Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 31
Capitulo 30


Notas iniciais do capítulo

BUENOS DIAS ANJOS, então, estou quase ficando de férias, vou ter muito mais tempo para o filme, essa é a parte boa, e a parte ruim é: ONDE ESTÃO VOCÊS? quando teve aquela coisa com o site, perdi vários favoritos, comentários e leitores, eu não sei o que que aconteceu, apenas excluiu :((( enfim, preciso de vocês de voltam, espero que gostem desse capitulo!!
OBS: LIGHT: LUZ / DARK : ESCURIDÃO



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Se um corpo consegue ficar em estado de inércia, sem se mover por um certo tempo, Andrew o fez. Ele não se moveu e não falou nada além de “vire a esquerda, depois à direita e continue reto”. Eu olho para ele e vejo aquele contrastre de branco e preto, seus olhos estão opacos, profundos, envolvidos numa atmosfera pesada e obscura, é como se ele projetasse uma barreira, algo que eu não conseguisse ultrapassar.

Eu me pego pensando no que realmente aconteceu, no segundo que Lewis colocou os pés na livraria. Havia uma parte de mim que lembrava detalhadamente da nossa conversa, e a outra, meia groge, tentava entender o motivo de eu ter confiado no Lewis, de ter estado tão perto dele para que ele fosse capaz de me beijar. Eu perguntaria ao Andrew, mas saberia que me arrependeria, ele está tão emocionalmente irritado, que qualquer coisa que eu fale sobre Lewis, ele arrancará a porta do meu carro e partirá atrás dele.

Embora eu estivesse intimidada com essa situação, eu tentei fazê-lo falar, mas depois de alguns minutos e tentativas falhas, Andrew me avisou que havíamos chegado.

– Espere... – olhei da casa para ele. – Esta é a sua casa? – e apontei para a janela.

– É... Por quê?

Sua expressão é confusa, mas eu o ignoro completamente porque estou encarando a mansão branco gelo. Na verdade, eu nunca estive por esse ladod a cidade antesm é um condominio de casas luxuosas com valores acima de qualquer ideia utópica minha. Um lugar apropriado para empresários ricos, médicos com familia numerosa ou até mesmo para o prefeito e não um lugar onde três jovens com menos de vinte e oito anos moram. Há um tapete de grama baixa, vasos decoram depois do portão de entrada, há miosótis caindo para os lados junto com gardênias, o cheiro do Andrew. Os degraus de cor também branco gelo dão entrada para o alpendre rustico e medieval, colunas grossas no tom cinza circundam a primeira visão da varanda, cadeiras de ferro liso preto e uma mesa medieval estão distrbuidas junto com vasos de mais miosotis e gardênias, até a porta cinza escura. As janelas são como fundos falsos, parece apenas um quadro escuro na parede de tão espessa que deve ser as cortinas.

O suficiente para tornar o lugar perfeito para três jovens e um segredo.

– Seu pai por acaso, antes de virar advogado, era mafioso?

Andrew arqueia as sobrancelhas e me olha com surpresa.

O quê? – e ri descontraindo aquela expressão que o dava anos a mais.

Ele está relaxado e angelical.

– Essa é a mansão mais simples do condominio.

Dou de ombros ignorando seu comentário, coloco a mão na trava do carro para sair quando Andrew me impede, e o par de olhos escuros me examinam por tanto tempo que me sinto desnuda.

– Qual é a pressa? – ele baixa alguns tons a sua voz e aproxima seu rosto, do tipo que pode fazer meu corpo se arrepiar.

E ele sabe disso, por isso o faz.

– Você quer falar comigo? – pergunto baixinho, até a minha voz é influenciada pela sua aproximação.

Ele sorrir sem mostrar os dentes.

– Eu quero que você me prometa uma coisa, - ele sussurra, equilibrando-se melhor no banco. – prometa-me que vai ficar longe de Lewis

– Você fala como se eu estivesse pensando na possibilidade de ir atrás dele.

