Fundação Kloon escrita por Brukis Calarezo


Capítulo 3
Capítulo 2: A chave


Notas iniciais do capítulo

Oie amores! Demorei muito pra fazer esse capítulo, então espero que gostem e comentem. To aqui na casa da minha migs Giuly com minha outra migs Anita.
Leiam as notas finais!!!!
Bjos gatatinhas ♥
Até lá em baixo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/403248/chapter/3

Depois de quase me afogar na banheira, coloquei meu uniforme e fui terminar de limpar os quartos. Sem nenhum banho de água suja dessa vez.

Terminado o serviço eram 12h, hora do almoço. Minha barriga roncou instantaneamente. Fui para o refeitório, me servi e sentei com a turma da limpeza. Não gostava de sentar lá, não que eles fossem ruins ou algo do tipo, mas eram monótonos. Se tem uma coisa que eu não suporto são as pessoas que falam sempre dos mesmos assuntos! “E ai Caio, como foi o trabalho hoje? Ah, hoje foi tranqüilo ninguém vomitou. Puxa que legal, antes eu tivesse a mesma sorte! Alguém sujou todo o banheiro masculino no 4º andar!”

Como podem perceber a conversa era tão envolvente que me dava sono. Olhei para as mesas ao meu redor e avistei PCJ (projeto clone J) acenando para eu ir me sentar à mesa dela. Que bom, uma alma boa! Levantei-me imediatamente e caminhei até a mesa dos clones. Sentei-me entre J (ou Ju) e A (ou Ana). Elas começaram a falar sobre a aula de química que tinham tido esta manhã. Comecei a me envolver no assunto fazendo perguntas sobre alguns termos, e elas me explicaram detalhadamente cada um. Quando estava quase acabando minha comida, ouvi uma voz, infelizmente, conhecida:

- Não sabia que era permitido animais no refeitório. – provocou Dawid.

- Não é. Então acho melhor se retirar antes que alguém o veja. – respondi antes que Ana ou Ju pudessem se quer entender o que estava acontecendo.

- Nossa gente que stress! – protestou Ju. Ana complementou:

- É verdade, o que aconteceu entre vocês? – porque ela foi perguntar...

                                                                                                                                 

- A Srta. Certinha Beatriz infringiu uma regra muito importante. – respondeu Dawid.

- O que ela fez? – Ju e Ana perguntaram em uníssono. Droga! Eu tinha me esquecido completamente dessa regra!

- Ela violou a regra 52º. – Ah, a regra 52º. Não se pode falar, indagar nem mesmo pensar em desrespeitar a morte do clone. Para eles, isso era algo sagrado, como se eu zombasse da morte de Jesus, ou algo do tipo. Deveria ter escolhido melhor as minhas palavras! Desejar a morte de Dawid realmente não foi uma boa ideia.

- Vem aqui agora! – levantei apressada, agarrei o braço de Dawid e o levei até a dispensa onde ficavam os materiais de faxina. Tranquei a porta e comecei a falar:

- Você quer falar um pouco mais alto! – protestei.

- A BEATRIZ INFRINGIU A LE... – tapei a boca dele com a mão.           

- Olha, eu sei que fui muito idiota em falar aquilo. Eu não quero que você morra por mais que você me irrite. E o pior é que você , retardado, sabe disso. Então me diz qual a necessidade de colocar a minha vida em jogo?

- Ahamhuamham...- percebi que ainda estava com a mão na boca dele. Tirei-a rapidamente e pedi desculpas.

- Obrigado. Primeiro: para de me chamar de retardado. Segundo: para com esse drama todo! Está agindo como se eu tivesse contado para o diretor o que você fez! Não que você não mereça punição, ou porque eu tenha pena de você, mas porque eu também não desejo que morra. – Dawid respondeu calmamente.

- Primeiro: paro de te chamar assim, se parar com as brincadeirinhas. Segundo: obrigada pela consideração.

- Você não está em posição de exigir nada. Afinal eu ainda não contei ao diretor.   – Droga, sabia que a conversa estava fácil demais.

- Dawid! Você não teria coragem de fazer isso comigo, teria? – tentei fazer minha cara mais fofa, inclinando a cabeça de lado e dando um sorrisinho meigo. Infelizmente não funcionou.

- Teria. Sem remorso. – não sei por que, mas acho que Dawid estava mentindo.

- Sem remorso? Sério mesmo? – provoquei.

- É. – pude notar o nervosismo na voz de Dawid. Era óbvio que estava mentindo.

- Hum, não acredito em você.

- Que pena, porque eu acreditaria em mim – nossa! Essa vai para a minha lista das frases mais originais de Dawid.

- Ah é? – dei um passo em sua direção.

- É – ele se aproximou mais ainda. Ficamos quietos. Podia sentir sua respiração contra meu rosto. Estava quente. Meu deus, ele estava tão perto que eu podia escutar as batidas de seu coração se acelerando. Dawid roçou a mão no canto esquerdo da minha face, levantando meu queixo até que nossos olhares ficassem perfeitamente alinhados. Ele estava tão perto...

Pliiiiim! O sinal anunciando o fim do almoço tocou. Imediatamente quebrei aquele clima me desvencilhando do garoto mais lindo que eu conhecia. Bom, pelo menos agora eu tinha certeza de que ele não contaria nada ao diretor. Subi até o 5º andar com o coração ainda acelerado e fui arrumar mais quartos.

Depois de um longo dia de trabalho, finalmente voltei para o meu quarto. Quando entrei, avistei Lise sentada na cama penteando seus lindos cabelos loiros. Seu olhar vulgar revelava quem ela era. Nunca gostou de mim, não que eu me incomode é claro, mas fica difícil ter que olhar para ela todas as manhãs, noites e encarar essa cara de “sou superior”. Fechei a porta de entrada e fui tomar banho.

Sai do banheiro, e Lise já estava dormindo. Graças a deus, não terei de falar com ela! Fui para a cama e rapidamente peguei no sono. Estava escuro, mas conseguia ver nitidamente os olhos cheios de água que me observavam com tristeza. A mulher caminhou até mim e me abraçou. Retribui o abraço com a mesma intensidade e carinho que recebi. Senti suas delicadas mãos roçarem meu pescoço e prenderem algo a ele. Olhei para baixo e vi uma linda chave prata pendendo dele.

Acordei com o gosto de lágrimas na boca. Eu chorei? Nunca havia chorado antes com um sonho. A chave...não me lembro de tê-la visto antes. Só para garantir, fui até meu armário e tirei de lá uma caixinha rosa de jóias. Abri a tampa...Ai meu Deus! Uma linda chave prata refletia a luz do abajur. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olha eu aqui de novo!!!
Passei para mostrar como eu imagino a Bia: http://weheartit.com/entry/71692680/via/bruna_torrescalarezo
O Dawid: http://weheartit.com/entry/40355588/via/bruna_torrescalarezo
e outra foto dele: http://weheartit.com/entry/71692459/via/bruna_torrescalarezo

Tem tb o colar da Bia, mas só a chave viu gente:
http://weheartit.com/entry/70940086/via/bruna_torrescalarezo

Bjus