Between Love And Justice escrita por Bella


Capítulo 3
Lembranças, Malditas Lembranças...


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOOOOOOOOO!
Como vocês estão, minna-san?
Nem demorei né, mas não se acostumem!
Aqui tá mais um capítulo fresquinho.
Não se esqueçam de abrir os hiperlinks.



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No capítulo anterior:

“- Adeus, Scarlet. – Diz a morena, mas é surpreendida por Erza que lhe dá uma rasteira, derrubando Ultear.

Erza rapidamente se levanta e pega sua pistola e se vira para apontar para a morena, ao fazer isso, percebe que Ultear tinha feito a mesma coisa. As duas encontravam-se apontando suas respectivas armas. Qualquer movimento, e alguém morreria.”


– Por que simplesmente não desiste, Erza? – Ultear olhava para a ruiva, as duas totalmente imóveis. – Sabe que não vai conseguir o que quer.

– Há! Até parece que você me impedirá-- Scarlet é surpreendida pela morena que a avança tentando pegar sua pistola. Ultear tinha largado sua metralhadora, e a ruiva tentava proteger sua arma, até que por um descuido, a pistola dispara. Por sorte ela estava apontada para cima e não acertou ninguém. – Você não sabe jogar limpo, não é? – A ruiva consegue tomar a arma da morena, entretanto ela lança o objeto perto da metralhadora. – Vamos lutar sem armas, assim veremos quem é mais forte.

– Se é assim que você quer. – Ultear se prepara para dar um soco em Scarlet, porém a ruiva estava em cima da escada de incêndio. – Sinceramente... Nunca vi uma pessoa tão covarde como você.

– Me provocar não te levará a lugar algum. – A ruiva continuava a subir os degraus. – Por que não me alcança?

– Claro, com o maior prazer! – A morena então vai atrás de Erza que continuava a subir as escadas, até que Scarlet chega à cobertura do prédio, Ultear surge logo a seguir. – Então podemos começar?

– Venha! – Após essa fala, Ultear avança com os punhos em direção á ruiva, que desvia com facilidade. Quando se abaixou, Scarlet apoiou suas mãos no chão erguendo suas pernas e dando impulso para frente acertando um chute em Ultear. Levantou-se e viu que a morena havia colocado a mão no rosto, fechou uma das mãos para acertar um soco, entretanto Ultear se defende com a palma da mão, segurou o punho da ruiva e deu um golpe em sua barriga fazendo-a cuspir um pouco de sangue. – Desgraçada... – Erza consegue soltar sua mão e dá um gancho na morena e logo em seguida uma joelhada na lateral de seu rosto, fazendo-a cair no chão.

Scarlet senta-se sobre o corpo de Ultear e tenta acertar socos, mas a morena o evita diversas vezes, a mesma consegue, de algum modo, empurrar a ruiva com seu antebraço. As duas levantaram-se, Ultear pega a ruiva de surpresa e lhe dá um “mata leão”, Erza estava perdendo suas forças e quase desmaiando, quando um helicóptero começa a sobrevoar o edifício, de lá sai ninguém mais do que Natsu, que desce com rapidez do transporte e corre para dar um golpe em Ultear que faz a mesma cair inconsciente.

– O que você seria sem mim, não é Erza? – Diz o rosado olhando para a ruiva, que faz uma careta. – Há quanto tempo não vejo vocês duas.

Natsu é mais um dos vários companheiros da ruiva, mesmo que ela nunca aceitasse, ele sempre a protegia e a livrava de complicações.

– Que droga Natsu! Eu estava quase derrotando ela! – Exclama Scarlet dando um pequeno empurrão no rosado que apenas dá uma risada.

– Hahahahahá, eu sei Erza... Eu sei... – Debochou Natsu. – Bom, vamos terminar com isso e levar ela para o nosso isolamento, ela não pode ficar aqui sabendo de tantas coisas, depois veremos o que acontece com ela.

– Tá ok... – Erza dá uma pequena endireitada na sua roupa, limpando um pouco de poeira que tinha adentrado entre os tecidos. – Essa maldita deve ter manipulado o chip, ou algo parecido para eu ter a rastreado.

– Então, você não sabe onde Jellal está? – Pergunta o rosado, apanhando Ultear e colocando por cima de um de seus ombros.

– Nem faço ideia, só podemos ficar á espreita da delegacia esperando qualquer movimento dele e segui-lo.

– Está certo... Porém devemos tomar mais cuidado, assim que perceberem que Ultear sumiu, vão ficar cada vez mais a vigia de nós e dos outros agentes, qualquer movimento em falso e descobrirão todos os nossos projetos. – Ele entrou no helicóptero e colocou a ruiva deitada em um lugar qualquer do transporte.

– Pensei que isso iria acabar logo, vejo que estou completamente enganada... – A ruiva deu um suspiro e logo entrou no helicóptero. – Bom... Então vamos logo embora. – Decolou e logo estavam no ar.

