Yume No Kakera escrita por Nemui


Capítulo 22
Passos em direção ao novo eu...Uma história...


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna!!!!
Eu não sei se vocês viram nas minhas outras estórias, mas estou retornando de uma quarentena de 40 dias sem animes nem escrever...
T-T Foi duro, mas consegui suportar...
Por isso aqui vai mais um capítulo para vocês como um presentinho de Festa Julina ^^
Jya ne! Aguardo os comentários...



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– De quem elas estão falando? – InuYasha tinha que ouvir essa conversa.

– Do namorado delinquente da Yume-chan! – Ami entrega de lavada pra ele.

– “É hoje que eu morro!” – Pensei quase desmaiando, não sei se foi o choque, mas comecei a ficar tonta.

– Desde quando você tem namorado? – InuYasha gritou comigo, ele estava realmente com uma cara de bravo e surpreso ao mesmo tempo.

– B-Bem... – Eu travei completamente, ainda me senti tonta e de repente toda a força restante em meu corpo se vai enquanto eu tropeço caindo para trás, bati a cabeça no meio fio da calçada e desmaiei...minha última lembrança foi de ouvir InuYasha chamando meu nome.

– Yume! Yume! Acorda! Yume!!! – De certa forma, me senti bem por ter ouvido ele me chamar...mesmo que o momento fosse ruim...

.....................................

Escuridão. Isso resume em que eu estaria imersa logo depois de perder todos os meus sentidos, mas algo me manteve acordada de certa forma.

– Yume... – Foi o som do meu nome sendo chamado diversas vezes sem parar. – Yume! – Aquela voz me era conhecida, mas eu estava cansada de mais pra poder pensar em quem era. – Yume! Aguente firme... – A voz sumia de tempos em tempos e a cada intervalo eu via alguma coisa diferente...

Estou em frente a árvore onde o InuYasha foi preso por Kikyou...aliás...por que ela teria feito isso? O que aconteceu a ela depois disso? Por que minha mãe tem a Shikon no Tama? Essas e mais perguntas me rondavam.

– Vamos. – Aquela voz...olhei para frente e InuYasha surge, ele está a frente da árvore mas mantém o olhar fixo em mim, estende a mão e mantém um olhar depressivo. – Vamos...estão te esperando... – Ele diz em um tom meloso e triste.

– Hai! – Digo, e dando um passo eu vejo Kikyou surgir a minha frente, como se ela tivesse saído de dentro de mim.

– Kikyou...não há um dia se quer que eu não pense em você... – Aquilo me doeu, e muito, a cena que vi no outro dia...InuYasha praticamente se declarando para Kikyou...se repetiu a minha frente, novamente eu estava presa aquela maldita árvore que me fez ficar invisível.

– “InuYasha...você não pode me ver não é mesmo?! Por mais que eu esteja sempre perto, você está sempre pensando nela...em como ela está...e eu sempre fui invisível...só uma ferramenta para o retorno dela...nada a mais...a solidão dói mais do que eu imaginava...” – Penso vendo os dois juntos a minha frente, quase pude sentir meu coração se quebrar em mil pedaços.

– Yume! – Mais uma vez meu nome é chamado me tirando desse pesadelo. – Yume! – Aquela voz...a reconheço de algum lugar...

– Inu—Yasha... – Consigo pronunciar seu nome. – Você...não entenderia...nem que eu explicasse... – Consigo dizer isso apenas, depois disso apenas ouvi meu nome mais uma vez.

– Yume...! – Parecia surpreso, eu estava confortável de certa forma, acho que me senti aquecida por algo que estava me mantendo firme, tenho certeza de que estava sendo carregada por alguém. Mais uma vez eu apaguei...

.....................................

– “Yume!” – Não deu tempo nem de falar e ela já estava caída no chão a minha frente.

– Ela está sangrando! – Uma das garotas que a acompanhavam disse isso apontando pra cabeça dela.

– Yume! Aguente firme! – Eu a peguei no colo e comecei a correr, não muito rápido pro caso dela não piorar. – Yume! – Chamei, acabei deixando um tom desesperado sair, ela já passou por coisas piores...por que está desmaiada apenas por um choque com o chão? Tentar chamá-la nessa situação é inútil, mas não consigo me manter firme agora.

– Inu—Yasha...Você...não entenderia...nem que eu explicasse... – Essa foi sua resposta a minha suplica, isso já me é um alívio, ao menos ela ainda está viva, mas o sangramento na parte de trás da cabeça não para.

– Yume... – Me direciono para o local onde fica sua casa. – Mãe da Yume!!! – Gritei abrindo a porta com ela no colo.

– InuYasha-san?! – Por sorte ela ainda estava ali, junto dela estavam o irmão e o pai da Yume.

– O que aconteceu? – O pai dela veio que nem um desesperado e a pegou do meu colo.

– Eu não sei. Ela estava comigo e mais umas garotas e do nada ela desmaiou. – Tento explicar.

– A cabeça dela ta sangrando. – A mãe dela aprece com uma caixa branca e um monte de remédios em mão. – Leve ela pro quarto! – Ordena. Eu tentei segui-los, mas o irmão da Yume me impediu agarrando minha calça.

