A Viajante escrita por MFR


Capítulo 23
Capítulo 23




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402050/chapter/23

MORT

Voltamos da festa logo depois de Nico quase virar um verdadeiro fantasma.

Passando pela porta da sala de Eragon ouço Rennesme tocar e cantar Soldatino.

Essa menina tem problema, tudo bem ela estava bêbeda quando bateu em Nico, mas ela é quase uma vampira, caramba! Os Cullens não a ensinaram nada, não?

Sal entrelaça nossos dedo e teletransporta para o nosso quarto.

Deito na cama tirando qualquer resíduo da bebida do meu corpo, aquele bebida só fazia efeito em mim temporariamente e só enquanto eu quisesse.

Olho para o meu noivo, ele me mandava um olhar que a muito eu não via.

– Oh oh, o que eu que eu fiz? - Pergunto me sentando.

Ele suspira e se senta na minha frente.

– Amor, - ele começa - qual a primeira regra em apresentar pessoas de diferentes dimensão?

Nem penso duas vezes.

– Que é minha responsabilidade impedir que eles se liguem em demasia. - Respondo.

– Exatamente.

Espero que ele diga algo, mas ele se cala.

– E..? - Pergunto incentivando

– Como você deixou Nico e Nessie se aproximarem tanto?

Arregalo os olhos.

AH. QUE. MER. DA!

– DROGAAAAAAAAA! - Grito me levantando - Como eu pude ser tão irresponsável? - Pergunto a mim mesma.

– Calma, Estressadinha. - Ele segura minha mão. - Não está tudo perdido.

– Como não?! - Grito incrédula jogando as mãos para cima - A Nessie esta loucamente apaixonada e o Nico também, ele quase esqueceu sua paixão de infância! - grito, ainda bem que as paredes impediam qualquer um de ouvir meus gritos - Ah, eu sou uma estúpida!

Sal se levanta e segura meus ombros para me acalmar.

– Calma, - Ele sussurra. - eles vão ficar bem. Só não podemos deixar que se liguem mais.

– Eles já estão ligados! Se ficarem mais ligados eu vou devolver Nessie gravida!

– Estão ligados como amigos, Mort! - Meu noivo diz com firmeza.

– Eles são mais que amigos, Sal. Os dois estão apaixonados!

– Mas não sabem que o sentimento é recíproco. - Ele responde.

Encaro ele boquiaberta.

– Aqui, dês de quando você entende de sentimentos? - Pergunto.

– Isso é conhecimento de guerra, Mort. Usar a falta de conhecimento contra eles.

Agora esta explicado, de guerra ele era um gênio.

– Amanhã de manhã eu vou conversar com Nico, ele vai entender que tem que se afastar de Nessie. - Digo - Se ele não entender eu bato a cabeça dele até que entenda.

Ele acena e sorri, às vezes eu me esquecia que ele era o Viajante mais velho e o mais experiente.

Abraço ele afundando o rosto em seu peito.

– Fazia anos que eu não te lembrava as regras dos Viajantes. - Ele ri da minha cara.

Belisco seu braço me afastando um pouco

– Sou boa no que eu faço, Salazar. - Digo.

Ele ri e me aperta.

– É mesmo. - Sal concorda.

Ficamos abraçados até que eu ouço Nessie voltar para o seu quarto, me desprendo do meu noivo e vou tomar um banho longo.

[...]

Depois de ficar quase um hora na banheira, me seco e coloco uma das minhas únicas camisolas; uma preta.

– Adoro quando você usa camisola. - Sal afirma quando deito do seu lado na cama.

– Vou começar a usar com mais frequência en... - Começo, mas então ouço um grito vindo do quarto ao lado.

O grito era da Nessie, e eu só ouvi pela audição aprimorada. Teletransporto para o quarto dela.

A Monstrinha chorava e tremia em sua cama, Nico, bem confuso, acordara com o grito e estava ajoelhado do lado cama de Nessie.