– Vou te ajudar... – Disse o rosado após alguns minutos de voo.

– Me ajudar? Em que? – Scarlet desviou sua atenção para ele, e logo entendeu. – Não! Não vai me ajudar com esse trabalho! Nem pense nisto!

– Mas Erza, da ultima vez que vocês dois se encontraram, foi presa! Não fique achando que Jellal vai ser morto tão facilmente! Ele é mais esperto do que imaginamos! – Natsu fitou Erza, ela juntou as sobrancelhas em sinal de raiva.

– Não se meta nisso! Você tem que cuidar dos seus trabalhos, e eu cuido dos meus! Isso é um assunto meu e dele! Por que está implicando com isso? Nunca foi assim! – Ela segurou o braço do rosado com força.

– Ok! Não faço mais isso! Só estou com um pressentimento ruim, acho que se você for pega mais uma vez, não conseguirá escapar.

– Eu sei me cuidar, está bem? – Soltou o braço dele que ficou uma pequena marca, ele reclamou, mas ela apenas mostrou-lhe a língua.

Erza jogou a escada para fora do helicóptero, antes de descer pediu a Natsu que trouxesse sua moto amanhã e o ameaçou dizendo que se encontrasse algum arranhão ele morreria, e desceu, estava sobrevoando a cobertura de sua casa, torceu para que seus vizinhos não acordassem.

Desceu do telhado e entrou na sua casa, foi para seu quarto, pegou uma roupa confortável tomou banho e foi dormir escutando uma canção no seu celular. Naquela noite ela teve um sonho, ou melhor, um pesadelo, que já havia passado antes, mas se repetiu.

“Uma tempestade ocorria ao lado de fora, trovões que davam medo a qualquer um. Uma escuridão quase completa, mas tinha apenas um único poste aceso naquela noite fria, ele iluminava um simples balanço onde estava sentada uma menina, tinha mais ou menos oito anos, vestia um vestido lilás que estava sujo de terra e sangue. Sua pele estava marcada pela dor e sofrimento. A menina chorava, e em seus braços, segurava um pequeno ursinho de pelúcia. As lágrimas desciam e se misturavam com as gotas de chuva. Soluçava enquanto agarrava-se mais ainda ao pequeno urso. Era o seu aniversário, mas não teve um aniversário como o de qualquer outra criança. Naquele dia, sua madrasta a espancou sem nem um pouco de piedade. E seu pai? Tinha viajado á trabalho. A jovem já pensara em contar tudo para seu pai, mas tinha medo que ele não acreditasse, e a desprezasse.


I couldn't tell you
Why she felt that way
She felt it everyday
I couldn't help her
I just watched her make
The same mistakes again

(Eu não podia dizer a você

Porque ela se sentiu daquele jeito

Ela se sentia assim todos os dias

E eu não podia ajudar ela

Eu simplesmente assisti ela

Cometer os mesmos erros outra vez)



Quando conseguiu escapar das mãos daquela mulher, correu para o lugar que sempre lhe animava quando era menor, o lugar que lhe trazia felicidade, o parquinho que sua mãe sempre a levara, se divertia, a pequena garota era feliz. Felicidade que logo acabou quando sua mãe morreu quando ela tinha apenas cinco anos de idade, podia ser muito nova, mas já sabia que a partir daquele dia ela nunca mais iria voltar. Seu pai também tinha ficado muito triste, porém, um ano depois, casou-se novamente, era uma bela mulher, tinha o rosto de um anjo, entretanto era só o rosto. A partir de seus seis anos, Erza passou a conhecer a dor.


What's wrong, what's wrong now
Too many, too many problems
Don't know where she belongs
Where she belongs

(O que está errado, o que está errado agora?

Muitos, muitos problemas

Não sei de onde ela pertence

De onde ela pertence)



Seu pai voltaria no dia seguinte, e, provavelmente, ficaria alguns dias, antes de voltar a viajar de novo. Dias tão curtos para a pequena garota, logo ele iria embora, e seu sofrimento voltaria.

O barulho da chuva abafava os soluços da menina, que logo para de chorar ao perceber que a madrasta estava a sua frente. Levanta seus orbes cor-de-mel. A mulher tinha uma expressão furiosa em seu rosto.

– O que faz ai, sua inútil?! – Disse a mulher pegando nos cabelos da menina e os puxando para trás, fazendo ela a encarar. – Trate de entrar, amanhã aquele idiota do seu pai vai voltar, e eu não quero que ele veja você assim, toda machucada, por isso trate de ir para casa tomar um banho e esconder essas marcas no seu braço! – E jogou a menina no chão, soltando os seus cabelos.

Erza tremia e tentava se levantar, mas sempre que estava quase conseguindo, ela caía no chão novamente. Enquanto sua madrasta continuava a gritar para a garota apressar-se. Com muito esforço ela conseguiu se levantar, e dava passos lentos até a sua casa, que não era longe dali.


