Yume No Kakera escrita por Nemui


Capítulo 2
A lenda ou a mentira...


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo gostaria de agradecer a TsumeTorea que comentou no primeiro capitulo, fico feliz que tenha gostado e aguarde porque a história vai longe ainda.

Não esqueçam de ver o vocabulário em japonês no final.

Arigato Gozaimashita :)



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No capítulo anterior...

– Oi! Tem alguém ai? – Perguntava sem me afastar muito do poço, realmente era estranho, o pior veio mesmo quando alguém respondeu de dentro da floresta, não era longe, mas pareceu uma voz bem estranha.

 - Ei! Alguém ai? Kikyou se você aparecer aqui eu juro que te dou uma surra! – Essa frase foi bem assustadora, mas como eu não era Kikyou eu me aproximei de onde veio o som, encontrei com alguém preso a uma árvore com uma flecha e enrolado nas raízes, aquilo era bem preocupante, mas o mais estranho foi quando olhei bem pra cara da pessoa que estava presa lá e não acreditava no que tinha visto.

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 - InuYasha? – Perguntava pra mim mesma em voz alta, o rapaz que encontrei na árvore era exatamente igual a uma gravura de uma lenda que eu li, o rosto, o cabelo e até mesmo as orelhas de um inu, mas o mais estranho era como ele poderia se parecer tanto com o InuYasha da lenda ainda mais num lugar tão parecido e do mesmo jeito que termina a história.

 - E quem mais você esperava? Você que me prendeu aqui sua... – Eu interfiro antes mesmo que ele posso começar a me chingar.

 - Opa perai! Como assim eu te prendi ai? Quem te colocou nessa árvore não fui eu!

 - Então quem poderia ser? O cheiro de duas pessoas não pode ser igual, você com certeza é a Kikyou anda logo e me tira daqui!

 - Nem a pau! Acha mesmo que vou me arriscar a te tirar daí eu sei muito bem cada um dos golpes do InuYasha e mesmo que você não os tenha prefiro ficar quieta no meu canto! E mais uma coisa, meu nome não é Kikyou poxa!!!!!!!! Yume, Yume Hirasawa é o meu nome e não Kikyou, agora me diz como eu teria o cheiro de outra pessoa? E porque não presta bastante atenção antes de xingar os outros seu...argh! Quer saber esquece! – Digo me afastando dele com muita raiva.

 - Ei espera ai! – Dizia gritando do tronco onde estava preso. Eu paro e me viro pra ele e começo a falar num tom sarcástico.

 - O que é agora? Se precisa mesmo de ajuda peça a essa tal KiKyou quem sabe ela não te ajuda. – Digo agora rindo e voltando a andar.

 - Sua...Kikyou  se você me livrar dessa flecha aqui eu não falo mais nada e sumo daqui! – Diz tentando fazer um acordo comigo, pelo menos é o que me pareceu naquela hora.

 - Agora tenta fazer acordo comigo, essa é boa, agora para de me chamar de Kikyou, já disse que meu nome é Yume. – Digo me aproximando dele, o problema mesmo foi que pra tirar a flecha dele tive que chegar bem perto, a flecha estava presa no peito dele, meu rosto e o dele estavam próximos mas nem tanto, eu estava mais a baixo dele, naquele momento eu percebi que não parecia algum tipo de enganação, era mesmo muito parecido com o personagem da lenda e do livro, eu sempre carregava esse livro mas dessa vez eu não trouxe ele porque pensei que não ia precisar.

 - Tá olhando o que? – Foi aí que eu me peguei olhado pra cara dele do nada, estava realmente encarando ele direto nos olhos, comecei a pensar se eu realmente estava pensando no que fazia.

 - N-Não é nada, eu só...achei você parecido com alguém. – Digo agora tentando tirar a flecha dele, mas parecia colada e fundida na árvore.

 - Parecido com quem?  Não tem nem como ter outro parecido comigo por aqui. – Diz num tom arrogante e orgulhoso.

 - E porque não poderia ter, você me disse que eu sou igual a essa Kikyou, então nada é impossível, pode haver outro parecido com você sim. – Eu começo a puxar a flecha com mais força até ela começar a brilhar e então se desfazer na minha mão. Foi estranho, incrível e provavelmente a coisa mais perigosa que eu poderia ter feito, quem mais seria doido de ajudar alguém no meio da floresta sem nem saber onde está? O mais provável é que só eu poderia fazer isso, aliás, só eu seria a pessoa mais tonta do mundo pra fazer isso. Assim que o “InnuYasha” se soltou ele simplesmente começou a seguir caminho. – Ei espera um pouco, eu já entendi você “é” o InuYasha mas pelo menos me diz onde eu estou ou onde posso encontrar mais alguém. – Digo seguindo ele.

