Capitulo 28: E agora, estou perdida no paraíso...

Quando adentrei mais o Salão a procura de Maxon, vi que as Selecionadas já entregavam seus presentes. Era a hora perfeita para entregar o meu.

–Urum...Urum- Fiz um som de pigarro no microfone a fim de chamar a atenção de todos no salão. Bem, funcionou, e eu me senti corando.

Já tinha entregado as partituras para os músicos de uma maneira discreta, e agora estou me arrependendo profundamente por isso. Mais agora que já tinha a atenção de todos não podia simplesmente desistir.

Deixei as emoções fluírem como água em meu corpo, me forcei a lembrar de tudo, para poder cantar com sentimento, não que isso fosse necessário.

Mason e Maxon me olhavam com olhares admirados e Aspen também me olhava da mesma forma.

As primeiras notas da musica começaram a tocar, e meus batimentos cardíacos aceleraram.

Eu estava sendo rodeada de fotógrafos, e jornalistas, que tentavam gravar cada momento e cada movimento meu.

Fechei meus olhos.

I've been believing

Eu estive acreditando

In something so distant

Em algo tão distante

As if I was human

Como se eu fosse humana

And I've been denying

E eu estive negando

This feeling of hopelessness

Abri meus olhos e olhei para as orbitas azuis de Mason, ele me fitava ...

Esse sentimento de falta de esperança

In me, in me

Em mim, em mim

...então, as lembranças, do bilhete, e das palavras da Rainha Amberly vieram a minha mente.

Aquele sentimento de falta de esperança ainda estava no meu peito, não havia mais esperanças para acreditar que Mason não gosta de mim, não há...

Para todos, aquela era uma música qualquer, para mim, aquela era uma combinação de ritmos em perfeita harmonia e sinfonia, que me faziam pensar sobre: esperança...

All the promises I made just to let you down

You believed in me but I'm broken

...promessas

I have nothing left

And all I feel is this cruel wanting

…desejo

We've been falling for all this time

And now I'm lost in paradise

…perdição

Era isso, eu estava perdida. Perdidas em meus pensamentos, verdades e mentira, estava perdida em mim mesma.

As much as I'd like

The past not to exist

It still does

And as much as I'd like

To feel like I belong here

I'm just as scared as you

…medo

Abri meus olhos, para olhar para os presentes.

I have nothing left

And all I feel is this cruel wanting

We've been falling for all this time

And now I'm lost in paradise

…vazio

Fechei novamente meus olhos, e deixei os sentimentos fluírem, afinal quando os sentimentos vêm à tona...

...eles simplesmente vêm.

Run away, run away

Fuja, fuja

One day we won't feel this pain anymore

Um dia nós não sentiremos mais essa dor

Take it all away shadows of you

Pegue todas essas sombras para longe de você

'Cause they won't let me go

Porque elas não vão me deixar

…fuga

Isso, eu queria fugir das verdades inevitáveis, e julgamentos sem fim.

Essas sombras são meus medos, minha névoa, e se elas persistirem em entrar em meu coração, vão levar tudo...

Till I have nothing left

…até que eu não tenha nada sobrando

And all I feel is this cruel wanting

E tudo o que eu sinta seja esse desejo cruel

We've been falling for all this time

Nós estávamos caindo por todo esse tempo

And now I'm lost in paradise

E agora estou perdida no paraíso

Abri os olhos.

Alone and lost in paradise

Sozinha e perdida no paraíso.

Eu cantei com emoção, e senti que estava a passando para algumas pessoas que estavam na festa. A comprovação disso, é que algumas estavam com os olhos marejados- um dos casos, a rainha Amberly-, e outras choravam como se o mundo fosse acabar amanhã e esta fosse a ultima oportunidade de derramar suas preciosas lagrimas, eles devem ter percebido a intensidade com a qual eu estive cantando e a intensidade da música.

Maxon e Mason aplaudiam devagar, com a boca meio entreaberta, admirados. Eu tinha certeza absoluta que se as selecionadas pudessem matar com o olhar, eu não estaria mais respirando, até mesmo Kriss, minha amiga, estava me olhando como se quisesse me matar...mais, se ela é tão minha amiga, porque desejaria meu mau?

