A Viajante escrita por MFR


Capítulo 9
Capítulo 9




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Você deve estar pensando que minha vida a partir daí foi de bem a melhor... hun não, não mesmo.

Lembra que minha comemoração de aniversario foi adiantada para o dia 25?! Fizemos mais cedo por que Ágata e Caius foram chamados para ajudarem em um guerra sei lá onde.

Passou-se uma semana, e eles pediram ajuda, eu Salazar iríamos, mas Temp me obrigou a ficar e cuidar de uma Geórgia com a perna quase arrancada, e eu a contragosto fiquei, Salazar prometeu que ficaria no Maximo 30 dias, quando perguntei por que de tanto tempo, ele disse que passaria em outras dimensões para pegar armamento que os espíritos do ouro pediram.

Passou-se 1 2 3 4... 28 dias, e nada de noticias de Sal. No vigésimo nono dia Caius e Ag chegaram, eu sai correndo para eles e falei:

– cadê o Sal????? – isso mesmo sem “bem vindo” “ainda bem que voltaram” ou talvez “trouxeram presentes?”.

– eu que pergunto, não era para vocês irem nos ajudar? – perguntou Sal puto

– Geórgia se machucou e Temp me obrigo... como assim nós? Salazar foi!

Caius e Ag se olharam meio preocupados, depois Agata disse:

– Mort, Salazar não chegou à dimensão 29. – eu arregalei os olhos sentindo uma pontada no peito

– ISSO.NÃO.TEM.GRAÇA! Cadê o SAL!!!

– não estamos brincando – disseram os dois juntos, fiquei paralisada.

– eaí, galera? – disse Taro chegando de repente, como ninguém falou nada ele estreitou os olhos depois voltou ao normal e disse – espera aí... 1 e 2... ué, cadê o Platina? – pergunta ele se referindo a Sal. Como nenhum dos espíritos do ouro falaram nada eu limpei uma lagrima que escorria em meu rosto e disse:

– sumiu – e sai correndo para casa.

Chegando bati a porta encostei nela e escorreguei ate o chão abraçando meus joelhos e chorando pela primeira vez em dez anos.

Na minha cabeça só havia uma coisa.

SALAZAR.

Depois de meia hora mais ou menos, eu levantei secando minhas lagrimas e indo ate a cozinha, peguei uma barra de chocolate e depois deitei no sofá relembrando momentos com o Sal.

“ estava numa sorveteria em New York com Tânia uma amiga minha da Beta que pensava que eu era apenas uma estrangeira do Brasil, eu tinha 14 anos e aparentava ter essa mesma idade, conversávamos sobre meninos e ela ria da minha cara por ainda ser BV.

– não dá para acreditar nisso, você é a garota mais bonita que eu já vi.

– é mais complicado do que você imagina – eu me defendi, e era mesmo por que eu não podia beijar o Caius ou Taro que são como meus irmãos nem Sal por que... por que... sei lá por que!

– por que você não fica com o Sal? – perguntou Tânia (sim ela conhece Sal) como se estivesse lendo minha mente

– por que não!! – eu gritei e todo mundo olhou para nós – perderam alguma coisa? – perguntei com raiva e todos viraram para suas mesas

– ás vezes tenho medo de você. – confessou Tânia depois continuou – Mort vocês dois não são parentes, e eu já vi como vocÊs se olham...

– por que somos muito próximos – eu disse entre os dentes

– por que vocês se gostam – ele corrigiu

–você não entende, se isso acabar mal eu vou sofrer eternamente.

– Morgana deixa de drama... ah olha quem chegou!

Olhei para traz e vi Sal chegando lindo como de costume, com uma calça, camisa e coturno pretos. Todas as mulheres da sorveteria (menos eu e Tânia que estava acostumada) suspiraram quando ele sorriu de lado. Ele sentou no banco(sim banco a sorveteria tinha banco ao invés de cadeiras) ao meu lado me abraçando, fazendo que todas a mulheres olharem com ódio para mim.

– você tem que parar de me abraçar em publico...

– como se você não gostasse

– claro que você fala isso, não é para você que elas estão olhando como assassinas.

– relaxa – ele disse no meu ouvido e depois continuo mais alto para Tânia ouvir – eu sou todo seu.”

“ 99,9999% do meu corpo estava machucado, já era a quinta vez que eu era desmaiada por Taro, e eu tinha certeza que meu joelho, braço e ombro tinham saído do lugar. Eu nunca devia ter aceitado receber aulas de lutas com Taro enquanto Sal viajava para sei La onde.

1º Eu tenho 13 anos e sou viajante a menos de um mês

2º Taro é um péssimo professor

3º Como sou viajante não aparento estar machucada

Taro.não.sabe.a.força.que.TEM

Agora estou caída de joelhos o vendo vindo para cima de mim, eu podia me defender mas não nessas condições, então fechei os olhos esperando o soco bater em meu rosto. Esperando, esperando, esperando e esse soco não chega, decidi olhar, esperando ver Taro dando risada, mas tudo o que eu vi foi Sal furioso de costas para mim olhando para um Taro com queixo numa posição nada saudável.

