Lina entrou no Hospital Bom Coração ao qual ela trabalhou anos atrás como médica, ao lado de Warrick e Greg que andavam ao lado como se fossem dois seguranças.

– Esperem me aqui – Ela disse aos dois que olharam preocupados, mas não retrucaram.

Lina seguiu por um longo corredor, virando para a esquerda, depois em outro indo para a direita parando em frente a uma porta escrita “Katherine” - Vejo que conseguiu a minha antiga sala Katherine – Lina sussurrou enquanto abria a porta devagar sem fazer ruídos e entrava sorrateira. Ela seguiu até um armário pequeno de cor branca, onde abriu e pegou vários arquivos de pacientes, e ficou lendo alguns minutos até achar o que precisava. Pegou o arquivo com nome Carlos, “Carlos Eduardo Silva”. - Gostei! O que será que voce tem meu Carlinhos? – ela sorriu enquanto saia da sala do mesmo jeito que havia entrado e seguia para um corredor escuro, onde parou em frente a outra porta com um nome “Sara” Lina sorriu e entrou sem se preocupar. - Sara, voce esta? Oie? – ela gritou na sala.

Sara que estava no banheiro do consultório gritou - LINA!!!!

– Calma mulher, só vim te deixar uma pasta que me pediram pra te entregar – ela disse calmamente enquanto sentava na maca.

Sara entrou no consultório arrumando a blusa branca na enorme barriga.

– Voce está linda Sara – Lina sorria ao vela tão linda. Sara é uma mulher alta, ruiva dos olhos verdes, muitas vezes comparada a uma modelo e para Lina ela estava mais bela pois estava grávida e de seis meses.

– Linda?? Voce enlouqueceu?? Estou gorda, redonda, desfigurada de frente e de lado. Sinto me feia demais - ela pois a chorar.

Lina balançou a cabeça de um lado pro outro. “Ultimamente ela anda muito sensível, ai ai está gravidez ainda me mata afinal sou eu que cuido dela”– Lina bufou.- Linda sim. Sara olhe pra voce, está encantadora, divina, linda de dar inveja. Toda grávida é linda e voce está entre elas, então pare de chorar, enxugue as lágrimas e dá uma olhada no seu paciente que se encontra em minhas mãos – Lina jogou o arquivo na mesa e Sara o pegou.

– Este paciente pertence a nojentinha, por que voce me deu more?? - Sara pergunto a olhando com uma sobrancelha erguida.

– Simples, este paciente já poderia estar em casa descansando e se divertindo com a família se Katherine… - Lina fez uma careta ao falar o nome – não estivesse o envenenando como mostra o exame de sangue dele.

Sara voltou a prestar atenção no exame e arregalou os olhos. - Como? Como voce sabe?? Lina o veneno está quase imperceptível no sangue. – Sara levantou aterrorizada olhando preocupada entre Lina e o exame.

– Eu verifiquei outros exames e eles tem os mesmos sintomas do Carlos que está entre a vida e a morte, o estranho era que os outros sentem com mais dores do que o esperando, além de é claro sangrarem muito e dois deles terem morrido – Lina estava de frente para a janela.

– O que voce vai fazer Lina? - Sara perguntou se sentando de novo. Lina sorriu de canto e seguiu para o banheiro.

– Por enquanto nada, o Carlos é seu paciente agora e vou pedir para o Sandro resolver com Katherine - ela disse calmamente enquanto trocava de roupa.

– Como assim Lina? Eu não estou entendo aonde voce quer chegar. – Sara estava desesperada.

Lina voltou para o consultório vestida toda de branco como na foto que Ira tem em casa.

– Oh meu amado grego – Sara pois a mão no peito, Lina a olhou assustada e correu até ela.

– O que voce está sentindo Sara?

– Lina…voce…a meu – Lina a interrompeu.

– Eu sei seu amado grego – Lina rolou os olhos.

Sara a olhou encantada com lágrimas nos olhos.

– Faz séculos que não a vejo em sua verdadeira profissão a “medicina” - Sara pois se a chorar.

Lina bateu com a mão na testa.

– Sara pare com isso, só estou vestida assim para o seu auxílio e vamos aproveitar que a nojenta como voce a chama estará fora por dois dias – Lina sorriu enquanto entregava um lencinho para Sara e se levantava indo atrás da bolsa dela

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Lina andava calmamente pelo corredor escuro, havia deixado-a na sala do cirurgião chefe, alem de ser sua antiga sala de medicina e saiu. Ela continuou andando até parar em frente a uma porta cinza, olhou para os dois lados antes de abri-la com uma chave em seu pescoço e entrou Dentro era branco, havia um ventilador de teto e uma teve, além de duas camas, onde uma delas estava ocupada por um homem, de estatura alta. Ela andou até a cama dele e sentou ao seu lado, sem olhá-lo, pois estava perdida em pensamentos.

F.B

“- Jonas eu...eu...- uma Lina de quinze anos olhava com os olhos cheios de lágrimas.

– Calma pequena, eu te entendo – Disse um jovem que aparentava ter uns dezoito anos.Lina abaixou a cabeça deixando a mostra seu curto corte ao estilo Chanel, segurando com força a saia de seu uniforme.Jonas olhava para o céu, tentando segurar a vontade de agarrar a Lina pelo braço e arrastá-la para longe de todos e tudo naquele momento. - Vou te esperar…

Jonas olhou para ela. - O que?

Lina ergueu a cabeça o olhando com determinação. - Vou te esperar Jonas, por que sei que vai melhorar e voltara pra mim, a sua melhor amiga e assim vamos realizar os nossos sonhos. – dizia com toda a determinação que tinha dentro de si.

