Fundação Kloon escrita por Brukis Calarezo


Capítulo 7
Capítulo 6: Ficando bêbada


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas lindas do meu coração!
Eu sei que faz mais de um mês que eu não posto, mas saibam que eu não pretendo jamais abandonar a fic! As semanas foram tão lotadas que eu nem tive tempo de pensar na história. Primeiro teve feira cultural na minha escola, depois trabalhos e por fim falta de inspiração.
Finalmente consegui pensar em algo para escrever pra vocês! Espero que gostem, não é um dos meus melhores capítulos, porém não ficou tão ruim assim.



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- Vamos logo Bia! - Amanda gritava do carro.

- Você quer ficar calma! Não é todo dia que eu escalo parede a baixo! - respondi irritada. Já fazia pelo menos 10 minutos que eu estava tentando descer pela janela com os lençóis amarrados uns nos outros, formando uma corda.

Finalmente consegui chegar ao chão, Ufa! Corri até o carro nada chamativo de Amanda e entrei no banco de trás. Tinha dois garotos do meu lado. Tenho que admitir que eles não eram de se jogar fora, mas como toda alegria nessa vida dura pouco descobri que eram gays. Como? Do pior modo acreditem.

Notei que estávamos chegando na festa pela música alta. Amanda estacionou o carro perto de uma árvore e logo já estávamos dentro da casa. Olhei para os lados e as únicas coisas que eu podia ver eram casais se "beijando calorosamente", amigos bebendo, amigos bêbados, amigos ficando bêbados, amigos...é melhor nem comentar essa. Imediatamente me arrependi de ter vindo. Devia ter ficado em casa, de castigo como minha mamãe mandou.

- E ai? A gatinha está sozinha? - uma voz tremula perguntou atrás de mim.

- Não, estou com... - olhei para os lados na esperança de avistar Amanda ou qualquer um daqueles garotos gays, mas não vi ninguém.

- Com? - o garoto, agora na minha frente, me provocou. Tudo bem que ele era loiro de olhos azuis , e tinha um olhar super sedutor, com aquele corpo que parecia mais de um deus, e é melhor eu parar de falar antes que eu desmaie.

- Meu namorado, ele deve ter ido pegar uma bebida. - inventei uma desculpa.

- Você é engraçadinha né, Bia? - droga! Ele me conhecia.

- Sou? Por quê?

- Você sabe muito bem que eu sou seu namorado. - agora a coisa ficou feia. De repente o garoto me agarrou pela cintura com tal força que eu não consegui me soltar. Em questão de segundos ele estava pressionando seus lábios violentamente contra os meus. Comecei a me debater, tinha que sair de seus braços, porém não conseguia. Quanto mais eu me debatia mais força o garoto fazia. Estava ficando sem ar quando arranhei seu rosto com minhas unhas.

- Ai! Garota você é louca! Qual o seu problema? - entrei em pânico. Vi vários rostos curiosos voltarem - se para nós. Precisava sair dali. Abri caminho na multidão e sai correndo até dar de cara com Amanda.

- Bia! Você está bem? O que aconteceu com Felix? - então o nome do meu namorado era Felix.

- Eu não sei. - respondi e comecei a chorar. Amanda me abraçou e enxugou minhas lágrimas com a manga da blusa.

- Vamos, eu sei do que você precisa. - ela agarrou minha mão e abriu caminho na multidão até chegar em uma mesa com bebidas. Pegou dois copos: um para ela e outro para mim.

- O que é isso? - perguntei encarando o copo.

- E você se importa? Beba! - olhei para o copo desconfiada. Nunca havia bebido antes, não era permitido na Fundação. Olhei para os lados estavam todos bebendo. Por que eu iria ser a única diferente? A amiga chata que não sabe se divertir? Peguei o copo e virei todo o líquido na boca.

POV Dawid

- Está tudo bem? - Bia me perguntou.

- Sim. - não.

- Você ficou calado o caminho todo.

- Eu só não estou muito a fim de conversar. - respondi sem olhar para ela.

- Olha eu sei que é muita informação para você assim de uma vez, mas eu só quero que saiba que eu te amo e sempre estarei aqui por você. - olhei para a garota ao meu lado, e dei um sorriso torto.

Finalmente chegamos na Fundação e eu pude ficar á sós no meu quarto. Quando Bia disse que havia se lembrado de mim, entrei em choque. Tudo o que eu sempre quis foi que ela voltasse a me amar, não tenho palavras para descrever a alegria que senti naquele momento. Então eu a beijei. Imediatamente percebi que algo estava errado. A garota que estava na minha frente me amava, mas era um amor diferente do anterior. Eu não me senti como antes, era como se aquele fosse um amor errado, com a pessoa errada.

Tentei descobrir por que Bia estava me fazendo sentir daquela maneira. Teria ela realmente mudado por causa da droga do esquecimento que deram à ela assim que voltara para a Fundação? Teria isso de alguma forma alterado o seu amor por mim? Ou ela esta apenas fingindo para descobrir o que aconteceu com ela?

