A Viajante escrita por MFR


Capítulo 20
Capítulo 20




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MORT.

Estávamos chegando na ALFA, eu, Sal, Percy, Annabeth, Nico, Nessie, Katniss e Peeta. Todos queriam participar da guerra, todos. Edward vai me matar quando descobrir que eu levei sua filha para uma guerra.

Sal entrou na garagem da casa de hóspedes e estacionou o jipe no lugar costumeiro; entre as motos de corrida e meu Bugatti.

– Esse lugar cheira tão bem. - Sal diz quando chegávamos perto do elevador.

– Estamos na garagem. - Annabeth o lembra.

– Uma garagem cheia dos meus carros favoritos. - Sal diz como se fosse óbvio.

Annabeth não entendeu, ela não conhece a paixão dele por seus carros.

Com todos no elevador aperto o botão para cima. No segundo andar da casa de hóspedes tínhamos uma sala cheia de roupas antigas e exóticas, levo todos para ela. Ao entrarmos nessa sala Percy assobia surpreso.

– Uau, isso tem mais coisas que a Broadway. - Nessie diz olhando as araras de roupas.

– Eu sei. - digo levando todos para um conjunto de araras com túnicas e capas. - É só escolher. - digo acenando para as araras.

Enquanto eles escolhem suas roupas eu dou um passada em minha casa para pegar meu anel de noivado(Sal já tinha brigado por eu não estar usando) e no sótão da casa de hóspedes para pegar uma armas.

ERAGON.

Ao descobrir sobre o exercito que viria nos atacar nem eu nem Saphira dormíamos, e isso aconteceu a um mês. Eu estou esgotado e Saphira só falta desmaiar de cansaço, mesmo assim não descansávamos.

Ela ficava no céu procurando um possível ataques e eu no chão colocando feitiços e mais feitiços para proteger a sede.

É claro que depois de falar com Mort estávamos aliviados o bastante para dormir, avisamos que era para nos acordar na hora do conselho e fomos para nosso quarto descansar.

Vou falar da minha vida e de onde vivo: Fazia vinte anos que sai de Alagaësia. Eu sinto falta de meus amigos e da minha família, mas meu trabalho é mais importante. O único modo de conversar com meus amigos é por espelhos encantados, mesmo assim eu só falava com o conselho e com Roran.

A Sede da Ordem dos Cavaleiro de Dragões era para ter sido numa ilha, mas não achamos nenhuma boa o bastante, semanas depois, quando quase não tínhamos mantimentos, avistamos uma ilha que mais tarde descobrimos ser um continente maior que Alagaësia tão grande que não importamos em ver até onde ia. A Sede é dividida em três partes: A área de treinamento, o Prédio da Sede e os Dormitórios. A área de treinamento fica perto da praia, tem espaços de luta para dragões e cavaleiros, treinamento de magia e ensino da língua antiga. O prédio tem dois andares, no primeiro fica minha sala, a sala de reuniões, a biblioteca e o salão de festas, no segunda andar fica meu quarto, nove quartos de hóspedes, o quarto da Mort e a sala dos Eldunarís e dos Ovos. Todo o Prédio foi construído para que Saphira tivesse livre acesso por muitos séculos o que significa que ele é enorme. A área dos dormitórios foi construída no estilo elfo, árvores transformadas em quartos para os cavaleiros e seus dragões, além dos dormitórios o refeitório, o arsenal e o cemitério ficam nessa área.

Sou acordado por uma batida em minha porta.

Me levanto e pego minha capa e minha espada.

– Vamos Saphira, acorde.

Doía acorda-lá depois de tudo o que ela fez nos últimos dias.

"Tenho mesmo?" Ela murmura em minha cabeça.

Sorrio e toco entre suas narinas.

– Não, não precisa.

"Está falando serio?"

– Você está exausta, durma que eu cuido de tudo até a Mort chegar.

Ela abre os olhos e me passa sentimentos de preocupação.

