Between Love And Justice escrita por Bella


Capítulo 5
Sentimentos Apagados


Notas iniciais do capítulo

Pessoas! o/
Tudo bom com vocês?
Esse capítulo ficou pequeno, mas é porque não posso colocar as coisas do próximo nesse aqui. Gomen nasai! Ç_Ç
Boa leitura pra vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402321/chapter/5

Erza não acreditava em quem jazia bem na sua frente, por outro lado, o azulado também não estava acreditando. Aquele olhar concentrado nela. Chegou a prender a respiração. Seu coração parecia que iria explodir, aquela sensação estranha estava lhe incomodando. E finalmente o azulado pronunciou-se:

– Você... Voltou... – Como num sussurro. Fazendo a ruiva sentir o ar quente de sua respiração. Arrepiou-se, mas não disse absolutamente nada.

Fez um movimento agressivo para soltar-se dos braços do rapaz, que acabou retirando-o do transe. Colocou a mão por cima de seu coldre que estava escondido, e olhou para o azulado com as sobrancelhas juntas.

– O quê faz aqui?! – Indagou de modo agressivo, cuspindo as palavras. Jellal decidiu então, voltar a seu estado, digamos normal.

– Hu, hu, então quer dizer que está viva Erza? – Perguntou retoricamente, a ruiva apenas se afastou mais ainda. Retirando o seu revólver do coldre e apontando para o azulado. Ele a olhou com um sorriso irônico e articulou-se mais uma vez:

– Não há necessidade disso... – Ele pôs a mão em cima da arma abaixando-a. Ela o encarou com um olhar confuso. – Não irei prendê-la, nesses últimos meses percebi que lhe capturar não irá me levar a nada, preciso prender seu líder. – A ruiva o olhou e foi ela quem sorriu desta vez.

– Imbecil... – Sussurrou. – Faça o que quiser, mas acho que não conseguirá prendê-los á tempo...

– O que quer dizer com isso? – Ele tinha um olhar duvidoso.

– Quero dizer que você vai morrer aqui e agora, Jellal Fernandez... – Ela mais uma vez mirou a arma para o azulado que se assustou, mas sem perder a sua “pose”. Ela iria disparar, quando ele disse mais uma coisa, que a fez travar por um momento.

– Vai mesmo fazer isso, Erza? – Jellal disse seriamente. – Vai mesmo me matar, o primeiro amigo de toda a sua vida? – As mãos de Erza começaram a suar e tremer. – O único que cuidou de você quando se sentia triste? O mesmo que sempre ficava ao seu lado em todos os momentos difíceis?

Seus olhos se encheram de lágrimas ao se lembrar de mais uma vez do seu passado, mas não deixou que elas saíssem, como sempre fazia, continuou com sua aparência de durona e não se deixou abater.

– Cala a boca! Você não sabe nada da minha vida! – Ela gritou, mas a sua voz a denunciava, era possível perceber que aquelas palavras tinham mexido com as suas emoções. Pandemônios de sentimentos passavam pela sua cabeça, e ela tentava os ignorar.

– Como assim, Erza?! Eu não sei de nada da sua vida?! – Ele chegou mais perto dela ficando de frente á frente com o revólver da ruiva. – Então atire, se você tiver coragem, atire! – Segurou a arma e pôs em cima de seu próprio peito. – Sei que você não tem coragem, sei que você nunca teria a audácia de fazer isso. – A mão da ruiva se estremeceu mais uma vez, e ela acabou retirando a arma do peito do azulado, abaixando o olhar. – Eu sabia... – Ele deu um sorriso descarado, mas ao mesmo tempo, alegre. – Erza, olhe para você... Não é a mesma de alguns anos atrás... Você mudou tanto, e também nos afastamos demais. Você mudou por fora, mas eu sei que por dentro ainda existe aquela Erza que eu conhecia! Eu sei disso!

Ela levantou seu rosto, observando o rapaz, seu olhar se tornou raivoso, e acertou uma tapa no rosto do azulado, deixando a marca vermelha dos seus cinco dedos. A ruiva deixou as lágrimas caírem e saiu correndo para a sua moto que estava próxima dali. O azulado pôs a mão em seu rosto e viu a ruiva ir embora, respirou fundo, sentiu uma coisa que não sentia há muito tempo. Também caminhou para seu destinado veículo, partindo então.

A moto da ruiva corria cada vez mais, parecia não ter destino algum, mas ela logo para em um local, muito bonito por sinal, um campo todo florido, parecia cenário de filme, e bem na beirada do topo desse lugar havia uma cerejeira. Ela andou até a árvore e sentou-se na sua sombra. Fitou o horizonte, suas lágrimas não paravam de cair, abraçou os joelhos e enterrou a cabeça entre eles, abafando o som de seu choro. Uma nova lembrança surgiu...

“A ruivinha corria do azulado, brincavam de pique, como qualquer criança inocente. Gargalhavam enquanto divertiam-se. O sorriso no rosto de cada um era o mais puro que se podia dar. Ela correu até um determinado lugar, olhou para trás e não viu mais o azulado, sentou-se ali para pegar fôlego, porém foi um erro, Jellal logo sai de cima da árvore que estava escondido – e que a ruiva estava sob ela – pulando em cima de Erza.

– Há! Peguei! – Disse ele assustando a garotinha que deu um pequeno gritinho, que chegou até ser engraçado. Ele riu quando escutou.

– Do que está rindo, seu idiota? – Ela disse com uma carinha emburrada.

– De você, foi engraçado seu grito. – Ele riu mais uma vez, fazendo-a estirar a língua para ele. – Bom... Eu te peguei, então está com você! Vem me pegar! – Disse correndo para longe dali, a ruivinha foi atrás.

– Jellal, você corre muito rápido, assim não vale! – Ela gritou para que o menino a ouvisse, já que ele estava muito à frente.

O azulado riu e correu um pouco mais devagar, fazendo que a ruivinha quase o alcançasse.

– Isso também não vale Jellal! Está me deixando ganhar! – Ela se irritou mais uma vez. O azulado dessa vez parou de correr, mas a ruivinha continuou correndo, então a ruivinha acabou chocando seu corpo contra o do menino, os fazendo cair no chão e rolarem morro abaixo.

Caíram em um pequeno lago ali perto, nadaram até a superfície e se olharam. Milésimos de segundos depois começaram a gargalhar loucamente.

– Ha há... Ai! – Disse o azulado logo após receber um soco no seu braço, dado, é claro, pela ruiva. – Que foi?

– Você parou e fez nós cairmos! Seu imbecil! – Estirou a língua mais uma vez, e ele teve a mesma reação: riu.”

De repente, a ruiva sentiu uma grande vontade de voltar até lá, onde estava o azulado, no entanto não podia, não poderia quebrar sua promessa, que poderia ser mais importante do que sua felicidade.

Qualquer sentimento apagado que existia em seu coração, mesmo que se reacendesse, não poderiam ser demonstrados, ela teria que esquecê-los, mesmo que contra a sua vontade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem, sei que vocês estavam esperando mais desse capítulo, pois eles se encontraram e talz, mas ainda tem muita coisa pra acontecer.
*lançam uma cadeira* *desvia* Ufa... Foi por pouco!
Até o próximo!
Beijinhos de pizza (eeeeeeeeeeee!) '3'