A Escolhida escrita por Pandora


Capítulo 34
Capitulo: Azul-escuro


Notas iniciais do capítulo

MIL PERDÕES PELA DEMORA!!!!!!!!!!!
DESCULPA MESMO PESSOAS!!!!!!!!
SORRY!!!!!!!

Eu não pretendia demorar tanto, eu fui enrolando para escrever o capitulo pela fata de criatividade e acabei demorando. Ainda tem a escola, caramba! para que elas existem? Aquilo não é escola não, é apenas um meio delicado e formal de eles chamarem a escravidão rsrsrsrsrs nao que eu seja chicoteada se eu nao consegui aprender as formulas matematicas rsrsrsrsrs Mais então, eu saio para a escola 12:00(meio-dia) para chegar lá umas 12:35(por aí) para começar a ter aulas umas 13:15(não que voces queiram saber), para chegar em casa mais ou menos às 6:e pouca. Porque sim pessoas, eu vou e volto de onibus. E ainda tenho que "lutar" pelo computador.

Bom, esse capitulo é dividido em duas partes pois ficou muito longo, e eu achei que a leitura ficaria muito cansativa (eu acho), bom o proximo também é do ponto de vista de Maxon, continuando o que ele acha de America e o primeiro beijo dele!


Se vcs gostarem do ponto de vista dele, podem pedir para eu fazer outro com ponto de vista dele em outra situação.

Ja leram o livro Como eu era antes de você?
To lendo e amando!!!!


E por ultimo mais não menos importante...

OBRIGADA juuh gabrielaa PELA FANTASTICA RECOMENDAÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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Maxon

Meus pés não paravam quietos de maneira alguma no chão.

Estava nervoso, e como estava.

Hoje é o dia em que as garotas falaram o que acham de mim, no jornal oficial de Illéa.

Meu coração batia descompassado, e parecia que ia saltar a qualquer momento do meu peito que neste momento, se encontrava em frequente movimento, por causa da minha respiração levemente rápida.

Faltava meia hora para começar o jornal, e as Selecionadas estavam a caminho do local da gravação.

–Maxon querido, se acalme.

Falou minha mãe, enquanto se levantava da minha cama, indo em minha direção.

Ela ajeitou pela milésima vez naquela noite os botões do meu terno e minha gravata, em um gesto casual, como se quisesse me transpassar calma.

Olhei para baixo, para meu terno azul-escuro, e notei que ela avaliava a cor do mesmo.

–Azul?

–Sim, azul.

–Algum motivo especial para usa-lo?

– É a cor favorita da Amer...

Parei no mesmo instante de falar ao perceber o que estava dizendo.

Ela sorriu e acenou com a cabeça, como se falasse “vá em frente, continue”.

Abri a boca, mais tornei a fechar. Falar que usava a roupa com a cor preferida de America, era o mesmo que admitir que gostava dela, e que queria sua pura admiração.

Amava ver o brilho da surpresa à admiração em seu olhar, era como se o mil sóis invadissem suas orbes e se instalasse permanentemente lá, e não quisesse mais sair, “seus olhos exigiam atenção”, e eu daria toda atenção que ela necessitasse. Vê-la sorrir, é o mesmo que acreditar que tudo vai ficar bem, que em algum lugar remoto da terra, pode haver paz. Tocar em sua pele era o mesmo que sentir uma corrente elétrica percorrer o meu corpo. E eu me sentia cada vez mais, acordado, e desperto. Me sinto vivo com nunca antes me senti.

“Olhar para ela, é como acordar”

Um sorriso se instalou no canto dos meus lábios e sentia meu corpo clamando por sua presença.

–Maxon, Maxon querido esta me ouvido?

Despertei do meu transe temporário e percebi que a minha mãe ainda estava lá.

– Ah sim, claro.

–Não minta para mim, essa é a cor favorita dela não é? Da...América?

Ela hesitou antes de falar seu nome.

