A Escolhida escrita por Pandora


Capítulo 41
Capitulo 44: Abraça-me


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora!
Eu peço que vocês prestem atenção nos mínimos detalhes!
Nos mais insignificantes!
Comentários? Recomendações?



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Um dia, meu pai me disse, que quando estamos deitados em nossas camas, e sentimos um peso afundar nosso colchão, ou até mesmo sentimos algo gélido nos tocando em alguma parte do corpo, sem ter nada lá, é o nosso anjo da guarda. Embora eu não acredita-se que tivesse um, já que nunca senti.

Ele disse, que quando temos poucos pecados, isso resulta em uma alma leve e pura, e isso permite que seu anjo possa tocar sua pele, por você não ter tantas imperfeições. Ele disse que os anjos, nunca tocam quem tem muitos pecados, apenas se deitam ao seu lado, ou rondam acima de suas cabeças, sem nunca tocar na pessoa.

Nunca acreditei em anjo da guarda, mais não entendia o que havia acontecido naquela noite chuvosa.

Mãos gélidas afagavam meu rosto, e eu não conseguia acordar, apenas sentia de leve o carinho, enquanto achava que estava sonhando.

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Os raios de sol entravam por mim cortinas semiabertas sem pedir permissão.

No castelo de Mason, havia muitos criados, mais eles apenas apareciam em seus quartos quando eram chamados, para não faltar com respeito e para dar a todos, privacidade.

Quando sai pelos os corredores naquela manhã, com meu vestido branco longo, e meu cabelo preso meio a meio, com um tiara de flores que eu mesma fiz acima, percebi como o clima naquele dia estava mórbido, e pesado.

Havia chovido a noite inteira, e de manhã, dava para ver como o dia lá fora estava claro, e estava evidente que um arco-íris cortava o céu.

No café da manhã, todos estavam em silencio, o que era muitos estranho comparado ao almoço no dia anterior, e a cavalgada que tivemos em seguida. Mason estava com a cabeça baixa, e com um semblante triste.

Assim que acabou o café da manhã, eu e Mason fomos os últimos a nos levantar, e assim que ele arrastou a cadeira, fui na direção dele.

–Mason, você está bem?

Seus olhos azuis estavam escuros e tristes, me davam angustia e completa tristeza. Eles transmitiam dor, e eu queria muito saber o porque. Talvez seja isso o segredo que eu sinto que aquele castelo, e aquelas pessoas com sorrisos brancos escondem.

Ele ergueu a cabeço um pouco, e captou meus olhos, e sabe, pode parecer mentira, porém por um instante, foi como se ao ele me olhar, ele conseguisse paz.

Ele segurou meus ombros com suas mãos gélidas, e com sua voz rouca falou aquelas palavras que me assustaram tanto.

–Não importa o que você ouça hoje, mais não saia do quarto à noite.

Era como se uma faca de gelo tivesse transpassado minha coluna vertebral, e eu não consegui respirar, não conseguia falar, apenas acenar a cabeça minimamente.

–Mais por-

Eu nem consegui terminar minha pergunta, pois no segundo seguinte, avistava as costas de Mason indo em direção à porta.

Algo muito errado estava acontecendo.

Assim que sai do salão de jantar, e fechei a porta, levei um susto ao dar de cara com Elise encostada contra um sofá ao lado do batente da porta, me esperando, provavelmente. Percebi que ela tinha um tipo de curativo no pé. E decidi não levar em conta, a lembrança de que ela havia usado vestido longo, e não usado salto ontem.

–Elise, você esta bem?

–Ah, estou, é que eu me bati em um dos móveis. Mais, eu não quero falar sobre isso. Eu quero falar com você.

–Comigo?-Perguntei incrédula.

–Sim, você. O que está acontecendo entre você e o Mason?

O mundo parou.

O ar estava escasso e completamente poluído. Era como um jogo, que se eu respirasse, eu morria. Um jogo mortal.

