LEIAM AS NOTAS FINAIS

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A minha escola é tão desorganizada que eles fizeram a separação de quartos errada. Eles separaram as salas do 1º ano por nome, e como eu tenho um nome de garoto, Akira, eu acabei no mesmo quarto que um amigo meu, o Nate. Não sei como a escola conseguiu cometer um erro desse tamanho. E não tenho ideia de como eles não conseguiram arrumar isso. Pelo menos, é só uma noite nesse hotel.

Eu não estava incomodada por precisar dividir o quarto com o Nate, pois os pais dele eram amigos dos meus pais, então a gente se conhece desde criança. Nós não éramos tão amigos, mas era melhor ele do que qualquer outro garoto do 1º ano. Como nós (eu) estávamos muito cansados por causa da viagem e do passeio, eu nem fui reclamar com a escola pra conseguir nos colocar em quartos separados, eu com as garotas e ele com os garotos.

Nós entramos no quarto, eu larguei minhas coisas no chão, escolhi a minha cama e me joguei nela. O Nate pegou minha mala e jogou em cima de mim enquanto eu não estava prestando atenção, o que me causou uma reação exagerada da minha parte e gargalhadas por parte dele. Mostrei minha língua para ele, peguei minhas coisas e fui para o banheiro. Fiz tudo que é necessário fazer antes de dormir (inclusive colocar meu pijama) e sai de lá.

─ Nate. Pijama, ouviu? PI-JA-MA ─ eu disse pausadamente ─ E se você dormir só de cueca, eu vou te bater.

─ Positivo e operante Kira-chan. ─ ele riu ─ Ordem recebida e entendida com sucesso! ─ ele disse enquanto ia para o banheiro, com suas coisas.

Pelo menos eu havia escolhido um pijama bom. Era uma camiseta larga cinza com um ursinho pirata, e o shorts ia até o meio da coxa e era listrado em vermelho e cinza. Deitei na minha cama e me cobri. Logo após isso, a porta se abriu e o professor apareceu dizendo que nós teríamos que estar na recepção do hotel as 9h do dia seguinte, já com as malas prontas. Eu assenti e ele foi embora. Me virei para o lado da parede, e nisso, o Nate pulou na minha cama. Na hora em que eu me viro para olhar para ele, percebi que ele estava com uma bermuda azul q ia até o joelho e estava sem camisa. Como o combinado era de não dormir só de cueca então ele não tinha violado nenhuma regra. Havia me esquecido de como ele era bonito, pois me surpreendi na hora que o vi sem a camisa. Claro, não tenho reclamações do que eu vi.

─ Você não vai dormir Kira-chan. ─ ele disse.

─ Sim sim... e quem não vai me deixar dormir?? ─ perguntei em tom de deboche.

─ Eu. ─ o Nate usou uma voz meio rouca para dizer isso. Aquela voz combinada com seu sorriso malicioso e a sua "falta" de roupa, acabou o deixando sexy.

Ele saiu da minha cama e foi em direção a dele enquanto eu o seguia com meus olhos. Ele tirou as coisas que tinha lá, e voltou para onde eu estava e quando eu fui perceber, eu já estava sentada no colo no Nate, que estava em sua cama.

─ Você estava querendo resolver esse problema, certo? ─ ele deu ênfase a palavra "problema" ─ De ficarmos somente nós dois no quarto. ─ eu assenti e ele me puxou para mais perto dele e ficou dizendo a mesma coisa:

"Não acho que seja um problema, Kira". O maior problema é que ele deve ter percebido que aquela voz rouca dele era sexy e estava fazendo efeito em mim, porque ele não parou de falar daquele jeito. Reparei que estávamos com a testa e o nariz encostados um no outro. Ele me olhava direto nos olhos, e eu tentava olha para qualquer outro lugar, menos para ele. Com certeza eu estava ruborizada.

─ Olhe para mim Kira. ─ olhei para ele e logo desviei o olhar ─ Olhe nos meus olhos.

Não aguentei aquela voz e o olhei. Ele não parecia totalmente aquele Nate malicioso. Ele tinha o olhar um pouco... triste?

─ Você não sabe quanto tempo eu tive que esperar para fazer isso Kira ─ E ele foi se aproximando mais ainda. Quando nossos lábios estavam a milímetros de distância eu disse:

─ Eu não sei beijar.

─ Então deixe que eu te ensino. ─ Essas foram as últimas palavras antes do nosso primeiro beijo.

