Chegamos no apartamento alugado da minha mãe. Como eu já disse ela é tipo uma nômade por causa do trabalho. E como de costume, era mas um apartamento pequeno mas muito aconchegante, as paredes tinham cores neutras,por que como era alugado, ela não podia pinta-las, e os móveis eram de madeira pura. Encima da mesinha da sala tinha um lindo arranjo de flores colorido, fora os diversos quadros que a minha mãe gosta de colocar nas paredes. Minha mãe conseguia passar clima feliz dela para a casa.

Todos se sentiram a vontades ali. Meu pai esta contando até umas piadas para o meu namorado. Eu estava amando aquilo, meu pai sendo tão simpático.. geralmente ele só é assim comigo, com os outros é sempre sério e de poucas palavras.

Conversa vai conversa vem, até que percebemos que já está escurecendo.

– Filha, vamos nos arrumar, daqui a pouco vamos para a Torre. - Minha mãe foi me empurrando para o quarto dela, ela deu uma parada no caminho olhando para os ''meninos'' - Ei! Você também! Tem um banheiro aqui (apontou para uma porta), e um no quarto de hospedes.

Minha mãe continua andando, e eles foram para o banheiro para começarem a se arrumar.

Cheguei no quarto da minha mãe e sentei na cama, minha mala estava no chão e eu estava tirando as roupas que eu iria usar, até que a minha mãe me interrompe.

– Ei Erza! O que está fazendo?

– Pegando minhas roupas.

– Mas vai bagunçar tudo. Você sabe que o quarto é ali com o meu cunhadinho.

Fico vermelha na hora.

– O que? Não, mãe eu vou dormi aqui com você.

– Quem disse? Aqui quem vai dormi vai ser eu e ..

E? Como assim? Será que a minha mãe ia tentar fazer alguma aproximação com o meu pai. Isso seria incrível, eles nasceram um para.. (Ela interrompe meu pensamento e pega algo no chão).

– Com o Tery!

– AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! QUE BICHO É ESSE MÃE? TIRA ESSA COISA DAQUI. (Pulo para trás)

– Calma filha para de gritar. Ele é mansinho né bebê? - Ela começou a acariciar aquilo como se fosse um bebezinho.

Minha mãe sempre foi meio doidinha mas aquilo era demais.

– Mãe onde você achou isso? Num esgoto. Vou ligar pra carrocinha.

– Eu comprei, carrocinha? (Ela ri) Você é maluca filha?

– Mãe você comprou um filhote de cruz credo e eu que sou maluca?

– Deixa o Tery em paz, ele dormi aqui na caminha dele. Ta incomodada vai dormi lá no outro quarto.

Ah, não acredito que ela está me trocando pelo aquele.. Qual é o nome daquele bicho mesmo.

– Que bicho é esse falando nisso?

– Um lagarto, ele beija! Manda beijo pra ela filho! - Aquela coisa, começou a amostrar a língua pra mim, sinto um nervosismo.

– A mãe que saber não vou ficar aqui com esse bicho não. Vou me arrumar no outro quarto.

– Ok. - Minha mãe deu um sorrisinho pra mim, botei aquele bicho no chão e foi para o banheiro.

Abri a porta do quarto de hospedes, a cama era de casal. Coloquei a minha mala perto de uma outra mala que tinha ali, se me lembro bem era do Jellal. ''Lembro que eles estão na sala."

Fecho a porta do quarto e coloco as roupas que eu vou usar encima da cama. Começo a tirar a roupa, fico de calcinha, pego a minha toalha, e coloco ela envolta do meu corpo. Tiro a calcinha e coloco num saquinho pra depois lava-las. Me dirijo ao banheiro e de repente Jellal sai de lá, ele está de toalha cobrindo suas partes, mas o aquele abdome, estava amostra. Nunca tinha visto ele sem blusa. Era uma visão de outro mundo, todo definido. Ele olhou pra mim e deu um sorrisinho de lado.

– O que foi? - Me perguntou.

– Eu vim tomar banho. - Respondo meio sem graça. Eu não sabia que ele estaria ali. Tinha realmente me esquecido que a minha mãe obrigou meu pai e ele a se arrumarem.

– Comigo? - Ele me lança um olhar envolvente. Me perco naquele olhar, mas.. o que ele disse?

– O QUE? - Responde vermelha.

– To brincando. Pode usar já acabei.

Dou uma risadinha sem graça, e vou andando para o banheiro. Fecho a porta e começo a sorrir. Eu gosto do jeito de Jellal. Tomo banho e saio de toalha do banheiro, ele não está no quarto. Termino de me arrumar e saio do quarto. Ele estava com meu pai, os dois arrumadinhos, rindo e conversando. Entro no quarto da minha mãe e ela estava colocando os brincos, quando me viu.