–Porque a pergunta?-sussurrei, torcendo para que minha voz não falhasse.

–Sabe, lembra da época que éramos amigas?- ela perguntou, enquanto se aproximava, como um leão cercando sua presa.

–Mais nós ainda somos amigas- eu nem sabia mais, se aquelas palavras proferidas por mim, era verdade. Eu e Elise tínhamos nos afastado desde que Mason chegou, não que fossemos próximas o bastante para notarmos tanta distância. Lembrei que ela havia saído mais com Maxon nos últimos dias.

Ela sempre foi uma forte concorrente.

Nesse tempo desde a chegada de Mason, eu fiquei tão ocupada pensando em e aproximar de Maxon e tão estressada com a aproximação e atos de Mason que nem percebi o que estava realmente ocorrendo ao meu redor. A Seleção estava no fim, e eu ainda nem tinha completado todos os meus objetivos da minha lista, que havia feito logo quando o rei me “esculhambou” no corredor.

–Bem, tudo que tenho para dizer, é que eu percebi a aproximação de você e de Mason nessas ultimas semanas.

–É, mais isso não qu-

–E eu sei que você ama Maxon – ela continuou como se não tivesse me interrompido- mais so quero que saiba, que eu também o amo, e não vou desistir. Sugiro que esqueça-o, Mason vai ser o melhor para você.

Abri minha boca para dar uma resposta nada educada, porém ela me deu as costas, não querendo ouvir nenhuma palavra dita.

Ai está o problema, eu odeio quando me dão as costas. Falaria para ela coisas que não condiziam com “manual das princesas”. Não que ele existisse, é claro. Porém, da maneira como Silvia é obcecada com regras de conduta e linguajar, não duvidava que ela não tivesse feito algum.

–Elise

Fui até ela, que até então não havia virado as costas para me ver, e que continuava andando com uma postura inabalável que transmitia petulância e autoridade.

A puxei pelo ombro, esperando que ela se virasse e dissesse provavelmente que não sabia o porque de ter dito aquilo.

Porém, de tudo que ela podia ter feito ou dita, Elise apenas tirou o ombro das minhas mãos, se esquivando, e indo embora sem se dar ao prazer de olhar para trás.

–Elise!- meu tom era bravo, e autoritário, a fazendo estremecer e olhar para trás.

O poder da palavras pode mover pessoas.

–Me explica porque você está agindo assim! Sempre fomos amigas e agora você está agindo como se amasse Maxon a ponto de me ameaçar.

Meu tom era desesperado, pois eu sentia que algo estava acontecendo, algo ruim, e precisava saber o que era.

Foi ai que eu percebi.

Era como se a ficha finalmente tivesse caído. Meu mundo é cercado de mentiras e de máscaras, de mistérios e segredos, e eu quero desvendar um por um.

–America...er...

Seus olhos estavam angustiados, como se ela não suportasse mais aguentar tudo que estava passando em sua vida, como se estivesse prestes a chorar. O brilho em seus olhos me imploravam para entender a situação, porém eu tampouco entendi o porque daquilo, o porque dela estar daquela forma, o porque de ela parecer estar com medo.

–Elise, o que aconteceu?- consigo captar gentileza e compaixão na minha voz, e eu sabia que não estava fingindo.

–Desculpa...

Ela sussurrou e saiu correndo sem mais nem menos, sem porque nem pra que.

E eu fiquei ali, parada, observando seu vestido de seda amarela, se esvoaçar e desaparecer pela curva do corredor, enquanto tentava entender o que tinha acabado de acontecer.

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Acordei suando e ofegante, percebendo que havia tido apenas um pesadelo.

Minha boca estava aberta, me fazendo perceber so alguns segundos depois, que eu acordei em meio a um grito. Minhas bochechas, e com estranheza, percebi que chorei enquanto dormia.

