Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 32
Capitulo 31


Notas iniciais do capítulo

EU AJEITEI, MINHA NOSSA NEM TAVA ACREDITANDO NO TANTO DE ERROS QUE EU VI, ACHO QUE ERA O SONO
Desculpem a demora anjos, voltei agora de viajem e ainda fiquei sem internert --'
Enfim, esse capitulo não é grande coisa, eu estava realmente sem tempo, acho que é o menor de todos, enfim, espero que não fiquem chateadas, prometo que posto o proximo capitulo mais cedo se possível Enfim.
To falando muito enfim --'
Eu sei que vocês estão com muita raiva do Andrew (eu também ficaria), aquela Emily não perde tempo, ela sempre gostou do Andrew sabe, então... Simmm, uma pergunta, o que vocês esperam pro final? Eu quero ter uma ideia, eu estou querendo dar um final para essa história, na verdade, é mesmo final que eu tinha dado a um tempão atrás, só com uma diferença, não vou poder dizer a vocês claro, mas queria saber a opinião de vocês :DDD
Então, espero que gostem, fiz duas montagens (era uma e meia da manhã então me desculpem se ficou muito feia :/ ) prometo que na proxima eu posto as fantasias que me inspirei, beeeijos



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Existe uma grande probabilidade para tudo isso dar errado. Eu sei disso. Normalmente tudo que eu faço com certa quantidade de raiva não dá certo, como a que estou fazendo agora. Conect Us é a única loja de fantasias da região, alguns quilometros antes da saída da cidade para Fort Wainwright e um dia para o baile de Halloween todas as fantasias legais certamente devem ter acabado, se eu não conhecesse Lauren como a conheço. Ela está trabalho nisso desde as férias e seria ignorância a minha se não soubesse que ela já tinha reservado nossas fantasias desde que sua tia é exatamente a dona da loja.

Liguei para Isobel alguns minutos atrás antes de sair da mansão, eu não queria que ela armasse outra desculpa para me prender dentro de casa por não ter avisado-a de que eu estava saindo. Tenho que confessar também que estou me empenhando para que tudo der certo, porque existe aquela voz interior que grita de vez em quando o nome dele. Andrew.

Não consigo fechar meus olhos e apagar da memória a ideia de ver Emily – a minha segunda pior inimiga desde Marcie – com Andrew, os dois juntos dividindo sabe se lá o que dentro daquela maldita casa. Eu sinto que meu chão vai despencar a qualquer momento, é como se o machucado que Jake havia deixado em mim pudesse ser aberto três meses depois, com Andrew, da mesma forma, porém muito pior.

Nós temos aquela ligação, é o que torna tudo ainda mais doloroso.

Prometi não derramar nenhuma lágrima por ele, não cometeria o mesmo erro, embora esteja um pouco dificil, de vez em quando eu ouço sua voz de veludo, rouca em algumas consoantes dizendo: eu quero você, baby. E isso treme meu corpo por inteiro e meu probre coração fraco é estupido demais para tentar apagar as ilusões.

– Vingança. – Suzanna semisserrou os olhos para mim quando saímos do meu neon e começamos a caminhar para a entrada da loja.

– Nina, eu ainda acho que você deve falar com ele.

Suzanna revira os olhos.

– Não faça isso Nathalie, não se rebaixe. Mostre que você é não está nem aí para ele.

– Indo para esse baile? – eu digo, franzindo o cenho.

– Não apenas isso. – Suzanna segura meu braço. – Indo para esse baile com uma fantasia de matar.

– Uma fantasia que faça com que os garotos entre no ápice do prazer só de olhá-la.

Minhas bochechas ardem de vergonha.

– Eu acho melhor irmos embora e pensar numa vingança melhor. – eu paro em frente a porta, vejo os primeiros vestigios da decoração de halloween.

– Você vai deixar Andrew sair beijando qualquer garota? – Suzanna cruza os braços.

– Ele não beijou ela!

– Cala a boca Lauren.

Eu pisco os olhos, em duvida.

– Se foi um beijo na bochecha ou na boca, tanto faz, eu quero que ele se dane. – empurro com força a porta de entrada.