Me livrei imediatamente de suas mãos e me dirigi até minha cômoda, enquanto bagunçava freneticamente meus cabelos.

Havia sido descoberto. Tudo por causa de um deslize meu.

– Oquê? Até parece! Eu estou usando essa cor, por...por...

–Porque é a cor favorita da America?-perguntou em tom brincalhão

–Sim, quer dizer não! Bem talvez...ou melhor não!

Um sorriso travesso percorria seus lábios como ela tivesse conseguido chegar exatamente aonde queria. E na verdade...ela havia conseguido.

Ela andou graciosamente até mim, e me guiou até minha cama, muito bem feita.

Ela se sentou e deu umas batidinhas ao seu lado, como se querendo que eu sentasse também. Me sentei meio receoso da onde ela queria chegar.

–Maxon querido, me responda sinceramente...você gosta da America?

Perguntou ela com um olhar cauteloso.

–Somos amigos.

Falei mais para mim, do que para ela.

Respirei fundo e suspirei soltando o que havia guardado desde o começo da seleção em meu peito.

–Eu não sei. Eu não sei o que estou sentindo, é estranho, tão estranho. Sei lá, minhas mãos soam quando estou perto dela, algo se remexe no meu estomago, algo que não consigo explicar, fico com um frio na barriga e tenho vontade de toca-la a cada momento. – sem perceber, comecei a sorrir em meio às palavras. Amo quando recebo sua atenção, sentir que sua admiração é direcionada à mim, é incrível...- suspirei novamente, e ergui meu olhar para a lâmpada, e depois para meus sapatos, que se mexiam freneticamente -não sei dizer, acho que tenho medo...tenho medo que se isso tudo que sinto possa de alguma maneira...

–estragar sua amizade.

Ela afirmou enquanto balançava delicadamente sua cabeça para cima e para baixo, me deixando claro que ela me entendia.

–Querido, não ache que o amor- olhei para ela assustado- calma querido- ela deu uma rápida risada- não ache que o amor que você possa um dia sentir por ela, vai estragar a amizade de vocês. Não é assim...você não ganha um amor e perde uma amizade, de maneira alguma, na verdade, você ganha os dois.

–Como você teve certeza que amava Clarckson?

Seus olhos perderam o foco por alguns segundos, como se estivesse pensando, e respondeu minha pergunta com um sorriso. Naquele momento, ela não parecia a Rainha de Illéa, que carregava uma coroa de diamantes, ajudava a comandar um país, e usava vestidos feitos com os melhores tecidos que pode haver no mundo.

Naquele momento, sua face se iluminou, e ela parecia apenas uma adolescente apaixonada, que tem sonhos loucos e ideias absurdas.

Ela não parecia a rainha, ou minha mãe, mais sim, minha amiga.

–Foi quando...eu senti que meu mundo poderia desabar mais tudo ficaria bem se ele sorrisse para mim, e senti que poderia aguentar tudo, tudo, apenas se ele segurasse minha mão...

Sentia que nada seria capaz de nos separar, quando ele olhava em meus olhos e dizia que me amava. Maxon, acredite, “alguns falam que ações valem mais do que palavras, mais alguns se esquecem que ações são temporárias, e palavras são perpetuas” e acredite quando digo que ele perpetuou cada jura de amor em minha mente e alma, e eternizou de maneira irreversível meu amor por ele, em meu coração. Não havia volta, ele se memorizou em mim, de uma forma que sei que nenhum homem jamais poderá se memorizar.

Foi ai, que eu tive a certeza de que o amava.

Eu nunca havia imaginado meu pai daquele jeito. Nunca achei que ele pudesse ter tantos sentimentos. Ou até mesmo algum.

Mais agora vejo algo de diferente nele, é como se...eu quisesse ser como ele, no quesito amor, o amor que ele sentia por minha mãe e vice-versa. Eu quero amar alguém assim também.

–Pronto, agora tenho que ir, seu pai deve precisar de ajuda com a gravata também- Ela disse enquanto se levantava.

