Catapult escrita por lawrencesberrys


Capítulo 7
6. Fear and loathing


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! Desculpem a demora de novo, eu fui nos três últimos shows do Rock in rio (sexta, sábado e domingo) e to MORTA ainda, to cheia de calos nas mãos e nos pés, mas valeu muito a pena... Vou atualizar hoje(na verdade era pra eu ter atualizado segunda mas eu não consegui nem encostar no notebook e ontem eu dormi escrevendo esse capítulo) e sexta SEM FALTA tem capítulo novo, ok? (até porque eu já escrevi, yay)



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[Quinn's POV] 

A noite do show da Barbra na Broadway já tinha chegado e a animação e excitação em ver Barbra Streisand ao vivo de Rachel estava incontrolável. Nos últimos dias, nós sempre conversávamos sobre o show e Rachel me contava suas milhares de expectativas com a apresentação de sua diva. Viajamos para NYC um dia antes do show, e ocorreu tudo bem. Rachel estava mais familiarizada com as viagens de avião do que eu, que só tinha viajado de avião duas vezes na vida, e essa era a segunda. Quase sempre nas férias ela ia para Paris com os pais, ou para qualquer outra cidade da Europa. Nós nos hospedamos em um hotel um pouco perto da Broadway para não ter problemas de locomoção com o trânsito terrível de NYC.

- Quinn, me ajuda a fechar o vestido? - ela pediu, enquanto segurava o cabelo para frente. O corpo de Rachel estava super valorizado, e suas belas curvas, estavam a mostra com aquele belo vestido preto.

O meu vestido era mais simples, a cor era um creme fosco, e meu cabelo estava preso em um coque arrumado. Rachel insistia em dizer que eu estava bonita, mas ela estava mais. Rachel estava deslumbrante, e eu sabia que ela iria atrair olhares que me causariam ciúmes. 

Rachel me puxou apressada para pegarmos um táxi, e não demorou muito para chegarmos até a Broadway. Entramos no teatro, e fomos nos sentar em nossos assentos. 

Assim que o espetáculo começou, Rachel ficou hipnotizada. Quando eu fazia um comentário, ela levava seu indicador até a minha boca e não desgrudava os olhos do palco, então decidi ficar calada. Ela dava alguns ataques controlados quando Barbra falava alguma coisa, e quando ela começou a cantar, ela apertava minha mão com força para não gritar. Nunca foi a minha praia espetáculos da Broadway e coisas desse tipo, é claro que eu preferia ficar em casa assistindo um filme na televisão do que assitir a um musical, mas não há nada que eu não faça por Rachel e tenho certeza que ela faria algo parecido por mim. 
Quando o espetáculo terminou, nós tentamos falar com a Barbra, porém não conseguimos. Muitas pessoas estavam tentando fazer o mesmo, e os seguranças estavam de olho em todo mundo, impedindo qualquer contato com a diva, de fãs histéricos até aos mais quietos e educados. Porém, Rachel surtou quando viu Jesse St. James ao lado da diva.

- O que ele está fazendo ali? Ele nem é fã! - Rachel apontou para Jesse, enfurecida. Suas bochechas coraram, mas não foram de vergonha, e sim de raiva. Seus olhos estavam negros, como ela a qualquer momento atravessasse a fila de seguranças para apenas esganar St. James.

- Se vocês fossem amigos, você estaria ali ao lado dela. - sorri e tentei acalmá-la, porém Rachel olhou furiosa para mim e eu me afastei um pouco, receosa. 

- Eu nunca seria amiga daquele... - ela cruzou os braços, enquanto me encarava com os olhos negros e sem brilho, diferente dos olhos que brilhavam na hora do espetáculo.

- Tudo bem Rachel. - arqueei minhas sobrancelhas com a reação de Rachel e fiquei sem entender o motivo de tanta raiva em relação a St. James.

Todo mundo sabia que Jesse e Rachel nunca tiveram nada, mas que Jesse já gostou de Rachel e não foi correspondido. Isso gerou a fúria de Jesse e o desaparecimento dele da vida de todo mundo do McKinley.

Rachel virou-se e saiu correndo para algum lugar e eu fiquei parada ali, boquiaberta, tentando entender o motivo dela ter me deixado ali sozinha em um lugar que eu nem conhecia.

