A Escolhida escrita por Pandora


Capítulo 29
Capitulo 29: Eu juro


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!!!!!!
CAPITULO BÔNUS!!!!!!!!!!!!!!!!
Bem esse é narrado por....rufem os tambores....musiquinha de supense....MASON!!!!
LEITORAS ESSE CAPITULO É ESSENCIAL!!!!! ENTAO AS QUE NAO FORES TEAMMASON, LEIAM. Eu achei que ele foi muito incompreendido, entao....

Voces perceberam que eu coloquei algumas frases da musica The Only Excepcion, e da musica Wake me Up.
Enjoy!!!!!
QUERO COMENTARIOS E O PROXIMO DESFIO DIGO NO PROXIMO CAPITULO!!!!!



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Pov Mason

3 anos atras

Não, não posso fazer isso!

Eu tenho que parar!

Mais não posso, não posso.

Estava sentado no interior da banheira, ela não estava com água, mais queria que tivesse. Tomar banho era mais inocente do que eu estava fazendo.

Mais o que posso fazer, a inocência e eu nunca fomos tão amigas.

Porém naquele momento, eu queria que fossemos irmãs.

A luz alva da lâmpada refletia na borda da privada, que refletia na lamina que estava na minha mão direita. As gotas de sangue pingavam, na superfície antes áspera da banheira, que agora estava meio escorregadia.

Passei a lamina de novo por algum ponto do meu braço, mais as lagrimas este ponto, já tinha deixado meu braço molhado, fazendo consequentemente a lamina deslizar sem fazer dano algum.

Como sou inútil...nem me cortar direito eu consigo.

Deixei que a lamina escorregasse pela minha mão, que estava com as pontas dos dedos manchadas de sangue, fazendo um leve barulho ao chegar ao fundo da banheira.

Levei minhas mãos ao meu rosto, em uma tentativa de parar minhas lagrimas e conter meus soluços.

Me levantei um pouco sem forças, e me dirigi para o grande espelho que havia no banheiro.

Minha face estava levemente inchada e meus olhos alem de também estarem inchados, estavam vermelhos, como se eu tivesse experimentado alguma coisa que não devia.

A minha blusa de botões estava com alguns pingos de sangue, e quase que exarcada por alguma água, que eu sabia muito bem que eram minhas lagrimas.

Fechei meus olhos, e empurrei meu punho fechado contra a superfície do espelho, fazendo o mesmo se rachar e formar uma um circulo profundo no lugar que eu tinha descontado minha tristeza.

Eles nunca vão voltar. Eles não vão mais me por para dormir, e muito menos dizer que me amam.

Alguns cacos se soltaram do lugar, e eu levei meus olhos a um deles. Era bem afiado. Parecia uma faca mais sem o cabo.

Agarrei o caco com força sem me importar com a dor.

Já o levava para o meu braço quando parei ao ouvir a tão conhecida voz da consciência dar o ar da sua graça.

Não faça isso, eles não iriam gostar de te ver assim.

É não iriam, mais eles não estão aqui.

E sem pensar mais, arrastei a superfície afiada o caco de vidro pela minha pele, já tão marcada pelo minha dor.

O sangue escorreu sem pudor, e a dor daquele momento, era apenas um analgésico para a dor da minha alma.

Porque eles se foram? Porque?

Porque ela me traiu? Porque?

Eu tinha so 12 anos, mais sentia que segurava o peso do mundo nos ombros. Na verdade, eu tentei segurar o mundo, mais so tenho duas mãos.

E no final, depois de tudo já ter acontecido, eu só queria que alguém me abraçasse e mentisse me falando que tudo ia ficar bem, pois eu sabia que não ia ficar. Mais tudo que aconteceu foi, o zelador do meu orfanato me maltratando, me batendo, e as outras crianças do orfanato rindo, dizendo que eu nunca ia ser adotado. E bem, eu acreditava nisso. Afinal, quem iria querer o garoto problemático que so vivia nos cantos do orfanato, e que confiou demais? Quem iria querer o garoto, que descobriu que o melhor amigo e sua namorada o traiam, e depois, no mesmo dia, ficou órfão?

Ninguém. Ninguém iria me querer.

Alguns falaram que eu era sortudo pela família real ter me adotado. Muitos fingiram me tratar bem, o rei e a rainha entraram com o pedido de adoção. E daí? Eu não ligo. Trocaria minhas riquezas, trocaria meus presentes, apenas para voltar no tempo, e estar no casebre que morávamos na casta 8 a tempo, antes que o fogo se alastrasse.

Mais não, eu não estava em casa! Estava descobrindo, que meu melhor amigo e minha namorada estavam se encontrando as escondidas, eles me chamaram pois a culpa pesou demais nos ombros. Como fui tolo! Como fui idiota a ponto de confiar tão cegamente! Como devo ter parecido um bobo, ao falar para ela tantas vezes que a amava.