– InuYasha-nii-san! Não! Só a mamãe pode entrar no quarto da nee-chan! Ela vai ficar brava com isso! – Ele agarrou a minha calça com as duas mãos e estava realmente sério.

– Mas... – Tentei continuar, mas ele realmente não permitiu, depois disso eu fui pro quintal e fiquei conversando com a mãe dela, os ferimentos já tinham sido cuidados e Yume já estava bem...ou quase isso.

– InuYasha-san...poderíamos conversar em particular? – A mãe dela apareceu com uma expressão preocupada, aquilo não poderia ser um bom sinal.

Ela me levou para fora da casa, lá ficamos sentados ao redor de uma pequena fogueira que eles mantinham lá.

– Primeiro, eu gostaria de pedir desculpas pelo ocorrido. Minha filha na verdade está desmaiada, ela não tropeçou. – Isso me chama a atenção.

– Como não?! – Pergunto. – Eu mesmo vi ela tropeçar.

– Tem uma coisa que eu tenho que te contar...e que já devia ter contado a ela faz muitos anos. – O olhar da mãe da Yume parecia perdido, ela olhava para o fogo enquanto me contou uma história.

Uma vez há muito tempo, outra humana possuía a Shikon no Tama, ela não sabia dos poderes contidos naquela joia e quando um dia estava com o colar e caiu no Huekui no Ido e acabou indo parar na sua era, vários anos antes de você nascer. Ela encontrou uma vila, onde vivia um hanyou que não era nada simpático, ele quase matou a garota, mas foi impedido por uma senhora de 40 anos que acabou por cuidar da garota.

Kaede-sama, ajudou a menina a se curar e retornar para casa, porém o hanyou a seguiu e...bem...conforme o tempo foi passando o ódio que um tinha pelo outro foi se transformando em outros sentimentos, primeiro amizade e por seguinte o amor...

Só que...quando a moça se tocou que um dia haveria de escolher um dos lados como lar, ficou com medo de viver para sempre na era passada, então ela tentou se afastar do hanyou, bloqueando a passagem do Huekui no Ido com vários amuletos protetores. felizmente, o hanyou conseguiu dar um jeito de passar, ele apareceu todo ferido em frente a ela que logo em seguida desabou num choro quase sem fim, pois sentia muito a falta dele.

Ele a pediu em casamento e ela ficou com medo de aceitar, por isso contou a ele que havia feito isso para que ele se esquecesse dela e para que ela pudesse seguir com sua vida nessa Era. Então ele deu uma bela bronca na garota e disse que viveria com ela em qualquer lugar porque...só se importava de estar com ela não em onde nem como estaria.

Os dois resolveram então viver na era da garota, lá eles se casaram e tiveram uma filha, alguns anos depois de nascer, eles perceberam que a filha era diferente, então pediram a ajuda da Kaede-sama para que descobrissem o que havia de errado na garota. A resposta foi que, por ela ser filha de um hanyou parte de seu sangue é de uma youkai, apesar de ser pouco ainda sim ela tinha chances de se transformar, porém isso oferecia riscos a sua vida.

Por isso, Kaede-sama instruiu os pais da garota a serem sempre alegres por perto dela, para que a raiva e o medo não a atormentassem de forma a causar sua transformação repentina. Assim eles fizeram até que...o pai da garota foi assaltado e quando tentou reagir levou um tiro no peito que o matou pouco depois de dar alguns passos dentro de casa.

A menina que viu tudo ficou desesperada, gritava pelo pai o tempo todo e ficou vários dias chorando, durante esses dias, a mãe descobriu que estava grávida novamente, nesses meses a espera de seu segundo filho ela encontrou alguém que lhe dera conforto quando mais precisava. Com a filha fugindo de casa a todo instante e a preocupação nas alturas, ela sabia que não poderia ter uma gravidez tranquila. A mulher decidira se casar antes que a barriga começasse a aparecer, sem a opinião da filha que não parava em casa, a mulher se casou no civil.

A filha no começo não aceitara o novo pai, porém...houve um dia em que ela resolveu lhe dar uma folga. Foi no dia em que seu irmão nasceu, estando com o pequeno em seus braços ela recomeçou a chorar, uma cena que a mãe não via desde que o pai se fora. A recém-formada irmã mais velha passou a cuidar do irmão e até tentou se aproximar do padrasto, coisa que ainda não funciona muito bem...Hoje, a mulher que tem dois filhos de pai morto e um novo marido tenta confiar na filha toda vez que a lhe vê saindo de casa para se encontrar com Kaede-sama, um hanyou e outros amigos...pedindo de todo o coração que a filha não sofra da mesma maneira.

– Essa é a minha história. – A mãe da Yume ficou com uma cara depressiva, mas manteve um sorriso no rosto, voltou a olhar para mim, deitou a cabeça um pouco para o lado e quase fechou os olhos ao sorrir um pouco mais.

– Então...eu não sou o único...


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Notas finais do capítulo

Palavras em japonês usadas nesse capítulo:

Hai: Sim
Nee-chan: IrmãMana
Shikon no Tama: Joia de Quatro Almas
Huekui no Ido: Poço Come Ossos
Hanyou: Filho de um youkai e um humano
Youkai: Montro



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