Todos, Menos Você! escrita por eai mandy
Acordei no dia seguinte cedo, tinha que trabalhar. Levantei , tomei um banho. Quando sai do banheiro, me lembrei que todas as minhas roupas estavam no quarto do Henrique. Enrolei a toalha no meu corpo e fui até o outro quarto, abri a porta e ele estava dormindo lá, todo espalhado na cama. Fui devagar ate o closet, peguei uma blusa azul, uma saia floriada linda e uma sapatilha dourada. Vesti rapidamente minha roupa , penteei meus cabelos , passei uma make básica e me perfumei. Quando voltei para o quarto, o Henrique estava acordado:
– Bom dia Paula - ele sorriu e se espreguiçou - Quer que te leve para o trabalho?
– Não, sei ir sozinha - disse sorrindo cinicamente.
– Não vou trabalhar hoje.
– E desde quando você trabalha Henrique?
– Eu ajudo meu pai nos negócios aqui no Brasil agora.
– Imagino que tipo de negócios, mas to indo - disse abrindo a porta do quarto - Tchau.
Quando estava descendo a escada me lembrei que não havia arrumado o quarto de hospedes para a Patrícia, voltei até o quarto e o Henrique estava se levantando:
– Já que vai ficar em casa, arruma o quarto pra nossa hospede - disse levantando uma das sobrancelhas.
– Sim senhora - ele disse se aproximando de mim - esposinha
Olhei pra ele e quando me virei para sair novamente, ele me puxou pelo braço, fazendo com que nossos corpos ficassem colados:
– Me solta Henrique - disse o olhando.
Ele riu e me deu um selinho.
– Bom trabalho - ele sussurrou no meu ouvido e saiu em direção ao banheiro.
Sai rápido do quarto, que cara atrevido. Tirei ele dos meu pensamentos. Fui ate a garagem, entrei no meu carro e fui em direção ao trabalho . Quando cheguei lá vi
Ivete sentada:
– Oi amiga - ela levantou e me abraçou
– Oi gata - disse rindo e entramos.
Quando sentamos nos nossos lugares , ela me olhou e disse:
– Me conta tudo, como é ser casada? - ela disse rindo
– Sei lá , ainda não sei muito bem - disse tentando disfarçar.
Graças a deus o Márcio chegou na sala e interrompeu nosso assunto.
Na hora de ir embora, vi o Henrique no outro lado da rua. Quando estava quase na saída, alguém segurou meu ombro.
– Oi Paula - olhei para atrás e era o Victor.
– Oi - disse seca.
Ele olhou pra minha mão, focando a enorme aliança de ouro na minha mão esquerda.
– Então é verdade mesmo - ele disse com um sorriso aparentemente triste.
– E em algum momento você achou que eu estava mentindo Victor? - disse seca.
– Não é possível que você ama ele de verdade - ele me olhou serio - não é possível que você não sinta nada por mim ainda.
– Sinto - disse o encarando - ódio, desprezo e mais umas coisas desse tipo - disse olhando pra direção do portão e o Henrique estava vindo na nossa direção.
– Pode ser, mas ta na cara que você não ta feliz - ele disse mexendo com o meu ego - eu te conheço Paula.
– Você nunca se importou muito com a minha felicidade Victor, deixa de ser hipócrita.
– Algum problema? - o Henrique chegou por trás de mim, me abraçando pela cintura
– Não - respondi olhando pro Victor - Vamos embora.
– Vim te buscar pra almoçar - ele disse ainda com o braço em volta da minha cintura, já estávamos chegando no meu carro.
– Não vim de carro.
– Vai dirigindo - disse entregando a chave.
Entrei no carro e fiquei em silêncio.
Chegamos em um restaurante e o Henrique abriu a porta do carro para mim.
– Algum problema Paula? - ele perguntou me encarando
– Nada de mais - disse olhando para frente e andando ao lado dele.
– Aquele seu ex fez alguma coisa? - ele perguntou em um tom que me pareceu de raiva, mas aquilo era coisa da minha cabeça.
– Só me disse uma coisas que me fizeram pensar, mas deixa isso pra lá - forcei um pequeno sorriso.
Quando nos sentamos na mesa e fizemos o pedido o Henrique me olhava com uma cara que não conseguia decifrar.
– O que foi? - perguntei sem graça.
– Fico pensando como aquele cara pode fazer o que fez com você - ele disse balançando a cabeça - Você é linda, meio marrenta é verdade, mas isso te completa, sei lá - ele deu uma pequena risadinha.
– As vezes não era isso tudo - disse um pouco sem jeito.
– Ou ele não te conheceu de verdade - ele riu.
– Ninguém conhece ninguém de verdade - eu disse sorrindo.
– É - ele disse rindo.
Nossa comida chegou e comemos em silêncio. As vezes ele me olhava e sorria. Quando terminamos o almoço , ele pagou a conta e saímos do restaurante.
– Quer fazer alguma coisa? - ele perguntou tranquilo enquanto entravamos no carro.
– Não podemos né, a Patrícia vai chegar lá em casa - disse me controlando para não revirar os olhos.
– Então vamos embora - ele disse ligando o carro.
Quando chegamos em casa, tirei meus sapatos e me joguei no sofá. O Henrique passou direto e foi para o quarto e logo voltou sem camisa e so de bermuda.
– E então, como foi o trabalho?
– Nada demais - disse olhando para minhas unhas, não queria olhar para ele.
Ele se jogou em cima de mim.
– Você me diverte - ele disse rindo
– Por que?
– Porque você tem esse jeito tanto faz para as coisas.
– E você é gordo , então sai de cima de mim - eu empurrei ele , mas ele não saiu - Ta me esmagando.
Ele riu e aproximou mais seu rosto de mim, estávamos realmente muito perto um do outro. Ele mordeu meu lábio e soltou, quando ia me beijar a campainha tocou.
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