– Nathalie... – pondera. – Você não conhece ele como eu o conheço.

– Este é o problema. – digo com indignação. – Estou tão perdida e você não está fazendo esforço para me ajudar.

– Tudo que estou fazendo é para o seu bem.

– Então por que não começa me explicando o que diabos aconteceu comigo naquela livraria? Antes de você aparecer, é como se fossem imagens escuras, borradas.

Andrew encolhe os ombros, desconfortável.

– Sinto muito pelo o que aconteceu. – ele baixa mais o tom da sua voz. – Eu devia saber que você nunca estaria segura estando na mesma cidade que Lewis.

– Mas ele já foi seu amigo, um dia.

Ele faz que sim com a cabeça e encosta as costas no banco, imerso em pensamentos.

– Por alguns anos eu estive cego pela morte do meu pai, isso é evidente, fiz tantas coisas terríveis, Nathalie. – ele não me olha, mas sua voz está muito carregada de sentimentos, a maioria tristes. – Fui tão terrível que nunca percebi o que Lewis era. E ele não era nada bom. Quando você apareceu e os seguidores do triarco estiveram ameaçando minha mãe, percebi que não era esse o rumo que eu deveria pegar, e muito menos seria o que meu pai escolheria para mim.

Eu o olho indiscutivelmente deprimida com a sua própria dor, eu queria que ela fosse embora, queria que ela fosse só minha, se possível, só não queria vê-lo sofrendo.

– Amber e Rachel foram meus maiores movitos, até então, para me afastar dele. Nós discutimos e ele sumiu, por um tempo. Pedi que se mantasse longe de encrenca, o triarco estava de olho em nós dois e eu não queria que nada ocorresse com Rebecca. Nessas semanas, desde que você descobriu sobre o nosso segredo, parecia que tudo poderia estar bem de novo. Até que ele soube sobre você.

– Sobre a ligação?

– Sim, - seus olhos me encontram. – ele achou que seria o ideal para chamarmos a atenção do triarco, seria o plano perfeito para me vingar a morte do meu pai, mas não concordei. Não iria colocar a sua vida em perigo, não queria ninguém soubesse disso, eu sei que chamaria a atenção, e no nosso mundo chamar a atenção nunca é bom. Prometi que arrancaria seu coração eu mesmo se ele encostasse um dedo em você.

– Você o quê?

Ele deu de ombros.

– Parece que não fui cem por cento temido. – ele dá um sorriso sem humor. – Eu só não fui atrás dele hoje, porque eu vi o medo nos seus olhos. – Andrew segurou minhas mãos e a com a outra ergueu meu queixo. – Eu vi que só existia um lugar na qual eu tinha que estar, que era ao seu lado.

Eu fecho os olhos, envergonhada.

– Fui tão idiota por ter deixado que ele me controlasse.

– Não, não foi. – ele segurou meu rosto. – Os dampir são muito fracos em relação aos puros, como Lewis, embora exista muitos iguais a ele que não tem essa sede incontrolável e esse ódio por humanos. Infelizmente, isso está do lado dele, Lewis é capaz de concentrar-se em qualquer mente, e eu deveria ter avisado isso a você antes, me desculpe.

– Não se sinta mal, por favor, já estou vendo que você está sofrendo.

Nosso silêncio de repente se cruzam, e o máximo que ouvimos é o batimento do meu coração e a pouca movimentação da rua. Eu queria poder dizer algo para ele, algo que Andrew soubesse acima de qualquer coisa, que está tudo bem, eu queria poder não ser o elo fragilizado dessa ligação.

Mas eu sou.

– Quando Lewis entrou na minha mente e mudou o percursso dos meus pensamentos, eu senti que já estava sendo controlada.

– É normalmente assim que acontece. – ele me responde.

– Mas isso não aconteceu o tempo todo. – suspiro e ele levanta os olhos, surpreso. – Houve um momento, antes que ele tentasse alguma coisa, que eu realmente queria estar ao lado dele, é como se tudo nele fosse...