"Vamos ficar bem! Mort vai vir e nos ajudar" digo em sua mente.

"Sua confiança nela me preocupa um pouco"

– Ela é nossa amiga!

"Faz anos que ela não vem aqui, como pode ter certeza que ela é a mesma?"

– Saphira é a Morgana! Aquela menininha que ajudou agente a construir nossa casa. Ela suspira lentamente.

"Eu sei." Ela diz "É só essa situação que me deixa..."

"Mais mau humorada." Completo e ela ri exausta "Descanse durante o dia. Quando Mort chegar eu te acordo."

Vou para a porta e a abro dando de cara com Tisa, uma das empregadas da sede.

– Já esta na hora do conselho? - Pergunto.

– Sim, senhor.

[...]

Depois de descer algumas centenas de degraus finalmente cheguei ao primeiro andar.

Temos uma sala de reuniões, mas quando é um assunto do conselho fico trancado em minha sala.

Minha sala, como todo o prédio, é grande o bastante para que Saphira voe por ela, tenho algumas estantes de livros, uma mesa grande e com uma cadeira confortável e alguns sofás encostados em paredes. Os espelhos encantado ficam cobertos por uma tapeçaria.

Tisa sai e fecha as portas.

Descubro os espelhos e me afasto. São cinco espelhos mostrando cada um dos lideres ou representantes dos povos de Alagaësia. As imagens tremulam e os rostos de Nasuada, Orik e Garzhvog aparecem.

– Eragon - Cumprimentam Nasuada e Orik inclinando as cabeças. Garzhvog levanta o queixo em sinal de respeito.

– Eu preciso contar um coisa. - digo encostando em minha mesa.

O espelho onde Arya aparecia estava vazio, ela devia ter se atrasado.

– Sobre o exército de Ra'zacs que vai te atacar? - Nasuada pergunta.

Oh.

– Como sabe? - pergunto.

– Arya nos contou. - responde Orik e Garzhvog acena.

– Alguns dos seus alunos deve ter deixado escapar - o grande Túr diz.

Soco minha mesa deixando meu punho marcado na madeira. Não queria que ninguém se preocupasse, por isso falei primeiro com Mort.

– Não precisam se preocupar... - começo mas sou cortado por Orik.

– Não?! Eragon são Ra'zacs!

– Eu já pedi ajuda, tudo está resolvido.

– Eragon, você não precisa se fazer de forte... - Nasuada começa.

– Eu não estou! - Nego e minha voz vibra.

Nasuada para um segundo e então continua.

– Então me explique como você pode lutar contra um exército daquele.

– Morgana e Salazar virão.

Muitas pessoas conhecem Mort e Salazar, mas poucos sabem o que e quão poderosos ele são, e entre os poucos está todo o conselho.

– Eles realmente virão? - Ori pergunta.

– Sim. Eles chegam ainda hoje. - Digo.

Orik suspira aliviado e Nasuada olha para baixo.

– Então ela não precisava ter ido. - Ela múrmura para si mesma, eu escuto.

– Quem não precisava ter ido? - Pergunto.

Ela levanta a cabeça.

– Arya está indo para aí. - Nasuada responde.

[...] 17 HORAS DAQUELE DIA

Descobrir que Arya estava vindo é pior do que o exército, pois mesmo se eu quisesse, pudesse e devesse dormir eu não conseguia e o fato de Mort ainda não ter chegado só piora.

Durante a tarde conversei com os cavaleiros dizendo que tudo ficaria bem porque Mort e Salazar viriam, eles ficaram curiosos, mas eu não respondi suas perguntas e disse ainda que quem contou a rainha Arya sobre o ataque que se aproximava seria castigado. Depois mandei os cozinheiros prepararem um banquete e as empregadas arrumassem todos os quartos para o caso de Mort vier com companhia.

No momento eu estou na praia olhando para o mar. Pedi para ficar sozinho e Saphira ainda dormia.

De repente cavalos se aproximam, correndo por cima do mar.

