Amor versátil escrita por AnôNIMA


Capítulo 18
Um lugar para chamar de meu.




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Um lugar para chamar de meu.

Capitulo 17#

–Eu te odeio! – Exclamou Marina, tivera mais uma briga com sua mãe, aquilo já estava se tornando freqüente.

–MARINA! VOLTE AQUI JÁ! – Gritou a senhora, já estava cansada disso.

–Eu faço o que eu quiser! – Falou Marina, não gostava de gritar então apenas falava em um tom considerável, após falar isto subiu as escadas e entrou em seu quarto, trancando-o.

–Porque ela não pode aceitar minhas decisões? É a minha vida! E ela só sabe dizer o que eu tenho que fazer...

– Lamentava sozinha a menina, chorava como criança pedindo doce, sua mãe já foi melhor que isso, bem melhor. Jogou-se na cama de casal, e chorou tudo que tinha para chorar, até acabar suas lágrimas, quando viu que não adiantava aquela tristeza, resolveu pintar. Pintou um desenho abstrato mais cheio de significados. Após terminar sua pintura, pegou uma folha de caderno e começou á escrever uma carta, a decisão já estava tomada.

04/06/2014 Olá, deve estar á minha procura, pois bem, tomei uma decisão, e se estiver lendo essa carta pode ter certeza que estarei bem longe, isso, eu fugi, se você for meu pai, peço desculpas pai mais não pude agüentar mais isso, se for minha mãe, espero que aprenda e não trate minha irmãzinha do modo que me tratava, cansei de não poder fazer o que quero e ter que fazer o que você quer! Adeus, deixei uma pintura que fiz, espero que descubra os significados! Beijos, Marina.

–É isso. – Terminou arrumando sua bolsa com dinheiro e mantimentos, pegou uma mala e colocou as roupas que precisasse, sabia aonde iria mais não tinha certeza se seria aceita. Depois disso pegou algumas roupas velhas e deu um nó unindo-as, fazendo um tipo de corda, foi até a janela e amarrou lá, pegou suas coisas e foi até a janela.

–Lá vamos nós. – Falou dando um ultimo suspiro, descendo a corda arranjada.

–Finalmente livre! – Exclamou correndo pela grama, fazia algum tempo que não fazia isso, pois sua mãe não á deixava sair mais de casa por alguns motivos. Andou por alguns quarteirões até seu destino, quando chegou até lá, adentrou o jardim incrivelmente florido e tocou a campainha sendo atendida por uma senhora idosa.

–Oi vó!

– Cumprimentou dando um abraço na idosa.

–Oi querida! O que faz por aqui? – Perguntou soltando do abraço e a olhando extremamente preocupada.

–Fugi de casa... Minha mãe estava me sufocando! Ela me proibiu de ver o Franja... – Desabafou manhosa.

–Ai querida, sabe que não pode fugir de casa! Ela faz isso porque te ama... Entre! – Pediu a senhora que foi prontamente obedecida.

–Sei... Mais ela tem que perceber que ele me faz feliz! Mesmo que tenho ocorrido uma coisa não muito agradável... – Falou já dentro da casa que era muito arrumada e tinha um cheiro de hortelã.

–É isso realmente é verdade, minha filha é uma mãe muito insegura... Ela quer te proteger... Mais pode ficar aqui enquanto não se dá bem com ela querida. – Declarou sincera.

–Obrigada, vovozinha linda! – Bajulou a senhora idosa que apenas deu um risinho.

–Não vai visitá-lo? Ficou tanto tempo sem vê-lo! – Permitiu. -A senhora deixa? Ai você é a vovozinha mais linda e boazinha do mundo! Amo-te tchau!

– Não deu tempo nem da idosa responder e Marina já estava na rua rumo á casa de seu amado. Chegando lá, Marina toca a campainha ansiosa, estava com muitas saudades. Quando o garoto atendeu, ela quase o sufocou de tanto aperta-lo em um abraço de urso, como ela era fortinha!

–Amor tava com tanta saudade... – Declarou a garota que ainda não largava do pescoço do namorado que já estava ficando praticamente roxo, mais estava feliz. Franja soltou delicadamente as mãos de Marina de seu pescoço e deu-lhe um selinho bem demorado, mais a menina aprofundou o beijo e em pouco tempo já estavam dando amassos e enroscando as línguas umas nas outras. Era como se fosse o primeiro beijo de ambos, borboletas rebeldes percorriam o corpo deles e nenhum dos dois tinha coragem de parar, mais como tudo acaba a falta de ar venceu e separaram-se.

–Como vocês vão? – Perguntou feliz, agachando e tocando a barriga de Marina, que estava com cinco meses.

–Amor... – Indagou dando risinhos era legal ver ele á tratando no plural mesmo estando com apenas cinco meses. – Ele está bem e sendo assim também estou bem. – Respondeu sorridente.

–Como conseguiram vir aqui meu anjo? – Perguntou enquanto ainda brincava com a barriga de Marina.

–Não esta feliz em nos ver? Du mal! – Resmungou fazendo um biquinho engraçado, Franja se levantou e quebrou o biquinho com um selinho rápido. -Claro que estou sua boba! Bem... Sabe que é hoje que contaremos á minha mãe não sabe? – Perguntou nervoso.

–S-sei sim. – Gaguejou. -Calma vai dar tudo certo! – Acalmou-a que já estava suando frio.

–Espero que sim... – Torceu. -Entra... – Pediu dando espaço para a namorada entrar.

–Obrigado. Olá Sogrinha! – Saudou brincalhona.

–Olá Genrinha! – Entrou na brincadeira, e logo notou que Marina ficou séria, eles iriam contar sobre a gravidez de Marina e ambos estavam nervosos.

–Foi algo que eu disse querida? – Perguntou se aproximando preocupada. -Não de jeito nenhum! E que temos uma coisa para contar á senhora. – Declarou tocando sua barriga.

–V-você? É o que estou pensando? – Ela estava pensando correto, pois quando viu aquela mão na barriga só poderia ser aquilo.

–Sim. – Falou Franja, e o silêncio pairou no local.

Continua...


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