Jonas se aproximou dela, até que a puxou contra seu corpo. Lina olhou para cima e sentiu seus lábios sendo pressionados com carinho. Ele tocou em seu rosto, aprofundando o beijo, Lina sentia seu rosto corar, sentindo a língua de Jonas penetrar entre seus lábios…-“Jonas…”

Fim do F.B

Lina estava deitada ao lado de Jonas, com a cabeça em seu peito largo, uma mão descansava na barriga dele e a outra no ombro. Uma de suas pernas se encontrava entre as dele. - Sinto tanto a sua falta Jonas – ela falava de olhos fechados – Tem tanta coisa acontecendo desde que você entrou neste lugar e a sua falta dói em meu peito, da sua voz me chamando, incentivando, brigando comigo – ela riu em meio as lágrimas – além dos teus braços ao meu redor, dos teus carinhos. – ela se aconchegou mais contra ele. – Sinto tanta falta meu amor… Lina encostou seu nariz no dele devagar, fazendo carinho, ela desceu até o pescoço onde o beijou, voltou para perto da boca dele e o beija, logo se afastando.

Lina fechou os olhos e se deixou ser envolvida pela escuridão.

Algumas horas mais tarde.

Ela foi acordada por uma voz calma e por alguns balanços no ombro.

– Lina? Lina acorda, já está tudo resolvido – dizia a voz.

Lina sorriu abrindo os olhos e olhou para Sara que estava na sua frente sentada, a olhando com ternura.

– Já resolveu? – ela perguntou enquanto tentava se levantar.

– Sim, e a Katharine será demitida hoje mesmo – Sara disse enquanto sorria misteriosamente.

Lina ergueu uma sobrancelha, tentando identificar o olhar de Sara.

– O que houve?

Sara sorriu e disse.

– Vocês dois juntos assim, me lembram quando os peguei juntos no último ano do colégio – Sara dizia com o semblante triste.

Lina olhou para o rosto de Jonas e desviou o olhar.

– Então Katharine será demitida?

– Sim

– Hoje ainda?

– Sim

Lina sentou no colo de Jonas sentindo algo preso em sua cintura, quando olhou pode ver a mão de Jonas segurando sua roupa, ela olhou para o rosto dele, sem notar qualquer mudança em seu semblante. Ela soluçou e deitou a cabeça no peito dele, chorando como nunca. - Sei que foi um movimento involuntário, mas eu espero que voce possa me escutar... - ela suspirou e pois se a falar - “Jonas... você é meu melhor amigo e..e.... eu ainda estou te esperando aqui, venho sempre que posso, mesmo desejando dormir no corredor para estar ao seu lado sempre, mesmo que tenha uma porta nos separando... Mas hoje eu venho também para me despedir, estarei indo para os Estados Unidos em alguns dias...vai ser difícil e eu não sei quando vou... ou se vou algum dia voltar... – ela parou de falar tentando respirar em meio aos soluços e lágrimas.

Ela não notou quando Sara saiu do quarto e nenhuma das duas notou o aparelho cardíaco aumentar os números. - Mas assim como voce me prometeu eu te prometo…que não vou desistir tão fácil e que… vou voltar para voce, só para voce – ela sorriu e se levantou da cama de Jonas e sem olhar para trás saiu do quarto.

Fora do quarto Sara olhava para fora da janela e Lina secava os olhos, correndo pelo corredor vinham Warrick e Greg preocupados com as duas. Greg abriu a boca para falar, mas parou o movimento assim que notou o clima entre as duas, Warrick olhou para a placa na porta.

“Paciente: Jonas Murici” - Médica: Lina Taylor

Lendo a placa veio uma lembrança em sua mente de uma conversa que ele teve com Mac a alguns anos atrás.

F. B

Ambos estavam sentados na sala de Mac terminando um relatório de uma investigação que fizeram juntos.

– Lina já se formou, né Mac?

– Sim, e iniciou à faculdade

– Serio? Que rápida! E de que? Pergunto, por que ela não tem dado muitas informações aos pais – e ele riu.

Mac olhou para a foto de Lina que estava ao seu lado na mesa e também sorriu. - Não é novidade ela não dar notícias, tinha dias que eu ficava louco com ela, morando aqui e nem me dizendo nada, sei como ele se sente – ele ficou sério de repente – Lina me disse que vai ser médica, pois deseja salvar um grande amigo, mas só me disse isso, mais nada.

Fim do F.B

“Então este é o seu paciente Lina?” Lina que o olhava fixamente sorriu de canto. Ela se virou e saiu andando. “Katharine sua felicidade vai acabar logo, logo e com ela a minha vingança afinal ninguém meche com um Taylor”

Nova York – Central Parque - 00:30

– Parado! Você está preso – A voz de Stella foi ouvida aos gritos.

Mac preocupado correu em disparada até onde ele ouvia os vários tiros, mas antes disto era ouvido a voz de Stella. Ele parou olhando para os lados e gritou por ela, sem resposta ficou em pânico e quase leva um tiro. - Voce está bem Detetive Taylor? Mac olhou para o lado vendo que era a Detetive Katherine e que ao lado dela estava Stella machucada no ombro, ele sorriu em alívio. - Obrigado Detetive pela ajuda – Mac olhou para Stella e suspirou.

“Lina tem razão quando disse que…Quando ela estiver um passo do precipício voce vai notar que um pedaço do seu coração está sendo arrancado de voce. Eu vejo o quanto gostas dela Mac, então faça algo antes que a perca para sempre…antes que ela caia do precipício. Eu quase perdi um pedaço de mim mesmo”

Mac olhou para os lados e foi embora notando que as duas já estavam mais à frente.

“Agora ficou pessoal ninguém se mete com um Taylor”