Maxon empurrou as portas do jardim com força, fazendo com que as mesmas ricocheteassem na parede e voltassem com força total. Alguns guardas que estavam guardando as portas duplas do jardim se assustaram com a sua brutalidade, mais ele não se importou.

– Maxon, não precisa de tantos exageros, foi so uma brincadeirinha sem graça de alguma das meninas- Falei, tentando inultimente trazer sua calma de minutos atrás de volta.

– America vamos ser francos, foi o Mason que escreveu esse bilhete, desde que éramos crianças ele escrevia poemas, e apenas eu sabia disso- Ele falou ainda andando pelo corredor, com passos rápidos e rígidos, sem olhar para mim.

– Maxon, vai ver ele escreveu porque....porque – Eu vasculhava minha mente atrás de um motivo, mais na realidade não havia uma explicação plausível para ele ter feito aquilo. Não podia ser por ciúmes já que na sua primeira noite aqui ele deixou claro, que não precisava de esforço para provocar Maxon, pois ele já tem ciúmes por qualquer coisa, sem que seja necessário mero esforço.

A menos que Mason tenha feito isso por outro motivo. E eu sabia muito bem que motivo era esse. Mais ainda duvidava, aquilo era impossível em tão pouco tempo.

Encontramos Mason em um sofá qualquer lendo.

–MASON SEU DESGRAÇADO! COMO OUSA MANDAR PALAVRAS DE AMOR PARA MINHA AMERICA- Maxon esbravejou dando ênfase ao “minha”. Mason já havia se levantado, encarando o dedo de Maxon que estava posicionado em seu peito.

– Se bem me recordo, ou vejo, ainda estamos na Seleção, então eu tenho todo direito de cortejar, passear, abraçar e beijar- o rosto de Maxon ficou mais vermelho com essa ultima palavra- qualquer garota que estiver participando, afinal ainda é uma competição!- Mason falou com uma calma super estranha, e como um pingo de diversão, porque de fato, mesmo que me doa admitir, Maxon esta errado. Ainda estamos na Seleção.

Maxon tinha meu coração, mais Mason tinha as regras.

– E so para deixar claro- Mason tirou o dedo de Maxon de seu peito com um tapa- não gostem que apontem o dedo para mim, ou que sequer encostem em mim.

– E quem você pensa que é para me dar ordens?- Maxon pronunciou as palavras como um sussurro, mais em um tom fatal.

– Eu sou- Mason ia falar mais Maxon o cortou.

– Voce não é nada.

As expressões de raiva de ambos aumentaram. Eles iam começar a se bater.

Antes que pudessem fazer qualquer coisa, me coloquei no meio dos dois.

– Parem com isso, parecem duas crianças.

Me virei para Maxon dando de costas a Mason. O encarei nos olhos a pronunciar:

– Não vale a pena Maxon.

Me virei para Mason. O encarando nos olhos.

– E você para de me mandar bilhetes eu não quero nada com você.- A expressão de Mason ficou triste e ele olhou para baixo.

Ao me virar para Maxon pude perceber um sorrisinho.

–Estarei em meu quarto.

Quando me virei pude apenas ouvi um falando para o outro.

–Isso não acabou