A Escolhida escrita por Pandora


Capítulo 42
Capítulo 45: Imprevisível


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME JULGUEM!

Desculpa, realmente desculpa pela demora imensurável! Perdão! Pardon!Excuse!Excusarem!
Realmente, desculpa!
Mas eu tenho uma explicação. Eu entrei num tipo de...paredão.
Não conseguia escrever o próximo capítulo, estava realmente sem criatividade. E também, estava desenvolvendo os capítulos de minha nova fanfic. Escrevi o primeiro e tô no meio do segundo. E também estava ajudando uma amiga.


Pessoal, depois desse capítulo, alguns talvez queiram me matar, outros me salvar, mais a verdade é que, vocês vão se surpreender.
Eu PEÇO que vocês prestem atenção nos minímos detalhes! E vão juntando as peças!
ÚLTIMOS CAPÍTULOS BABYS! A CASA VAI CAIR!

Team Mason! Sorry! Team Maxon! Sorry!

Vibrem queridos, mais guardem energia, pois o jogo, apenas começou.

Alguns já desconfiavam, mais tem mais algumas surpresas que vocês nem imaginam!

Só relembrando, as revelações só começaram e...tenham em mente que eu amo reviravoltas.

Enjoy!
E não queiram me matar!

Ps: Desculpe se o capítulo estiver uma droga, ainda estou me recuperando da minha falata de criatividade. Na verdade esse capítulo nem sairia se não fosse uns anjos que me mandaram umas MP! OBRIGADA!

OBRIGADA MESMO PELOS COMETÁRIOS, I LOVE HER!



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"Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais."

–Hilda Hilst

De todas as situações que eu poderia imaginar para acontecer naquele momento, o imprevisível chegou para dizer um “oi”.

–Você esta bem?

Minha voz soou fraca, saindo mais como um sussurro.

–Não, mais eu vou ficar.

Bem, era previsível ele falar aquilo, porém foi imprevisível o que ele falou depois.

–Eu não queria.

–O que?-perguntei dando mais uma volta na gaze ao redor do meu pulso, que achei em uma pequena maleta de primeiros socorros que Mason tinha propositalmente na estante do banheiro.

Ele ficou em silêncio, um silêncio que eu não entendi.

–Eu não queria estar na família real.

Eu poderia perguntar porque ele não queria, já que Clear e Will pareciam tão simpáticos. Eu poderia perguntar porque ele não gostava de lá, porém tudo que saiu foi:

–Porque esta me contando isso?

Ele levantou os olhos para mim, analisando minhas palavras jogadas no ar, vendo minha expressão interrogativa.

–Eu...Eu apenas sinto que posso confiar em você.

Minha respiração travou pela surpresa.

–Desde que fui adotado, me sinto preso, como se quatro paredes estivessem me encurralando. Como se estivesse em uma jaula.

Minha mente voltou-se para minha primeira noite no palácio, quando fui ignorante com Maxon e disse que aquele palácio era uma jaula. Ele me entendia.

–As vezes, eu também me sinto presa em uma jaula, sem liberdade, sem conseguir respirar. Acho que, embora ame Maxon- Mason bufou, rolei os olhos- bem, embora ame Maxon, eu não sei se quero ser uma princesa. No fundo do meu coração, ainda estou incerta. Não poder sair, estar no castelo todos os dias.

Aquela era um dos meus maiores segredos, e acho que só estava falando para ele, por ele também estar se abrindo comigo. Fazia tempo desde que eu falava daquele jeito com alguém. Sentia saudades de expor para alguém o que eu sentia.

–Maxon acha que eu estava bem, ele acha que serei uma princesa incrível- prossegui- mais sei, que na verdade, ele escolheria Kriss como princesa para governar.

Mason riu. Riu de verdade, como se eu tivesse acabado de contar a melhor piada do mundo.

–Porque está rindo?- de repente, me senti uma idiota por ter falado tudo aquilo para ele- não tem graça.

Bati em seu braço de leve.

–Anjo, Maxon quer uma garota com a sua personalidade e beleza, com o conhecimento de Kriss para governar, embora ela não seja, pelo ponto de vista de alguns, a melhor para governar o povo de Illéa...

–Do que esta falando? Kriss daria uma ótima rainha!

–As aparências enganam anjo.

Lembrei-me subitamente de Marlee, quando eu conversei com ela sobre esse mesmo assunto. Ela me falou a mesma coisa. Embora não gostasse tanto assim de Kriss, sabia que ela seria uma ótima princesa do ponto de vista político.

–Continuando, ele quer uma esposa com a vulgaridade e sensualidade de Celeste, e com os laços políticos de Elise- ele enumerou todas nós nos dedos, como se fossemos itens- Ele quer uma garota perfeita. Na verdade, ele quer te mudar, você não percebe isso?

Minha expressão ficou confusa.

–Como assim me mudar? Maxon me ama do meu jeito.

–Ah é? Então me diga, porque ele quer tanto te fazer a queridinha do povo? Porque ele não te aceita assim? Porque ele quer mudar sua personalidade? Fazer de você uma pessoa que todos amem.

–Ele quer apenas fazer com que as pessoas me conheçam melhor, ele não quer mudar quem sou, mais sim, a maneira como me veem- falei me levantando rapidamente, sendo acompanhada de Mason.

–E porque ele quer mudar a maneira como te veem? Me diz, o que tem de tão errado em você para ele querer isso?- ele estava aumentando o tom da voz algumas oitavas, e eu estava começando a ver um novo lado dele. Sua face estava ficando vermelha, com sua aparente raiva.