De umas semanas para cá, estou tendo uma sensação estranha em meu peito, como se estivesse entre quatro paredes sempre. Venho tendo flashes de sonhos que foram parcialmente esquecidos, e na maioria deles eu estou em uma caixa. O sonho consiste em apenas isso, eu presa em uma caixa tentando me soltar.

Porém esse sonho não é nada demais, nada muito relevante.

Meus ouvidos se aguçaram com um som que estava soando distante, pareciam gritos. Olhei para um relógio que havia no meu criado mudo, ele marcava 3:00 da manhã, e algo sobre aquilo, me dava certo aperto no peito, e até uma determinada adrenalina.

Percebi que não foi o pesadelo que me acordou, e sim, os gritos. O que achei absolutamente estanho, afinal, quem estaria gritando a uma hora dessas? E mais, seria tanta coincidência alguém naquele palácio estar tendo um pesadelo no mesmo dia que eu?

Foi então que uma frase preencheu meus pensamentos.

“-Não importa o que você ouça hoje, mais não saia do quarto à noite.”

Um calafrio percorreu minha espinha, ante tal lembrança.

Mason. Ele havia falado aquilo, mais cedo, de manhã. Foi ele que proferiu essas palavras.

Os gritos aos pouco cessam, e eu estremeço apenas de tentar imaginar, o que causou som tão gutural e doloroso.

Me levantei, ainda tendo em mente as palavras de Mason, porém relevando de todas as formas minha curiosidade.

Tinha uma pergunta na minha mente conturbada e agitada que eu precisava esclarecer: Porque todos os gritos?

Me enrolei em meu roupão de seda branca, e enquanto enfiava meus pés nas minhas pantufas que contrastavam em cor com o roupão, me perguntei se aquilo era o certo a se fazer.

Havia uma batalha dentro de mim, entre o medo e a curiosidade, e eu estava receosa de todas as formas sobre qual ia vencer. Talvez fosse um psicopata. Ou alguém fazendo palhaçadas. Enumerei minhas hipóteses com os dedos, percebendo afinal o quão ridículas elas eram.

É apenas alguém tendo um pesadelo.

Dando-me por vencida, resolvi ir descobri o que estava enfim ocorrendo.

Os corredores estavam vazios e escuros, me assustando com o fato de não haver nenhum guarda no caminho.

Devem estar trocando a ronda, pensei.

Ou algum psicopata ou rebelde os matou. Afastei esses pensamentos.

Aquele era o momento perfeito para investigar e arrancar os segredos que aquele castelo com aparência tão calma, feito de tijolos e jardins floridos, escondia.

Olhei para o fim do corredor, e percebi um problema.

Eu não sabia para onde ir.

Foi então, que, como se estivessem lendo meus pensamentos, ouvi um estrondo ao longe, como se algum movei tivesse caído de uma altura muito alta.

Me impressionei com o fato de ninguém ter levantado e ido investigar. Talvez aquilo fosse comum, ou ninguém tinha realmente acordado.

Ouvi mais estrondos, que fui seguindo, meio receosa se havia feito a escolha certa.

Depois de andar por alguns minutos, o barulho me leva á uma porta que diferente das outras, tinha uma faixa amarela de seda, cortando transversalmente a madeira de boa qualidade.

A ideia de voltar passou pela minha cabeça de novo, porém algo me impediu, vozes. Parece que eu estava certa, e os guardas estavam apenas trocando de ronda.

As vozes estavam se aproximando do corredor, fazendo ecos por aquelas paredes amarelas e muito bem pintadas.

–Cara, você viu aquela selecionada loira?

–A tal de Celeste?

–Sim.

–Ah vi, vi! E tudo que posso dizer é...

Escutei aqueles comentários tão triviais e pueris, enquanto revirava os olhos ao escutar um assobio terminar a frase.

Os passos se aproximavam, e naquele momento, eu tinha apenas duas opções:

1- Ser apanhada pelos guardas, tendo a possibilidade de ser acusada de fazer aqueles barulhos e ser mandada a interrogatório.