- Vamos embora, Quinn. - Rachel reapareceu minutos depois, menos alterada e um pouco decepcionada por não ter conseguido conhecer Barbra e puxou minha mão, entrelaçando-a na sua. 

Quando chegamos no hotel, eu me joguei na cama frustrada por a noite não ter sido como eu imaginava. É claro que tinha sido boa, e que Rachel tinha se divertido, mas foi um pouco desagradável a reação de Rachel. Eu nunca fui de me importar muito com essas coisas, mas sempre quando se trata de Rachel, eu sou sensível e vulnerável, o que eu nunca imaginei ser, e o mínimo que eu poderia fazer seria não demonstrar. Isso era completamente irritante e eu desejava me importar menos com isso, o que tem sido impossível. Os segredos de Rachel. Os ataques de fúria. Os misteriosos desaparecimentos. Todas essas coisas eu deixava passar, mas a medida que se tornavam recorrentes, também tornavam-se motivos para eu ser menos paciente com algumas atitudes de Rachel.

- Quinn? Quinnie? - Rachel me cutucou enquanto eu estava com os olhos fechados na cama, ainda vestida. - Tudo bem? 

- Sim. - falei com os meus olhos ainda fechados e não me movi.
Rachel sentou-se em cima de meu corpo, com seu rosto voltado para o meu. Eu abri os meus olhos e nós nos encaramos, sem dizer uma palavra. 

- Eu sinto muito por o que aconteceu Quinn. Eu não quis tratar você daquele jeito. Eu sei o quanto você se esforçou para conseguir aqueles ingressos. - mordi o meu lábio para não falar nada e deixei Rachel continuar. - Eu sei que eu sou insuportável, mas você me ama, né? - ela selou seus lábios nos meus e depois desceu sua boca até meu pescoço, mas eu a interrompi.

- Rachel, eu sei onde isso vai terminar e eu não quero fazer sexo agora. - afastei Rachel de mim, e nós ficamos sentadas na cama. Eu quero conversar com você, e quero conversar seriamente. Eu quero que você seja sincera comigo, eu odeio mentiras. Eu nunca mentiria para você Rachel, então não há necessidade de você mentir para mim, ok? - Rachel assentiu, calma. - Qual o motivo de toda a sua alteração em relação a Jesse st. James hoje?

- Quinn, se eu não quiser falar sobre isso eu não vou estar mentindo, ou vou? - ela perguntou, apreensiva. Eu suspirei, paciente e segurei sua mão.

- Não, Rachel. Mas seria bom se você se abrisse comigo, eu não vou te julgar ou nada do tipo. - encarei Rachel e ela parecia hesitante, mas nossos olhares permaneceram firmes um ao outro.  Eu tentava decifrar os segredos dos olhos de Rachel, porém, em vão. Era como se eu estivesse vendo um grande vazio. 

- Eu não gosto de Jesse pois a personalidade dele não me agrada, somos muito distintos. - ela falou, com as pernas cruzadas. - Ele é um babaca. - ficou um grande silêncio entre nós, até ela continuar a conversa. - E... - Rachel começou a gesticular com as suas mãos. - Jesse sempre foi um babaca, ele sempre achou que poderia ter quem ele quisesse, mas não eu. E isso o frustrava. - ela tentava encontrar as palavras certas, e eu assenti para que ela continuasse. - Jesse já tentou forçar sexo comigo, mas eu fugi. - ela cuspiu as palavras de uma vez, e eu involuntariamente joguei meu corpo para trás e levei minhas mãos até a minha boca. Rachel parecia envergonhada e arrependida por ter dito aquilo, pois ela levantou-se e foi até ao banheiro.

Me senti uma idiota por ter ficado ali parada e me levantei para ir até Rachel, porém ela tinha trancado a porta do banheiro.

- Rachel? - bati na porta diversas vezes. - Abre essa porta, Rachel!

Eu comecei a ficar nervosa e continuei batendo a porta, até que Rachel finalmente a abriu. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e borrados com o rímel. Eu a abracei rapidamente, prendendo-a completamente com o meu corpo. 

- Me desculpe Quinn, eu realmente nunca falei disso para ninguém. É difícil. - ela falou, ainda abraçada em mim. 