Havia lagrimas em seus olhos, sabia que ela havia relembrado momentos felizes. E sabia que meus olhos também estavam marejados.

A abracei, e sussurrei um “obrigado” em seu ouvido, para em seguida a soltar e abrir a porta para ela passar.

Assim que fechei a porta me dirigi para o meu espelho na cômoda.

Nossa como estou confuso...

***

As selecionadas já haviam chegado ao estúdio de gravação e meu coração parecia cada vez bater mais rápido, se é que era possível.

Entrei no estúdio, e meu coração parecia que não tinha mais veias para o segurar. Ele batia tão desenfreadamente, que chegou a doer fracamente. Eu estava ansioso para saber o que ela achava de mim...quer dizer, o que todas acham de mim.

Vi Gavril revendo suas fichas, e adentrei mais o estúdio, com a esperança de estar conseguindo esconder meu nervosismo e parecer disposto e calmo.

Me dirigi até as selecionadas e então a vi...

Ela usava um vestido vermelho completamente fora dos seus padrões, não a deixando menos bonita. Ela estava divina...e eu percebi, que meu coração começou a bater mais forte, so que dessa vez não por nervosismo, e sim, por talvez não conseguir ver seu olhar de admiração e emoção que eu tanto gosto de ver.

Boa noite, senhoritas — ele disse com a voz leve e um sorriso.

Recebi um coro de “Alteza” como resposta.

— Como sabem, farei um breve anúncio e depois chamarei Gavril. Será uma boa mudança: é sempre ele que me chama! — Tentei rir para parecer confiante e continuei a falar

— Sei que algumas de vocês talvez estejam um pouco nervosas, mas não há motivo. Por favor, sejam vocês mesmas. As pessoas querem conhecê-las.

Nossos olhares se cruzaram algumas vezes durante minha rápida conversa com elas, era inevitável.

Me dirigi ao centro do lugar onde estávamos e assim que o programa foi ao ar, comecei meu pronunciamento.

— Boa noite, senhoras e senhores de Illéa. Sei que esta é uma noite empolgante para todos nós. O país finalmente conhecerá melhor as vinte e cinco mulheres que ainda participam da Seleção. Não imagino como expressar minha animação por poderem conhecê-las. Estou certo de que todos haverão de convir que qualquer uma dessas jovens incríveis seria uma líder e uma futura princesa maravilhosa.

— Mas antes disso, gostaria de anunciar um novo projeto em que estou trabalhando e que tem muita importância para mim. O contato com essas damas expôs-me ao vasto mundo fora deste palácio, um mundo que raramente posso ver. Contaram-me sobre a bondade incrível e a escuridão inimaginável que existe nele. Por meio de minhas conversas com essas mulheres, abracei a importância das massas além destes muros...

America...America... ela quem tinha me alertado sobre essa escuridão através dos muros.

...Despertei para o sofrimento de alguns membros das nossas castas inferiores, e pretendo fazer algo quanto a isso.

Alguns aparentaram confusão, então comecei a explicar.

— Precisaremos de pelo menos três meses para nos preparar adequadamente, mas por volta do Ano-Novo todos os Departamentos de Serviços Provinciais oferecerão assistência alimentar. Qualquer Cinco, Seis, Sete ou Oito poderá ir a um deles no fim da tarde para se servir de uma refeição nutritiva e gratuita. Por favor, permitam-me dizer que essas mulheres que vemos aqui sacrificaram total ou parcialmente sua compensação a fim de ajudar a custear esse importante projeto. E, embora essa assistência talvez não possa se prolongar para sempre, vamos mantê-la o máximo que pudermos.

— Penso que nenhum grande líder pode deixar as massas passarem fome. Illéa é majoritariamente composta por castas inferiores, e acho que desprezamos essas pessoas por tempo demais. É por isso que dou um passo à frente e peço a outros que se juntem a mim. Pessoas da Dois, Três, Quatro... as estradas pelas quais dirigem não se abrem sozinhas. Suas casas não se limpam por mágica. Eis sua oportunidade de reconhecer a verdade e fazer uma doação ao Departamento de Serviços Provinciais local.

