Shadow Of The Colossus escrita por Kevin Souza


Capítulo 6
Retorno de um velho amigo


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos. Peço imenso perdão por ter sumido. Eu tava muito desanimado para poder postar capítulos novos. O motivo era que eu não tinha muito sucesso com essa fic. Mas parece que de uns meses para cá tudo começou a dar certo para o meu lado. Então, me animei e estou postando novamente um capítulo. Dessa vez vou até o final.

Dedico esse capítulo a Lari Jett que fez o face para a gente conversar e nunca entrou kkkk..beijos

Abraço gente :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402849/chapter/6

Dois dias se passaram desde que Wander e Mono se encontraram e iniciou-se uma interessante amizade. O rapaz dos cabelos cor de sangue mostrou a jovem donzela que era um rapaz bem melhor do que ela imaginara, mudando totalmente o conceito da jovem para com ele.

Durante esses dois dias, Wander ficou hospedado numa estalagem da aldeia Karizoa. Ele e Wazanu passaram passar três dias (contando com o dia que chegaram) na aldeia, para poder comprar, vender ou até mesmo negociar produtos, especiarias, roupas e até mesmo conhecimento com muitos documentos escritos em pergaminhos e etc. Tudo que poderia ser de útil e até mesmo muito importante para a pobre aldeia Korota que necessitava para poder crescer.

A estalagem onde Wander e Wazanu ficaram era muito próxima a casa de Mono, o que permitia que o rapaz pudesse ter bastante contato com a moça. Apesar de Karizoa ser uma das aldeias mais prósperas do futuro Japão, ela tinha suas fraquezas. E uma delas era a hospitalidade. As estalagens que existiam naquele lugar era da pior espécie, alem da recepção ser péssima. Quartos que pareciam mais estábulos de tanto que fediam, madeiras podres prestes a desabar e pessoas doentes e muitas até agressivas que moravam nos próximos quartos ao de Wander.

Nos dois dias que se hospedou na aldeia, Wander pode sair e conversar com a menina, que deu uma impressão a ele de que era mais misteriosa do que poderia parecer. Sempre que tocava nas histórias dos pais[1], Mono fugia do assunto deixando incógnitas na cabeça do jovem rapaz. Mas mesmo sendo desse jeito, não se podia deixar de admitir que a jovem era muito linda aos olhos de Wander e também bastante inteligente. Ela o levou a vários lugares nas delimitações das aldeias aos Sul e até mostrou – a uma longa distância, claro – as montanhas ao norte que eram totalmente inabitáveis. Apesar de ser pouco tempo, esses dois dias fora o suficiente para trazer uma alegria no semblante de Wander que ele não possuíra há anos.

Infelizmente o tempo de ficar em Karizoa acabou, e no décimo oitavo dia do mês de Libvohn[2], Wander, Wazanu e os outros trabalhadores de Korota voltam a sua aldeia para poder usar os recursos que ganharam com tanto esforço e assim ajudar seu povo a se desenvolver com força de vontade que vem tentando há tempos.

Assim que Wander desce da carroça já na aldeia, ele olha para o centro do lugar onde vive. Pessoas correndo de um lado para o outro com seus produtos, barracas vendendo roupas, tapeçaria, madeira e outras coisas. Tudo muito movimentando.

– Bem vindo de volta ao lar – disse Wander para si, ao mesmo tempo em que sentia uma certa falta de Mono.

Enquanto o rapaz arrumava as coisas para poder ir para casa e descansar um pouco, um homem vinha correndo na direção de onde ficava o castelo do Lorde Emon. Ele parecia bastante ofegante e chegava a colocar as mãos no joelho.

– Wander...

– Sim – responde

– O seu..amigo...Sihrum...voltou da guerra contra as aldeias chinesas.

Uma grande alegria tomava conta do jovem rapaz. Há quase um ano, Wander não via seu amigo Sihrum. Ele, que era um grande guerrilheiro da cavalaria montada de Emon - para ser preciso o único cavalheiro da aldeia, porque a mesma não era rica – fora sempre o cavalheiro dos olhos de Emon. Diferente de Wander que era um mirrado rapaz e que vivia apenas para o comércio, Sihrum era muito forte e bastante ágil para um soldado de apenas 20 anos de idade. Pouco menos de um ano, o cavalheiro fora enviado junto com cavalheiros de outras aldeias, para a terra do primeiro povo que havia se unido como nação no lado Oriental do planeta: A China. O objetivo era tomar terras daquele país, afim de evitar o grande crescimento chinês no oriente. Infelizmente, mais de oitocentos soldados japoneses morreram e apenas duzentos voltaram vivos para seus respectivos povos. E um deles era Sihrum.

– Muito obrigado Harahem. Onde ele está?

– No castelo do Lorde Emon.

– Obrigado novamente.

Wander deixa rapidamente suas coisas em casa e vai correndo ate o castelo do Lorde Emon. Em menos de dez minutos o garoto já estava lá e logo presenciara seu amigo na porta do grande castelo sendo saudado por todos os outros soldados que ficaram na aldeia para proteger o pequeno povo.

