Shade and Love escrita por Thality


Capítulo 9
Capítulo 8 - Besta assassina capturada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Muito obrigada a todas que comentaram.
Aqui está mais um capítulo, dessa vez um dia antes do combinado. Decidi que vou tentar postar mais rápido. O que vocês acham?
Espero que gostem. Me digam o que estão achando da fic.
Boa leitura :)



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Mia não podia acreditar que o próprio irmão de Damon pretendia fazer algo contra ele. Ela desconhecia aquele universo onde irmãos se odiavam, e ficou nervosa quando nem Elena, nem Stefan responderam sua pergunta. Eles a olharam como se o assunto estivesse além de sua compreensão. Como se ela fosse apenas uma garotinha ingênua, que não soubesse metade das coisas do mundo. Talvez fosse exatamente o caso, mas Mia continuou parada, encarando os dois, com os intensos olhos azuis penetrantes e zangados.

—O que você vai fazer com o Damon, Stefan? –Perguntou pela segunda vez.

—Mia... –Elena começou, estava um pouco envergonhada por parecer que queria fazer mal a alguém. –Não faríamos nada se não fosse realmente necessário.

—O que vocês querem dizer com “parar” o Damon?

—Olha Mia... –Stefan a fitou profundamente, sabia que não conseguiria apagar sua memória de maneira eficaz, mas não havia como explicar toda aquela situação sem mencionar a existências de vampiros e a morte da mãe da garota. Então tentou hipnotizá-la. –Você só precisa confiar em nós. O Damon é perigoso, Mia. Você tem que ficar longe dele, entendeu?

—Não, Stefan. Ele não é. –Ela disse um pouco alterada, o vampiro não compreendeu como a garota conseguiu resistir à sua influência.

—Mia. Você vai esquecer tudo isso, e sair daqui. –Ele disse um pouco mais autoritário, se esforçando para hipnotizá-la.

—Vocês podem parar de fazer isso?! –Mia falou nervosa. Por sorte não havia ninguém no corredor. –Toda hora! Toda hora vocês fazem as coisas e depois vêm com essa de “Mia, você tem que esquecer isso. Você não pode fazer aquilo.” –Ela engrossou a voz, em uma tentativa cômica de imitar os vampiros. -Vocês são loucos ou o quê? Ainda não deu pra perceber que isso não funciona?!

Elena riu baixinho, mas controlou-se porque Stefan estava sério, parecia preocupado.

—Você está usando verbena? Onde conseguiu? –O vampiro perguntou.

—Eu nem sei o que é isso! Para de tentar mudar de assunto, Stefan!

O vampiro inalou o ar, colocando atenção em qualquer cheiro diferente, mas não havia nada em Mia a não ser o aroma adocicado do sangue.

—É verdade, não tem verbena em você. –Concluiu. –Então o que você é? Humanos comuns não conseguem resistir à hipnose.

—Sou uma garota, e estou muito, muito brava. Vocês estão enganados a respeito do Damon. –Ela disse. –Muito me admira você, irmão dele, não saber disso. E você também Elena, o Damon é bom com você.

—Você não sabe nada sobre o meu irmão, Mia. –Disse Stefan, pacientemente. Ele gostava de Mia, apesar de que naquele momento estivesse tendo problemas para lidar com a teimosia dela.

—Sei sim. E sei sobre você também. –Ela conferiu se o corredor continuava vazio, e diminuiu a voz. –Você e o Damon são vampiros. Sei que Elena é a única que sabe disso, sei que você não se alimenta de humanos, e sei que quando atacam pessoas vocês podem perder o controle e matar sem querer.

—Mia... Vampiros não existem. –Era a última tentativa de Stefan.

—Eu sei de tudo isso porquE... Porque ele matou a minha mãe. –Disse ela, por fim, olhando para o chão. Sentiu as lágrimas brotarem, mas aquele não era o momento para chorar, então tentou controlar-se.

—Eu sinto muito que você tenha passado por isso, Mia. –Disse Elena, com uma solidariedade sincera. –Eu sei como sua cabeça deve estar. Mas nós precisamos que você...

—Não se preocupe. Eu sei guardar segredos. –Disse a garota. –Mas vocês percebem que se Damon fosse realmente ruim ele teria me matado também? Eu estava lá naquela noite. Ele pretendia me matar, minha mãe me protegeu... Mas ainda assim, ele poderia ter feito. E não fez.

Por um lado era terrível reviver aquele momento, mas por outro, era bom poder contar para alguém tendo certeza que não seria chamada de louca. Era como um desabafo.