Os cavalos chegam na praia e eu reconheço Mort e Sal num cavalo cinza, com mais seis pessoas que vinham montadas em outros quatro cavalos.

Mort desce do cavalo cinza que dividia com Sal, ela pula em meus braços e eu a aperto com força.

– Que bom que está aqui, Morganinha! - digo.

– Também senti saudades. - Ele diz lendo minhas emoções.

– Não sente ciúmes, Salazar? - um garoto de olhos verdes pergunta.

– Cala a boca, Perseus. - Sal manda e aperta minha mão que não estava na cintura de Morganna.

– Eragon, esses são: Perseus, Annabeth, Nico, Nessie, Katniss e Peeta. - Mort apresenta apontando para cada uma das pessoas.

– Prazer em conhece-los. - digo e inclino um pouco a cabeça. - Um banquete nos espera. Acho irmos rápido.

– Tudo bem. - Ela concorda me dando um beijo no rosto e depois continua - Atro, Grey, Pir, Ludibrium e Gipsi, o portal ainda está aberto, mas por pouco tempo. Corram.

O cavalo preto relincha e chega perto de Mort que me solta e abraça rapidamente o corcel.

– Obrigado pela carona. - Agradece o garoto de olhos verdes, Perseus, uma égua branca relincha de volta e ele continua - Não sei, talvez nunca, mas foi muito bom te conhecer Pir.

– Você fala com cavalos? - Peeta pergunta.

– É coisa de filhos de Poseidon - o outro responde.

NESSIE.

O caminho da praia ao Prédio foi marcado pelas exclamações de Annabeth sobre arquitetura e alunos que vinham nos cumprimentar. Alguns alunos olhavam muito para mim, não é o tipo de coisa da qual não estou acostumada, mas foi estranho.

– Por que eles ficam me encarando? - Pergunto para ninguém em especial.

– É o seu vestido. Não é comum se usar roupas curtas mesmo com a capa por cima. - A voz de Eragon soava magica e poderosa.

– É que eu não sabia disso então... - Começo, mas Mort me tranquiliza.

– Relaxa, você esta comigo. Eles já me viram só de short e biquíni metalizado.

Não vimos nenhum dragão, mas eu podia sentir o cheiro deles na direção que íamos. Um cheiro bem apetitoso na verdade.

Ao chegarmos perto do Prédio nossos olhos se arregalam.

– Que lugar, é esse? - Katniss pergunta lentamente.

– É o Prédio da Ordem. - Eragon responde abrindo a porta/portão.

– Os dragões vivem aqui? - Annabeth pergunta.

Eragon olha surpreso para ela e depois diz:

– Não, somente Saphira.

– E por que não? - Percy pergunta e uma voz grave responde dentro de nossas cabeças.

"Porque não caberíamos"

Olho para cima e vejo a enorme dragão azul descer as escadas. Para deixar claro, a cada dez degraus tinha um grande o bastante para as enormes patas do Dragão, e põem enormes nisso cada uma delas devia ter dois metros por dois.

O dragão chega perto de nós e eu vejo o tão grande e belo ele é. Era de um azul safira com uma cabeça meio triangular, ele devia ter uns cinquenta metros de altura, garras e presas do tamanho de minha perna. Ele irradiava força.

– Olá Saphira. É bom vê-lá. - Mort cumprimenta e eu percebo que o dragão é fêmea.

– Uma honra. - Sal completa.

"Sempre exagerado, não é Sal?" Saphira pergunta.

– Exagerado não! Sou educado. - Sal a corrige.

– Um eterno cavalheiro. - Mort completa.

Nesse momento percebo duas coisas.

Primeiro: Morgana e Salazar são bem próximos de Eragon e Saphira. E eu percebo isso pelo modo como falam e sorriem um para o outro.

Segundo: Mort e Sal voltaram de vez ao normal. Sempre juntos, falando bobagens e completando as frases um do outro. Sorrio por isso.

"O que você fez esta tarde, Eragon?" Saphira pergunta sem se preocupar em falar com os outros de nós.

