A Garota Da Fita Azul escrita por Alice Grey


Capítulo 38
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais um capítulo, gostaria de agradecer a todos vocês que acompanham essa história mais que querida por mim, queria dizer que adorei estar entrando no personagem, quase que vivendo a Celi, também queria dizer que como eu tinha em mente desde o começo do livro, infelizmente essa história tenha seus últimos capítulos, aproximadamente mais uns 10 ou um pouco mais, infelizmente A Garota da Fita Azul esta chegando ao seu fim, mas quem sabe daqui a algum tempo ela não retorne com uma nova versão? Espero que tenha satisfeito a maioria ou como espero todos vocês com essa história, muito obrigado, beijos, e boa leitura >



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Depois de ouvir o teatrinho de Marshall ao celular, termino de me arrumar e vou ao encontro de Peter que me espera em frente ao Hillary's Café, onde nos conhecemos por acaso.

Ao sair do prédio avisto lá embaixo nas escadarias, Marshall , segurando um buquê de rosas vermelha ajeitando sua gravata, vestido com um de seus ternos, estilo Armani , uma cópia mais ou menos parecida com o original. Ele então me vê, acena para mim, como se estivesse dizendo com o olhar " Oi, estou aqui, venha aqui para que eu possa dizer o quão estou arrependido por ter roubado poemas de um amigo, dizendo á você que eram meus, pelo quão fui idiota por mentir a pra você"

Desço em sua direção, afinal, ele esta em frente ao portão de saída do prédio, que infelizmente só tem essa saída, a não ser pela saída de incêndio que se encontrava nos fundos do prédio, mas a esta altura , ele seria capaz de correr até la só para me impedir de sair.

– Marshall, Oi, não esperava te ver aqui.. hoje..

– Oi Celi, ah, desculpe não avisar, mas achei que devia tentar.

– Ah sim, me desculpe mas estou atrasada para um compromisso até..

Antes mesmo que eu pudesse me esquivar em direção a rua, ele me puxa, prende minha atenção com seu olhar brilhando como fogos de artificio em noite de ano novo, me puxa para mais perto de seus lábios, e me beija.

Por alguns instantes me passa pela cabeça tudo aquilo que vivemos á algum tempo atrás, tudo o que aconteceu, tudo. No momento, me vem a cabeça que deveria deixa-lo se explicar, e quem sabe dar mais uma chance a ele, afinal, ele não queria ter feito isso, e sabe - se la porque fez isso. Mas não! Não faça isso Marceline San Darick!

Me desprendo rapidamente de seus braços.

– Marshall, não, não devia ter feito isso.

No mesmo momento saio andando rapidamente em direção a rua, antes que possa chegar na esquiça o ouço gritando:

– Mas eu precisava, eu precisava, provar que eu te amo.

Continuo andando, como se isso nunca tivesse acontecido, como se fosse apenas um pensamento do nada.

Depois de alguns minutos andando e relembrando o que acabará de acontecer, paro, vou em direção a um muro e me sento lá. Olhando para o céu me perguntando porque? Porque aquela reação tão obvia e espontânea dele havia me afetado tanto?

Mais a frente a visto um cara, alto, loiro,cabelo bagunçado, vestido em uma jaqueta de couro, calças jeans escuras com uma camisa branca por baixo da jaqueta. Peter, me acenando como se estivesse falando "Oi", naquele momento juro pra mim mesma que vou esquecer o que passou e fazer o que devo fazer, assistir o Sarau especial de Peter, depois ir para casa quem sabe, e seguir com minha vida á frente, como fiz todo esse tempo.

Chegando lá, comprimento a mãe de Peter, e Shopia.

Me sento na mesma mesa que elas duas, á direita do palco ,logo á frente dele, onde uma mãe orgulhosa por ver seu filho recitar seus poemas, em uma noite dedicada especialmente para ele, sentaria.

Onde uma irmã maravilhada pelo o que veria, mesmo que não entendesse nada, sentaria para ouvir e ver seu irmão se apresentar pelo resto da noite.

Onde eu, uma nova amiga dele, que não sabe onde esta com a cabeça, mas que vai prestar atenção nele nesta noite e esquecer de tudo, esta sentada.

As luzes se chocam contra a estatura de Peter, modelando cada parte de seu corpo pelo salão todo, dando mais brilho ao seu olhar e ao seu sorriso, mostrando quem é aquele cara que vai começar a falar ali em cima.

– Boa noite, sou Peter Hamen , hoje a noite irei ler alguns de meus poemas, escolhidos por meu professor e mestre, Sr. Colleman.

Sr. Colleman ou Mr. Colleman , como a maioria o chamava ali, um homem de 35 anos, professor de filosofia desde seus 26, que atualmente trabalhava em um Grupo de poetas, que um dia foi um escritor bem renomado e que agora esta dando um tempo á tudo isso, ajudando e orientando aqueles que querem seguir seu mesmo caminho, ou como ele dizia:

" Estou apenas lapidando estes diamantes brutos que aqui estão"

Peter então pega uma folha e começa a ler.

" Minha menina, que antes nunca a viste, nem por um instante, agora consigo esquece-la.

Minha menina, que vagou por ruas , debaixo de chuvas, calores extremos e frios abundantes, que hoje eu a protejo.

Minha menina, que antes não sabia quem eras, e que hoje sei quem sou ao teu lado.

Minha menina, que antes não sabia que eras minha, mas que hoje espero que seja .

Minha mulher"

Realmente fantástico, de onde tirava tanta inspiração ou criatividade com esse jogo de palavras, palavras nas quais não eram ouvidas todos os dias. As pessoas o aplaudiam de pé, como aplaudiam um musical da Broadway, ou quando passava na tv o filme de John Travolta em Grease.

Logo em seguida, depois da onda de aplausos se silenciar, Peter vira a folha e começa a ler mais um :

" Quem seria eu , se não soubesse quem deveria ser.

Quem seria eu, se esquecesse de quem amo.

Quem seria eu, se me esquecesse de você.

Quem seria eu se esquecesse do meu amor, a quem dediquei minha vida, meus poemas, minha felicidade.

Quem seria eu , se nunca a tivesse conhecido"

E assim, a onda de aplauso se reergue novamente , a noite toda segue assim.


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