– Baby, eu realmente não quero saber desse detalhe. – ele me interrompe sorrindo.

Encolho os ombros, compreendendo.

– Antes que tudo realmente acontecesse, eu ouvi uma voz dentro da minha cabeça, ela sempre aparece quando estou correndo perigo ou em sinais de alertas, foi isso que me fez despertar.

Andrew estreita os olhos, pensando.

– Eu não fui até a livraria só porque estava desesperado em te ver. – ele confessa. – Bem, isso realmente aconteceu, mas não ao ponto de esquecer de pegar meu carro.

Eu não consigo compreende-lo.

– Você estava dentro da minha cabeça, Nathalie. Na verdade, desde que descobrimos nossa ligação, é como se eu pudesse senti-la com muita intesidade, mas quando cheguei de North Pole, isso sumiu, eu te senti longe, senti um vazio desesperador dentro de mim, por isso arrisquei minha identidade, porque sem o carro eu chegaria mais depressa, através da floresta.

– Eu agradeço por você ter estado lá. – eu digo, sussurrando.

Algum barulho lá fora nos desperta desse transe, que é quando eu percebo um carro buzinando atrás de nós. Andrew é o primeiro a perceber, vira todo o corpo para trás e tem a expressão tanto de irritação como de tédio.

– É Estenio. – ele resmunga. – Ele nunca chega cedo em casa.

Antes que eu perceba, ele abre a porta do carro e sai, eu resolvo fazer o mesmo. A porta do carro preto de vidros escuros se abre e dele sai uma figura alta e de cabelos tão escuros quantos os de Andrew, mas ele é uma confusão de Adam, como os olhos caramelos, roupas de marca, terno e sapatos pretos, um sorriso seguro e educado no rosto e uma barba por fazer, sem contar a exímia perfeição de menino, de nunca envelhecer para ser exata. Ele realmente é o irmão do Andrew.

– O que você está fazendo aqui? – Andrew se situa ao meu lado atrás do meu carro e frente a Estenio.

– Eu juro que estava com saudades do seu humor arrogante And, por isso quando Adam me ligou dizendo que você tinha voltado resolvi fazer companhia, mas percebi que você está muito melhor do que pensei. – seus olhos caramelados me encontram vermelha de vergonha. – Muito prazer, sou Estenio McDowell.

Eu encontro sua mão gélida e me apresento:

– Nathalie.

– Eu sei. Emissária. – ele sussurra na ultima parte. – Deve ter alguma coisa comestível lá na geladeira, e graças a Rebecca aprendi a cozinhar, quer entrar?

Eu fico maravilhada com a sua educação e simpatia, isso é realmente de familia.

– Não seja tão direto, Estenio.

Ele dá de ombros.

– Em quatro anos, ela é a única pessoa que sabe sobre o nosso segredo, é como se eu me sentisse em liberdade. – eu gosto da sua sinceridade, por enquanto é a única coisa diferente do Andrew. – Como está seu tio?

Eu lembro do segredo de Maison rapidamente.

– Bem.

– Ele nunca mais apareceu para as “caminhadas”. – Estenio faz gesto com aspas e eu fico perdida no sentido que ele queria dizer.

– Certo Estenio, chega por aqui, - Andrew olha com ar de repreensão para o irmão e intervém seu caminho, virando-se para mim. - se você não o interromper, ele não vai parar de falar.

Eu sorrio timidamente com a expressão constrangida de Estenio.

– Vai entrando, eu só vou me despedir de Nathalie. – Andrew faz o sinal para ele entrar enquanto com a outra mão ele segura minha cintura.

– Entendi, você não vai entrar tão cedo então. Foi um prazer Nathalie, mesmo tão rápido. – e ele dá as costas, subindo os degraus do alpendre e entrando na casa.