– Conversei com o conselho, acalmei os aluno e mandei preparar um jantar do jeito que a Mort e o Sal gostam. - Eragon responde e Mort e Sal param.

– Bacon de Lesma? - Sal pergunta.

– Sim. - Eragon responde e Mort abraça seu pescoço.

– Te amo! Te amo! Te amo! Te amo! - Mort diz dando um beijo no rosto dele em cada ponto. Riu da infantilidade de Mort.

– Desde quando você tem cinco anos, Mort? - Percy pergunta.

Ela lhe dá a língua e sai correndo com Sal bem atrás.

Eragon ria, (o que era estranho se levarmos em conta a incrível aura de poder em sua volta) mas continuou nos conduzindo até um salão de festas.

O salão era gigantesco, muitas Saphira's podiam voar por ele. Ele era branco e uma das paredes era feita por painéis rústicos de cristal, uma mesa ficava bem no meio do salão se estendendo por todo ele, (meia Amazônia foi usada só para o tampo dessa mesa) nessa mesa um lindo banquete estava posto.

Mort e Salazar sentavam perto da cabeceira e já comiam pedaços de bacon, mas era um bacon estranho, cinzento.

– Sentem-se. - Eragon pede se sentando na cabeceira com Saphira atrás de si.

– O que está comendo, Mort? - Nico pergunta pouco antes de eu fazer.

– Bacon de Lesma. - Ela responde. - Lesma? - Peeta pergunta.

– Caracóis na verdade. - ela responde.

– Quando a caça ficou difícil eu mandei buscar um remessa Snalglí e estamos criando eles. - Eragon explica.

– Snal, o que? - Percy pergunta.

– São caracóis gigantes de Vroengard, a antiga ilha dos Dragões.

– E você está comendo isso? - Pergunto para Mort.

– É uma delicia! - Mort diz.

– Você gosta? - Katniss pergunta a Eragon.

– Gostava, enjoei depois de vinte anos.

– Vinte?! - Mort e Sal perguntam ao mesmo tempo.

Espera, dês de quando a Mort e o Sal não sabem de alguma coisa?

– Faz dez anos que não vínhamos aqui? - Sal pergunta.

"Sim"

Saphira responde.

– Não acredito. - Mort diz se levantando e abraçando o pescoço de Eragon. - Sentiu minha falta?

Vejo duvida em seus olhos e percebo que eles são mesmo próximos.

– Claro, Morganinha. - Ele diz beijando a testa dela

– Desculpa, por isso.

– Eu sei que não foi proposital. - Ele diz puxando ela para seu colo.

O que?! Eu não posso usar vestido e ela pode sentar no colo de outro? QUE MUNDO É ESSE?

Me viro para Sal esperando um ataque de ciúmes, como ele fazia quando um vampiro dava muito em cima da Mort, mas ele apenas sorria.

Mort volta para o seu lugar e o jantar continua. Ninguém toca no Bacon de lesma além de Mort e Sal.

MORT.

"Como foi a reunião do conselho?" Saphira pergunta.

Estávamos no salão de festas aproveitando bebidas e sobremesas de frutas.

Percy, Annabeth, Nico, Nessie, Katniss e Peeta foram dormir. Estavam exaustos pela mudança de dimensão e eu teletransportei todos para seus quartos, fiz questão de colocar Nico e Nessie juntos. Tudo bem que no começo eu não quis que eles se aproximassem muito, mas eles ficam tão fofos...

– Rápida. Eu ia dizer sobre os Ra'zacs, mas eles já sabiam. - Eragon responde.

" Como eles descobriram?" Eragon respira fundo.

– Algum aluno contou para Arya e ela contou para eles. - Ele responde e olha para sua taça de suco antes de continuar - Arya está vindo para cá.

– Isso é bom. - Digo brincando com as frutas em minha taça, não gosto de frutas por melhor que elas sejam.

– Não é não! - Eragon contradiz.