O calor do aquecedor refresca minha pele pálida e gélida, percebo a iluminação baixa e o cheiro enjoativo de verbena – mais fraca do que aquele dia no clube e agradeço por isso -, os maravilhosos vestigios da decoração mais assustadora do ano. O dia das bruxas. Conect Us como única loja de fantasias em toda a região, ela recebe um crédito extra de atenção, e a decoração faz parte disso. Aqui dentro é mais futuristico do que deve estar a propria decoração da festa na escola, o lugar abusa da iluminação sombria, no tom vermelho e branco, alguns cantos tenebrosos sem iluminação onde ficam os ossos de esqueleto, caras feias estampam as paredes junto com aranhas gigantes, morcegos voadores – por uma incrivel combinação de física e halloween –, nos corredores há barris enormes com coisas flutuantes num liquido pastoso avermelhado, olhos, dentaduras e outras partes do corpo flutuam por esses barris transparentes, sem contar as milhares de teias de aranhas pelo teto, pelos armarios e as extensões de fantasias. O balcão é revestido por um tecido de veludo vermelho, aboboras o decoram, réplicas do Jason e do Frankenstein fazem caretas e ruidos para mim quando entro atrás de Suzanna e Lauren, depois de ficar um pouco ludibriada com a decoração e perder um pouco a noção dos passos.

– Gostou deles? – Jenna aparece detrás do balcão, sorrindo lindamente em perfeita sintonia com seu tom de pele, morena como Lauren, cabelo mais escuro que o tom dos seus olhos, tão liso que passa um pouco dos seus ombros frágeis.

– São bonitinhos.

– Até agora. Estão me dando nos nervo com essa coisa de: grrrr.

Sorrio um pouco.

– Eu teria colocado eles na entrada, mais longe de você, mais perto dos olhos do cliente. – eu me viro para o lado, quando escuto Lauren me chamando. – Preciso ir.

Jenna faz um aceno com a cabeça e depois fica quicando as cabeças moles do Jason e do Frankenstein.

Antes que eu pudesse estar devidamente perto de Lauren, eu já sinto sua mão segurando firmimente meu braço.

– Você vem comigo.

Eu dou uma rápida observada onde Suzanna pode estar e a vejo a alguns metros daqui, olhando para um montanha de fantasias em cima de uma poltrona fofa vermelha. Ela está se decidindo entre um fantasia de bruxa sexy, que na verdade nem poderia ser considerada roupa, estava faltando muita coisa, especificamente pano. E a outra - que me fez gostar ainda mais da fantasia de bruxa quase sem pano – era de policial sexy, o que me fez pensar que o lance de usarem fantasias comportadas e assustadores não existe mais. Espere... Aquilo é uma arma?

– Aqui.

Lauren me levoa para perto de três provadores decorados com mais aranha e mais morcego, e um pano vermelho aveludado.

– Por que eu estou aqui? – pergunto depois de um tempo enquanto Lauren vasculha por alguns cabides. – Não tem como você me levar aqui para provar alguma coisa, não consegui sentir nem a textura da roupa e você viu a fantasia que a Suzanna está escolhendo?

– A bruxa e a policial? – ela me olha de soslaio.

– Yeah, ela não pode vestir uma coisa daquela, sabe, moramos no Alaska e aquilo não tem nem meio metro de pano.

– Eu já resolvi isso. – ela se vira para mim com um sorriso vitorioso. – Aquecedores na quadra de vôlei, nos corredores, central de ar e todas as portas fechadas.

Dou de ombros.

– A fantasia ainda é muito... Exagerada.

– É porque você não viu a sua.

Descruzo os braços, surpresa.

– O quê?

– Achei! – Lauren tira dentre os cabides um protetor de plástico, o que dificulta saber sobre o que se trata.

– O que é isso? – eu apontei curiosa.

Lauren faz suspense quando abre lentamente o zíper.

– Eu venho planejando nossas fantasias a bastante tempo, pesquisei com todas as garotas para que não cometêssemos o erro de repetir a roupa, claro.

– Até aí eu estou compreendendo Lauren, só estou com um pouco de medo do que deve ter atrás desse plástico todo. – eu digo, cruzando novamente os braços.

– Não faça essa cara. Eu estava assistindo uma série na TV e vi uma loirinha com uma fantasia de abelha que eu me apaixonei. Fiz Jenna comprá-la de outra cidade para poder vesti-la, bem, tudo pronto. Suzanna está em duvida entre a bruxa má e a policial sexy, grande coisa, então só restava a sua. – ela me olha com uma animação assustadora. – Eu estava aqui quando Jenna recebeu todas as caixas com novas fantasias e assim que bati os olhos nessa, eu pensei em você. – então ela abre o zíper muito rapidamente.