—E ele não me machucou. –Mia continuou. –Pelo contrário. Ele parecia... Arrependido. Até tentou usar esse truque de vocês pra amenizar as coisas. Mas não deu certo. O Damon acredita que conseguiu. –Ela se lembrou. –Por favor, não contem que eu sei.

—Mia... O Damon nunca se arrepende. –Disse Stefan. –Eu sei que deve ser ruim pra você ouvir isso, mas ele é um assassino. Ele mata por prazer, para se divertir. Ele não tem sentimentos, não tem escrúpulos. Ele é uma besta assassina, e precisa ser detido.

—Ele pode até ser... Mas salvou minha vida hoje. –Era o último apelo de Mia. E ela percebeu que aquilo mexeu com os sentimentos de Elena. Havia feito com que ela refletisse. Já Stefan, não conseguia acreditar. Para ele, Damon não tinha nenhuma chance de redenção, nenhum vestígio de humanidade.

A garota decidiu deixar o casal pensar sobre aquilo. Contar tudo o que sabia havia tirado um grande peso de suas costas, ela só percebeu quando conseguiu respirar com tranquilidade, uma leveza que não sentia há dias. Algumas lágrimas escorreram por seu rosto, mas não sentia tanta dor quanto antes.

*

Mia se lembrou de que deveria encontrar Jeremy, ela sabia exatamente aonde ir. Um lugar da escola que ficava afastado, conhecido como “Point dos Drogados”.

Quando se aproximou, todos a olharam de uma maneira estranha porque não a conheciam. A garota sorriu para eles, estava um pouco envergonhada pela forma como a olhavam, os rapazes sorriram de volta, com certa pretensão. As outras garotas continuaram agindo normalmente.

—Oi gracinha... –Um deles falou olhando-a de cima a baixo. Mia acenou de leve, sem saber o que fazer, por sorte avistou Jeremy.

O garoto estava sentado sozinho em uma mesa de madeira, com uma garrafa de cerveja barata e um cigarro ainda inteiro. Ele ainda não havia experimentado drogas mais pesadas, mas queria usar qualquer coisa que lhe oferecessem naquele dia. Queria esquecer que existia um mundo fora daquele lugar.

—Aqui não é lugar para você. –Disse ele, quando Mia sentou-se ao seu lado.

—Nem pra você, na verdade. –Ela respondeu, pegando o cigarro da mão dele.

Era terrível vê-lo naquele estado. Os dois se conheciam há pouquíssimo tempo, mas Jeremy já havia se tornado um bom amigo.

—Isso é bom? –A garota perguntou, fingindo que ia colocar o cigarro na boca, apenas para ver a reação do garoto. Ele pegou o cigarro da mão dela e amassou a ponta na mesa.

—Nem pense nisso. –Disse ele. –É só pra fracassados. –Mia deu uma risada leve.

—Você não é um fracassado, Jeremy. –Disse ela. –O que aconteceu?

—Não vai me dar lição de moral? –Ele perguntou, e a garota balançou a cabeça negativamente. –Bom, hoje mais cedo eu fui ao hospital visitar a Vicky. Você se lembra dela. É a minha... Alguma coisa. E ela praticamente me chutou para fora. Disse que eu não deveria estar lá porque as pessoas iriam desconfiar... –Falou quase com desprezo. Estava magoado. –Ela disse que eu não podia mais vê-la porque o Tyler estava começando a se importar. Aquele filho da mãe não foi vê-la no hospital e nem se deu ao trabalho de perguntar como ela estava. E ela está lá, toda feliz, achando que ele vai assumir alguma coisa séria só porque vai levá-la à festa na casa dele hoje a noite. Olha... Eu juro que se eu pudesse, acabava com a raça daquele desgraçado mimado.

Mia colocou a mão no ombro do rapaz, ela não sabia o que dizer.

—Você realmente gosta dela, não é? –Perguntou.

—Tanto faz. –Mia percebeu que era mentira, percebeu que ele só não quis assumir o que sentia, mas que na verdade a amava. –Escuta. –Jeremy continuou, acabara de ter uma ideia. –Você quer ir comigo hoje na festa do Tyler?

—Não tá pensando em me usar pra deixar a Vicky com ciúmes, está? –Ela acertou.

—Bom, só um pouco. –Ela ficou pensativa. –Ah vamos lá, eu sei que você não vai fazer nada mais tarde.

