A Garota Da Fita Azul escrita por Alice Grey
Depois de uma noite profunda como aquela, dormir é o melhor descanso. Infelizmente esse descanso não dura muito , 3:00 hrs da manhã, o telefone toca.
– Alô?
– Por favor, ai é do apartamento da Senhorita Katie Hamers?
– Sim, sim, mas ela esta viajando,posso ajudar?
– Aqui é do Hospital Beta de São Francisco.
Hospital? O que teria acontecido, com que teria acontecido?
– Mas, o que houve?
– A Senhorita Katie Hamers se encontra em estado de internação neste hospital, estamos entrando em contato para pedir que algum parente venha assinar os papéis para a internação .
– Okay, mas o que houve com a Katie?
– A Senhorita sofreu um acidente de carro, esta parcialmente ferida, não chegaram a ser feridas ou fraturas preocupantes mas quanto antes a internarmos, melhor será para seu estado de saúde, se puder pedir que alguém venha até aqui até o final da tarde de amanhã, agradecemos, tenha uma boa noite.
Boa noite? Como vou dormir sabendo que minha amiga corre risco de vida? Passo o resto da madrugada em claro, depois de cerca de 5 horas sem fechar se quer os olhos, meu celular toca.
– Alô, Celi, é o Peter.
– Oi Peter, você foi otimo ontem a noite, meus parabéns.
– Obrigada, Celi? Você esta bem? esta com uma voz estranha.
– Não muito, uma amiga minha, a que me cedeu seu apartamento, la esta internada.
– O que houve?
– O hospital disse que foi um acidente em uma batida de carro.
– Você precisa de ajuda?
– Sim, por favor, tenho até a tarde de hoje para assinar os papéis da internação.
– Onde é o hospital?
– Em São Francisco.
– Hmm, vamos demorar umas 3:00 hrs a 3:30 hrs para chegar até la.
O Hospital se localizava no centro de São Francisco, moravamos ao sudeste. Demoraremos mais ou menos isso por causa do trânsito.
– Me encontre em frente a seu prédio daqui 30 minutos.
– Okay.
Me arrumo, e pego todos os documentos que Katie havia deixado no apartamento. 30 minutos depois, vejo Peter dentro de um carro, um Sedan preto.
– Oi, de quem é esse carro?
– De um amigo meu, ele concordou em me emprestar para irmos até lá, vamos?
– Sim, vamos.
Assim que entro no carro, Peter pisa no acelerador e vamos á caminho do hospital. Durante metade do caminho ficamos em silêncio, Peter encarando a estrada, e eu, encarando o céu.
– Espero que ela fique bem . - Digo isso em um tom quase rouco.
– Também espero, e sei que ela ficará. - Ele então pega em minha mão, como se dissesse " Eu estou aqui pra te ajudar, fique calma"
Depois de mais uma hora encarando a estrada e o céu, chegamos lá. Nos apressamos á sair do carro, subindo as escadas em direção a recepção.
– Por favor, o quarto da paciente Katie Hamers
– Quarto número 522, o Dr. Vitor os espera.
Subimos pelo elevador, torcendo para chegarmos a tempo, chegando lá, avistamos o aparente Dr. Vitor , olhando pela vidraça do lado de fora, analisando um e seus pacientes, que se encontrava um quarto antes do quarto de Katie.
– Dr. Vitor? Sou Marceline San Darick, amiga da paciente, este é Peter .
– Peter Hansem , Prazer Dr. Vitor. - Peter falava de um jeito como se fizesse parte daquele hospital.
– Prazer sou o Dr. Vitor Bonasinga.
– Como se encontra a Katie? - Digo quase que entrando em um surto desesperado.
– A paciente não se encontra em um estado muito bom, seu corpo quase não responde aos comandos emitidos por seu cérebro.
– Como assim Dr? - Peter parece manter a calma, ele sabe fazer isso muito bem.
– Temo que ela fique paraplégica ou não resista e venha a falecer.
– Não, Katie , NÃO!
É inevitável, ver minha amiga naquele estado e não temer por sua vida, não entrar em desespero. Peter então segura minha mão, me levando pelo corredor até um lugar tranquilo.
– Celi, você esta bem? - ele segura firmemente meu rosto, me passando segurança em seu olhar.
– Não estou Peter, desculpe pela reação.
– Celi, não diga isso ! É sua amiga, você tinha todo direito de se preocupar com ela. - Seu tom de voz é firme, como se estivesse me passando uma mensagem de força.
– Obrigada por me entender.
– Venha aqui . - ele pega em minha mão, me levando até a janela.
Estamos na recepção, na sala de espera. Peter achou melhor que dessemos um tempo por aqui, para nos recuperarmos da noticia .
– Sabe que pode contar comigo, não fique assim, a culpa não foi sua. - No mesmo momento ele me envolve em seus braços, em um abraço carinhoso e preocupante. Acaricia meu cabelo, como se estivesse me confortando depois de uma noite de pesadelos.
Olho em seus olhos, brilhantes e esperançosos.
– Obrigada por isso.
– Não precisa me agradecer.
Tão de repente e ingênuo, um beijo de criança, que passasse força, amor, carinho e todos os sentimentos que pudessem fortalecer este momento dando mais segurança a nós dois. Depois que nossos lábios se separam, por uma fração de segundos , ficamos nos olhando, nos perguntando milhares de coisas em silêncio.
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