Pois ai esta! Eu não acredito mais neste maldito amor!

Se eu ao menos estivesse em casa, poderia ter salvo, pelo menos, a Liz, ela era tão pequena, tão inocente, seus cabelos castanhos avermelhados era tão bonitos, sua face era tão angelical. Mais agora ela se foi. Como todos que eu amo vão embora um dia, ou me dão as costas.

Nenhum psicólogo, terapeuta, psiquiatra, psicanalista, conseguiu curar minha dor.

Ouvi batidas na porta do meu banheiro, so podia ser meus Alice, Sam e Vitoria, minhas criadas. Droga!

Não podia abrir a porta, senão iam ver o sangue.

Ouvi novamente as batidas...peraí, não eram elas, as batidas era diferentes, e eu reconhecia muito bem aquelas batidas. A Rainha.

Ela sabia que eu me cortava, pois já tinha visto minhas outras cicatrizes.

Abri minha porta, pronto para receber sermão, embora ela nunca tivesse me dado um. Me dirigi para a banheira, me sentando no chão agarrando com meus braços minhas pernas e joelho, e encostando minhas costas, na parte externa.

Seu olhar era de compreensão. Ela sempre foi como uma mãe para mim. E eu podia dizer sem medo que a amava. Pois via o amor maternos em seus nítidos olhos azuis.

Ela abriu a boca como se fosse falar algo, e eu sabia que ouviria um “eu te amo”, ou por favor não faça isso, mais ela a tornou a fechar.

Antes que ela falasse algo, me adiantei.

–Por favor me abraça e diz que tudo vai ficar bem.

Minha voz estava chorosa e as lagrimas seriam capazes de encher o Grand Canyon.

Ela correu até onde eu estava, sentando de qualquer modo no chão, quebrando claramente alguma regra de conduta. Mais ela não se importava. Ela so se importava comigo...

Ela me abraçou puxando meu corpo para que minha cabeça descançasse em seu peito, sua mao acariciava meu cabelo, de uma forma extremamente maternal.

– Eles prometeram, eles prometeram...-soltei um soluço- nunca me deixar.

–Eu sei querido, eu sei- Uma musica encheu meus ouvidos enquanto ela me embalava e me balançava numa forma clara de me acalmar. Reconheci a musica com uma que ela sempre cantava, quando estava distraída, ou me colocava para dormir em noites que eu tinha pesadelos. Meus gritos ecoavam por todo o andar do palácio, então ela, Clear e o rei, Will, meu pai, ficavam comigo ate eu pegar no sono. Eu sentia amor emanando deles. E eu o emanava para eles também.

– Se eu ao menos estivesse la quando aconteceu...- mais soluços- eu poderia-soluços- poderia fazer algo. A culpa é toda minha!- exclamei por fim a ultima frase com um grito, a apertando mais contra mim, a culpa me corroia internamente como fogo e acido juntos. A culpa era minha.

–Querido a culpa não é sua, nunca vai ser sua, quem poderia prever que a vela cairia na cortina? E ainda mais a porta estaria emperrada? A culpa.nao.é.sua.

Nada falei, a ideia não saia da minha mente mais eu sabia que falar a mesma coisa não adiantaria nada.

O sangue a este ponto, já tinha feito uma grade bola de sangue em seu vestido, mais ela não se importava.

–Hoje é...-eu comecei, ainda chorando.

–Sim eu sei, hoje é a data daquele dia.

Os carinhos não cessaram por nenhum instante, e eu não não queria que eles acabassem nunca.

–Promete nunca ir embora?- eu perguntei ao levantar meus olhos para olhar os dela.

Eu não suportaria perde-la. Eu não suporto perder mais ninguém.

–Prometo. Promete não fazer mais isso?- Não era preciso ser um gênio para saber que ela se referia aos cortes.

–Vou tentar.

–Bom já é um começo, não aguento te ver sofrer.

Eu os amava, mais um pensamento me veio a cabeça. Eu não amar de novo. Não posso, da ultima vez trouxe apenas mais sofrimento. E naquele momento fiz uma promessa.

–Eu juro jamais amar outra garota.

–Querido, você não pode fazer com que aquela garota defina as outras.

–Não, o amor é uma droga. Eu juro, que jamais amarei outra.

Eu juro.

Ela sabia que eu não ia mudar da ideia.

Da mesma maneira que eu sabia que argumentar que a culpa era minha não iria adiantar, ela sabia que argumentar sobre o meu juramento era em vão.

–Me amará amanha?

Esta era uma pergunta que eu sempre fazia para ela, antes de dormir ou quando duvidava se alguém me amava. Ela sabia o porque dessa pergunta, ela sabia que o medo do esquecimento e rejeição eram os meus maiores medos, ela sabia que eu não suportaria não ser amado, e a resposta dela era sempre a mesma:

–Sempre.


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Notas finais do capítulo

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