Os flashs a este ponto, quase me cegavam, ao ponto de um guarda ter que me ajudar a sair do mini palco improvisado. Quem adivinhar quem era o guarda ganha um doce! Isso mesmo, Aspen, sua mão direita estava repousada cuidadosamente em minha cintura, me guiando entre os instrumentos. Desculpe, não tem doce...

Embora o percurso, do palco para o chão o fosse curto, deu tempo o suficiente para Aspen sussurrar em meu ouvido.

– Bela apresentação Meri, fico feliz por você ter perdido mais a timidez.

Meri...

Este apelido ainda me causava arrepios, e me remetiam a minha adolescência, uma época calma, em que em meu coração habitava paz, uma época em que eu também fui feliz.

O mais estranho, foi a mão de Aspen em minhas costas, que estava mais tempo que o necessário, eu...eu não sentia nada. Nenhum arrepio, nenhum rubor, nenhuma borboleta...nada.

***

– Querida, você foi incrível!- Maxon me saudou, assim que me aproximei dele.

– Obrigada! Feliz aniversario! Espero que tenha gostado do presente- Falei mais animada.

– Eu amei, mais para o meu presente ficar completo...falta uma coisa- Ele sorriu de maneira malvada.

– Não Maxon, eu não vou te beijar com tantas câmeras e pessoas por perto- Falei o repreendendo, em seguida olhando ao redor para ter certeza que ninguém ouviu o que ele disse.

Ele fingiu uma expressão de ofendido ao mesmo tempo inocente.

É como se ele tivesse pegado uma fatia de bolo, que sua mãe deixou na janela para esfriar e o proibisse de comer ate lá, mais mesmo assim ele desobedeceu sendo pego no flagra, fingindo estar ofendido com a desconfiança ao mesmo tempo que tentava parecer inocente.

– Eu ia dizer que falta bater os parabéns- respondeu com a mesma expressão fingida- que namorada maliciosa eu tenho!- completou.

–Maxon!- gritei enquanto dava um leve tapa em seu braço.

– O que foi?- Ele perguntou agora com um sorrisinho no canto dos lábios.

– Você...você sabe muito bem, que ia falar outra coisa, você que éo malicioso da história- falei indignada.

– Eu?!- Aquela cara, com certeza merecia um premio. Ele colocou a mão no peito enquanto arregalava os olhos, inclinando um pouco sua postura, quase sempre reta, para a frente, ao perguntar sobre si.

– É você, não se faça de inocente!- reclamei já achando graça da situação.

– Tá, tá vem cá- Suas palavras soaram como se ele tivesse se rendido, então segurou levemente meu cotovelo, me puxando para um abraço.

Só, que ao invés de me abraçar ele me selou por alguns instantes. Deixei que nossos lábios s encaixassem por si só, enquanto dirigia meus braços para seu pescoço, já sentindo os fios de eletricidade percorrerem meu corpo todo, das pontas dos dedos, até meu ultimo fio de cabelo.

Suas mãos enlaçaram minha cintura me puxando para mais perto dele. Foi ai que eu percebi que ele tinha feito exatamente o que eu não queria que fizéssemos. Estávamos nos beijando em público, com milhares de câmeras e pessoas observando!

Me soltei rapidamente dele. Mais ele não se soltou rapidamente de mim, continuando com as mãos em minha cintura, enquanto eu inclinava levemente minha coluna para trás.

–Voc...você…Maxon Calix Schreave! Seu maldito!

Eu estava com raiva e ele apenas ria.

Então em um gesto rápido pegou do bolso uma câmera, e tirou uma foto minha com raiva.

– Essa...-ele ergueu a foto na altura da luz- vai com certeza para o mural- então beijou a foto como se ela fosse a prova que ele estivesse usando contra alguém numa chantagem, algo precioso.

Abri a boca para reclamar, mais então braços envolvem minha cintura por trás, fazendo arrepios percorrerem meu corpo me abraçando.

–Você foi incrível anjo.

Uma voz muito conhecida por mim, falou no meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

Ergui minha cabeça, e olhei para o meu ombro, onde o queixo de Mason se encontrava.

