Shade and Love escrita por Thality


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sem controle


Notas iniciais do capítulo

Olá. Desculpe a demora, mesmo mesmo. Eu estava melhorando o capítulo, por isso não postei no domingo.
Espero que gostem e por favor, comentem.
Boa leitura.



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Damon correu para a floresta, parou apenas quando se aproximou da mansão dos Salvatore. Ele não sabia exatamente porque, ou do que estava fugindo, sabia apenas que não queria voltar a ver aquela garota. Era a segunda vez que ele a via, e nas duas vezes ela o fizera lembrar-se do quanto ainda era humano. Não era nenhum pouco agradável se lembrar.

Já fazia alguns meses que Damon estava tentando “desligar-se” de sua parte humana. Ele já havia conseguindo. Na verdade, suas emoções estiveram completamente desligadas até a noite em que conheceu Elena.

Flash Back ON

Ela estava andando sozinha pela estrada enquanto ele estava morrendo de fome, esperando alguma presa fácil se aproximar.

—Oi mãe, você pode vir me buscar? –Ela disse ao telefone. Damon não pôde acreditar no que ouvia. Certamente seus ouvidos estavam lhe traindo, talvez por causa da fome. Mas ele precisava conferir, então correu na direção da garota.

Ele não podia acreditar no que via. Era ela! Katherine! Sem que ele pudesse controlar, todas as emoções que estivera evitando vieram à tona. Ele lembrou-se de todas as vezes que sonhara com um reencontro. Todas as vezes que imaginou-se novamente com ela. Sentiu-se novamente aquele cara de vinte e poucos anos, completamente apaixonado, ingênuo e entregue àquela mulher.

—Katherine? –Perguntou, quase em um sussurro. Seus olhos expressavam toda a emoção contida há muitos anos.

—Não. Meu nome é Elena. –A garota disse. E só então Damon percebeu que ela tinha um cheiro muito bom, adocicado, e definitivamente humano.

—Elena... Ah... Você é bem parecida. –Ele disse confuso e ainda intrigado –Me desculpe, você me lembra de mais uma pessoa... Sou Damon.

—Eu não quero ser grosseira, Damon, mas é bem assustador você aqui no meio do nada.

Elena parecia um pouco assustada, e porque não estaria? Damon a olhava tão intensamente, como se pudesse agarrá-la a qualquer momento. Mas era difícil dizer se ele a beijaria ou a mataria, o próprio vampiro estava em dúvida quanto a isso. Mas ainda assim a garota se importava em ser gentil. E isso a tornava muito diferente de Katherine.

—Olha só quem fala... –Ele disse. Decidindo que não a atacaria de nenhuma maneira. Queria saber mais sobre ela. –Você está aqui sozinha.

—É Mystic Falls, não acontece nada de ruim aqui.

Damon tentou sorrir, mas estava pensando na ironia daquelas palavras. Mystic Falls era um lugar banhado pelo terror e por criaturas sobrenaturais. Estava claro que Elena era apenas uma humana comum e alheia a esses conhecimentos. Isso era bom, mas a distanciava ainda mais de Katherine, então porque elas eram tão parecidas?

—Eu... Briguei com meu namorado... –Ela falou, desejando que isso explicasse toda a situação.

—Sobre o que? Se a pergunta não ofender...

—Vida... Futuro... Parece que ele já decidiu tudo.

—E você não quer...

Damon sorriu levemente, um sorriso que poderia ser entendido por Elena como sendo de compreensão. Mas era um pouco mais do que isso. O rapaz estava feliz por ela estar aflita por um motivo tão simples. Não havia nada de anormal em brigar com o namorado. Logo eles resolveriam esse problema e Damon estava verdadeiramente feliz por ela.

—Eu não sei o que eu quero...

—Bom, isso não é verdade. Você quer o que todo mundo quer.

—Quem é você? Um estranho misterioso que tem todas as respostas? –A doçura no olhar dela o fez sorrir.

Elena inspirava tanta bondade, tanto altruísmo, que aquilo o invadia. E ele desejou que ela fosse feliz. Desejou, de verdade, que a vida desse a ela tudo o que não tinha dado a ele.