O filho de Hades usava apenas uma cueca e parte da mim registrou que ele estava mais musculoso, os treinos pesados na Balbina em conjunto com as comidas que não engordavam fizeram um bom efeito nele.

Ele tentava acalma-la, mas Nico não é nenhum gênio em tratar de humanos, né?

Sento na cama e toco o ombro de Nessie.

– Ei, Monstrinha, você acabou de atrapalhar um momento muito cute entre mim e Sal. - Digo tentando anima-la, não dá certo ela só treme mais.

– O que aconteceu, Nessie? - Nico pergunta.

– Foi um pesadelo...

– Que pesadelo? - Nico pergunta.

Ela fica corada de vergonha e não responde.

Odeio quando isso acontece.

– Se você não contar eu vou entrar em sua cabeça. - Ameaço empurrando sua testa com o dedo.

Ela acena.

– Você me levava para casa, - ela começa se acalmando - O tempo ia passando e eu não o via nunca mais...

– Quem você não via mais? - Nico pergunta.

Ela fica mais vermelha e, olhando para seu colo, reponde:

– Você.

Nico levou um segundo para fazer qualquer coisa depois de ouvir isso, mas para me deixar doida ele se senta na cama e puxa Nessie para os seus braços.

Vale lembrar que ela só estava de babydoll e ele só de cueca, Edward perdão!

Ouço alguém respirar fundo e olho para a porta do quarto. Sal esperava no batente encostado na madeira de braços cruzados.

Nessie volta a chorar, só que mais calmamente.

Eu sei que tinha que separa-los, mas eu não podia. NÃO DÁ!

Olho para Sal, ele vê em meu rosto que eu não ia separar os dois, ele abana a cabeça suspirando pelo nariz com um sorriso torto, vejo que ele não liga realmente por eu não fazer o certo.

Me levanto e entrelaço os dedos nos dele.

[...] NO OUTRO DIA DE MANHÃ

Eu não dormi e nem Sal, ficamos abraçados na cama, como fazíamos antes de namorar.

– Vai falar com o Nico? - Sal pergunta interrompendo um silencio de horas.

Faço um muxoxo e me aperto mais nele.

– Sim, embora eu quisesse ser madrinha do casamento de RENICO.

– RENICO? - Sal pergunta confuso.

– Shipper para Rennesme e Nico. - Explico.

Ele ri.

Nos vestimos, Sal desce para o salão de festas e eu vou acordar Nico.

Nessie e Nico dormiam de conchinha, só de ver essa cena quase me fazia vomitar arco íris. Por que mesmo que eu tinha que separa-los? Ah é, porque eu sou uma desalmada.

Suspiro e toco o ombro de Nico.

– Mort? - Eles murmura.

– Vem, eu preciso conversar com você. - Digo ajudando ele a se levantar sem acordar Nessie.

Ele fica corado ao perceber que esta só de cueca, eu seguro os risos e aponto para o banheiro. Nico corre até lá e eu pego uma roupa para ele, mandando ela em seguida.

Nico sai rapidamente e eu levo ele andando até o salão onde Eragon, Eragon, Arya e Sal tomavam café.

– E os outros? - Nico pergunta se sentando na minha frente do lado de Arya.

– Eles chegaram tarde, melhor deixa-los dormir. - Sal responde.

Troco um olhar com meu noivo.

– Você disse que queria conversar comigo, Mort. - Nico lembra depois de dar um gole grande em seu suco de romã.

Respiro fundo tomando coragem, força Morgana! E escolho ir direto ao ponto.

– Eu quero que você não se aproxime mais da Nessie.

Nico arregala os olhos.

– Co-co... Como assim? - Ele gagueja.

Bufo, sinceramente, ele não podia entender de uma vez?

– Nico, você são de dimensões diferentes. - Digo.

– Você e Eragon também e são praticamente irmãos! - Ele diz.

– Isso mesmo, irmãos. E eu posso viajar de uma dimensão a outra quando eu quiser.