—Tudo bem, tudo bem. Eu vou. –Mia decidiu que não tinha nada a perder, nunca havia saído para uma festa antes, poderia ser divertido. –Mas você tem que parar de beber porque isso deixa as pessoas com uma barriga enorme. Aposto que nem a Vicky iria te querer.

Ambos riram e o garoto jogou fora a garrafa de bebida. Ficaram lá por mais alguns minutos e voltaram para a aula um pouco antes dos outros, para que Jeremy conversasse com o novo professor de história. Alaric pediu que ele fizesse um trabalho para recuperar suas notas e Mia se prontificou a ajudar. Ela tinha razão sobre o novo professor. Ele era um cara legal.

*

Parecia que toda a cidade estava naquela festa. Mia sentiu-se desconfortável em ver tantas pessoas tão elegantemente arrumadas. Jeremy estendeu o braço para que ela se apoiasse. Ele estava usando o único terno que tinha, com uma camisa branca por baixo.

Mia usava um vestido azul escuro na altura dos joelhos, tinha uma saia rendada um pouco volumosa e a parte de cima era sem alças, com algumas pedrinhas brilhantes na altura do busto. Ela o encontrou nas coisas de sua mãe. Provavelmente seria um presente para uma ocasião como aquela.

—Relaxa, você está linda. –Jeremy falou para a amiga enquanto se aproximavam da escada.

—Jeremy Gilbert, que surpresa agradável. –Disse Carol Lockwood, a anfitriã. Tyler estava ao seu lado e se esforçou para parecer educado. Ele não queria Jeremy ali. –Quem é sua amiga? –Jeremy estava encarando Tyler, e não prestou atenção no que a mulher dizia.

—Sou Mia Summer. É um prazer conhecê-la Sra. Lockwood. –Mia estendeu a mão para ela, e a mulher sorriu encantada.

—Seja bem vinda Mia. Logo se vê que você é uma garota com ótimos costumes. –Ela olhou significativamente para Tyler, aquela era o tipo de pessoa com quem ela queria que o filho se relacionasse. –Você não é da cidade, é?

—Sou da Flórida. Mas vou ficar por um tempo. –Os olhos de Carol brilharam. Uma garota da cidade grande!

—Esse é meu filho, Tyler Lockwood. –O garoto sorriu para ela, Mia não pôde deixar de notar que ele era muito bonito, só não era mais bonito do que... Bem. Um certo vampiro.

—Fique a vontade Mia. –Disse o rapaz, educadamente. E Jeremy a levou para dentro da casa.

Eles encontraram Stefan e Elena. E quando os rapazes foram buscar uma bebida, Elena perguntou como Mia havia conseguido levar Jeremy para aquela festa, e ainda usando terno. Mia explicou que não era mérito seu, e sim de Vicky. Mas Elena manteve a esperança de que aquela nova amiga pudesse acrescentar alguma coisa boa na vida de seu irmão. Mia, por outro lado, estava mais interessada em saber se Damon estava na festa. E se estava bem.

—Quer dar uma volta, Mia? –Jeremy perguntou, quando voltou. E a garota foi com ele.

Eles saíram pelos fundos da casa, viram quando Vicky chegou, e como Tyler não deixou que ela entrasse na casa. Ele a arrastou para o jardim, para que sua mãe não pudesse vê-la. Mia achou aquela atitude abominável. Carol não pareceu tão ruim, mas Jeremy explicou como a família Lockwood gostava de se sentir superior e tinha até um pouco de preconceito em relação às famílias mais abastadas. Vicky era garçonete no Mystic Grill, então não era digna de estar com um Lockwood.

Mia e Jeremy se esconderam atrás de um arbusto de onde podiam ver Vicky e Tyler. Após alguns minutos a garota começou a ficar impaciente. Ela olhou para a pista de dança e viu Damon parado. Ele estava lindo e muito elegante, era algo inegável.

Mia se aproximou e percebeu que ele estava observando Stefan e Elena dançando. Havia muito sentimento em seus olhos, mas não era inveja, era como se ele estivesse viajando em outra época, em seus próprios pensamentos. E Mia estava certa. Damon estava se lembrando de quando Katherine escolheu dançar com Stefan em um baile como aquele. Foi doloroso ver os dois naquela noite, e ver aquela cena sendo repetida tão vividamente trazia à tona a lembrança ruim.

—Oi! –Disse Mia, alegremente, tirando o vampiro daquela lembrança.

—Hm... Oi. –Ele a olhou confuso. Mia estava linda naquele vestido azul. Era quase da cor dos olhos dela. E ela não parecia uma garotinha com ele. Parecia... Deslumbrante.