 - Para de me seguir, a leste daqui tem uma vila pequena, lá vai encontra alguma informação. Então sayonara. – Diz pulando nas árvores e sumindo de vista.

 - “Eita carinha estranho, com certeza isso é coisa da minha okaa pra tentar me fazer  largar o livro e esquecer a lenda, mas se fosse isso mesmo ela simplesmente teria pedido e não me jogado de um poço fazendo uma encenação dessas, mas como pode haver uma vila por aqui? Só tinha mato até agora a pouco.” – Penso seguindo para o leste, depois de passar por várias árvores encontro a vila que o rapaz falou. Ainda não acreditava que ele poderia mesmo ser o InuYasha mas que eu estava tendo um sonho ou pesadelo enquanto estava caída naquele poço. Ao chegar na vila alguns dos que estavam lá se aproximam, todos com roupas antigas, parecia ser a Sengoku Jidai, eu tinha voltado no tempo naquela hora. Os aldeões começam a se agrupar ao meu redor falando alguma coisa sobre a minha roupa e minha aparência até surgir uma senhora de branco e vermelho com um arco e flechas, ela me olhou bem e então começou a sorrir pra mim.

 - Minha onee-sama retornou. Kikyou retornou enfim, me diga, onde está sua okaa?

 - Em primeiro lugar meu nome não é Kikyou é Yume e como eu vou saber, ela me jogou num poço e eu vim parar aqui.

 - Que bom, ela seguiu minhas instruções direitinho, agora Yume-chan venha até minha casa. – Diz me levando até um templo acima de uma montanha. Era grande e muito bonito, mas parecia estar em reformas, tinham algumas marcas bem estranhas nas paredes e no chão daquele lugar.

 - Ei, você poderia me dizer seu nome pelo menos? E o que aconteceu aqui? – Pergunto ainda seguindo ela.

 - Meu nome é Kaede, e um youkai resolveu atacar por aqui então temos que ficar alerta. – Eu estava confusa, até agora ninguém tinha me explicado nada daquilo e nem o que aconteceu comigo pra ter chegado ali.

 - Kaede-sama, minha okaa me disse que a senhora iria me explicar tudo sobre o meu pai, o que ela quis dizer eu não sei, mas se puder mesmo fazer isso ficarei agradecida. – Kaede-sama começa a entrar em um dos quartos do templo e lá eu me deparo com uma cama improvisada no chão com palha, cobertores e um travesseiro pequeno de penas, acima da cama estava uma peça de roupas igual a da senhora sé que menor.

 - Essa roupa era da minha onee-sama, se quiser pode usa-la para andar e se misturar com os daqui, vai precisar muito disso e de um treinamento rápido caso algum youkai tente te atacar.

 - Mas do que está falando? Youkais foram extintos a mais de 2 séculos, agora o máximo que pode existir são hanyous.

 - No seu tempo sim, mas aqui existem youkais de todos os tipos e o pior são mesmo os que parecem com humanos. – Diz se sentando e olhando bem em meus olhos.

 - Como assim no meu tempo? – Pergunto curiosa e muito preocupada, me sentando ao lado dela.

 - Você ainda está com 17 anos não é? Ainda não pode saber de tudo, mas posso te contar algumas coisas sobre seu pai. Ele na verdade não era do mesmo tempo que a sua mãe, por acidente ela encontrou a Shikon no Tama e quando caiu no poço veio para aqui e descobriu esse lugar, a Sengoku Jidai como ela chama era o verdadeiro lar do seu pai, ele vivia pacificamente aqui comigo apesar de não ser parente meu, ele protegia a vila e deixava longe os youkais que queriam pegar a Shikon no Tama, um dia seu pai conheceu sua okaa quando ela entrou na minha casa sem conhecer nada por aqui e pensando que ela pudesse ser um youkai quase a matou, mas foi ai que os dois se apaixonaram e se casaram, um ano depois tiveram você e logo em seguida ele morreu, sua okaa é que nunca fala nada sobre ele porque prometeu nunca chorar por ele ter morrido, ela se casou com seu padrasto para te dar uma vida boa e digna e isso é tudo que posso dizer por enquanto. – Depois disso eu fui descansar a conselho da Kaede-sama, estava começando a achar tudo aquilo bem real...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Palavras em japonês usadas nesse capítulo:

Inu: Cachorro
Sayonara: Tchau/Adeus
Okaa: Mãe
Sengoku Jidai: Era Feudal no Japão
Onee: Irmã
Youkai: Espécie de monstro
Hanyou: Meio monstro, filho de youkais com humanos



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