Andrew segura minhas costas e me leva para dentro do carro, eu não o entendo, mas percebo que ele está fazendo a mesma coisa ao abrir a outra porta. Quando ele encontra a minha expressão, percebe que estou perdida.

– Aqui tem poucos ouvidos, infelizmente escutamos bem, quanto mais portas separar nossa conversa dos ouvidos de Estenio, melhor. – ele me explica, ajeitando-se no carro. – Eu só queria saber se está tudo bem, pelo o que aconteceu.

Eu faço que sim com a cabeça, segurando firmimente o volante e mordiscando a ponta dos meus lábios, apreensiva e pensativa.

– Bem, então era só isso. – Andrew diz, mas não move nenhum musculo.

Ele está parado olhando para mim de um jeito tentador, com pensamentos avulsos, enquanto eu tento encarar qualquer coisa a não ser seus olhos.

– Há algo que você quer me dizer?

Silêncio.

– Hã. O quê?

Não consigo evitar sorrir.

– Desculpe, eu estava pensando em algumas coisas. – e se aproxima.

– Como o quê?

Ele fecha lentamente as mãos em cima das minhas pernas.

– Como eu estou louco para beijar você. – e me beija.

Seus lábios procuram o extase, tocando os meus com doçura por um largo tempo, até que há um segundo para retormar o folego e ele me beija novamente. Suas mãos me puxam para perto dele e sou excitada pelo duro do seu peito e o calor dos seus beijos. Ele morde a ponta do meu lábio inferior e depois cruza a sua lingua com a minha, transformando toda aquela tensão em desejo.

Suas mãos percorrem meu quadril até que ele fisga minhas pernas e preenche o lado vazio entre o seu quadril, me colocando sobre ele. Eu mal consigo me mexer dentro do carro, seu corpo vai para o lado, e desconfortavelmente caio para trás, sendo amparada por seus braços e pela extremidade da porta, sentindo o corpo dele deslizar pelo meu e ele me beijar novamente. Eu estou sem folego, mas não consigo evitar a vontade que eu quero que ele tire a minha blusa ou a dele, ou a vontade de que esse carro vire o conforto que foi a minha cama, a algumas semanas atrás.

Mas não acontece.

Andrew sem querer se descuida e cai para o lado, esbarrando no porta-luvas e o abrindo-o, deixando cair um monte de papéis pelo banco. Eu não consigo evitar e começo a rir, enquanto ele está tentando se erguer ao mesmo tempo que gargalha.

– Ei, o que é isso? – ele balança um convite preto com vermelho para mim.

– Festa de Halloween.

– Na sua escola? – ele se ajeita no banco, ao meu lado. – Você vai?

– Bem, já que essa festa é algo que Lauren está planejando desde as férias, sim, eu vou.

Ele franze a testa enquanto lê o convite.

– O que foi? – eu pergunto com curiosidade.

– Isto é aberto, não é muito seguro.

– Então vai comigo. – eu vejo o momento perfeito para convidá-lo.

– Eu não posso. – ele ajeita o convite junto a outros. – Há algumas coisas que tenho que fazer. – e não consigo mais nada, além disso.

– Tipo o quê? – de repente me pego irritada e enciumada ao mesmo tempo, triste pela ideia de ter recebido um “não” dele.

– É coisa da faculdade. – Andrew dá de ombros.

Eu também dou de ombros, tentando não me importar.

– Tudo bem então, - eu não consigo nem olhá-lo completamente. – eu preciso ir Andrew, para falar a verdade, tem umas três caixas que preciso organizar na livraria, ok? – me ajeito no banco do motorista e tento procurar as chaves.

– Baby... – ele fica me olhando enquanto tento não olhá-lo. – Você não está irritad...

– Está tudo bem, Andrew. – eu o interrompo no mesmo momento. – Depois nos falamos, estou realmente sem tempo agora.

Nós ficamos quietos por alguns segundos, ele está me encarando da mesma forma como faz quando quer arrancar alguma coisa de mim, mas eu não digo nada.