O vampiro esteve pensando nela desde a manhã daquele dia. Seria possível que ela realmente estivesse interessada em lhe ajudar? Aquilo de pessoas oferecerem ajuda de livre e espontânea vontade era tão estranho para Damon que ele não conseguia ignorar. Além disso, Mia tinha alguma coisa muito boa em seu olhar. Algo que deixava o vampiro à vontade e ao mesmo tempo não. Ela despertava algo bom nele. Mas algo que o deixava confuso. E de certa forma vulnerável, porque ele não sabia o que sentir em relação a tudo aquilo, ele só sabia que não queria que ela se envolvesse naquele mundo sombrio em que viviam. Damon pensou que, de qualquer forma, se ela soubesse de tudo não iria querer se envolver.

—Mia, não é? –Ele perguntou, fingindo que não a conhecia.

—Claro que sim, você sabe quem eu sou. –Disse ela. De onde vinha toda aquela coragem? Ela não parou para pensar, estava apenas seguindo seus impulsos. Estava cansada de fingir que não o conhecia. Ela o conhecia muito bem, e apesar de Damon ter feito mal a ela, Mia conseguia gostar dele. –Você salvou a minha vida hoje de manhã, deveria se lembrar.

—E você não deveria... –Disse ele, procurando cheiro de verbena nela. –Eu falei que você deveria ficar longe de mim. A pesar de ser uma pena, porque você está realmente linda essa noite... –Ele disse, quase sem querer, enquanto a olhava de cima a baixo.

—Obrigada. –Ela sorriu um pouco tímida. O vampiro voltou a olhar seu irmão e Elena dançando, enquanto tentava entender como Mia pôde resistir à sua influência.

—Eu acho que vocês passam muito tempo tentando punir um ao outro. –Disse Mia.

—É o que meu terapeuta diz. –Damon inventou. –Mas eu acho... Que você sabe coisas de mais. O que me leva a pensar que terei que dar um jeito em você. –Aquilo fez Mia sentir um calafrio na espinha, mas ela não se moveu, nem desviou o olhar. –Porque você não está com medo de mim?

—É uma boa pergunta... –Ela falou, dando um pequeno passo para trás, falar com ele havia sido um erro. Mas antes que ela pudesse se afastar, o vampiro segurou uma de suas mãos.

—Dança comigo, Srta. Summer? –Damon viu quando Stefan olhou para os dois com a testa franzida, ele não queria que se aproximasse de Mia, e isso tornava as coisas ainda mais divertidas. –Acho que você tem algumas coisas para me contar...

—Mas você disse que ia dar um jeito em mim... –Disse Mia, seus olhos estavam brilhantes e meigos de uma maneira não intencional. Damon sorriu, não conseguiria fazer isso nem se quisesse. Havia algo nela, que a protegia dele. Algo que fazia com que ele quisesse cuidar dela.

—Prometo que vou tentar me controlar. –Mia sorriu, mas ainda sentia um pouco de medo, ela não sabia até que ponto o vampiro realmente teria que se controlar. Mesmo assim deixou que ele a conduzisse até o meio da pista de dança. Havia algo nele que a fazia ter confiança.

—Eu tenho que dizer que não sou boa nisso. –Ela falou, enquanto o vampiro a girava. Os longos cabelos escuros dela se agitaram, junto com seu vestido, fazendo toda a atenção ser voltada para eles.

—Não se preocupe. –Disse Damon, enquanto guiava Mia em uma dança lenta. –É claro que se eu conseguisse te hipnotizar poderia deixá-la com um pouco mais de confiança... Mas eu não posso. O que me leva a pensar que você não é uma garotinha comum... Mas de algum jeito eu já sabia disso porque você tem... Alguma coisa que me afeta. –Damon não tinha problemas em assumir aquilo. Mesmo porque, ele estava em busca de explicações.

Mia o encarava, queria perguntar de que maneira ela o afetava, mas por algum motivo sua voz desapareceu, e ela só conseguiu continuar olhando aqueles lindos olhos azuis do vampiro.

—O que você é, Mia? –Ele perguntou. Logo depois a levantou pela cintura e a girou no ar, fazendo a atenção de todos voltarem para eles novamente. O coração de Mia falhou uma batida, talvez pelo susto, ou talvez pela intensidade como Damon a olhava. –O que você é? Além de ser leve como uma pena. –Ele sorriu.

