Capitulo 15#

–Doutora Chyna, encaminhe a paciente Mônica para mim? – Pediu Rafael, não queria ficar com Mônica muito tempo, isso levaria outro ato desesperado e ele não queria isso, quanto mais longe, melhor.

Mônica o olhou com descrença, ele iria ignorá-la? Será que foi o beijo roubado de Cebola? Muitas perguntas sem uma se quer resposta.

–Claro senhor Rafael! Só me fale o número do quarto! – Ditou a doutora que estava na flor da idade, ela tinha cabelos curtos castanhos e olhos pretos, já tinha seus 52 anos e só algumas rugas eram evidentes, apesar da idade seu corpo era de uma mulher de 35 anos, ser médica tinha seus privilégios.

–É o quarto do número 102, ao lado da paciente Magali. – Explicou fazendo Mônica olha-lo com os olhos arregalados.

–A MAGALI? – Gritou extremamente preocupada, sua amiga estava em um hospital e ela não sabia?

–Bem não sei se é quem você está dizendo mocinha, mais ela se chama Magali sim. – Pronunciou a médica experiente.

–EU PRECISO VÊ-LA! – Disse desesperada, a doutora não parecia muito a par da idéia mais Rafael estava pensativo.

–Sinto muito mais não poderá vê-la. – Lamentou Chyna.

Mônica já estava quase voando na doutora, sorte que o médico estava ali, que com um simples contato de sua mão no ombro dela fez acalmar a fera.

–Tudo bem Senhora Chyna, eu levo ela, sei que está com medo de ser demitida se for pega quebrando as regras, mais eu correrei esse risco. – Tomou par da situação, realmente estava muito tenso!

–Como quiser doutor! – Falou erguendo as mãos para o alto, como se estava contra isso e não queria sair como cúmplice.

–Não se preocupe, se eu for pego não falarei de ti, se é isso que te preocupa. – Ditou como se lê-se a mente da médica, que apenas acenou constrangida.

–Vamos logo, por favor! – Implorou Mônica, queria saber como estava sua amiga, e se ela estava em um hospital foi algo grave.

–Até logo Chyna. – Despediu-se e logo deu as mãos á moça que corou violentamente.

No caminho ambas as partes não falaram nada, estava um ar tenso, mais nenhum dos dois tinha coragem de quebrá-lo.

Chegando finalmente ao quarto Mônica quase quebrou a porta ao tentar abri-la, realmente que força! Rafael estava muito surpreso com a força da garota, e ele nem imaginava que aquilo não foi quase nada.

–MAGALI? – Gritou a moça desesperada ao ver sua amiga desacordada e totalmente queimada, o que havia acontecido?
–CASCÃO O QUE HOUVE COM ELA? – Perguntou aos berros, sacudindo o sujinho várias vezes.

–Calma Mô até parece que quer me bater! Cruzes. – Zombou Cascão, mais logo perdeu o ar zombeteiro vendo o olhar ameaçador da garota que não estava nada feliz.

–Fala logo ou eu pego o sansão! – Ameaçou normalmente mais com um tom nada agradável

–Ta tá não precisa apelar eu também estou triste ok? – Pronunciou lacrimejando, ela nunca iria entender, Mônica era incapaz de perceber que não é só ela que sofre com isso.

–Desculpa Cas é que ela é minha melhor amiga. – Lamentou realmente arrependida, ela conhecia essa sua parte egoísta, havia visto isso em seu id.

–Também é minha Mô, mais acho que o doutor poderá explicar melhor. – Ditou sério, dificilmente se via Cascão assim, Mônica teria que se acostumar.

–Rafinha lindo do meu coração, você sabe o que tem com ela? – Perguntou manhosa, aquilo fez o coração do médico derreter como picolé no sol, ela ainda iria matar ele!

–Er... – Tentou disfarçar o nervosismo, mais acabou gaguejando. – N-não sou o médico dela, então não sei nada de seu estado, só sei que foi vítima de fogo... Desculpe.

–FOGO? CASCÃO ME CONTA ISSO DIREITO! – Voltou a chacoalhar o sujinho, ele teria uma tentativa falha de não falar daquilo, paciência.

–Eu não sei direito Mô, só a vi praticamente sendo tostada em fogo lá no parque! Eu heim, mais não parecia ser de incêndio... Alguém fez isso com ela! – Suspeitou, fazendo um gesto de enforcamento com o sujeito, Mônica também não ficou nada feliz ao saber que alguém fez isso com ela.

–ALGUÉM? AI MAIS EU CATO ESTRANGULO, ENFORCO E DOU BIFA! GRR – Deu um ataque de nervos em Mônica e ela acabou fazendo um buraco no chão só de pisar duro, aquilo deixou Rafael ainda mais assustado.

–Calma Mô! Você vai derrubar o hospital! – Tentou acalma-la numa tentativa falha, pois logo em seguir ela deu um soco na parede e sua mão atravessou-a fazendo um buraco enorme na mesma.

O doutor já estava com a boca em um O perfeito, imagina aquela leoa brava com ele por deixar a cueca suja para ela lavar? Sorriu com o pensamento mais logo se lembrou que o coração da moça era de outro e esqueceu disto.

Foi até onde Mônica estava e a abraçou como se isso fosse acalmá-la, e conseguiu, logo a moça estava á chorar em seu ombro lamentando pela sua amiga.

Olhando a cena Cascão também soltava lágrimas, mais não de tristeza, pois nessa hora imaginava Magali fazendo a mesma coisa que eles estavam fazendo agora, se beijando.

Continua...