–Obrigada, e pare de me chamar de anjo.- Respondi com educação, e me desprendi de uma maneira bruta dos seus braços que me prendiam.

– Ah priminho, fique de olho no palco, eu posso dar o meu presente a qualquer momento- Falou Mason com um sorriso discreto. Seus olhos azuis intensos brilhavam emitindo sua própria luz, como mil sois. Ele ia aprontar alguma coisa, disso eu tinha certeza.

Maxon deu um olhar como se falasse “Que droga você vai fazer?” e apenas enlaçou meu braço como quem falasse “Faça qualquer coisa, mais ela é minha”

– Não por muito tempo...-Ele sussurrou alto o suficiente para eu e meu amado ouvirmos.

– Nunca, isso é impossível...-Maxon, de uma maneira súbita, tirou a mão da minha cintura, sussurrando um: já volto. E saiu puxando Mason pelo braço, irritado, enquanto seu primo apenas ria, como se tivesse conseguido chegar ao seu objetivo, e que esse objetivo por sua vez irritou Maxon.

O que será que eles iam falar, que deixou Maxon tão irritado?

POV Maxon.

Não, não, não, não!!!! Nem morrendo aquilo ia acontecer!

Meu pai não podia fazer aquilo, não podia, Celeste tudo bem, Elise tudo bem, Kriss tud...bom...America NUNCA!

Olhei para a anta ao meu lado, apelido “carinhoso” que eu dei para o meu primo. Ele sorria, claro, tinha conseguido me acertar, me pegando no meu ponto mais fraco...America.

– Ela não vai.- Exclamei quando chegamos a um ponto mais afastado da pista de dança, atrás de uma lacuna qualquer.

– Oh, ela vai sim- A anta exclamou ainda rindo.

– Pode levar Celeste, Elise, ou ...Kriss, mais America não vai!- Olhei para o outro lado do salão, aonde minha, somente MINHA America, encontrava-se, conversando com uns convidados, ela sorria...ela é tão linda quando sorri e quando anda, e quando coloca o cabelo atrás da orelha e quando respira, e qua...

– Cara, você ta babando- despertei do meu breve transe e olhei para quem me tirou dele. Senti algo escorrendo pelo meu queixo, e eu realmente estava babando. Limpei-me rapidamente com as costas da mão.

– E outra ela vai! Já está decidido, todas vão, na verdade eu nem me importo que as outras vão, só me importo que ela vá- Mason decidiu falar- E mais, porque você hesitou ao dizer que Kriss pode ir?- Ele ergueu uma sobrancelha.

Paralisei, droga, Kriss também não podia ir.

Se eu não escolhesse America- o que é impossível- seria Kriss a próxima Rainha.

Eu tenho que escolher alguém que me faça feliz, mais também alguém que faça bem para Illéa, ao mesmo tempo as duas são um paradoxo, e eu também tenha que escolher alguém que eu ame.

Se eu escolho America, vivo feliz, pois a amo, porém Illéa iria ter uma mulher com perfil rebelde no controle, eu meio que gostava disso...

Se eu escolher Kriss, tenho que aprender a ama-la mais, pois apenas sinto algo por ela. Paixão? Nunca. Atração? Possível. Afeição? Prescindível. Carinho?Provavel . Porém Illéa teria uma governante mais apta.

Amor ou a Razão?

– Peraí...você gosta dela?- Mason perguntou, cruzando o braços, cam aquela expressão divertida que eu tanto odeio.

– Não! É claro que não!- Respondi bem rápido.

–Bem não é o que parece.

–Isso não importa, o que importa é que America não vai!

Meu pai e Mason tiveram uma ideia, da qual que não tinha gostado.

Todas as selecionada teriam que passar 2 dias individualmente no Castela, da província de Mason.

Afinal, uma delas seria a escolhida dele, e precisava conhecer pelo menos alguma vez o palácio em que ele morava. Quando soube disso, eu e Mason entramos em um debate, eu não consegui mudar a opinião nem dele, nem do meu pai. Então tentei pelo menos dar regras, e uma delas foi: Eu vou junto.