–Não tem nada de errado comigo!-gritei já alterada- Todos apenas acham que eu pareço muito uma rebelde, acham que as vezes eu protejo a causa errada, e por isso, o povo de Illéa acharia esquisito se eu entrasse no poder. Eles apenas tem de me conhecer melhor e...

–E o que?

Fiquei sem silêncio.

–E o quê America? Ficar presa em um castelo pelo resto da sua vida, sem poder fazer sua própria justiça?

Parei um instante de querer falar algo, e comecei a pensar em suas palavras. Estaria ele certo?

– Causa errada?- ele continuou. Sua voz estava incrédula, suas palavras cortando o ar como uma lâmina afiada, seus olhos transbordavam raiva, e a expressão em sua face representava o quanto ele estava surpreso por minhas palavras.

Sem perceber, ele estava andando em minha direção, e eu recuando alguns passos. Só fui perceber que estávamos em movimento, quando bati minhas costas na parede de azulejos azuis, e quando sua mão direita foi parar apoiada contra a parede, a centímetros da minha cabeça.

–Causa errada?- ele repetiu cuspindo as palavras, como se estivesse com nojo delas, como se elas tivessem um gosto amargo, azedo, do pior alimento que ele já provou na vida.

Naquele instante, senti um pouco de medo. Seus olhos azuis estavam tempestuosos, profundos, e não me transpassavam mais calma, e sim agitação. Sua mandíbula estava trincada, como se ele estivesse tentando rachar seus dentes com a força que impunha. Ele socou o espaço da parece, ao lado de minha cabeça, aonde seus punhos se encontravam um segundo trás. Pulei de susto.

–Quer dizer que salvar sua amiga de chibatadas é uma causa errada? Que tentar destruir um sistema de anos, que é opressor, é uma causa errada? Que dar uma surra na garota que infernizou sua vida por um tempo, é uma causa errada?

Eu havia batido em Celeste. Como ele sabia?

–Como você sabe que eu bati em alguém?

–Nós, nortistas, sabemos de tudo que ocorre ao nosso redor.

Meu queixo caiu, e eu me senti como se estivesse em perigo ao seu lado.

Eu queria me bater na parede até minha cabeça sangrar e eu estar inconsciente para não me culpar pela burrice que eu havia feito.

Como não percebi isso antes?

É claro! O tiro. Quando eu levei um tiro no braço, no abrigo. Ele sabia que os sulistas colocavam veneno, provavelmente por experiência própria.

Burra! Burra! Burra! Burra!

Ele levou seu dedo indicador ao meu queixo, o suspendendo até minha boca estar completamente fechada, e os meus dentes novamente se tocarem.

Seu corpo se aproximou mais do meu, e minha mente parecia gritar: “Corra, você esta em perigo”, porém meu corpo estava paralisado pelo choque.

–Não m-me...ma-ch-chuque- falei tirando sua mãos do meu queixo, enquanto me encostava os máximo na parede, como se pudesse atravessa-la.

–Calma anjo- ele sussurrou com seu hálito de menta, enquanto erguia seu dedo indicador esquerdo para acariciar minha face. Estremeci.-Eu não vou te machucar.

Seus fios negros caiam por sua testa, e cobriam parcialmente seus olhos azuis, deixando-o com um ar misterioso, e até mesmo, assustador.

Eu estava cara a cara com um rebelde.

Um rebelde em quem eu confiei uma parte de meus segredos. Um rebelde que me amava, e que eu julgava ser meu amigo.

– Não se preocupe- ele continuou- há pessoas priores que eu, que estão mais próximas do que você imagina.

–Mais...

Ele colocou seu dedo que antes acariciava meu rosto, em meus lábios, pedindo-me silêncio.

–Maxon, seu amado Maxon- ele continuou, com sua voz encharcada de escárnio- te contou que faltam apenas dois dias para a escolha?

–Mais, é no mesmo dia do aniversário de casamento de- parei de falar, juntando os pontinhos na minha mente.

–Isso mesmo anjo, o aniversário de casamento dos pais do seu “amado”- ele deu ênfase à ultima palavra, enquanto cerrava brutalmente os dentes- vai ser exatamente no dia da escolha. Um noivado e um casamento. Épico não acha?

Ele tirou seu dedo do meu rosto e segurou meu queixo com a esquerda, colocando-o entre seu indicador e polegar.

–Mais não se preocupe anjo, eu não sou o vilão da história, comparado aos revolucionários, eu sou o mocinho deste circo todo.

–Revolucionários?- perguntei, tentando lutar contra o medo.

–Sim...-ele sussurrou em minha face, em um tom muito mais baixo que o anterior- todos querem fazer parte deles, porém poucos sabem de sua existência.

Meus olhos brilharam pela curiosidade.

–Você não escolhe eles, eles te escolhem. E os objetivos, dele, ninguém sabe. Ninguém sabe ao menos o porque do seu símbolo ser o de uma borboleta. Apenas sabemos que ele querem justiçam. Só que contra quem, contra o que, e o porquê, não sabemos.

Ele beijou minha bochecha, recuei.

–Não toque em mim- elevei minha voz enquanto falava.

–Anjo, pelo que vi nas câmeras, o jogo apenas começou, e acredite, quando toda verdade se esclarecer, tocar em você, será um dos meus menores atos.


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Notas finais do capítulo

RECOMENDAÇÕES! REVIEWS? DIVULGAÇÕES? MPS?