—Você quer um amor que a consuma. Quer paixão e aventura. E até um pouco de perigo. –E os olhos dela lampejaram porque ele estava certo, mas nem mesmo ela tinha se dado conta disso.

—E você, Damon. O que você quer? –Ela perguntou, tentando mudar o eixo da conversa porque ela era um pouco orgulhosa e não queria assumir que alguém que nem a conhecia poderia acertar tanto sobre ela.

Nesse momento ambos ouviram a buzina do carro dos pais de Elena.

— Eu quero que você encontre tudo o que está procurando. –Ele olhou fixamente nos olhos dela. –Mas agora eu quero que você esqueça tudo o que aconteceu. As pessoas ainda não podem saber que eu voltei. Boa noite, Elena.

Ele usou um de seus dons para hipnotizá-la, fazendo com que ela acreditasse que nunca haviam se conhecido, e desapareceu.

Flash Back OFF

Agora ele estava pensando em como tudo teria sido diferente se ele não tivesse feito aquilo. Todos os dias, enquanto ficava observando Elena, Damon se arrependia por tê-la feito se esquecer dele. Principalmente depois que ela conheceu Stefan, ainda mais depois que ela se apaixonou por ele. Poderia ser ele nos sonhos dela, poderia ser ele na vida dela.

Stefan tinha sido egoísta. Damon quis proteger Elena e Stefan a expos ao mundo como se a estivesse levando para um passeio ao parque. E aquele era apenas um dos motivos de Damon não estimar Stefan. Ele nunca esqueceria que tudo de ruim que aconteceu a Katherine tinha sido culpa do irmão.

Por causa de Stefan, Katherine tinha sido descoberta. Ninguém jamais saberia que ela era uma vampira se ele não tivesse contando. Ela não teria sido levada para ser queimada. Ela não teria que se esconder em um tumba selada por 145 anos. E eles estariam juntos.

Quando um vampiro desliga suas emoções, fica ileso de todo o sofrimento. Mas quando as emoções voltam, vêm da pior maneira possível. Não tinha sido assim com Damon. Quando suas emoções voltaram, ele sentiu amor. Talvez porque foi Elena quem o despertou, e ele lembrou-se de que podia amar e desejar o bem para as pessoas. Mas assim que ela entrou no carro dos pais, aquele sentimento bom se foi. E veio um turbilhão de todos os sentimentos que Damon queria evitar.

Arrependimento, saudade, remorso, dor, ódio, raiva, dor, ódio, dor e mais dor. Ele sabia que tinha que focar aquelas emoções, ou seria derrubado por elas. Então fez sua escolha, sem dúvida uma escolha ruim. Ódio. Damon odiava o mundo por ter destruído o que havia de bom nele. Odiava Stefan por ter tirado Katherine dele. Odiava Mystic Falls porque foram as pessoas de lá que perseguiram Katherine e os outros vampiros. Odiava Elena por tê-lo feito recuperar a humanidade que ele andava evitando. Odiava a si mesmo por ter sido fraco antes, e por continuar sendo fraco.

**

Já era tarde. A última aula havia acabado há pouco tempo e Mia Summer estava caminhando em direção à saída. Ela não havia conversado com ninguém, exceto uma garota chamada Amber, com quem havia se sentado durante a aula de biologia. A escola não era exatamente como ela havia imaginado. Não tinha nada de espetacular. Bom, pelo menos não no primeiro dia.

Quando já estava do lado externo, notou um casal que discutia. Ela tentou passar rápido o suficiente para não acabar com a privacidade dos dois. Mas não pôde deixar de ouvir um pedaço da briga.

—Durante o verão você não se importou com a diferença de idade! –O garoto dizia com a voz alterada. –Você também não se lembrou disso enquanto a gente fazia...

—Cala a boca Jeremy! –A garota gritou de volta. –Nós dois... Foi só diversão tá legal? Não vai rolar! Acabou! Pare de ficar atrás de mim!

Ela se afastou. E o garoto chamado Jeremy sentou-se em um banco com uma das mãos na cabeça, escondendo o rosto. Mia pensou que ele estivesse chorando. Então decidiu ir até ele.

—Você está bem?