Fiz uma pausa.

— Vocês nasceram abençoados. É hora de reconhecer essa bênção. Terei mais informações conforme o projeto avançar. Queria agradecer a atenção de todos. Mas agora passemos ao verdadeiro motivo de todos estarem em frente à TV hoje. Senhoras e senhores, Gavril Fadaye!

O lugar foi tomado por palmas ensurdecedoras vindas de todos, e eu sabia que aquele alvoroço era pelas selecionadas, pois muitos não gostaram do meu pronunciamento. O rei, por exemplo, batia palmas, mas não parecia muito animado, ao passo que a minha mãe estava radiante de orgulho. Os conselheiros também pareciam divididos quanto à conveniência da ideia.

— Muito obrigado pela apresentação, Majestade! — agradeceu Gavril entrando em cena. — Muito bom! Se essa história de príncipe não der certo, o senhor pode pensar em um emprego na televisão.

Fui para meu lugar gargalhando do seu sarcasmo e ironia, minha ansiedade já tinha se dissipado um pouco, o que não me impedia de ficar pelo menos um pouco mais nervoso.

Celeste Newsome foi a primeira a ser entrevistada. Durante todas sua entrevista ela fez o que eu achava que faria: pareceu vulgar. Ela era uma boa pessoa, mais as vezes não gostava da forma como ela se comportava. Aconteceu o mesmo com Bariel, que lambeu os lábios de um jeito atraente, ou ambas que tentaram se inclinar para a câmera gravar o que não devia. E me fez pensar ate que ponto o desespero pode levar alguém.

Mas o pior de tudo nem foi a forma visível delas de chamar atenção e sim, que a cada resposta elas olhavam em minha direção, piscando o olho. E eu tinha que sorrir, para não faltar com educação.

Para distrair minha mente da entrevista de America que estava por vir, decidi fazer uma lista do que achava das garotas.

Tiny: tímida demais.

Emmica: Formal demais.

Marlee: Animada.

Celeste: Atirada.

Bariel: Chamativa.

E America o que ela achará de mim?

Chato demais? Superficial demais? Mimado demais? Feio demais?

O que ela acharia de mim? Nunca tive coragem de perguntar, e se me perguntarem o motivo, não sei dizer o porque. Nervosismo talvez?

Durante uma parte das entrevistas houve algo que me deixou um pouco frustrado.

Na verdade duas coisas:

1- A maioria das garotas me achar apenas simpático e bonito, não que eu esteja reclamando mais é sempre bom uma opinião característica a mais.

2- O fato de Gavril querer saber se eu já tinha beijado alguma delas.

Não era segredo de estado que eu nunca havia beijado uma garota antes, mais mesmo assim, não era um fato que deveria ser exposto em uma rede nacional.

Após mais ou menos, três ou quatro respostas negativas, Gavril se virou para mim com um olhar chocado:

— Mas o senhor ainda não beijou nenhuma delas?- fiquei um pouco constrangido mais tentei manter o bom humor.

— Elas estão aqui há apenas duas semanas! Que tipo de homem você pensa que eu sou? — rebati.

Aposto que na mente de todos deveria estar se passando a mesma pergunta: Será que ele já beijou alguém?

O que me fez ficar mais desconfortável na cadeira. Antes a minha cadeira do trono, parecia tão macia e confortável que você poderia dormir horas nela sem sentir nenhuma dor nas costas, ou até mesmo escorregar dela, de tão macia...agora, parecia feita de pregos, com arame farpado revestido e com farpas saindo da madeira.

Samantha, eu acho, estava sendo entrevistada, e em seguida aconteceu uma das coisas que eu mais tinha esperado para ver naquela noite.

A entrevista de America.

Continua...


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