Nessa quem discordou mais foi Mason, insistindo, que queria ter um tempo a sós com as selecionadas, já que a competição estava tirando sua chances de conhecer melhor as selecionadas, pois todas já tinham se afeiçoado a mim. Bem o que posso fazer...ninguém resiste ao meu charme.

Porém meu pai concordou

Não me preocupo com as outras, quer saber...Kriss pode ir, não ligo mais.

– Kriss pode ir, mais America nunca! E outra porque você insiste tanto em America ir? Porque se não me engano, você falou que nem se importava se as outras iriam ou não, so queria que America fosse.

Ele queria ela por ciúme ou amor?

– Você sabe...eu gosto dela- Ele respondeu sussurrando depois da breve pausa que deu, e espera...ele estava corando? Eu nunca vi Mason corando. Rebobina...Mason Buterwell XV estava corando.

Era amor...

Ele a amava.

– Não ouse encostar um dedo nela, não quero saber se você a ama ou não sua anta! Ela nunca vai ser sua!- Gritei meio que sussurrando. Já sentia meu rosto ficar vermelho de raiva. America não ia ser dele nunca.

Eu a amava e não suportava a ideia de perdê-la.

– E eu aposto até que ela vai me beijar- ele falou descontraído como se falasse “Olha vou ali comprar pão”.

– Não ouse encostar um dedo nela seu maldito!- Exclamei aumentando o tom de voz, dane-se os convidados, minha paciência já estava quase que completamente esgotada e não estava nem um pouco com vontade de controlar meu tom de voz.

– Eu não falei que ia beija-la, falei que ela ia me beijar, se bem que é um pouco difícil controlar, você já viu o formato dos lábios dela, são mais ou menos modelados- cerrei meus punhos...alguém ia sair morto do recinto- e a maneira que os olhos dela emitem sua própria luz e intensa, e ainda tem a voz dela, é tão encantadora, não sei se você percebeu mais ela olhou para mim no inicio da musica, e nossa é tão bom abraça-la – cerrei meu maxilar, eu sei terei consequência, dane-se elas...4- minha mão segura tão bem em sua cintura – o necrotério iria ter problemas para reconstituir o rosto...3- e meu queixo, se encaixa perfeitamente em seu ombro, imagina na curva do pescoço, será mágico- vai ter que ser caixão fechado mesmo...2- e seu halito...meu Deus, se a boca e halito dela, são tão encantadores, imagine beija-la, você é tão sortudo, tenho tanto ciúme, mais quando ela for a minha escolhida eu vou poder beijar ela todos os dias- certo, ele pediu por isso...1.

Ergui meu punho que já estava cerrado, na direção do seu rosto.

Seu rosto se virou de acordo com o peso da minha mão fechada.

Ele apenas riu, enquanto “checava” com a mão direita, se o maxilar ainda funcionava.

– Olha priminho, eu te entendo, eu também te bateria se a situação fosse contrária, e será, e sabe, eu não vou revidar disso, mais vou revidar do empurrão que você me deu, que eu nãi tive a chance de revidar...so que não agora, aproveite a festa- E ele saiu, me deixando perplexo. Bom o necrotério pode esperar, certo? Só espero que não muito.

Sai de trás da coluna de pedra, e fui em direção de America que conversava com as italianas.

Ela sorria, nossa, ela era tão linda sorrindo.

Dormindo também. Sim eu a observava dormindo, era tão calma. Tinha que tomar cuidado para não acorda-la quando entrava em seu quarto.

Minha mãe interrompeu parou meu caminho.

–Maxon meu filho, esta na hora.

–Hora de que?- Perguntei confuso.

– De bater o parabéns.

– Tem que ser agora mesmo?- Perguntei sentindo meu coração murchar, queria ver America.

– Sim, agora mesmo, há e uma família vai ter passar dois dias aqui, para se recuperar da longa viagem.

– Esta certo.

Me dirigi para onde um bolo, que parecia de casamento, se encontrava. Havia muitas pessoas ao redor, e muitas câmeras.

Antes que chegasse definitivamente na mesma, passei por America a puxando pelo braço, de forma delicada, sem dizer uma palavra.

– Maxon,o que esta fazendo?- Ela pergunta enquanto depois de tentar engolir em tempo recorde um doce de cereja que comia.

