rosto nas mãos, mas o Gui me puxou e me abraçou.

Gui: Calma, ele não pode nada contra nós.

Fatinha: Pode sim, ele pode, ele que mandou matar o Heitor. –senti que ele ficou tenso.

Gui: Você tem certeza disso? –ele se afastou e olhou em meus olhos.

Fatinha: Absoluta! To com muito medo.

Gui: Calma, tudo vai dar certo, você vai ver. Esse monstro vai pagar por tudo o que ele fez. - isso era uma qualidade do Gui, ouvir tudo mesmo que fosse a pior coisa do mundo, e mesmo assim manter a calma, e só agir na hora certa.

Gui: Mas me diga, o que o cara ali fez para você?  

Fatinha: Ele é um idiota! Porque ele não percebe que eu gosto dele? Porque ele só faz as coisas que me machucam? Porque não pode dar certo?

Gui: Também quem mando você se apaixonar justamente por ele? –eu olhei para ele e revirei os olhos. –Tá legal, eu sei que você não teve culpa, mais escuta bem, o Bruno sempre teve esse jeito galinha sabe, talvez ele tenha percebido, mas não levou a sério, e as coisas que ele faz ele não percebe que machuca você, na verdade ele nunca se preocupou muito com as pessoas, só com a Julia, por isso fiquei impressionado com a atitude dele aquela noite, mas para ele te levar a sério você não pode ceder sempre que ele te procurar, você tem que manter o pulso firme entende? Você tem que provar que você não é qualquer uma, um objeto para ser usado.

Fatinha: Você tem razão...

Gui: Pois então, agora se eu fosse ele não abriria mão de você por nada, mais ele não é como eu,assim sabe, lindo, romântico, tudo de bom, galã de novela...

Fatinha: Pode parar de se achar um pouquinho?

Gui: Mas é verdade poxa, olha só eu conquistei a Alice, a ALICE, se tem noção disso?

Fatinha: Agora eu tenho, realmente aplausos para você.

Gui: Eu sempre gostei daquela rockeira, e nunca desisti, mas porque agora você tem noção?

Fatinha: Um dia, um dia você saberá.

Gui: AAAAi tá legal, coisa de mulheres né? –nós rimos.

Fatinha: Ela sabe que você está aqui?

Gui: Sabe sim, na verdade eu estava indo até a casa dela, ai ela me mando um SMS falando que eu precisava falar com você, e eu te achei aqui. –eu comecei a chorar novamente. –AAH porque você está chorando agora?

Fatinha: Porque é tão bom ver que vocês se importam comigo!

Gui: Você está tão emotiva, já sei TPM né?

Ele começou a zoar a minha cara, e ficamos um bom tempo ali conversando, depois ele foi encontrar a Alice e eu fui para a minha casa, e eu estava um pouco mais tranquila, não comi nada porque o tanto de brigadeiro que comemos lá na casa da Juh, foi refeição para o resto da semana, tava com uma dor de cabeça enorme e resolvi ir dormir, amanhã seria dia de aula e trabalho.

POV Bruno

AAh eu fui mesmo na casa do Tony, e como a Julia disse teria muitas meninas, eu estava com raiva, muita raiva e não sabia o porque, acho que foi pelo jeito como eu falei com a Fatinha, mais que se dane também, ela não tem nada a ver com minha vida, ou tinha? Não sei.

Tony: E ai cara não vai ficar com nenhuma hoje?

Bruno: Sei lá mano to sem vontade.

Tony: NOOOOOSSSA eu não escutei isso, véei se ta bem? Se ta sentindo alguma dor? Ta com febre?

Bruno: Sai Tony, eu estou absolutamente bem! Só porque eu não quero ficar com ninguém hoje?

Tony: Aquela mina te mudo mesmo em, não acha estranho você não querer ficar com ninguém?

Bruno: NINGUEM ME MUDO, MAS QUE MERDA! –na mesma hora eu levantei e agarrei a primeira menina que eu vi, só para mostrar que ninguém tinha me mudado, eu apenas não queria ficar com ninguém, ou talvez eu queria mais ela se chamava Maria de Fátima e não qualquer uma.