2- Entrar no quarto, desvendar aquele mistério, e acabar de vez com todo aquele segredo que parecia escorrer através dos tijolo e da madeira daquele palácio.

Aquela situação não parecia ser muito justa, mesmo assim, sem mais nem menos, entrei no quarto.

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Meu queixo estava no chão, e minhas sobrancelhas no teto, meus olhos estavam esbugalhados, e eu apenas ficava me perguntando o que havia acontecido.

Todos os móveis do quarto estavam revirados, apenas a cama, estava em seu devido lugar, já que ela jazia em linha reta. Seus lençóis, não intocáveis, estavam espalhados por ela mesma, e seus travesseiros estavam rasgados, deixando a mostra sua pluma.

Um mini sofá que estava perto, jazia revirado, fazendo sua lateral parecer um triangulo. Tudo estava uma desordem. As cortinhas que continha na janela pela privacidade, estavam rasgadas e parcialmente caindo de seu suporte na parede. Parecia que um animal tinha feito aquilo.

Entretanto, o que mais me amedrontou e preocupou, não foi apenas a desordem, mas sim, o rastro de algum liquido escuro que ia até o banheiro.

Segui aquelas manchas que estragavam a madeira, e me deparei com a luz do banheiro desligada, fazendo toda aquela situação parecer aqueles filmes de terror sangrentos, em que a mocinha morre no final, e há um seria killer no banheiro.

Parei no batente da porta, decidindo se ia mesmo fazer aquilo.

Eu estava a um passo de descobrir a verdade, e não podia voltar agora.

–Tem alguém ai?

Perguntei em tom audível.

–America, vá embora!

Uma voz que reconheci sendo de Mason, gritou.

Ignorei sua resposta, e decidi adentrar no recinto, com medo do que veria seguir.

Cliquei no interruptor que estava na parede do meu lado direito, e quando ela iluminou o local, não pude acreditar que aquilo que eu estava vendo estava mesmo acontecendo.

Mason estava encostado numa banheira de porcelana branca, com uma expressão abatida e triste. Seus cabelos negros estavam totalmente bagunçados e desordenados. Seus olhos azuis estavam vermelhos, muito vermelhos, como se ele tivesse feito coisa que não devia.

Olhei para o chão, me deparando com cacos de vidro afiados por boa parte de sua extensão. Segui o brilho de boa parte dos cacos, que reluziam com a luz fluorescente da lâmpada. Me aproximei mais dele, e vi que suas mãos estavam manchadas com algo.

–Eu mandei você ir embora!

Ele gritou novamente.

–Mason, o que é isso?- perguntei sem conseguir desviar o olhar das suas mãos manchadas de sangue.

–Eu mand-

–Eu não vou a lugar algum!

Gritei o interrompendo em resposta, enquanto desviava meu olhar para seu rosto abatido.

Ele olhou pela primeira vez naquela noite para mim, e enquanto eu me aproximava, eu olhava seus olhos, sem desviar uma vez sequer, tentando, realmente tentando achar um único brilho nele, mais não havia nenhum. Era como se ele tivesse morto por dentro.

Me abaixei e sentei-me em meus calcanhares, nivelando minha altura à dele, enquanto tentava, sem sucesso, não me ferir nos cacos.

–Porque?

Ele perguntou me olhando nos olhos. Percebi que ele continha olheiras profundas embaixo dos olhos, bolsas pesadas. Procurei um rastro de sorriso ou de brincadeira, mais não havia nada.

–Eu não sei- o respondi sendo sincera- eu realmente não sei.

Havia algo em Mason Butterwell, que me atraia. Um desejo de conhecê-lo ficava em minha mente, toda vez que eu o encontrava. Eu apenas queria o descobrir. Ele é um garoto, com um sorriso irônico, e personalidade sarcástica, o escárnio cerca sua vida, e o humor também. Muitas vezes irritante, e outras vezes chato, ele era um pacote de qualidades boas e invejáveis, enfeitado com fita, e com um belo porte físico que faria muitas pessoas com a auto estima lá em cima chorarem.