– Surpresa- Me viro apenas para ver seu rosto contorcido de curiosidade, sem diminuir os passos.

Assim que America começa a acompanhar o meu passo lado a lado, ela vê a mesa com o bolo.

É obvio que ela está impressionada, afinal, é difícil batermos parabéns em Illéa, e ainda mais, eles tinham acabado de colocar o bolo lá, e ele tinha tipo...6 andares, com cobertura azul, dourada, e branca.

– Mas que drog...- America deixou escapar sem querer em um sussurro.

Parei de andar abruptamente, e peguei novamente minha câmera no bolso, precisava gravar este momento.

Resultado? Nenhum, ela estava tão abismada observando o bolo, que nem o barulho de flash a fez acordar de sua hipnose.

– Puxei seu braço e juntos fomos até a mesa.

Por obrigação todas as Selecionadas tinham que ficar do outro lado da mesa, pelo simples motivo, de apenas a família poder ficar o outro lado. Menos America.

Ao invez de cantarmos, parabéns, cantamos o hino de Illéa, eu e America nunca desviando o olhar para a frente, olhando um nos olhos do outro.

Foi mágico.

POV Mason.

Isso!

Jogada de mestre mesmo, o que posso fazer?

America irá passar 2 dias no meu castelo, e vou tentar ganhar seu coração.

Desde o primeiro momento que eu a vi, me apaixonei.

Nunca foi fácil falar sobre sentimentos, nunca falei para nenhuma garota um “Eu te amo”, nem que gosto dela. Mais America é minha exceção.

Eu estou absolutamente, completamente, irracionalmente, incompreensivelmente, ilogicamente, absurdamente apaixonado por America Singer.

Sua voz, seu cabelo, sua face, seus olhos, seu sorriso, sua boca...Minha nossa! Eu não consigo parar de pensar nela em nenhum momento do dia.

Sonho todos os dias com ela, corro até o Salão de refeição, apenas para ver seu rosto, ouvir sua voz.

Parece que so agora minha vida começou a fazer sentindo, ela...essa garota, desde o primeiro dia em que a vi em seu vestido branco esvoaçante, e com seus cabelos ruivos presos, desde esse momento, eu soube, de certeza absoluta, que ela ia fazer da minha vida, um paraíso e um inferno ao mesmo tempo.

E ela esta fazendo absolutamente isso.

Eu não sei, eu acho que estou absolutamente, completamente,irredutivelmente, absurdamente apaixonado por America Anjo Singer.

Quando aquela luzes tocarem em seu rosto, e ela começou a cantar, eu tinha quase certeza, na verdade eu tinha certeza que estava babando.

Ela era o ar que eu respirava, o sangue que pulsava por minhas veias, e se dirigi para o meu maldito coração, que contra minha vontade, ainda pulsava.

Eu sentia milhões de emoções conturbadas por ela e sentia, realmente sentia que nos poderíamos dar certo.

Mais o que era que eu sentia realmente por ela?

Porque minhas mãos suavam quando eu via ela?

Porque eu achava motivos para toca-la?

Porque aparecia um zoológico inteiro na minha barriga quando eu estava perto dela?

Porque minhas mãos formigavam, ao mínimo contato com seu corpo?

Porque eu me controlava para gaguejar quando falava com ela?

Eu sou apaixonado por ela...sinto desejo....mais é só. Ou não?

Será que ela poderia romper minhas barreiras perante o amor?

Eu não quero me ferir de novo, mais quero arriscar.

Fui ate onde America se encontrava.

Precisava fazer ela gostar de mim. Estava pronta para deixar ela conhecer um lado meu que ninguém conhecia.

– America...- Pronunciei seu nome sussurro baixo em seu ouvido. Ela estava de costas o que lhe causou um susto, a fazendo derrubar o salgado que segurava.

–Mason! Você não pode chegar de fininho e me dar um susto desses- Ralhou ela ao se virar.

Seu peito subia descia, deixando visível que ela realmente tinha se assustado. Seus cabelos, mesmo depois de tantas horas de festa, continuavam caindo em belos cachos, porém a sua tiara de flores dourada, que estava na parte de trás de sua cabeça, estava meio torta. Eu realmente, não fazia ideia de que ela ia vir de Deusa Grega, eu apenas senti uma intuição de que deveria vir com essa fantasia e quando eu chego...BOOM!!!!...ela esta com a mesma fantasia que eu.