Eu fico boquiaberta.

– O que diabos é isso? – solto um grito esganiçado. – Isso era para ser uma roupa de Médico? Doutora sexy?

– Primeiramente é enfermeira sexy...

– De enfermeira não tem nada. – eu dei um sorriso constrangido à ela.

– Pare de botar defeito Nina. – ela resmunga, se sentindo ressentida.

– Não estou colocando defeito, mas um vestido curto e com um decote dessa profundidade está longe de ser de uma enfermeira, tia Isobel veste uma espécie de macacão verde horrível que...

– AH! Não estrague a criatividade, quem se importa de é um macacão ou um vestido apertado? Ele foi feito especialmente para você. – ela empurra o vestido para mim, vislumbrando ele no meu corpo.

– Você acha mesmo que isso foi feito para mim? Por Deus, isso está cheio de corrupção, de pensamentos eróticos, por acaso não estou numa história de E.L. James, caso queira saber. – eu digo com indignação, recuando do vestido.

– Mas esse é o propósito, primeiramente eu imaginei Andrew como Christian Grey e você no papel de Anastasia, então puf, esse vestido caiu perfeitamente na ideia de você provocá-lo.

– Nada de “puf” – eu quase engasgo ao lembrar de Andrew. – Por favor, nunca mais digue esse nome para mim.

– Tudo bem. – ela revira os olhos. – Sem você-sabe-quem na história, este vestido é perfeito para sua vingança.

– Você não pode usar um termo de Harry Potter na mesma frase desse vestido, é um insulto a J.K.Rowling.

– Não seja drámatica Nina. – ela me segue. – É só um vestido.

– Só uma pergunta. Por que não pensaram na possibilidade de usá-los, além de mim?

– Você sabe, este vestido seria um dos meus preferidos, mas a cor branca não é bem algo que ficaria legal em contraste com a minha pele, sem contar que minha fantasia é como se fosse feita especialmente para mim. Suzanna teria escolhido ele se o decote da policial não fosse tão mais provocante, sabe, ela quer realmente fazer o trabalho perfeito com o Matt. Enfim.

Eu me viro novamente para o vestido.

– Não consigo me imaginar nele.

– Ótimo, quer dizer que ele não tem o “santíssimo aprovado” seu.

Santi o quê?

– Convenhamos Nina, você tem aversão a qualquer coisa provocante, sensual, erótico, é de sua natureza ser santa, mas não comigo no controle, não nesse baile. – sua animação é tenebrosa. – Por Deus, não faça essa cara. Você quer realmente se vingar do Andrew? Porque ele não se importou de se encontrar com a Emily.

– O que eu disse sobre não falar sobre ele? – eu quase grito, me sentando com muita raiva no banco vermelho e fofo. – Estou a ponto de explodir e ligar para ele, mas não vou fazer.

– Eu disse que era para você ligar, agora é tarde demais, me animei com a vingança. – seu sorriso é de bochecha a bochecha. – Agora me dê uma resposta, sim ou claro?

Eu olho de má vontade para o vestido.

– Bem... – eu penso um pouco, se eu estava reclamando da falta de pano nas fantasias de Suzanna, eu certamente morderia a lingua agora. – Isobel e Rick não podem nem sonhar que vou usar uma coisa dessa. Muito menos Maison.

Lauren tem o estilo meiga e delicada, mas ela sabe lhe olhar feio e ameaçador quando se precisa.

– Você mesmo disse que Maison estará fora nesse sábado. E eu estava presente quando você ligou para Isobel e avisou que ia dormir na casa de Suzanna por causa do baile, então, não faça essa cara de sanidade para mim, Nina.

Eu fecho a cara, ela tem razão.

– Faça isso pelo bem do nosso ultimo ano escolar, não vamos ter essas coisas na faculdade.

– Ainda bem!

A famosa cara feia de Lauren.

– Tudo bem, tudo bem. – eu me levanto de fininho, segurando o vestido. – Eu vou a festa com essa fantasia.

Lauren pula em meus braços com cabide e tudo.

– Você é a melhor. – ela cantarolou até se afastar um pouco. – Agora quero ver como você fica nele.

– O quê?

– Anda, quero ver. – ela coloca a mão na cintura, mandona.

– O quê? Não! – nego rapidamente. – O alto grau desse erotismo emanando desse vestido me deixa nauseada, eu quero me lembrar da sensação do que eu era antes de vesti-lo amanhã, ou seja, você só irá me ver vestindo-o no sábado.