– Vocês vão se rever. Quer algo melhor do que ver Arya? - questiono.

– Eu sempre a vejo no conselho.

– Estou dizendo fora do conselho. Sozinhos, com abraços, beijos e caricias. Quanto tempo vocês não fazem isso?

– Nunca fizemos isso! - Eragon afirma.

Quebro a taça de frutas que seguro e me levanto.

– Como assim vocês nunca fizeram isso? - Pergunto.

– Você sabe porque então pare de falar sobre isso. - Eragon pede.

– Não! - Nego. - Você ainda não se entendeu com ela?

– Sou amigo dela, só isso.

– Ah, claro e Edward Speelers é ótimo para interpretar você. - Digo com sacarmos.

Ele suspira e diz:

– Ela virá, tratarei como a amiga que ela é... - Ele dá uma pausa - e vai ser apenas isso.

– Nunca pensei que você fosse masoquista, Eragon. - Digo.

– Seria masoquismo se eu me envolvesse outra vez.

Eragon não é covarde e nunca foi, ele sempre deixou claro o que sentia por Arya, mas a situação deles é mesmo difícil, a Rainha dos Elfos e o Mestre da mais poderoso grupo de Alagaësia. Complicado.

– Tudo bem. - sedo e ficamos em silêncio. Volto para o meu lugar limpando a bagunça que fiz, dou umas bebericadas numa taça de cidra de maça - Eca. - reclamo afastando a taça de mim. Ninguém falava, e isso me deixava mais triste. - Eu quero dormir.

– O seu quarto está do jeito que deixou, só que limpo.- Eragon me diz e eu Sal, saímos do salão.

Não teletransportamos nem corremos, simplesmente andamos. Tento tirar o olhar triste de Eragon da cabeça e me concentrar em meu noivo, mas é difícil.

Chego em meu quarto e me jogo na cama. Eu tenho uma suite só minha dentro do Prédio, ninguém dorme aqui além de mim e Sal, não importa quantos hóspedes cheguem na sede.

– Vou tomar banho. - Sal diz e se estica para me dar um beijo na testa.

Fico deitada por um momento pensando em Eragon e considerando usar meu poderes para junta-lo com Arya, mas é claro que eu nunca faria isso.

Balanço minha cabeça e vou para o banheiro. Ele é bonito; paredes de pedra cinza, chão de mármore preto, uma pia de pedra, um grande espelho, uma banheira oval de mármore com oitenta centímetros de altura e um pequeno chuveiro de lata.

Sal estava em pé na banheira com apenas água caindo em seu peito. Eita visão mágica!

Ele se vira para mim e oferece sua mão, tiro minha roupa e entro na banheira.

Ele me abraça de um jeito carinhoso e se senta na banheira comigo entre suas pernas. Seguro firme seus braços em volta de mim.

Fico ali por muito tempo aproveitando o calor de seus braços.

A água se esfria e eu não me importo. Mas aí eu percebo que estou pelada com Sal, também pelado, numa banheira.

– Qual é o meu problema? - Reflito e viro a cabeça beijando Sal com fervor.

Ele me vira de todo para ele e puxa minhas pernas para seus quadris. Agarro seu pescoço com força e nos beijamos com mais e mais calor, ele se levanta comigo no colo e me leva para a cama.

[...] NO OUTRO DIA DE MANHÃ

PERCY.

Deitado nessa cama gigante com Annabeth dormindo em meu peito eu sentia que era bom de mais para ser verdade.

Não queria voltar para casa mesmo com uma guerra apontando.

Eu amo minha família e meus amigos, mas eu podia ser egoísta mas eu podia ser egoísta uma vez na vida e aproveitar a liberdade e a proteção de Mort, né?

Mort é uma pessoa estranhamente legal, ela já me ameaçou de morte mil e uma vezes em dois meses, para compensar ela me deu novos amigos, proteção, uma pequena dose de carinho, nunca estive tão próximo de Annabeth, melhorei muito em esgrima e me tornei amigo de Nico. Eu sinceramente adoro aquela irritada!