She wants to go home, but nobody's home
That's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes, broken inside

(Ela quer ir pra casa, mas ninguém está em casa

É onde ela deita, machucada por dentro

Sem nenhum lugar pra onde ir, nenhum lugar pra onde ir

Para secar seus olhos, machucada por dentro)



Quando chegou à sua casa foi tomar um banho, no chão do banheiro era possível ver o sangue escorrendo pelo ralo. As lágrimas da garota escorriam junto, passou o sabonete e mordeu o lábio para não gritar, as feridas ardiam cada vez mais. Secou-se, e antes de colocar seu pijama, pegou a segunda pele que sempre fora obrigada a usar para esconder as marcas da agressão. Vestiu-se e seguiu para o quarto. Deitou na cama desejando que amanhã seja um dia melhor, e assim adormeceu.

Naquela mesma noite, Erza dormia tranquilamente. Mas logo se desperta ao escutar barulhos de discursões. A garota senta em sua cama e esfrega os olhos para enxergar melhor. Caminhou lentamente para onde vinha o barulho, parou em frente à escada. O som vinha da sala, desceu os degraus e olhou para frente, assustou-se no que viu.


Open your eyes
And look outside
Find the reason why (why)
You've been rejected (You've been rejected)
And now you can't find
What you left behind

(Abra os seus olhos

E olhe para fora

Encontre as razões porque (porque)

Você tem sido rejeitada (Você tem sido rejeitada)

E agora você não consegue achar

O que você deixou para trás)



Lá estava sua madrasta, segurando uma faca, apunhalando o coração do pai da pobre ruivinha, que olhava espantada, lágrimas grossas começaram a correr no rostinho da garotinha, que saiu correndo pela porta da frente, com medo...


Be strong, be strong now
Too many too many problems
Don't know where she belongs
Where she belongs

(Seja forte, seja forte agora

Muitos, muitos problemas

Não sei de onde ela pertence

De onde ela pertence)



Mesmo com os pés machucados, correu até não ter mais forças, caiu no chão quando já estava bem tarde da noite. Desmaiou num lugar desconhecido. Acordou com alguém a chamando.


She wants to go home, but nobody's home
That's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes, broken inside

(Ela quer ir pra casa, mas ninguém está em casa

É onde ela deita, machucada por dentro

Sem nenhum lugar pra onde ir, nenhum lugar pra onde ir

Para secar seus olhos, despedaçada por dentro)



– Hey, menina, o que faz deitada no chão? – A voz era infantil, de um garoto precisamente.

Ela abriu os olhos, e ainda com a visão turva, conseguiu enxergar o menino à sua frente. Um garoto de cabelos azuis...”


Her feeling she hides
Her dream she can't find
She's losing her mind
She's falling behind
She can't find her place
She's losing her faith
She's falling from grace
She's all over the place (yeah!)

(Seus sentimentos ela esconde

Seus sonhos ela não consegue encontrar

Ela está perdendo a cabeça

Ela está caindo para trás

Ela não consegue encontrar seu lugar

Ela está perdendo a sua fé

Ela está caindo de graça

Ela está em todo lugar (sim!)



Acordou ofegante, sentou-se na cama e pôs uma das suas mãos em seu peito, seus batimentos cardíacos haviam acelerado. Fechou os olhos por alguns segundos, tentando esquecer o que tinha acabado de acontecer na sua mente. Levantou-se e caminhou até a cozinha, abriu a geladeira e pegou uma garrafa d’agua e encheu um copo, bebeu vagarosamente, o liquido bateu contra sua garganta fazendo que mais algo frio acontecesse ali. Colocou o copo em cima da pia. Encostou-se ao balcão e olhou para o teto. “Por que essas lembranças estão voltando?” Perguntou para si mesma, suspirou.

Andou até a sala e sentou-se no sofá, de um jeito que abraçasse seus joelhos, enterrando a cabeça entre eles. Suspirou mais uma vez, mas dessa vez, quando soltou o ar, trouxe o choro junto. Ficou ali lacrimejando, tentando esquecer aquelas lembranças, malditas lembranças que insistiam em voltar...


She wants to go home, but nobody's home
That's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes broken inside

She's lost inside, lost inside (oh, oh)
She's lost inside, lost inside (oh, oh, yeah)

(Ela quer ir pra casa, mas ninguém está em casa

É onde ela deita, machucada por dentro

Sem nenhum lugar pra onde ir, nenhum lugar pra onde ir

Para secar seus olhos, machucada por dentro


Ela está perdida por dentro, perdida por dentro (oh, oh)

Ela está perdida por dentro, perdida por dentro (oh, oh, sim)


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Notas finais do capítulo

Que triste Ç_Ç
Bom... Esse é o passado da Erza. Não era pra contar agora mas, não vai mudar nada, ninguém tá vendo, exceto vocês, ou eu, e também tem a Erza... Vocês entenderam!

Até o próximo capítulo! Beijinhos de enroladinho de tudo '3'