—Pareço bem? –O garoto perguntou, irritado. Mia percebeu que foi uma péssima ideia ir falar com ele.

—Desculpe... –Falou, se afastando. –Pensei que eu pudesse ajudar em algo. Você quer que eu chame alguém?

—Olha, você parece ser muito gentil. Mas que tal me deixar aqui e ir cuidar da sua vida?

Mia engoliu em seco. Ela realmente precisava rever seus conceitos de relações sociais. Pelo jeito as pessoas eram mais difíceis do que ela imaginava.

—Desculpe... –Ela disse. E afastou-se rapidamente. Estava arrependida de ter ido falar com o garoto. Não porque ele a expulsou de lá, mas porque agiu errado, invadindo a privacidade dele. Ao menos, se fosse com ela. Também não ia gostar de saber que havia plateia enquanto discutia algo sério com alguém. De qualquer forma, ela estava com vergonha e esperava não ver aquele garoto novamente.

A mãe de Mia a esperava no carro perto da escola. Quando a garota entrou, contou sobre o dia. Contou que viu o vampiro do sonho, e que ele parecia triste. Contou como as aulas haviam sido legais, apesar de não ser nada que ela ainda não soubesse. Contou sobre Amber, mas decidiu deixar pra lá a história de Jeremy.

As duas foram para o hotel novamente, porque segundo Jessie Summer, a casa em que morariam estava bagunçada e empoeirada de mais. Mia trocou de roupa e insistiu para que a mãe a levasse até a tal casa. Assim as duas poderiam trabalhar mais um pouco para que o lugar ficasse limpo e rapidamente habitável.

A casa era bem simples, era feita de madeira, com apenas dois cômodos; um quarto suficiente para duas pessoas e uma sala grande que era dividida em sala de estar e sala de jantar, a cozinha era tão minúscula que não podia ser considerada um cômodo. Mia gostou do lugar. Em sua opinião era muito aconchegante, tinha um belo quintal, e ela poderia ter um cachorro.

As duas trabalharam arduamente durante várias horas. As vigas da madeira estavam cheias de pó e, em todo o tempo que ficaram limpando, apenas a sala ficou apresentável. Já era tarde quando voltaram ao hotel.

—Então, amanhã você vai de novo à escola Mia? –Jessie perguntou. –Você sabe que não precisa, não sabe?

—Quero saber como é ter uma vida normal. Quero merecer um diploma daqui a dois anos. Quero conhecer pessoas, fazer amigos. E não importa o quanto o mundo seja estranho. Quero fazer valer a pena. Eu não fiz nada até hoje mãe. –Mia nunca havia tido um choque de realidade como aquele. Jessie apenas ouvia. –Hoje vi um casal brigando. Fiquei pensando. Deve ser ruim brigar e muito bom fazer as pazes depois, mas como eu vou saber? Eu nunca briguei com ninguém. Nunca fiquei realmente com raiva, nunca quis lutar por alguma coisa. Acho que nunca vivi de verdade... Eu queria viver de verdade...

Jessie se sentiu culpada. Sim, era verdade. Mia não viveu nada e era tudo por culpa dela. Que havia seguido uma ordens de pessoas que ela nem conhecia direito.

—Mia, tem algumas coisas no mundo, que você não precisa saber... Nem sentir. Mas eu queria que você me perdoasse por ter te privado de tudo isso.

—Mãe...

—Eu não tinha o direito de decidir por você. Espero que você compreenda. Eu cometi um erro. E realmente quero que você viva tudo o que puder viver. Recupere todo o tempo que conseguir e lute por isso. Não volte para aquele mosteiro. Não faça nada que eles mandarem. Não se entregue.

—Porque você está dizendo isso? O que aconteceu? –Mia estava assustada. Ela via as lágrimas brotarem nos olhos da mãe e não estava entendendo coisa alguma. Estava com medo, ela lembrou-se do sonho. E logo percebeu que Jessie havia se convencido de que foi uma visão. Em fim, algo a fez querer se despedir. Aquilo parecia uma despedida para Mia.

—Só quero ter certeza, de que você vai aproveitar as chances que tiver.