—Sou só uma garota. –Disse Mia. –E eu sinceramente não sei por que todo mundo fica me perguntando isso...

Damon viu que ela estava dizendo a verdade. Ele tinha muito que perguntar a ela. Ele acreditava que ela não sabia que foi ele quem matou sua mãe. Ou com certeza não estaria tão perto.

—O que você sabe sobre mim, Mia? –Ele perguntou.

—Sei que você e Stefan são vampiros. E que você está na cidade para salvar alguém que você ama. -Ela viu Stefan se aproximar com duas taças de bebida. –E sei que você e seu irmão precisam ter uma longa conversa.

—Aceita uma bebida, Damon? –Stefan perguntou, quando se aproximou. Mia sabia que havia algo naquela taça, ela balançou a cabeça negativamente para o vampiro mais novo.

—Não, Stefan. Obrigado. –Damon nunca mais beberia nada oferecido pelo irmão.

Elena se aproximou dos três e empurrou Damon furiosamente.

—O que você fez com a Caroline? –Ela quase gritou. –Você a machucou! Se você chegar perto dela mais uma vez eu vou direto contar para a mãe dela. A xerife! Entendeu?!

—Com licença. –Foi a única coisa que Damon pôde dizer. E saiu apressado para procurar a Caroline. Estava zangado, muito zangado, e aquilo não era bom. Stefan foi atrás dele um instante depois.

—Ele é mesmo um monstro, Mia. –Elena disse com ressentimento, ela também queria estar enganada, queria que Damon fosse bom.

Mia abaixou os olhos e seguiu para o jardim, queria avisar Jeremy que iria embora, mas não havia ninguém lá. Ela se sentou no banco, esperando que Caroline estivesse bem, e esperando que Stefan não fizesse nada de mal com o irmão. A pesar de saber que Damon não era tão ruim quanto todos achavam, não tinha como provar, se ele mesmo ficava agindo como um monstro.

Damon pegou Caroline pelo braço e a levou até um lugar vazio no jardim da mansão. Estava furioso com ela. A garota chorava e pedia que ele não fizesse nada. O vampiro a abraçou por trás, tentando fazê-la acreditar que estava tudo bem, como o predador que era.

—Você me deixa louco, sabia? –Ele sussurrou, com a voz em um tom baixo e sedutor. –Eu perdoo você. Mas é só dessa vez.

—Eu não tive culpa, eu juro. –Ela dizia. Maldito momento em que decidiu se envolver com um vampiro.

—Eu sei... Só tem um problema. –Ele disse, sentindo o cheiro do sangue dela, e deixando que suas presas aumentassem. –Eu enjoei de você. –Disse, fincando os dentes no pescoço dela.

O vampiro sugou tanto sangue quanto pôde até sentir que algo o queimava por dentro. Verbena. Ele adivinhou, e deixou Caroline cair desacordada enquanto ele mesmo tombava lentamente, enfraquecido pelo veneno que havia no organismo da garota.

—Eu sabia que não podia colocar verbena na sua bebida. –Disse Stefan, quando se aproximou. –Então coloquei na dela. –Ele passou um dos braços do irmão em volta de seu pescoço para levá-lo dali.

—Stefan! –Mia gritou, enquanto corria até onde estavam.

—Eu fiz o que deveria ser feito. –Disse o vampiro.

Mia abaixou-se ao lado de Caroline e levantou sua cabeça estancando o sangramento em seu pescoço. Ela olhou para os dois vampiros, tentando não julgá-los por suas atitudes.

Damon mal conseguia abrir os olhos, mas sabia quem estava ali. O vampiro estava em um estado quase sem lucidez, ainda assim tentou dizer “Garotinha enxerida!”. As palavras não saíram, mas Mia percebeu seu olhar.

Parecia um pouco furioso por ela estar ali, ao mesmo tempo em que tentava demonstrar calma, tentava dizer que estava tudo bem. Ele sabia que não estava, sabia que havia provocado Stefan o suficiente para ele enfiar uma estaca em seu coração assim que encontrasse uma. Mas olhou para Mia com uma espécie de carinho, tentando demonstrar tranquilidade e esperou que ela compreendesse a mensagem. Ela compreendeu, e ele estava dizendo “Fique longe de problemas”.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Espero que tenham gostado, já vou dizendo que o próximo vai estar muito fofo. O que vocês estão achando da Mia?
Comentem!
E podem esperar que o próximo vai estar disponível antes de quarta que vem :)
Qualquer erro me avisem, Ok?
Beijos!



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