– eu peço que você a ensine a lutar e você quase MATA ELA.

Taro tentou falar, mas seu queixo impedia depois ele virou para mim pedindo ajuda e como sou muito legal, disse com uma voz extremamente fraca e carregada de dor.

– ele não tentou me matar, só espancar – Taro arregalou os olhos e Sal foi para cima dele – espera!! – eu disse tentando me levantar, mas acabei caindo de barriga pra baixo gritando de dor. Meu grito impediu Sal de matar Taro, ele se virou e veio correndo e eu só consegui me virar de barriga para cima gemendo de dor antes de ele chegar ate mim. Olhou em meus olhos com preocupação depois gritou furioso com Taro

– OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM ELA!!!

– Ele não sabia que eu estava machucada, toda vez que ele me batia eu me levantava e continuava. não dava para ele saber!

Sal olhou confuso para mim e perguntou

– por que não disse que estava machucada?

– eu.. eu... eu não estou tão ruim assim.- eu respondi teimosa

– não imagina – ele disse com sarcasmo. Depois olhou para Taro que retribui com um olhar de “é agora que você pede desculpas por ter quebrado meu queixo” Sal bufou e disse – não vou pedir desculpas. – é, ele também é teimoso

Sal me pegou no colo e me levou para casa, depois para meu quarto e depois se deitou na minha cama comigo por cima dele.

– você é maluca, vai ter que ficar deitada o dia inteiro para voltar ou normal. – Sal disse depois de uns segundos eu ri fracamente e disse

– eu não ia deixar Taro pensando que sou fraca

Sal puxou meu rosto para olha-lo e disse:

– ninguém pode pensar que você é fraca, todos os viajantes que já existiram passaram dias, semanas talvez ate meses antes voltarem ao normal, você nunca nem ao menos ficou diferente, talvez mais forte e menos tímida mais não diferente. Mesmo se você tivesse pedido para parar no primeiro soco, você não seria fraca. – depois ele sorriu – mas confesso que você foi muito bem, para alguém que lutou com um dos melhores lutadores do mapa dimensional.

Eu ri mas arfei ao senti uma pontada muito forte nas costelas.

– Você. É. Doida. – ele disse entre os dentes

– agora conta uma novidade

– eu te amo – OK essa é uma novidade.

Ele esperou uma resposta, mas como ela não veio ele riu e encostou a cabeça no travesseiro. Eu suspirei e o puxei pela gola da camiseta o fazendo me olhar

– é claro que eu te amo Sal. – ele sorriu e me abraçou mais apertado me fazendo muita dor. – não precisa me matar por isso, né?”

“– que espada é essa? – perguntei vendo Sal desembainhar uma espada preta, o punho era envolto em couro preto, e com “pro herede” escrito em baixo relevo na cor prata.

– é Pro Herede, eu herdei Énio. – ele disse sorrindo enquanto olhava para a espada.

– quem é Énio? – perguntei

– o primeiro espírito da prata...

– como assim? Achei que você fosse o primeiro viajante – eu interrompi

– eu disse primeiro espírito da prata, Énio não foi viajante. – Sal continuou e se sentou no chão da sala de nossa casa

– e por que nunca ouvi falar dele?

– É um tabu. Énio, Vector e Tariu foram os primeiros humanos criados na dimensão BETA, eles eram companheiros das amazonas, eles eram imortais como nós e tinham nossos poderes sobre os metais, eram fortes e rápidos também, mas morreram na guerra de Troia. Depois que eles morreram, as Amazonas tão mal que criaram as outras dimensões para ocuparem a cabeça – ele disse enquanto eu deitava no sofá atrás dele- antes de morrer Énio mandou essa espada pra ALFA, mas ao invés do antigo nome estava escrito PRO HEREDE, que significa para o herdeiro. Eu acho que de alguma forma ele sabia que... sei lá, ele ia ser substituído...

– Quer dizer, que você, Caius e Taro foram escolhidos para serem companheiros das Amazonas? - tentando esconder o ciúme zuando ele.

Ele olhou para mim com seu sorriso torto e disse:

– Larga de ser ciumenta Mort – eu semicerrei os olhos mas não contradisse (é a verdade né) - e nunca mais fale sobre eu ficar no lugar Énio, ele era companheiro de Espace.

– ECA – eu gritei.

– Concordo, ECA – disse Sal depois colocou os braços embaixo do meu corpo me puxando para o seu colo – Sou bem mais você

Agente ia se beijar, IA, o verbo passado de ir, mas Taro acabou chegando na hora.

Ahhh bosta”

Depois de lembrar de cada momento romântico que tivemos eu acabei dormindo, felizmente eu não tenho sonhos se não eu acabaria tendo pesadelos.


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