Todos esses questionamentos me perturbam desde o momento que a beijei. Estaria algum deles correto? Ou poderia eu ser o problema? Talvez a Fundação tenha injetado aquela droga experimental em mim para acabar com meus sentimentos! Não isso não pode ser verdade, eu ainda a amo, ainda a amo...

POV Bia

Tenho que admitir que nos primeiros cinco copos o líquido ardia minha garganta, mas depois não senti mais nada.Comecei a flutuar pela pista de dança, era como se meus pés não tivessem mais chão, e minha cabeça girava e girava. O som que ouvia vinha unicamente das caixas de som ao meu lado.

(coloquem a música para tocar: https://www.youtube.com/watch?v=S_q8L8Tksd8)

I got this feeling on the summer day when you were gone

(Senti algo num dia de verão quando você não estava aqui)

I crashed my car into the bridge. I watched, I let it burn

(Bati o carro em uma ponte, observei, deixei-o pegar fogo)

I threw your shit into a bag and pushed it down the stairs

(Joguei suas coisas em uma mala e a empurrei pela escadaria)

I crashed my car into the bridge

(Bati o carro em uma ponte)

I don't care

(Não me importo)

I love it

(Eu adoro isso)

I don't care

(Não me importo)

Não pensava em nada apenas em dançar. Olhava para os lados e via todas aquelas pessoas me olhando e não me importava. Não conhecia nenhum deles, portanto não devia nada a ninguém. Não ligava para reputação ou qualquer outra coisa. Aquela vida não era minha mesmo!

- Uhul Bia, é assim que eu gosto de te ver! - Amanda gritou na minha orelha.

Nós demos as mãos e começamos a correr pela casa. Ela estava tão bêbada quanto eu e nenhuma de nós viu o banco a nossa frente. Resultado: duas retardadas rindo no chão. Olhei para minha mão, estava sangrando e mesmo assim não sentia nada. Esse era um dos benefícios de ficar bêbada. Olhei para Amanda e seu braço estava machucado, mesmo assim ela ria.

I love it

(Eu adoro isso)

I love it

(Eu adoro isso)

I got this feeling on the summer day when you were gone

(Senti algo num dia de verão quando você não estava aqui)

I crashed my car into the bridge. I watched, I let it burn

(Bati o carro em uma ponte, observei, deixei-o pegar fogo)

I threw your shit into a bag and pushed it down the stairs

(Joguei suas coisas em uma mala e a empurrei pela escadaria)

I crashed my car into the bridge

(Bati o carro em uma ponte)

I don't care

(Não me importo)

I love it

(Eu adoro isso)

I don't care

(Não me importo)

Nos levantamos e voltamos correndo para a pista de dança. Minha cabeça começou a doer, na verdade todo o meu corpo começou a doer. Olhei para a Amanda e ela devia estar sentindo o mesmo, pois estava com uma cara de acabada. Ela então virou e disse.

- Essa é a parte ruim de beber, quando você para a realidade volta.

O som alto que antes não me era um problema, agora começa a estourar meus ouvidos. Tudo o que eu queria era sair dali. Para piorar a situação meu estomago começou a se revirar. Droga! Isso não é hora para querer vomitar. Sai correndo a procura de um banheiro e encontrei outra coisa.

- Dawid? - droga, acho que falei isso em voz alta. Dawid virou a cabeça para os lados, porém não me viu.

Me aproximei um pouco mais e quando ia falar com ele uma garota surge do nada e começa a beijá-lo. Não sei se foi pela bebida ou pela cena que eu acabara de presenciar, mas acabei vomitando em cima da garota. Ela deu um grito escandaloso e todos os olhos voltaram - se para nós. Foi quando todos começaram a rir de mim. Andei para trás enquanto todos vinham na minha direção para ver a cena. Me senti um lixo, não podia mais continuar ali. Então sai correndo pela porta.

Corri sem saber para onde ir, não conhecia nada nem ninguém por lá. Foi quando um carro preto parou do meu lado e abaixou o vidro. Pude ver meu tio com uma expressão preocupada. Entrei rapidamente no carro e comecei a chorar. Eu mal havia chegado a essa nova cidade e já tinha chorado mais do que chorei em um ano na Fundação. Olhei para o meu tio e disse.

- Obrigada e desculpe.

- Que isso querida, você sabe que eu sempre estarei aqui para você.

Encostei a cabeça na janela e pensei no que eu iria fazer nos meus dois meses de castigo.

POV outra Bia

Eu preciso fazer alguma coisa. Ele não está acreditando em mim, eu sinto isso. Preciso conquistar a sua confiança para depois colocar meu plano em ação. Mas como? Se ao menos eu tivesse trazido o diário da clone comigo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e que não tenha ficado muito confuso na parte da Bia bêbada. Enquanto a isso, eu nunca bebi, portanto não sei quais são os efeitos, por isso coloquei o que eu imagino que aconteça.

Bjus com sorvete,
até o próximo capítulo!