– Tudo bem. – ele sussurra, abrindo a porta do carro. Procuro não vê-lo se mover, estou tentando ficar com raiva dele, mas não vai funcionar se ele estiver me encarando. Quando ele se afasta e a porta fecha atrás dele, o vidro fica meio aberto. – Depois nos vemos, Baby.

– Ok. – eu digo isso, antes de ligar o carro e engatar a marcha.

Faz algumas horas que implorei à Isobel que me deixasse passar o resto do feriado na mansão de Maison, o único motivo era não ter que mentir para Rick sobre não ir a livraria, porque eu tinha toda a certeza que Andrew me seguiria até lá. E eu não queria vê-lo. E Isobel não sabia disso, claro.

Rick não se importou com a ideia de eu ter que deixar a livraria com ele, desde que liguei para Lauren e Suzanna implorando que elas pelo menos me ajudassem a organizar as caixas. E depois de mais algumas horas, acabou por eu estar na mansão, com Lauren e Suzanna, até o feriado terminar porque Maison por um motivo maior, não vai estar em casa. E Isobel nunca me deixaria ficar aqui, mesmo com Rose me interceptando por todos os lugares. Já faz algum tempo que estacionei o neon na garagem, andei pelo gramado e ajeitei o jardim que de vez em quando Rose deixava por minha conta, como hoje. Ela sempre sabe quando preciso ficar sozinha.

O único detalhe infeliz era a estupida coincidência do tio Maison ter gardênias, poucas, mas ainda sim as tem. Eu fiquei olhando-as por quase dez minutos, enquanto afogava um vaso com miosotis. Depois das inumeras tentativas de tirar Andrew da cabeça e no fim da noite, quando consegui dormir, mesmo ouvindo a voz fraquinha de Suzanna enquanto falava com Matt por quase uma hora, eu não sonhei com Andrew.

Essa foi uma vitória. Até que chegou o dia seguinte.

– Halloween, Nina! – Suzanna apareceu de repente ao meu lado, gritando e sorrindo.

Eu quase caí do sofá enquanto me entupia de chocolate e assistia os episódios que perdi de Gossip Girl. A temporada já havi terminado e havia mais de seis episódios para assistir, só para me torturar um pouco mais.

– O que diabos você está fazendo? – minha voz sai esganiçada pelo susto. – De onde vocês saíram?

– Pela porta. – Lauren aparece segurando sua mala, que foi a desculpa para ter puxado Suzanna para a cidade, afinal, elas ficariam em casa até o fim da semana.

– Nina, você a convidou para passar o final de semana aqui ou para se mudar?

Suzanna se joga ao meu lado e ri do rosto vermelho de Lauren.

– Você é uma graça Suze, mas “sem” graça mesmo. – ela coloca sua mala ao lado do sofá e se senta no meu lado vazio. – Eu queria ter opções, sabe, não quero repetir roupas e ainda tem maquiagem e acessórios.

– Você só vai do quarto para a cozinha, da cozinha para a sala, da sala para o banheiro, isso quer dizer que você tem quatro trocas de roupa? – Suzanna se espreguiça no sofá e ri ao mesmo tempo.

Lauren suspira tentando ser paciente.

– Enfim, hoje é sexta-feira, véspera de Hallowen e graças ao nosso querido prefeito, é feriado.

– E isso eu ainda não entendi.

– Ninguém entende. – Suzanna me explicou. – Ele deve ser como Lauren, precisa de uma dia antes para se preparar para um festa do colegial.

Ultima festa, Suze. – Lauren ressaltou, magoada. – E não é só por isso, estou trabalhando nela desde as férias e preciso que tudo saia perfeito.

– Incluindo que nós duas façamos parte.

Eu reviro os olhos, tudo que eu menos quero é ter que me vestir para uma festa neste final de semana.

– Eu realmente preciso ir? – resmungo preguiçosamente. – Nós não podemos simplesmente ficar aqui, alugar uns filmes bem legais? Eu até deixo você pegar aquela sua coleção aterroziante, Suze. – juntei as mãos e implorei.