– Você não pode pedir que eu me afaste de Nessie!

Eles estava entrando em desespero.

Como eu não pude perceber o quão ligados os dois estavam?

– Eu não estou pedindo isso, Nico. Eu só quero que vocês não sejam mais do que são hoje. - Digo seria.

Ele parece confuso.

– Como assim mais?

– Por favor, Nico. Até eu percebi que você esta apaixonado! - Sal entra na conversa.

Nico cora e olha envergonhado para Eragon e Arya que observavam em silencio.

– Não estou apaixonado!

Olho para ele.

– Você estava morrendo de ciúme da Nessie ontem!

– Não! E-eu estava defendendo ela - ele gagueja, de novo.

Rolo os olhos e pulo para o lado dele na mesa.

– Nico, não estou dizendo que é errado, mas isso só fará mal para você. - Digo.

Ele olha bem para mim. Prestando atenção eu podia ver os olhos começando a ficar molhados, era a primeira vez que eu o via chorar.

– Me diz que isso é um tipo de trote. - Ele pede.

Faço um bico e o abraço.

– Por que eu sempre gosto das pessoas erradas? - ele pergunta no meu ombro.

– Não se manda em quem se gosta, Gaspar... Embora seus gostar sejam mesmo errados.

Ele ri pelo nariz e se afasta com olhos secos.

Queria saber como um humano, ou quase humano já que ele é um semideus, consegue se manter firme num momento desse.

– Vou dar uma volta. - Ele avisa e se levanta, mas ao chegar na porta ele se vira para nós. - Ãh, Eragon e Arya, esqueçam o que ouviram agora, ta? - ele pede.

Eragon sorri e Arya acena concordando, Nico sai pensativo.

– Ela também gosta dele, não é? - Eragon pergunta. - Ela cantou uma música com o nome dele ontem.

Assinto com meu costumeiro sorriso malicioso.

– Esse lugar esta cheio de casais que não podem ficar juntos. - Digo voltando para o meu lugar.

Eragon suspira quando percebe que eu falava dele e de Arya.

[...] SEMANAS DEPOIS

ERAGON

Me levanto na mesa e o salão de festa caí num silêncio pesado.

Amanhã começaria a batalha e eu decidi fazer uma reunião, ela acontecia de tarde para que todos possam descansar durante a noite.

Dezenas de dragões e cavaleiros me olham, Sal, Mort e seus amigos também, Arya a minha direita olhava para a mesa, mas eu sabia que ela prestava atenção. Começo a falar:

– Eu sei que todos aqui sabem como essa batalha será difícil. - Minha voz vibrava com o poder que eu adquiri durante a guerra - Sei também que ninguém, ninguém, nessa sala é covarde e que todos vão dar tudo de si para vencermos. A nossa casa está em jogo e o destino de Alagaësia também.

Vamos proteger a sede por que ela é nosso lar, vamos proteger todos aqui porque somos uma família... - Continuo o discurso simples por alguns poucos minutos, não gostava de discursos longos. - Pela Ordem! - Termino e

Saphira, atrás de mim, rugi tão alto que algumas taças na longa mesa se quebra, outros dragões se juntam a ela. Os cavaleiro gritam, aplaudem, alguns urgal's rugem.

Mort sorri e eu sorrio de volta. Essa baixinha, baixinha para mim que tinha 1,93, sobe em sua cadeira e dá um dos gritos mais alegres e altos que eu já ouvi, com o grito da Viajante os outros recomeçam a gritar.

Riu e volto a sentar, Arya me olhava com o menor dos sorrisos.

"Quero conversar com você" Digo em sua mente.

Ela assente e diz na minha mente:

"No seu quarto ao anoitecer?" Ela pergunta e eu concordo.

Minha atenção passa para Mort que ainda estava em cima da cadeira, ela olha para mim e para Arya com o seu costumeiro sorriso divertido, era obvio que ela tinha ouvido minha breve conversa com Arya. Sinceramente, quando essa pirralha vai parar de ouvir minhas conversas?

