Depois daquela noite perfeita, voltamos para o apartamento. Ia dar Meia noite quando chegamos. Todos ajeitamos nossas coisas para poder dormi. Meu pai abriu o sofá cama da sala e minha mãe levou para ele travesseiro, lençol e coberta. Minha mãe se ajeitou no quarto dela. E eu, eu fui para o mesmo quarto que e o Jellal iria ficar. Será a primeira noite de passaremos no mesmo quarto. Vou para o banheiro, tranco a porta e tomo banho. Saio de lá já de pijama. Jellal estava de pijama também, ele tinha tomado banho no outro banheiro, e voltou logo só pra arrumar a cama.

Deitei do lado esquerdo e ele do direito. Não trocamos nenhuma palavra, só deitamos um perto do outro.

Eu me ajeitei no travesseiro virada ao lado oposto a ele.

– Boa Noite. - Fala sem nem olhar para ele, nem parece que passamos por todo aquele momento romântico.

– Boa Noite. - Ele fala com a voz meio fraca.

O que será que houve? Será que ele está chateado com algo? Ou será que ele está se sentindo mal?

Viro para ele e acendo a luz que ele apagou.

– O que houve?

– Nada.

– Hum, você está com a voz esquisita. Me conta, o que houve? - Queria que ele sentisse que podia confiar em mim, fiz uma voz firme e ao mesmo tempo doce.

– É que..

Ele não consegue terminar a fala, tento da uma ajudinha.

– É que..? É que o que? - Falo calmamente.

– Eu pensei que essa noite, nós.. iríamos.. é dormir..

O que ele estava falando? Ele falava tão baixo, parecia estar envergonhado com algo.

– Fala Jellal. - Dou uma risadinha para ver se ele se solta.

– Eu disse que você está linda com esse pijama de panda.

Eu olho para o meu pijama, e olho para o Jellal. Eu sei que não era isso que ele queria falar, mas eu estava cansada, e já que ele não estava preparado para falar paciência!

– Ah, obrigada, você é lindo, com ou sem pijama. - Isso era para ser um elogio inocente, mas, acho que expressei errado.

Jellal olha para os meus lábios, e para os meus olhos. Ele repete esse movimento umas duas vezes, lentamente. Quando percebo ele já está me beijando. Ele agarra meu o meu rosto me virando para ele.

Estou deitada encima dele agora. Agarro os seus braços,eles eram tão fortes, com certeza ele faz academia a algum tempo, enquanto penso, os beijos e caricias continuam.

Ele passa a mão nas minhas costas. Sinta sua mão na minha pele. Ele tinha colocado a mão por baixo do meu pijama. Ele continua acariciando minhas costas, agora com as duas mãos, percebo que ele está tentando tirar minha blusa, está na hora de parar.

Descolo os nossos lábios. Ele olha pra mim com cara de quem não entendeu nada.

– É melhor paramos por aqui. - Saio de cima, e volto para o meu lado.

– Por que? Você não está gostando? - Ele parece preocupado. Será que ele acha que não está sendo o suficiente pra mim?

– Não, não é isso.

– É o que então? - Ele coloca uma mão sobre o meu rosto me encarando.

– Jellal, eu nunca contei isso pra nenhum cara. Nem o meu melhor amigo sabe. Só minha mãe, e a Lucy..

Ele continua me encarando. Agora é ele que quer mostrar que eu posso confiar nele.

– O que amor? - Fala preocupado.

– Eu, eu, eu sou.. sou.. eu.. eu não tenho experiência, você sabe.

Ele ri.

– Como assim Erza? Você está tentando me dizer que é..

Me me encara mas buscando respostas no meu olhar. Eu balanço a cabeça bem de leve no sentido afirmativo.

– Não acredito.

Eu não entendo a reação dele.

– Mas, sim. Eu sou.

– Erza.. você nunca fez isso?

– Não. - respondo tímida.

Ele parece estar feliz, e continua me interrogando.

– Eu fui o primeiro cara que você beijou?

– Não. Eu já tive namorado, mas eu nem pensava nessas coisas.

– Cara, eu nem acredito. Sério. Você é a garota mas perfeita que eu já conheci. Está se guardando para o cara especial?

– Sim.

Ele para por uns segundos, sua expressão é de decepção agora.

– Eu não sou esse cara.. é isso? - Ele fala meio sem jeito.

– Não, não é isso. É que eu estou nervosa. Você, você é especial pra mim. É o cara que eu amo. Só não quero te decepcionar.

Ele sorri.

– Erza. Você não sabe como eu gostei de ouvir isso. Não tenho nem palavras. Mas, eu quero deixar bem claro uma coisa pra você. Você nunca, nunca vai me decepcionar. Eu te amo.

Abraço o Jellal. Eu me sinto segura com ele. Me sinto bem.

– É.. você tem muito experiência? - Faço essa pergunta por pura curiosidade.

– Bem, digamos que eu não fui de esperar como você.

– Já teve quantas namoradas?

– Duas.

– E você fez isso com elas?

Ele olha pra minha cara, meio sem graça, ele não queria responde, mas eu precisava saber.

– Fala!

– Sim.

É, ele tinha uma certa experiência.

– Hum.

– Ta brava?

– Não. Por que estaria? Nem te conhecia na época.

– Ata.

Ele tenta me beijar, mas eu desvio.

– Qual era o nome delas? Foi quando?

Ele viu que eu não estava de brincadeira. Eu quero mesmo saber isso. E agora.

– Minha primeira namorada foi a Mika, eu tinha 17 quando.. enfim. Ela era uma garota popular e já tinha feito isso com outros. A outra foi a Kaline, tinha 19. Namoramos por 1 mês só. Ela era muito apressadinha, no primeiro encontro já rolou. Mas eu gos.. - Ele para de falar, ainda bem que percebeu que eu não queria saber disso.

– Ata. Legal. Ótima vida a sua. Vou dormi.

Já estava completamente virada, já ia apagar a luz. Ele me puxa, delicadamente para o encontro dele.

– Você é ciumenta Erza? - Ele me olha com olhar de irônico. Deu pra perceber que eu gosto de cuidar do que é meu. MEU.

– Não. - É claro que eu não ia falar. Desnecessário.

– Mas eu sou! Quero saber desse seu ex pode conta.

– Que que tem ele?

– Me conta sobre ele.

– Ok. Conheci ele na escola, ele era um dos meus melhores amigos. Me apaixonei por ele, e namoramos por um tempo. Eramos muito felizes até uma garota aparecer. Ele se apaixonou por ela, e eu sobrei, fim.

– Nossa.. (Ele da uma risadinha) E foi com ele seu first kiss?

– Sim.

– Ah..

Ele parece que gostou de saber um pouco da minha vida, mas sério. Já eram quase duas horas da manhã, e eu estava com sono.

– Então.. vamos dormi agora?

– Vamos! - Ele concorda na hora, apaga a luz e se chega pra perto de mim, colocando seu braço da minha cintura. E sua cabeça muito perto da minha.

Ele da um beijo na minha bochecha.

– Boa noite!

Viro o rosto, beijando-o também, não na bochecha, na boca, mas só um selinho.

– Boa noite.

Não demora muito tempo e ele apagou. Eu por outro lado fiquei pensando um pouco sobre o que eu tinha escutado hoje sobre o Jellal.

Uns trinta minutos só eu acho. Depois eu também apaguei. É claro, o dia hoje foi cheio. E amanhã é a peça. Tínhamos que descansar bem.