Suzanna me olha surpervisionado.

– Uma proposta tentadora, mas não, nada disso.

Eu fico irritada.

– Não sei porque até você quer ir.

Lauren se curva sobre mim.

– Matt. Ele vai. Por isso ela vai.

Eu faço uma cara de tédio. Já basta saber que Lauren vai com Isaac, agora ter que ver Matt e Suzanna juntos é como se meu dia pudesse ficar ainda pior.

– Vocês estão brincando comigo? É um encontro de casais? – cruso os braços e as olho feio.

– Um motivo para chamar o Andrew. – Lauren distribui aquele sorrisão divertido.

Eu teria dito alguma coisa se Suzanna não tivesse feito um barulho estranho, como se tivesse prestes a dizer alguma coisa.

– O que foi? – pergunto inocentemente.

– Suze! – Lauren a repreende no mesmo segundo e vejo uma troca de olhares que me irrita.

– Certo, vocês estão sabendo de alguma coisa e não estão me contando.

Elas ficam quietas por alguns segundos, até que Lauren pergunta:

– Você disse que Andrew estava ocupado em quê mesmo?

– Trabalhos da faculdade. – respondo, ainda perdida no destino dessa conversa.

– E desde quando isso envolve calouras do ensino médio? – Suzanna deixa escapar e se arrepende no mesmo segundo.

– O que eu disse Suzanna?!

Eu fico perdida entra as duas, me ergo do sofá e fico encarando-as enquanto tento colocar os pensamentos em ordem.

– Certo. – suspiro. – Vocês sabem de alguma coisa sobre Andrew e estão me escondendo, já falaram o suficiente para que eu as obrigue em continuar, então, falem.

Suzanna não espera por Lauren.

– Nós o vimo com Emily. – ela disse rapidamente. – Eu não iria contar algo tão vago se não fosse por um detalhe: ele estava na casa dele, quero dizer, de acordo com a mãe de Lauren, ele tem visitado ela a semana toda desde que o pai de Emily viajou. E não é apenas isso.

– Quando fiz a mala e estávamos voltando pro carro, eu os vi no alpendre da casa dela, você sabe como aqueles muros não escondem ninguém, não é Nina? – Lauren completou.

Eu engulo secamente.

– Vá direto ao assunto. – eu peço, depois me arrependo temendo o que está por vir.

– Ela lhe entregou uma bolsa preta, que na minha opinião deve ter sido sua mala particular para passar o dia juntos, - Suzanna cuspiu cada palavra com nojo. – até que antes que ele fosse embora...

– E ele ia embora mesmo, como se não quisesse estar ali, sabe. – Lauren a interrompeu.

– Não o defenda, Lauren. – Suzanna a repreende. – O negócio que ela pulou nos braços dele e o beijou.

– Espere, o quê?

– Bei-jou. – Suzanna diz lentamente.

– Na bochecha, diz que foi na bochecha. – Lauren intervém.

– Para mim tinha sido na boca, mas tanto faz, é isso Nina. Não acredito que ele tenha sido capaz de fazer isso, na verdade, ele é assim, nenhuma garota é o suficiente.

Eu fico calada e sem reação.

– Não a escute Nina, você precisa falar com ele, descobrir a verdade, pode ser um exagero nosso.

– Cala a boca Lauren, nós vimos o que vimos, e sabemos que Andrew é um mentiroso.

Não importa o quanto eu o ame, Andrew sempre mentirá para mim.

– O que você vai fazer agora Nina? – Lauren se levanta e segura minhas mãos.

Eu engulo o choro e a dor para olhar seus olhos de amendoas.

– Eu quero que Andrew e Emily se explodam e, - suspiro. – nós vamos a essa festa!


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Notas finais do capítulo

e aí, o que acharam desse capitulo? O proximo só segunda feira anjos, tenham um bom final de semana.



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