Há 5 coisas que eu sei sobre ele:

Primeira: Tinha mais segredos do que alguém podia imaginar. Ele era um cubo mágico com quadradinhos faltando. E tentava esconder suas peças que não se encaixavam, com um sorriso irônico.

Segundo: Era apaixonado por mim. E tinha cantadas horríveis.

Terceiro: Me fazia fazer coisas que eu nunca imaginei fazer.

Quarto: Odeia Maxon.

Quinto: Era absurdamente, ridiculamente, espantosamente e imensuravelmente louco.

Porém naquele dia descobri um novo lado dele.

Um lado que nunca conheci e nunca ousei conhecer, até agora.

Descobri que ele também tinha medo, e que na sua pose de “Não ligo pro que pensam de mim”, ele era apenas um garotinho assustado com o mundo. E eu soube disso, ao olhar em seus olhos, e perceber a angustia e o amedrontamento que cercava seus olhos azuis.

–Porque você fez isso?

Perguntei com medo da resposta.

–America - ele disse- Eu sou adotado.

Puxei o ar com força, enquanto me perguntava se alguém poderia me ensinar como se respira.

Como assim adotado?

–Sim, eu sei, é estranho, mais é a realidade- ele desviou os olhos para o chão.

–E sua família biológica?

–Estão mortos.

Um silêncio prevaleceu pelo ambiente deixando-o pesado.

–O que aconteceu?-perguntei sentando-me ao seu lado.

–A casa pegou fogo, eu não estava lá para ajudar.

Ele não estava mais me olhando nos olhos.

–Você parece com ela – ele continuou- minha irmã, Liz, ela tinha um sorriso angelical e cabelos castanho-avermelhados, você me lembra ela...e sim, ela também se foi no incêndio.

Ficamos em silêncio, pois nada parecia ser suficiente para responder àquelas palavras.

Olhei para suas mãos manchadas de sangue, e vi um dos cacos de vidro na sua mão.

–Você – peguei suas mãos, sem olhar para seu rosto, porém ele me olhou...- tem- e não parou de me olhar...abri suas mãos- parar- peguei o caco de vidro de sua mão, percebendo que ele não parava de olhar para mim com admiração, como se achasse que eu teria de ficar com nojo por causa das estragos que ele fez- para com isso.

Joguei o caco para perto dos estilhaços amontoados.

Olhei-o nos olhos, enquanto segurava sua mão.

–Não faça isso- eu disse- Você é muito melhor que isso.

Ele se mexeu em minha direção, após alguns segundos me olhando fascinado e admirado ao mesmo tempo. Só depois de alguns segundos percebi o que ele queria fazer. Ele ia me beijar.

Me levantei rapidamente e me dirigi à porta.

Pois o mais esdrúxulo da situação, era que eu não fazia tanta questão de desviar. E isso me deu medo.

–Bem, eu tenho que ir. Se precisar de alguma coi-

–Espera!- ele gritou me fazendo parar na soleira da porta. Olhei para trás percebendo que ele não havia se levantado, tinha apenas erguido seu braço em minha direção. Seus olhos estavam desesperados e me davam aperto no coração.

–Não vá! Des-desculpa. Apenas, por favor, apenas abraça-me...

–Por favor- ele continuou me deixando sem defesas- me abrace.

Me dirigi até ele, me agachando novamente até ficar em sua altura, sentando em meus cotovelos para obter maior apoio.

O abracei, e ele sem pestanejar retribuiu.

Apenas fiquei ali, o abraçando forte, desejando que sua tristeza, não fosse maior que seu coração.

O sangue que jorrava de seus cortes manchavam meu roupão, formando um grande mancha de sangue, que só ia aumentando aos poucos, porém sobre isso, não disse uma palavra sequer.


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