—Vamos embora daqui! –Mia levantou-se e pegou a mala. Guardou todas as roupas que estavam espalhadas. Pegou a mala da mãe e tentou fazer o mesmo com as roupas dela. Mas Jessie a deteve.

—Não podemos sair daqui agora. Para onde vamos?

—Qualquer lugar. Morar na estrada talvez. Só não quero ficar aqui. Estou com medo, mãe! Esse lugar me assusta! –Mia finalmente deixou de se conter e disse o que estava sentindo desde a noite anterior. Jessie abraçou a filha.

—Não vai acontecer nada com você. Eu prometo. Amanhã cedo vamos embora daqui.

Jessica deitou-se na cama junto com a filha. Mia não estava convencida de que as coisas ficariam bem. Se tivesse a chance, iria arrastar a mãe para o carro e fugir daquele lugar assim que amanhecesse. Mas essa noite ela não poderia fazer nada. Mia não era forte o suficiente para se impor. Ela cresceu daquela maneira. As pessoas sempre decidiram por ela. E agora ela estava tão acostumada, que apesar de tudo o que estava sentindo. Tudo o que pôde fazer foi fechar os olhos e tentar pegar num sono.

**

Naquela noite estava tendo uma festa na fogueira. Era um ritual na escola de Mystic Falls. Damon estava lá, havia bebido bem mais do que deveria e estava distante das pessoas, esperando que Elena se afastasse um pouco para abordá-la. Ele estava mais nervoso do que o normal. O dia havia sido cheio. Repleto de recordações. Ele focou tudo aquilo em apenas uma coisa; queria que seu irmão sentisse raiva. Então ele iria roubar Elena dele, pelo menos por aquela noite.

Ele viu quando Elena estava saindo da festa, indo em direção ao carro E foi até lá.

—Oi Elena. –Ela se assustou. Mas logo se recompôs. Por causa de Stefan, agora ela tinha medo de Damon. As coisas não deveriam ser assim. E isso o deixava ainda com mais raiva.

—O que você está fazendo aqui Damon? –Ela perguntou, com desprezo.

—Ah não me trata assim Elena. Eu sei que você sente alguma coisa por mim. Aposto que até sonhou comigo. –Disse, sabendo que era verdade e que ele mesmo havia provocado o sonho. –E agora, você quer me beijar. –Ele fixou seus olhos nos dela, tentando hipnotizá-la, para que ela fizesse o que ele sugeriu.

Elena olhou incrédula. Deu uma bofetada no rosto dele. Damon era forte, mas o choque o deixou sem ação. Como ela havia resistido à hipnose? Ele aguçou o olfato e sentiu o familiar cheiro de verbena. Verbena era uma erva que deixava as pessoas imunes aos truques psicológicos dos vampiros. Então Stefan havia cuidado para que o irmão ficasse longe da cabeça de Elena.

—Eu não sei qual é o joguinho que você quer fazer com o Stefan. Mas me deixa fora disso. Fica longe de mim, entendeu?!

Damon a viu entrar no carro e bater a porta. Não foi assim que ele imaginou a noite. Agora sim ele estava realmente com muita raiva.

—Damon... –Stefan chamou.

—Hora ruim Stefan. Saia daqui, se não quiser morrer!

Stefan foi até Damon com uma rapidez inacreditável. O agarrou pela camisa, imobilizando-o.

—Não adianta fingir Damon. Não adianta tentar fazer coisas pra mostrar o quanto você é mal! Eu sei que sua humanidade está aí. Porque esse seu ódio por mim, irmão, é a sua parte humana!

Stefan o soltou e saiu de lá. Damon correu até encontrar uma árvore. Socou a árvore com tanta força que fez o tronco rachar.

Damon era impulsivo por natureza. Mas naquele momento, estava com tanta raiva que não tinha controle algum sobre si. As veias em baixo de seus olhos estavam saltadas, os olhos vermelhos, os caninos a mostra. Ele andou, em uma tentativa vã de se controlar. Mas estava faminto. Não havia se alimentado desde o dia anterior e não havia ninguém na rua. Ele continuou andando até o hotel da cidade.

Hotéis eram sempre ótimas opções para os vampiros porque eles não precisavam de convite para entrar, já nas casas, só podiam entrar se fossem formalmente convidados.