– Desça da cadeira, Morgana! - Digo para mostrar que estava bravo.

Ela senta e faz biquinho, balanço a cabeça.

Os gritos e rugidos continuam.

[...]

Tinha acabado de vestir uma calça e passava um perfume que Nasuada tinha me mandado a alguns anos quando batem na porta de meu quarto. Para não deixa-la esperando vou abrir a porta sem camisa e descalço, afinal, não tem nada que ela já não tenha visto.

Abro a porta para Arya, seus olhos começam nos meus, passam para o meu peito e voltam para os meus olhos. Sorrio e abro passagem para que ela entre.

Nessas semanas eu não toquei em Arya além de roçares de mãos, ou quando eu e ela voamos em Saphira. Fírnem tinha ido também, mas não montamos nele.

– O que você queria me dizer? - Ela pergunta.

Olhando em seus olhos verdes escuros eu simplesmente esqueci o que queria discutir.

Provavelmente depois de amanhã ela ia embora, só de pensar eu sinto vontade...

– Eu não me lembro. - Digo me aproximando dela e a beijando com fervor.

Ela corresponde na hora agarrando meus ombros.

– Acho que você disse para não nos aproximarmos. - Ela reflete quando nos separamos para respirar.

– Eu também não me lembro disso. - Digo antes de a beijar.

[...] AO AMANHECER DO OUTRO DIA

Arya dormia em meu peito. Não fizemos nada além de dormir juntos e eu já me sentia feliz.

Hoje a batalha aconteceria e logo teria que acordar Arya, mas sou impedido pelo som característico das janelas do teto se abrindo e Fírnem e Saphira entrando no quarto.

Podia sentir o teor de divertimento no pensamento deles ao ver me ver com Arya.

Desvio o olhar para o teto sorrindo.

– Não digam nada. - Peço.

Eles explodem em risadas de dragão e Arya acorda.

– Viu, acordaram ela! - Digo exasperado.

Eu queria acorda-la!

Os dragões riem e Arya acompanha esfregando os olhos.

– Parados! - Alguém grita, Mort.

Meus músculos se travam, e só consigo mexer os olhos.

Mort levanta o idPhone e tira uma foto da gente, depois ficamos livres.

– Mort! - A repreendo.

– Desculpa, mas vocês estavam lindos, tipo uma família mesmo! - Ela se defende. - Uma linda, linda, linda, linda família!

Os dragões rosnam e eu suspiro quando Arya se afasta de mim.

Me sento e pergunto:

– O que foi, Mort?

– Eu tinha ido a mansão branca para falar com Arya, mas ela não estava lá.

– O que queria falar comigo? - Arya pergunta.

– É particular. - Mort responde - Conversamos outra hora, tudo bem?

– Claro. - Arya concorda.

– Ah, eu trouxe suas coisas, Arya. - Mort se lembra.

– Minha coisas?

– As roupas de batalha, cota de malha e armadura. - Mort explica colocando as coisas no baú aos pés da cama. - Estavam em cima da mesa no seu quarto.

– Obrigada, Morgana. - Arya agradece se levantando. - Posso usar o banheiro?

– Ela pergunta.

– Claro. - respondo olhando para Mort.

Arya pega só as roupas e vai no banheiro. Mort pula na cama ao meu lado.

– Esta bravo? - Ela pergunta.

– Por você ter ouvido minhas conversas com Arya? Ou por entrar no meu quarto sem permissão? Ou por ter tirado uma foto minha e dela? Ou...

– Tudo bem eu entendi! - Ela me corta.

Olho para Mort. Não, eu não consigo ficar bravo com ela.

Dou risada.

– Eu não estou bravo, Morganinha. - Digo puxando sua cabeça para o meu colo. - Onde está Salazar?

– Conversando com os outros o salão de banquete.