Se ela tem um motivo para lutar nessa batalha, eu luto também. Vou fazer o que for preciso para ajudar, pois sei que ela faria o mes...

– ACORDA PERCABETH! - Mort grita do lado de fora da minha porta acordando Annabeth.

[...]

Tomamos banho e Mort nos levou por teletransporte ao salão de ontem.

Ela estava radiante, o noite devia ter sido boa. Eragon já estava a mesa, ele mexia numa taça de frutas com ar pensativo.

– Olá. - Ele diz quando chegamos.

Sal chega por teletransporte trazendo os outros quatro.

– Nico, me alcança esse bolo verde. - Mort pede e ele lhe entrega.

Era um bolo farelado com uma casca meio marrom de interior e cobertura verde.

– É bolo do que? - Peeta pergunta.

– De chá de Fálingi.

– O que é Fálingi? - pergunto.

– Uma erva daqui.- Mort responde e depois parece se lembrar se algo - Falando de coisas daqui, - ela se vira para Eragon - você podia pedir para os cozinheiros fazerem pratos e bebidas de Blåist.

– Dês de quando você gosta de Blåist? - Eragon pergunta.

– Não é pra mim é pro Percy. - Mort responde dando uma garfada em seu bolo.

– Como assim pra mim? - Pergunto.

– Blåist é uma planta azul. Se faz muitas bebidas e comidas com as frutinhas e folhas.

– É bom? - Annabeth pergunta. - Parece blueberry só que mais doce.

Viu? Mesmo de um jeito torto ela é carinhosa comigo.

– Gostei, obrigada Mort.

Ela sorri.

– De nada, plâncton.

[...]

Tínhamos terminado de tomar café e saímos para a sala de Eragon. Sala essa que é maior que a sala de tronos no Olimpo.

– O que vamos fazer hoje? - Peeta pergunta.

– Começar os preparativos para a batalha.

– Por exemplo... - Katniss deixa a pergunta em aberto.

– Formar estratégias, proteger os ovos e os Eldunarís, explicar ao Nico, Annabeth, Percy e Nessie sobre a forma de luta daqui, colocar você e Peeta entre os arqueiros e proteger os habitantes normais da sede. - Mort responde.

– Por que me colocar entre os arqueiros? - Peeta pergunta.

– Você e Katniss não podem entrar na batalha porque são normais. Ra'zacs matariam os dois facilmente. - Explica Sal.

– Tudo bem. - Peeta aceita e continua - Mas eu não sou um bom arqueiro.

– Isso é fácil de resolver.

– O que precisamos saber sobre Ra'zac? - Annabeth pergunta.

Eragon pega um livro sobre sua mesa e abre numa pagina com a imagem de um monstro. - Os Ra'zac são criaturas com forma humanóide, possuem grandes olhos sem pupilas e negros, hálito putrefato e um bico, tem medo de águas profundas e da luz. Eles foram feitos para caçar humanos, que são seu alimento preferido. Podem enxergar em uma noite turva, farejar como um sabujo, pular mais alto e se mover com mais rapidez que qualquer humano. - Eragon explica.

Olho para a imagem e estremeço.

– E tem um exército dessas... Dessas coisas vindo para cá? - Katniss pergunta.

– Exato.

– Ah, que coisa linda. - Ela diz com sarcasmo

– Temos que proteger os ovos e Eldunarís. - Sal lembra.

– Conversei com Umaroth para criar uma bolsa invisível como a que usamos para trazer os ovos e os Eldunarís de Vroengard, mas ele prefere usar a energia para proteger a sede.

– Então vamos proteger a sede. - digo.

– Não é tão simples. As fronteiras da sede são muito grandes, mesmo com as barreiras é difícil protege-las.

– Você disse que eles tem medo de água profunda. Precisamos trazer água para envolta da sede. - digo com um plano se formando em minha mente.

– No que está pensando, Percy? - Mort pergunta.