Subiu pelas escadas e abriu a primeira porta que viu. Aquelas fechaduras eram muito simples, bastava um pequeno empurrão. Havia duas camas no quarto, mas apenas uma delas estava ocupada. Damon estava disposto a ir até lá quando alguém o deteve. Uma mulher entrou em sua frente e tentava empurrá-lo pra longe da cama onde uma garota dormia.

—Não! Por favor! Não faça nada com ela! –A mulher dizia desesperada. Damon a empurrou para o lado e foi na direção da cama da garota. Ela abriu os olhos, um azul intenso, mais escuro que o azul gelo dos olhos de Damon, mas igualmente bonitos.

Era ela. A garota da noite anterior. A garota que estava na escola. E que fazia Damon se lembrar dele mesmo, quando era apenas um garoto. Seus caninos se retraíram, seu rosto voltou ao normal e enquanto ele estava olhando para ela, não sentia mais raiva.

Ele estava intrigado com ela, queria perguntar o que havia nela e porque ele sentia domado. Então a mulher o empurrou com toda força que podia.

—Ela não! –Jessie disse. Damon acordou do transe em que se encontrava. Toda raiva voltou. Agora ele estava com raiva daquela mulher, porque ela o atrapalhara enquanto ele olhava para os lindos olhos azuis da garota. Ele a segurou e mordeu seu pescoço, em um lugar onde ele sabia que o sangue jorrava forte. Em alguns segundos, o corpo da mulher estava flácido, ela estava morta em seus braços.

Após terminar, ele fechou os olhos e respirou fundo. Sentia-se muito melhor.

—Por quê? –A garota chorava, estava sentada na cama, encolhida, sabendo que seria a próxima. Estava enrolada nas cobertas, olhando para a mulher no chão. Era mais do que ela podia suportar. Ela desejava que o vampiro fizesse logo o que pretendia e acabasse com aquela dor.

Damon olhou novamente para a garota, e dessa vez foi invadido por uma imensa culpa. “O que foi que eu fiz...” Foi o que pensou, mas eram palavras que ele nunca havia dito, e pretendia nunca dizer. Ele tentou se aproximar da garota, tentou sentar-se na cama junto a ela, mas ela se afastou. A pesar de tudo, a garota não tinha medo de olhar nos olhos dele. E era assim que ela continuava, sempre olhando nos olhos. E aquele olhar, aumentava a intensidade dos sentimentos dele. Do sentimento de culpa. Ele podia sentir toda dor que ela estava sentindo. E não entendia como aquilo era possível. Normalmente ele se alimentaria sem remorso, e acabaria com a garota logo em seguida porque ele detestava deixar rastros. Mas aquilo era diferente de tudo o que ele havia vivido.

Quando conseguiu se aproximar da garota, passou a mão nos cabelos dela. Queria pedir desculpas, mas aquilo não era cabível. Então olhou profundamente nos olhos dela pretendendo hipnotizá-la.

—Você vai superar toda dor que está sentindo. –Ele engoliu em seco, era a primeira vez que fazia aquilo, passou a mão levemente no rosto dela, não queria que ela sentisse medo. –Vai esquecer tudo o que aconteceu aqui. É sua mãe? –Mia apenas balançou a cabeça, afirmando. Damon sentiu aquela estranha emoção novamente. Ele realmente estava arrependido. –Você não viu sua mãe hoje à noite. Ela saiu para dar uma volta na floresta, e não voltou mais. Você me entendeu? –Ela balançou a cabeça novamente. E ele saiu de lá, levando o corpo de Jessie Summer.

Mia permaneceu na cama, em choque. Ela sabia exatamente o que havia acontecido. A hipnose de Damon não havia funcionado.

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Notas finais do capítulo

O capítulo ficou bem grande não é? Mereço comentário?
Na próxima semana eu posto o outro. Agora sim a história vai começar a ficar legal. O Damon vai ter que aprender a lidar com algo que nunca tinha sentido em relação à suas vítimas: Culpa.
Isso será bem interessante.
Bjs

Ps.: Não sei se tem muitos erros de português nesse capítulo, como ia postar no domingo e atrasei, confiei apenas no autocorretor, então me perdoem se viram alguns.



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