"Quanto tempo para as tropas doa Ra'zacs chegarem?" Fírnem pergunta.

– Uma hora. - Mort responde.

"Nervosa?" Saphira pergunta.

– Um pouquinho. É uma grande batalha.

"Achei que já tivesse participado de batalhas." - Fírnem diz.

– Nunca numa tão grande. - Ele diz.

Ela não parecia assustada, só um pouco menos confiante.

– Você sabe melhor do que ninguém como se defender. - A acalmo.
Mort olha para mim, confiante agora e com seu sorriso divertido.

– Isso eu sei, bebê. - Ela diz dando dois tampinhas fracos na minha bochecha.

Ela se levanta confiante e sai do quarto.

KATINISS

Tentava comer meus ovos com bifes, mas aquilo simplesmente não descia.

Eu tinha realmente começado a temer os Ra'zacs na semana passada quando Sal tinha teletransportado um daqueles monstros para uma sala fechada. Mort tinha interrogado ele usando magia. Eragon tinha tentado, mas o Ra'zac não falara. Depois de descobrirem que o exercito era maior do que pensávamos Mort arrancou sua cabeça.

Devo explicar meu nervosismo; Todos esses preparativos e treinos me fizeram lembrar dos Jogos e da guerra, mas dessa vez os oponentes eram muito mais fortes.

– Amor, você tem que comer. - Peeta me aconselha.

Balanço a cabeça.

– Ou você come, Catnip, ou eu enfio na sua goela. - Mort me ameaça.

Nem discuto. Corto alguns pedaços da comida e bebo alguns goles do suco sem nem ao menos sentir o gosto.

Quando termino eu olho em volta.

Nessie e Peeta estavam nervosos também, mas menos que eu. Annabeth, Percy, Nico, Eragon e Arya agiam normalmente. Os semideuses até riam.

Quando Percy engoliu seu ultimo bife com queijo e Nessie deu seu ultimo gole na taça de sangue, eu simplesmente odiava ver ela beber aquilo, Eragon se levantou e num acordo silencioso todos se levantaram e o seguiram.

Fora do Prédio centenas de dragões coloridos esperavam Eragon. Eles eram lindos, majestosos, poderosos. Alguns tinham quase o tamanho de Fírnem e Saphira, o menor era maior que minha casa. Peeta tinha se dado bem com Uriah, eu me entendi com Saphira, embora não nos aproximamos para considerarmos amigos.

Peguei a mão de Peeta enquanto Eragon dava algumas ordens aos cavaleiros que logo depois voaram junto com seus dragões.

– Últimos preparativos, galera. - Sal anuncia.

Mort desaparece e em dois segundos volta com uma mesa em sua frente.

Nessa mesa armaduras, roupas de couro, elmos, uns colares, uma pedras, uma prancha, algumas poucas armas.

– Ok, por partes. - Mort começa.

Mort entrega a Nessie uma calça, um coturno e uma couraça feitas de couro marrom claro.

Sal me entrega uma armadura que protege só o tronco feita de metal verde, uma calça, luvas e um coturno de couro preto e umas ombreiras de proteção.

Mort entrega a Peeta calças, armadura e botas feitas de couro preto e laranja.

Por fim Mort pega os colares que viram armaduras de Annabeth, Percy e Nico, coloca uns pingentes de pedra (um de pedra preta para o Nico, cinza para Annabeth e azul para o Percy). Sal entrega um colar com o mesmo pingente de pedra, agora roxa, para Rennesme, um laranja para Peeta e um verde para mim.

– Por que esses colares? - Peeta pergunta.

– Colocamos proteções neles, vocês não vão se machucar se os usarem. - Sal explica.

– Então por que usar essas roupas? - Pergunto. - Se temos proteções não é realmente necessário usar armaduras.

– Não sabemos se nossos poderes vão ser usados na batalha. - Salazar explica.

– Vocês não são, tipo, super, hiper, mega, blister poderosos? - Percy pergunta.

