O Henrique me olhou e respirando fundo.

– Vai abrir a porta- disse tirando ele de cima de mim.

– Não quero - ele me olhou e riu. - Vem cá antes - ele me puxou e me deu um selinho.

–Vai logo -sorri sem graça e a campainha tocou.

– Já vai - ele gritou e foi abrir. - Oi Patrícia! - ele disse sorrindo assim que abriu.

– Oi Henrique - ela disse mordendo os lábios e olhando ele de cima em baixo.

– Oi Patrícia - disse quase voando até a porta ao ver aquela cena patética - Henrique, vai colocar uma camiseta, meu bem - disse o encarando séria e ele riu.

– Deixa ele me ajudar com as malas primeiro - A Patrícia disse sorrindo.

– Vai ajudar ela Henrique - disse sorrindo, não queria demonstrar que estava com raiva por ela ter interrompido nosso quase beijo. É, eu gostava bastante do beijo dele.

Eles desceram e logo voltaram com duas malas, mas não eram só alguns dias? Levei ela até o quarto em que ela ficaria e sai. Fui até a cozinha e peguei a garrafa de água na geladeira e encostei na pia me servindo um copo. Estava distraída quando o Henrique chegou.

– Onde a gente parou mesmo? - ele sorriu de lado, tirou o copo da minha mão e me puxou pela cintura - Acho que aqui né? - ele passou a mão pelo meu cabelo, puxando minha cabeça para frente e me beijou, não dando nem mesmo tempo de responder. Eu correspondi, a mão dele percorria a lateral do meu corpo. Ele me sentou na pia e ficou me olhando, sorriu e beijou meu pescoço enquanto apertava minha coxa.

– Henrique, temos visita - disse passando a mão pela nuca dele.

– Vem então - ele foi me puxando até o quarto.

Quando chegamos no quarto, ele fechou a porta e me pegou no colo, fazendo minhas pernas se entrelaçarem em sua cintura. Foi me levando até a cama, enquanto eu mordia a pontinha da sua orelha e percebi ele sorrindo. Quando ele me colocou na cama, a porta se abriu.

– Patrícia? - perguntei e o Henrique revirou os olhos

– Tem uma barata no meu quarto - ela disse nos encarando- Desculpa, mas é que tenho medo.

– Henrique, vai lá- disse sentando na cama, ele já estava em pé.

– Já volto - ele piscou pra mim e me deu um selinho.

Quando eles saíram, eu fiquei sorrindo pensando nele. Não entendia como ele conseguia mexer comigo em tão pouco tempo. Fiquei deitada na cama, logo ele voltou e se deitou do meu lado.

– Que saco essa menina, não achei barata nenhuma - ele disse me olhando e sorriu.

– É - concordei sem perceber.

– Então você estava gostando mesmo? - ele sorriu de lado e me encarou.

– Não estava ruim - olhei pra ele e pisquei.

– Então - ele beijou meu pescoço - quer jantar comigo hoje?

– Longe dela? - perguntei arrepiada.

– Só nós dois - ele sussurrou no meu ouvido.

– É, você ta merecendo - eu ri e por impulso dei um selinho nele.

Ele me olhou e riu, passou a mão pelo meu cabelo colocando uma mecha atrás da orelha.

– Linda - ele disse com a boca colada na minha e eu sorri.

Logo iniciamos um beijo calmo. Depois ele me puxou pro peito dele e eu dormi assim. Acordei com ele fazendo carinho na minha cabeça.

– Vamos jantar? - ele perguntou beijando o topo da minha cabeça.

– Já anoiteceu?

– Já - ele riu - você dorme ein?

– Pois é - disse levantando - Vou tomar banho e me arrumar.

Levantei da cama e ele me olhou sorrindo. Tomei um banho, escovei meu cabelo, coloquei um vestido dourado e um sapato alto. Maquiei e quando estava me perfumando o Henrique entrou no closet.

– Qual Paula? - ele me mostrou duas camisas polo, uma preta e a outra vinho.

– A vinho - disse colocando meu brinco - To pronta - disse o encarando.

– Eu também - ele disse vestindo a camisa e olhando no espelho.

– Vamos então? - perguntei indo pro quarto e pegando meu celular e o colocando dentro da bolsa.

– Você está muito gata assim pra quem? - ele disse me abraçando por trás.

– Eu sou assim normalmente - disse rindo e me virando pra ele - muito gata.

– Por isso aceitei casar com você - ele riu e beijou meu pescoço - E não fugi.

– Ainda da tempo de você fugir, esse casamento é de mentira né? - disse confusa

– Não sei se eu quero mais fugir - ele sorriu- O que você acha?

– A gente pode se conhecer, sei lá, não tivemos muito tempo para isso e vemos o que vai da- disse o encarnado e ele sorriu.

– É tipo um contrato com benefícios - ele riu e eu também.

– Exatamente - disse me soltando dos braços dele - Agora vamos?

– Vamos.

Desci na frente e a Patrícia estava sentada no sofá vendo tv. Quando nos viu, deu um pulo e ficou em pé:

– Estou com fome - ela disse - podia preparar alguma coisa Paula? - ela olhou pra gente de novo - Aonde vocês vão?

– Nós vamos jantar - O Henrique respondeu.

– Ótimo, vou me arrumar rapidinho.

– Não Patrícia - o Henrique disse de novo - Eu e a Paula vamos jantar, você não vai dessa vez - ele disse seco - tem comida na geladeira.

– Tchau - disse enquanto o Henrique pegava minha mão e me puxava até a porta. Quando sai, o Henrique bufou.

– Se arrependimento matasse estaria morto - ele disse chamando o elevador - Essa menina é um saco.

– Ela não era assim - disse pensativa - mas deixa pra lá, agora já era.