- Tudo bem Rach. Mas você pode contar comigo, eu te amo. Eu te amo muito, Rach. - falei, segurando o rosto de Rachel e encarando os olhos que insistiam em me evitar, olhos nos quais as lágrimas insistiam em cair. 

Nós nos deitamos na cama e Rachel deitou em meu colo. Rachel estava mostrando um lado de si até então desconhecido, lado que eu só tinha visto no dia que a vi no banheiro triste por causa de Finn. Era totalmente diferente da Rachel confiante e invulnerável que eu conhecia e que estava acostumada. Eu fiz com que Rachel dormisse ali, daquele jeito, e não procurei por mais explicações, já que teríamos que voltar a Lima no dia seguinte. 

[Rachel's POV]

Lembrar daquele ser repulsivo me enojava completamente, mas me enojava mais ainda lembrar de como eu fui fraca naquele dia. Jesse tinha praticamente me obrigado a entrar em uma sala vazia do McKinley com ele, alegando querer conversar e eu já estava hesitante, mas eu entrei. Quando soube das péssimas intenções de Jesse, eu quis fugir, porém ele não deixava. Que nojo de lembrar daquelas mãos nojentas passando pelo meu corpo, e pela boca de Jesse que tentava um beijo forçado. A única coisa que eu poderia fazer seria evitá-lo o máximo possível, então eu mordi o seu lábio, fazendo com que sangrasse. Eu dei um tapa tão forte, mas tão forte em Jesse que sua bochecha esquerda ficou vermelha. Eu pensei que Jesse iria me bater por ter seu orgulho ferido, mas ele apenas sorriu com ousadia colocou sua mão no lugar onde eu tinha dado o tapa. 

[Flashback]

- Você não vai abrir a porta? Qual é o seu problema? Eu não gosto de você, abre essa porta logo se não eu vou começar a gritar.

- Eu não vou abrir agora, Berry. Não até eu conseguir o que eu quero. - ele falou com um sorriso debochado no rosto. - ele retrucou.

Jesse ficou por trás de mim e cobriu minha boca. Seu membro se esfregava em minhas nádegas e ele apertava seu corpo contra o meu com toda a força. 

Eu comecei a me debater e bati meus cotovelos contra o corpo de Jesse com toda a força que eu pude, fazendo com que ele me soltasse. Agora eu só precisava pegar a chave que estava no bolso de Jesse. Eu o empurrei quando ele estava distraído e Jesse caiu no chão, e eu subi em cima dele. 

- Você finalmente vai se render, Berry? - ele falou, me puxando para um beijo. Fingi que iria beijá-lo e levei minha mão até o seu bolso, onde a chave estava quase caindo no chão. Peguei a chave rapidamente e levantei-me de seu corpo, deixando um Jesse confuso caído no chão.

Antes dele se levantar, eu dei um chute em seu membro, fazendo com que ele ficasse se lamentando, ali caído. 

[/Flashback]

- Rachel? - Quinn batia continuadamente na porta, impaciente. 

Eu não estava acostumada a me abrir. Eu sempre guardei tudo para mim, tudo. Eu nunca gostei de me abrir com ninguém e aquilo era uma regra de Rachel Berry. Ninguém era confiável, ninguém. Eu tinha quebrado minha própria regra ao contar para Quinn, mas eu não me sentia menos eu por isso. 

Me olhava no espelho enxergando a Rachel Berry fraca de antigamente. A que quase foi abusada por Jesse st. James. A que ficou frustrada por ser traída por Finn Hudson, e que a ficou arrasada por ter sido rejeitada pela própria ''mãe''.

Eu abri a porta e abracei Quinn. Seus braços eram tão reconfortantes que eu sentia mais leve e protegida envolvida por eles. Eu amava essa loira ainda mais a cada dia que passava, mas não me sentia preparada para contar tudo. Meus pais sempre me disseram ''Um passo de cada vez, Rachel.'' e eu nunca iria me esquecer dessa frase. Mas eu não queria pensar nisso agora, eu só queria estar nos braços de Quinn e esquecer dessa recaída no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que nesse capítulo eu tenha demonstrado que a Rachel tem uma personalidade ''complicada'', e se não ficou tão claro quanto eu imaginava, ela tem alguns segredos que vão ser revelados aos poucos para que não fique confuso. É isso, até sexta e não larguem a fic. hauheua



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