– Por Deus Nina, e Suzanna me chamando de dramática... – ela ironiza, mas concorda. – Tudo bem, mas você não escapa de ajudar Suzanna com a fantasia, ela está quase um mês tentando escolher para no ultimo dia não decidir.

– Essa é mole. – eu digo, me referindo a missão.

– Vou ajeitar seu vestido com Jenna enquanto isso. – ela me avisa.

Eu vou pelo corredor detrás dos provadores até onde Suzanna está. O caminho estreiro me faz enroscar num esqueleto de capuz enorme, quase derrubo um daqueles barris de liquido vermelho. Suzanna ainda está perto do acento vermelho fofo de onde eu a tinha visto, e agor vejo a confusão de pensamentos na expressão dela, várias fantasias estão ao seu redor enquanto se movimenta para perto do espelho várias e várias vezes.

– Ainda bem que você está aqui. – Suzanna vê meu reflexo no espelho.

Dou um sorriso fechado e me sento ao seu lado, empurrando algumas fantasias como sereia, pirata, gato e mais um bocado que certamente não seria o tipo que ela escolheria, simplesmente pelo fato de haver muito pano.

Depois de alguns minutos, Suzanna volta a experimentar as duas fantasias que eu tinha visto antes, muito diferentes para que isso ajude a escolher. A fantasia de Bruxa, um pouco mais prudente do que a do policial, é um vestido preto franzido de comprimento uns bons centimetros antes do joelho, fitas roxas modelam a saia rodada enquanto a parte de cima, um corpete, realça bastante o seios, um decote nada generoso, muito mais provocante do que eu tinha julgado, só não mais do que certamente é o meu vestido. O corpete é uma mistura de laços preto e roxo cruzados entre si e formando a textura, Suzanna trocou o chapéu pontudo preto por um menor de encaixe, como uma tiara, além de todo esse contraste, ela ainda está usando uma meia calça rasgada com um laço roxo no alto da coxa, um pouco abaixo da barra do bestido.

Não há duvidas de que eu preferia a fantasia anterior quando ela me apareceu como policial. O vestido é mais curto do que certamente pode ser nomeado como vestido, isso poderia ser um top esticado com muita força até um pouco depois da cintura, embora eu não pudesse dizer que ele era feio, apenas exageradamente sexy. A textura do pano parece ma segunda pele de tão colocado ao corpo, se não fosse da tonalidade azul, botões redondos e pretos além do cinto onde a arma - aparentemente de mentira – está encaixada são os unicos utensílios que prendem o vestido no corpo. Sem contar o decote, é ainda pior que o tamanho da fantasia, ele é estupidamente exagerado, com alguns botões abertos, o que ainda funciona para prender o vestido como uma segunda pele, o decote cresce uns bons centímetros, míseros de diferença do umbigo. Suzanna ainda combinou toda fantasia com uma meia calça Trifil preta estilo rendada que por enquanto é o único acessório que suaviza todo o resto sem contar as ombreiras preta que lhe da um ar mais sofisticado – exceto pelo decote em V, claro -.

Escondido por entre as roupas que empurrei, Suzanna tira um chicote que me assustada, o que uma policial estaria fazendo com isso?

– Não é da fantasia, mas estava pensando em usá-la para deixar mais sexy. – Suzanna me explica depois que eu fico olhando fixamente para o chicote meia pasma.

– Bem... Acho que Matt fabricará muita testosterona amanhã.

Suzanna ri.

– Eu espero. – ela me dá um olhar travesso. – Certo... – ela se vira para mim, com a duvida pairando na sua expressão. – Eu desisto de tentar escolher, por isso preciso que você me ajude. Qual a sua opinião?

Eu penso um pouco. Levando o nível alto de imprudência que levaria alguém a usar a segunda fantasia, a bruxa estava perfeitamente coberta nos meus conceitos.

– A Fantasia de Bruxa.

– Ótimo. – Suzanna puxa a fantasia da bruxa e a ajeita no cabide, mas para minha surpresa, ela a devolve junto as outras fantasias.

– Mas que...?

– Nós sabemos que você é por inteira santa Nina, então você consequentemente escolheria a fantasia mais comportada, é automático, então vou ficar com a do policial. – ela põe a mão no meu ombro em condolência, quando eu estou surpresa.

Eu estava esperando por isso? Com certeza não.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comeeentem e ignorem os erros!