Não consigo descrever o nosso beijo, mas ele começou lento, calmo e apaixonado. Ele já estava com as mãos em minha cintura, pois estava me segurando em seu colo. Depois de uns 2 segundos, eu sai do estado "ataque surpresa" e correspondi ao seu beijo. Automaticamente minhas mãos foram parar em sua nuca e começaram a acariciar aquele cabelo meio molhado logo após seu banho. Nos separamos apenas porque faltou ar aos meus pulmões. Na hora em que ele estava me puxando de volta para perto dele, eu sai de perto e ele ficou triste. Notei que eu também queria mais, e voltei a me sentar em seu colo, mas em vez de me sentar com as pernas juntas uma a outra, coloquei uma perna de cada lado do corpo de Nate.

Dessa vez eu que tomei a iniciativa. O beijo foi se aprofundando e logo percebi que aquele beijo lento e apaixonado tinha saído e dado lugar a um mais rápido e prazeroso. Nos separamos assim que o ar nos faltou, mas dessa vez em vez ele seguiu um caminho diferente e veio em direção ao meu pescoço e começou a distribuir beijos por lá. Estava fazendo o máximo para não gemer.

─ Não precisa ficar com vergonha Kira. Esse seu lado que eu conheci hoje fica aqui, junto com tudo que acontecer nesse quarto. ─ Sua boca estava muito próxima ao meu ouvido e ele conseguia dizer isso de um jeito sexy que me fazia arrepiar. Logo depois de dizer isso, ele voltou a beijar meu pescoço e colocou suas mãos por baixo do meu pijama.

Com aquelas mãos quentes acariciando minhas costas e seus lábios macios beijando e dando leves chupões em meu pescoço, eu comecei a gemer e a arranhar suas costas. Aparentemente ele gostou de me ver submetida a ele, pois continuou a fazer de tudo para que eu continuar gemendo em seu ouvido. Diferente dele, não estava muito feliz com o fato dele estar me dominado. Dei um leve empurrão nele para ele se afastar de mim. Ao se afastar, pude ver q ele estava com um sorriso malicioso no canto da boca.

─ Agora é a minha vez. ─ Disse com um sorriso no rosto. Soltei minhas pernas que estavam entrelaçadas em volta de seu corpo e o empurrei para a cama. Ele caiu facilmente de costas e estendeu os braços. Fui chegando mais perto dele o provocando. Quando cheguei do lado dele, coloquei uma perna de cada lado de seu corpo (novamente) e fui chegando cada vez mais perto dele, até que ele levantou os braços para tentar me agarrar. Me levantei rapidamente e dei um tapa em seu peito.

─ Agora é a minha vez, não a sua. Entendeu??

Observei que ele não esta mais aguentando e fui diretamente em direção ao seu pescoço. Diferente de mim, ele não tentou esconder seus gemidos. E somente depois de o escutar entendi o porque dele gostar de me ouvir gemer: era algo prazeroso. Dei um chupão em seu pescoço para deixar uma marca. A minha marca.

─ Eu não deixo marca, mas você deixa?? Isso é injusto ─ Ele me disse com aquela voz maliciosa e um pouco ofegante. Não o respondi.

Suas mãos estavam passeando pelas minhas costas. Decidi parar de beijar seu pescoço e fui para seus lábios. Ele foi rápido. Começou direto com um beijo apressado e diminuiu a velocidade das carícias nas minhas costas. Sua língua pediu passagem e eu acabei por permitir apenas depois de dar uma mordida em seu lábio inferior e ele soltar uma risada. Assim que aprofundamos nosso beijo, ele parou suas mãos em cima da minha bunda. Simplesmente tirei suas mãos de lá e as coloquei no meio das minhas costas.

Assim como das primeiras vezes, paramos o beijo assim que sentimos falta de ar. E fui notar que ele estava por cima de mim. Não sei como acabamos assim, com ele por cima de mim, pois pelo que eu me lembre, estava por cima dele. Provavelmente havíamos trocado de posições logo depois de eu tirar sua mão da minha bunda. Quando ele ia me beijar novamente, o empurrei e deitei em sua cama.

─ Estou cansada. Agora mais cansada que na hora em que entramos no quarto. ─ Mesmo sem olhar pude ter certeza que ele sorriu, pois eu mesma sorri após dizer aquilo. ─ Boa noite Nate. Nos vemos amanhã.

Ele chegou mais perto de mim, me abraçou e disse no meu ouvido:

─ Boa noite, minha pequena.

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