– Erza está linda minha filha. Vamos? Já reservei as mesas aqui com o dono do restaurante, meu conhecido.

– Vamos.

Saímos do apartamento e entramos no carro da minha mãe. Ela pediu pro meu pai dirigir por que ela estava cansada. Apesar de ser perto, fiquei maravilhada com a ''viagem'' até lá. Paris era lindo. Jellal estava olhando também, no mesmo vidro que eu, ele estava me abraçando.

Chegando lá já dava pra ver a torre, é tão linda. Descemos do carro de mãos dadas. Jellal pegou sua câmera e começou a tirar fotos da torre.

– Ué, gosta de fotografia.

– Sim, amo. Fiz um curso até. - A câmera dele, era profissional, olhei até umas fotos, só tinha fotos lindas, e as da torre ficaram perfeitas, não podia ficar sem elogiar.

– Nossa. Você tira foto muito bem. Ficaram maravilhosas.

– Eu não achei. - Ele sorri meigamente.

– Ah, porquê? Sério. Estão lindas. - Falo com certeza.

– Mesmo assim. Eu não acho elas lindas por que você não está nelas.

Meus olhos brilharam. Jellal é tão romântico.

– Bobo. - Me aproximo, e lhe dou um beijo.

– Ei!! Vamos! - Era a minha mãe, ela esta nos chamando para jantar.

Chegamos no restaurante. Um belíssimo restaurante. Fomos muito bem atendidos, e a comida estava deliciosa. Meu pai e minha mãe pediram uma sobremesa. Eu e Jellal, preferimos ir logo ver a Torre.

Chegando lá, já dava pra ver todas aquelas luzes e os chafarizes davam um visual lindo. Jellal pede para um casal tirar uma foto nossa. Ficou linda, modéstia parte. Jellal e eu caminhamos de braços entrelaçados já que as mãos dele estavam ocupadas segurando a câmera. Quando nos aproximamos mas perto da Torre, tinha vários casais fofos juntos. E eu e Jellal sentamos na grama. E deitamos olhando para o céu. Estava lindo. Ele vira pra mim e começamos a nos encarar gentilmente.

– Erza.

– Oi. - Coloco a mão sobre o rosto dele.

– Eu te amo.

Fico encarando ele por alguns segundos, eu estava tão feliz. Era a primeira vez que ele me falou isso.

– Jura? - Falo quase não acreditando, uma lágrima escorre no meu rosto.

– Juro. Ei! O que foi? - Ele seca a minha lágrima.

– Eu estou feliz. Só isso.

– Você pode achar que eu estou precipitado.. Mas, eu nunca senti isso por ninguém antes.

– Não! Não acho nada disso.

Nos encaramos, e ele chega mas perto e..

Nossos lábios se encontram, aquele beijo tinha muito sentimento. Eu senti o carinho dele por mim. E queria de verdade que ele senti-se o meu por ele.

Paramos. E eu cochicho no ouvido dele: - Eu te amo.

As mãos dele estão soando agora. Ele parece não acreditar.

– O que foi? - Perguntei.

Seus olhos se enchem d'água. Ele me puxa, gentilmente. Estamos sentados agora, um de frente para o outro. Só escuto ele, recitando:

Se eu te amasse mais do que te amo agora

Não teria a certeza que tenho de que vivo

Eu vou te amar assim

Por essa vida afora

Guardando pra nós dois

A causa e o motivo..

(As lágrimas escorrem)

Se eu te amasse mais do que te amo agora

Eu sei que meu olhar não te diria tanto

Não te amei de repente

E nem escolhi a hora

Mas cuide deste amor

Mesmo que haja pranto..

Às vezes, como hoje

Eu só te sorriria

Mas não importa muito

No amor não há demora

E se te amasse mais

Talvez eu erraria

Te dou o amor que tenho

Amor que ri

E que chora

Seria um tempo em vão

Eu sei que morreria

Se eu te amasse mais do que te amo agora.

(P.s: Poema de Martinha.)

Agora sou eu quem estou chorando. Não consigo nem falar, a palavras fogem. Eu realmente amo o Jellal, E sinto que ele também me ama. Seco as suas lágrimas e ele seca a minha. Começamos a sorrir.

Ele olha pra mim, junto nossas testas. Vejo meus pais se aproximando. Mas eu não estava com vergonha, então o beijei na frente deles. Foi um beijo diferente de todos. Acho que foi melhor do que o nosso primeiro beijo até. Me senti em um lugar deserto, que não havia ninguém a não ser nós dois.