– Essa dimensão esta sempre sobre pressão, é poder demais acumulado. Se exagerarmos a dimensão inteira é destruída. - Mort responde simplesmente.

– Espera, quer dizer que se vocês não prestarem atenção por um segundo todos morrem? - Annabeth pergunta.

– Annabeth, sabemos controlar nossos poderes. - Sal a acalma.

– Como ter certeza? - A semideusa pergunta.

– Eu tenho mais de oitocentos anos e já ensinei oito viajantes a controlar seus poderes. - Sal responde. - Mort é uma ótima aluna, praticou por quase dez anos. Relaxe, temos tudo sobre controle.

Depois desse discurso inspirador Mort levou eu, Nessie e Peeta para trocarmos de roupa.

[Roupas de: Mort, Nessie e Katniss]

De volta a frente do prédio todos vestiam suas armaduras, todos menos Percy que vestia só um short.

Como ele ia levar a água para o campo de batalha, Sal achou melhor ele começar na água e ir com ela até os Ra'zacs.

– Pronto, Percy? - Mort pergunta.

Ele sorri de lado, sussurra algo no ouvido de Annabeth e beija a testa da namorada.

– Pronto. - Percy responde pegando a prancha de surf.

Mort e Sal falam alguma coisa para ele e Percy vai em direção mar.

Antes dele se afastar muito, Nico diz:

– Tome cuidado, cara de Peixe.

Percy se vira para ele surpresa.

– Sempre, cara de Zumbi. - Percy diz e sai correndo para a água.

Mort fez uma careta.

Na deixa Rorty e Blödhgarn chegam, eu os havia conhecido a algum tempo e eles ficariam comigo e com Peeta protegendo a sala.

– Vou levar vocês com PEETNISS. - Mort explica para os recém chegados. - Sal vai levar os outros e eu vou para lá.

Aperto o braço de Peeta e ele me olha preocupado.

– O que foi? - Ele murmura.

Esse sussurro já foi o bastante para chamar a atenção de Mort.

Eu não conseguia sentir quando ela lia minha mente, mas só de olhar dava para saber.

– Vamos dar uma volta, Katniss. - Mort diz.

Aceno, ela não perecia que ia discutir ou brincar comigo.

Damos alguns passos quando começo a falar.

– Você não precisa se preocupar comigo...

– Quem não tem que se preocupar é você - Ela me corta calmamente.

Paramos.

Olho bem para ela, eu a conheço a alguns meses (meses para mim, para ela são anos) ela sempre teve o mesmo estilo, cabelo cacheado, comprido e muito preto, ás vezes ficam pratas quando fica brava, olhos que normalmente são negros, mas que quando faz magia ficam pratas, Mort já tinha aparentado uns quinze anos, mas hoje em dia ela aparenta 18. Ela era linda, de uma forma exótica.

– Você estará protegida, Katniss. - Mort afirma. - Será mais fácil do que a que você participou em Panem.

– São monstros enormes, Mort. - Digo.

– Que não poderam tocar em você! - Olho bem para ela. - Agora, se você realmente não quiser participar, eu posso te mandar para Alagaësia e buscamos você quando a batalha acabar.

Considero essa ideia por um segundo, mas aí lembro do discurso de Eragon, "Sei também que ninguém, ninguém, nessa sala é covarde".

Me componho.

– Não, eu vou ficar. - Digo.

Mort sorri para mim.

Voltamos até os outros, Sal já tinha levado Annabeth, Nico e Nessie para o campo onde a batalha aconteceria e vejo Fírnem e Saphira com Arya e Eragon montados indo nessa direção.

Não teletransportamos por que Rorty e Blödhgarn não gostam, subimos as intermináveis escadas até a sala dos Dragões num silêncio pesado.

Eu posso até não estar mais apavorada, mas estava nervosa.
Peeta segura minha mão por todo o caminho, o cabelo dele estava bem curtinho. Semana passada Nico havia pedido para cortar o cabelo e Peeta seguiu o exemplo.