– Parabéns Sihrum – dizia um soldado

– Sua bravura fora muito grandiosa, meu jovem soldado. Tu és uma honra para nossa aldeia – dizia o lorde Emon.

Depois de os soldados ficarem bajulando o jovem soldado, que Wander pode falar com seu grande e velho amigo.

– SIHRUM – grita Wander

Sihrum se aproxima de Wander e lhe dá um forte abraço, quase esmagando seu amigo que era muito mais magro e baixo que o jovem soldado.

– Como você está?

– Estou bem, amigo – responde Sihrum.

– Conseguiu sobreviver aquele inferno. Incrível! Você é o melhor soldado de todos.

– Imagina. Tinham soldados muito melhores do que eu, mas me esforcei. Bem – diz Sihrum, mudando de assunto – como você está? Vamos a minha casa para conversamos. Saudade do meu pequeno amigo.

Wander vai até a casa de Sihrum, que se localizava muito próxima ao castelo. [3] Ela parecia muito bela, semelhante à de Lorde Emon. Wander em momento algum invejou a casa de seu amigo, pelo contrário. Ele sabia que merecia muito aquilo tudo, por tudo que passou.

– Linda sua casa, amigo!

– Obrigado, Wander. Agora conte-me. Como andam as coisas na sua casa?

Wander hesitou um pouco antes de falar que a vida dele estava muito ruim e necessitando muito de dinheiro, além de passar muita necessidade junto com seu irmão, Hirako. Sihrum teve sempre a velha mania de ficar dando todos seus recursos para outros e quase ficar sem. Coisa que Wander não gostava e se sentia muito envergonhado. Tinha também a incerteza que o rapaz passava com Mono.

– Está tudo ótimo.

Mas quem é amigo conhece o outro pelo olhar. Não era diferente com o jovem soldado.

– Não, você não está bem. Diga-me. O que passas em seu coração? Seria um amor que está nascendo em você?

Wander ficou calado e se mostrou tenso ao falar para seu amigo.

– Eu imaginava. Diga. Qual o nome da felizarda?

– Mono – respondeu Wander – mas não é tudo isso o que você pensa.

– Ora, por quê não?

– Ela é uma moça muito misteriosa.

– Defina misteriosa.

– Sempre que chegamos no assunto sobre os pais dela, ela muda de assunto ou fica fazendo brincadeiras para que eu esqueça. Ela também fica indo para lugares estranhos, como um montanha que dá visão para as colinas ao Norte. Aquele lugar inabitável que todos conhece. E outra. Mono é muito diferente de mim. Ela vive numa aldeia muito próspera e..

– E o que quê têm você morar numa aldeia pobre? Desde quando o amor pensa nessas coisas? Escute, Wander. Se você gosta realmente dessa moça, você vai ignorar totalmente a diferença social entre vocês. E se ela realmente gosta muito de você, vai gostar também da sua pessoa pelo o que você é.

– Entendo. E quanto ao fato de ser misteriosa?

Sihrum coçou a barba que tinha e pensou em como dar um conselho útil ao seu amigo mais novo.

– Então, irmãozinho. Meu conselho quanto a isso é que esqueça isso de Mono ser misteriosa. Quando ela se sentir a vontade para lhe contar algo, fará isso. Ás vezes a moça tem vergonha do passado. Pode ter vindo de uma família pobre, ou até mesmo passou por momentos difíceis na vida. Eu tenho mais uma coisa a perguntar a você.

– Pode perguntar.

– Que história é essa de Mono ir para lugares estranhos como aquela montanha?

– Foi o que eu contei a você.

– Eu sei. Mas é muito perigoso vocês fazerem isso. E o que ela fala sobre essas montanhas?

– Que tem o desejo de conhecê-las.

Sihrum se mostrou muito preocupado para com seu amigo.

– Você sabe a história que se passa com relação aquele lugar ao Norte. O que tem naquele lugar e quem vive lá.

– Eu sei sim. Mas fique tranquilo que não vou para aquelas terras proibidas. Eu sei que não posso ficar lá. Mas Sihrum...

– Sim?

– O que é que tem naquelas terras?

– Infelizmente não posso falar – respondeu ele, enquanto passava a mão na cabeça de seu amigo – quem sabe um dia quando você estiver mais velho possa saber. Mas agora não. É muito perigoso, não só para você como para todo o povo.

– Entendo.

– Agora vá. Você tem algo muito importante para fazer,

– É eu sei.

[1] Wander sabia que Mono era filha adotiva de Yuke.

[2] Corresponde a Setembro

[3] Os soldados tinham que morar perto do castelo, para que quando estourasse uma guerra, tivesse tempo de correr para se preparar para combate.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado de mais um capítulo e em breve vou postar um novo capítulo.

Deixem reviews..forte abraço :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shadow Of The Colossus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.