Eu poderia muito bem pedir para alguma criada descobrir do que ela viria, ou perguntar para suas criadas qual fantasia tinham preparado para ela. Mais eu realmente estava achando que eu estava a assustando.

Levei minha mão até o alto de sua cabeça, ela seguiu minha mão com os olhos até onde podia, ela abriu sua boca para perguntar o que eu estava fazendo, mais a fechou quando olhou em meus olhos. Sim, ela estava olhando diretamente nos meus olhos. Verde contra Azul. Fogo contra fogo, se instigando...se rompendo.

Eu podia me apaixonar por ela, eu podia desejar ela, sentir atração ou até gostar dela.

Mais eu não poderia ama-la.

Eu não acredito mais no amor, e acho difícil este sentimento voltar a invadir meu peito.

Mais com America era diferente, é como se....eu nunca tivesse amado, e ela esta me fazendo ter novas emoções...

–Ah obrigada-ela fala assim que eu acabo de ajeitar sua tiara. O que você quer falar comigo?

–America eu acho que posso estar apaixonado por você, e quero pedir desculpas por ser tão tolo, e idiota. Quero fazer você sorri, chorar de emoção. Quero encostar minha boca na sua todos os dias de minha visa. Quero me perder a cada instante na imensidade dos seus olhos. Quero poder te chamar de “minha” sem medo de levar uma surra. Quer que você fale “sua”, que você é e sempre vai ser minha. Quero segurar sua mão, ser seu príncipe encantado como nos livros de conto de fadas. Quero dormir todos os dias e acordar ao seu lado, quero que tenhamos o nosso “para sempre”, com direito ao nosso “final feliz”. Quero viver a eternidade ao seu lado, e o “ate que a morte nos separe” não ira ser o suficiente, pois a minha paixão será infinita. Quero dizer “eu te amo” sem medo de me machucar, por achar que você não sente o mesmo. Meu peito bate forte cada vez que eu te vejo, meu Deus, estou a beira de um colapso, ao tentar me segurar e não bater em Maxon por ele te tocar. Pois você não entende como eu sofro, ao ver ele te tocando e não eu. Caramba America Singer! Eu te...

Acordei de meus devaneios com a visão de estalar de dedos em minha face.

–Mason?

Okay. Eu provavelmente estou assustando ela. Foi ai que eu percebei que todo aquele discurso não passava de uma vontade.

–Ah, oi America, bem eu...eu quero pedir desculpas por agir como um idiota.

Eu queria que ela gostasse de mim, não de Maxon.

–Ah..tá- Ela falou em tom de estranhamento.

É CLARO QUE ELA TA ESTRANHANDO MASON SEU IDIOTA. ELA DEVE ESTAR QUERENDO CORRER PARA ABRAÇAR O IDIOTA DO MEU PRIMO.

–É so que...como você e as outras selecionadas vão ter que ir individualmente para o meu Castelo para uma experiência de dois dias, eu achava que merecíamos uma trégua...

Parei quando percebi que seu rosto estava perdendo a cor.

–O que?- Sua voz não passou de um sussurro exasperado.

–Os dois dias, como experiência que as Selecionadas terão que passar no meu castelo, individualmente.

Sua expressão continuava chocada.

Ela realmente não sabia...

–Maxon não te contou?

–Não...

–Mais não se preocupe vai dar tudo certo....

Não pude dizer mais nada já que o alerta de ataque rebelde ressoou pelo palácio.

Pude perceber, que um guarda que estava olhando muito para ela correu em sua direção. Pude perceber como a pupila dela dilatou, se enchendo de pânico. Pude perceber como meu coração entrou em taquicardia pela adrenalina que me foi dada. Pude perceber, que Maxon também vinha na direção dela.

Mais acima de tudo, pude perceber como sua mão era áspera ao enroscar a minha mao com a dela, a puxando para um lugar seguro.

Naquelo momento, apenas senti que tinha que protege-la.

Custe o que custar.

Eu tinha que protege-la.