– Você esta bonito. - Penso, mas acabo falando em voz baixa.
Rorty e Blödhgarn ignoram, mas Mort sorri.

Ela tinha essa mania, sempre que casal fazia alguma coisa ela sorria, dava pulinhos e gritinhos. Mort dizia que era coisa de fangirl, eu já achava que era porque ela é intrometida.

Um bilhão de degraus depois, chegamos a sala dos dragões. Eu só tinha entrado aqui uma vez para mostrar onde protegeríamos os ovos e Endunarís.

Se você me perguntar o que era Endunarís eu só saberia dizer que eram pedras com voz de dragão.

Todas as paredes com mais de cinquenta metros eram cobertas por estantes de pedra escura e amarronzada. Os Endunarís e os ovos dividiam espaços, nada era do mesmo tamanho e nem da mesma cor. A sala era quente, tinham me explicado que era para manter os ovos intactos. Cuaroc se sentava em seu gigante trono de ouro no meio da sala, sem se mexer.

Assim que passamos pela porta gigantesca centenas de vozes explodem em nossas cabeças dizendo coisas que eu não entendia.

Olhando em volta eu vejo que Peeta, Rorty e Blödhgarn também ouviam as vozes.

– Hey, silencio! - Mort grita em voz alta e mentalmente.

Tudo se cala, mesmo eles sendo poderosos não competiam com a Viajante.

O porta voz de todos os dragões se pronuncia agradecendo pela ajuda e prometendo nos ajudar. Eu não conseguia decorar o nome dele, na verdade dos nomes daqui eu só sei o de Eragon, Arya, Saphira, Fírnem, Uriah, Cuaroc, Rorty e Blödhgarn.

– Bom, estão entregues. - Mort começa - Tenho que ir agora, mas antes eu quero entregar isso.

Ela ergue um punhal verde e um tipo de sabre preto. Me é entregue o punhal e o sabre vai para Peeta.

– Obrigada, Mort. - Peeta agradece.

– Espero que vocês não precisem usar. - Mort diz enquanto prendíamos nossas armas em nossos cintos.

MORT

Teletransporto. O campo de batalha era na encosta de um morro baixo e ficava a um quilometro da ilha onde agora fica a Sede da Ordem dos Dragões.

Se eu olhasse para o mar, podia ver Percy boiando em cima da prancha, ele esperava o sinal que eu ou Sal mandaríamos.

Me aproximo de Sal e entrelaço nossos dedo.

Ele sorria concentrado, depois de tantas guerras essa não o preocupava muito, mas ele não perdia a concentração.Lembro de Katniss dizer que Peeta era bonito, mas se ele não era nem um décimo do que Sal é. O cabelo bagunçado e preta combinavam com toda sua roupa e armas. Pro Herede (sua espada) me fascina dês de sempre com seu designe sombrio.

[Roupa, espada e balista do Sal)

Tiro os olhos do meu noivo e procuro Nessie, Nico e Annabeth.
Nico e Annabeth se concentravam como Sal e Nessie parecia meio nervosa, mas nada preocupante.

RENICO estavam lado a lado, Nico conseguiu continuar sendo só um amigo de Nessie, ele sofreu um pouquinho, mas ela nem percebeu. Estava feliz com Nico, e um pouco triste também por fazê-lo sofrer.

A meio vampira percebe que eu os olhava e sorri, sorrio de volta.

Volto a atenção para a batalha que ainda não começara.

Eu já podia sentir o cheiro dos Ra'zacs e ouvi-los.

Os primeiros monstros aparecem dando a volta no monte e sinto Sal mandando o sinal para Percy.

Alguns dragões alçam vôo rugindo, os elfos arqueiros se preparam, eles não eram cavaleiros, mas residiam na sede.

Faço Dídyma aparecer e seguro ela firmemente.

O som da enorme onda se aproximando e penso:

Começou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Viajante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.