A Viajante escrita por MFR


Capítulo 5
Capítulo 5




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Foi mais ou menos ai que eu percebi um detalhe bem pequenininho.. EU ERA IMORTAL, bom quase imortal eu ainda podia morrer na Beta e na Alfa, mas ainda assim eu achei estranho. Se você pensou que eu fiquei toda feliz.. parabéns você merece um bombom.. Só que não. Eu não estava triste triste eu só estava desanimada, eu nunca tive medo de morrer, pra mim as vezes era melhor morrer do que sofrer certas coisas, também nunca quis morrer, é só que eu sempre imaginei que eu teria uma vida normal e chata mas feliz, e que um dia eu morreria. Sempre li historias sobre pessoas imortais e, para ser sincera, essa era uma das coisas que nunca desejei.

Mas vamos mudar de assunto que estou entrando em outra das salas do armazem e.. Deus, o lugar é cheio de armas, desde pistolas ate arcos e flechas e.. ah caramba, ESPADAS, eu já disse que eu gosto de espadas, não?

–Você gostou – o Sal diz, não era uma pergunta, mas eu respondo assim mesmo.

– Claro.

– A maioria das espadas, escudos, lanças e adagas foram feitas por mim. Já os arcos em sua maioria foi feita por Caius. - ele dá uma pausa - As armas de fogo não são feitas por nós, mas é a especialidade do Taro. – ele diz a ultima parte como se isso fosse um fato que o irritasse, teve direito a careta e tudo. – Para você ajudar em guerras precisa aprender a lutar, como em certas dimensões a sociedade não progride em tecnologias, temos que aprender a lutar com espadas arcos e escudos.. se bem que não acho que você não irá se importar, já que vivia brincado disso meses atrás- eu fico envergonhada, mas não deixo que ele percebesse, lhe dando um tapa no braço. Ele riu e diz -vamos começar pelos arco. – ele pega uma caixa de metal colocou sobre um balcão e abriu, dentro tinha um arco e uma aljava, o arco era de madeira cinza quase preto com fio de prata, as flechas eram do mesmo material que o arco, com setas de prata afiadíssimas e com penas cinza e pratas, a aljava tem a armação de prata e é revestida com couro preto e grosso. - Tudo isso foi feito por Caius como presente de boas vindas. – eu pego o arco e passo a mão pela madeira lisa – Teste – Salazar me diz e me entrega uma flecha, eu a coloco no lugar e procuro algo onde eu poça atirar. Atrás da porta onde entramos tinha um desenho de um alvo, respiro fundo, puxo a corda, miro, atiro e..

– Acertei. – Comemoro. Acertei bem na mosca, Sal aplaude e diz:

– Achamos seu arco – depois ele vai ate a porta pegou a flecha(que estava intacta) depois o arco em minha mãe e guardou na caixa. E pegou outra caixa pequena e tirou uma pistola preta e prata – Taro arrumou esta para você, disse algo como "combina com estilo rockeira aventureira dela". Testa... Ela é automática e está carregada, é só apontar e atirar. – Faço o que ele disse, aponto para o alvo e atiro. Não foi bem na mira, mas fui bem.

– É gostei – eu digo sorrindo. Ele sorri, pega minha arma e guarda. Ele procura uma caixa maior que as outras duas e a coloca em cima do balcão. Dentro havia uma luva de couro(sem dedo e de couro preto), uma adaga (de prata com a lamina torta com algumas inscrições, o punho de pedra preta polida), e uma espada.(toda de prata, com a lamina reta como uma régua, com ponta triangular e punho revestido de couro prata).

– Agora, por parte. Primeiro a adaga, ela é toda feita de prata, essa parte preta no punho é um tipo de prata reforçada, por isso a cor escura, tem um feitiço de anti-quebra e fio permanente (sempre vai ser afiada). A espada também é feita de prata e tem os mesmos feitiços, o nome dela é Dídyma, que significa gêmeas.

– Porque gêmeas... no plural?

– Você já vai entender. Experimenta para ver se equilibra em sua mão. – eu fiz o pedido e exclamei surpresa

– É ótima, parece uma continuidade do meu braço. – ele sorri – sem contar que é linda.

– Obrigado, por que fui eu que fiz – ele diz dando um sorriso maroto de lado COMPLETAMENTE LINDO, dou um riso fraco, na real eu ri mais da beleza de seu sorriso do que de sua frase.

– Tá, mister convencido, agora por que o nome da espada é Dídyma?

– Segure a espada com as duas mãos e diga duplios. – Ele orienta e eu sigo suas instruções.

Duplios – E de repente, eu estava segurando duas espadas, iguais a primeira só que mais finas e com a ponta diagonal ao invés de triangular. – Ah. – eu exclamo com uma surpresa alegre, depois olho para ele – Como você fez ela?

– Um pouco de prata, alguns feitiços e um alto conhecimento sobre você – ele diz sentando em cima do balcão na frente da caixa. – Diga unios para ela voltar ao normal.

– Unios– e eu voltei a segurar Dídyma.

Salazar pega a espada e coloca atrás de suas costas, eu digo:

– Obrigada pela espada... e por tudo.

Ele sorri e pega minha mão.

– Obrigada você estressadinha, por finalmente me deixar um pouquinho menos sozinho – ele disse tentando me implicar

– Pouquinho? – perguntei sorrindo, chegando mais perto dele, ele ri e solta minha mão e passa a segurar minha cintura.

Eu sou tímida ok, e o mais estranho era que não me importei, ele era carinhoso e eu já gostava de ficar perto dele.

– Talvez bastante. – ele confessa com uma careta, eu riu, coloco minhas mãos na parte da frente de seus ombros.

Então eu tive uma ideia, meio estranha pra quem mal se conhecia. Escorrego minhas mãos pelo seu peito, enquanto ele aperta minha cintura mais contra ele, mudo minha mão para suas costas e pego a luva, com a mão que ainda estava em sua costas afaguei seu rosto e ele inclinou sobre minha mão. E quase que eu desisto do plano, quase. Em um segundo dei um passo para traz me soltando de seus braços e colocando a luva na mão esquerda

– E a luva? – pergunto fazendo força para não rir enquanto olhava para a luva. Sal faz uma carranca com um meio sorriso de vergonha e disse:

– É um escudo – ele falou como se isso fizesse todo o sentido do mundo. Eu olhei para ele com cara de “e eu sou a Branca de Neve”. Ele ri deixando o clima leve – olhe no pulso e aperte o botão.

Paro, olho no pulso, aperto o botão deste, e depois seguro um escudo. Explicação: menos de um segundo depois de apertar o botão eu passei a segurar um escudo decágono (com 10 lados) todo de prata, o escudo era preso ao meu braço por três tiras grossas de couro preto, na parte da frente tinha uma estaca A.FIA.DIS.SI.MA.

– Protego é um escudo todo feito de prata reforçada e possui feitiço de proteção, anti-quebra e transformação (para se transformar de luva para escudo), é feito para te proteger sem atrapalhar...

– É por isso que ele tão leve – eu disse interrompendo, e era mesmo por que eu duvidava que ele tinha mais de 500 gramas.

– Ãhan.. e também pode ser usado como arma.. com algum treino. Agora que já te mostrei os livros e entreguei as armas, vou te mostrar nossa.. sua casa.


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