[...]

O plano era simples na teoria e difícil na prática:

Afastar a sede do continente, mas manter o rio subterrâneo. Mort disse que já que a ideia era minha e que eu tinha poder para isso, eu que faria o trabalho e Mort e Sal me dariam energia e manteriam o rio seguro.

– Você tem certeza que pode fazer isso? - Eragon pergunta. Ele não acreditou muito na história de semideuses.

– Olha cara, com a energia que Mort e Salazar vão me dar isso vai ser moleza. - Respondo.

– E isso é bom? - Ele pergunta.

– Yeah.

– O que? - Eragon pergunta sem entender.

Bato minha mão na minha testa e digo sorrindo:

– Só confia, está bem?

Tinha uns poucos alunos espiando pelas janelas de suas casas/árvores e os dragões tinham saído com Saphira. Peeta e Katniss foram com eles nas costas de um dragão estranhamente prestativo.

Mort nos levou aos limites da sede que era marcada por postes de pedra com pedras preciosas incrustadas.

– Vocês usam postes incrustados como limite? - Pergunta Annabeth.

– Sim.

– Por que?

– Colocamos energia e feitiços nessas pedras, qualquer um que tentar entrar na sede sem permissão vai pegar fogo.

– Então por que é necessário separar do continente? - Annabeth pergunta. Ela estava meio preocupada comigo fazendo tanto esforço.

– Porque o efeito dessa barreira não vai durar muito. - Mort responde.

– Vamos logo com isso. - Nico pede. Dava para ver em seus olhos que ele também estava preocupado.

– Certo - Sal concorda. - Percy nós vamos te dar energia o bastante para você fazer isso, mas não tente ir muito longe, ok?

– O continente tem que estar a cem metros de distancia para que ele não possam pular e o buraco deve ter pelo menos uns vinte de profundidade. - Mort explica.

– Entendi.

– Pronto? - Mort pergunta.

Fecho os olhos e tento sentir o chão em minha volta. Sinto o rio a uns cinquenta metros abaixo, sinto os postes marcando onde devo separar a terra e sinto o mar ao longe.

– Pronto - respondo apertando os olhos com força.

Então me é passado muita energia, uma energia desconhecida e mais poderosa.

Fecho minhas mãos em punho e com um grito faço o chão tremer e se separar.

É como colocar um enorme peso preso na minha barriga e tentar andar com ele. O peso tenta me puxar para baixo, mas eu me mantenho firme.

O rio subterrâneo se mantém seguro em baixo da terra, mas eu ouço som de água e percebo o mar enchendo o grande buraco que eu fiz.

– Está bom, Percy. - Mort diz, mas eu continuo afastando a sede maravilhado pela energia que recebo. Annabeth para em minha frente.

– Pode parar agora, Cabeça de Alga. - Ela diz baixinho me fazendo voltar a razão.

Eu paro e abro os olhos, Annabeth sorri e se estica para dar um beijo rápido.

– Bom trabalho, peixe. - Nico diz e eu me viro para o buraco.

Ele tinha muito mais que cem metros e água salgada enchia os trinta metros de profundidade.

– A água salgada vai se misturar ao rio subterrâneo - digo preocupado.

– Não vai não. - Sal nega.

– Sal deixou a terra impermeável, assim o mar não vai entrar em contato com a água doce. - Mort sorri.

– Bom. - Digo.

Vejo Eragon quieto, e não sou único a ver.

– O que foi, Eragon? - Mort pergunta e ele ignora ela.

Ele anda até minha frente e curva sua cabeça.

– Obrigado, Lorde Perseus. Eu não tinha acreditado em suas origens divinas, mas agora acredito.

– Não invente de começar a me chamar de Lorde. É Percy, no máximo Perseus. Tirando os monstros que nos atacam, somos pessoas normais.

– Então aja normalmente, porque em importância você esta ganhando - Mort diz.

Eragon levanta a cabeça e sorri de lado acenando. Só eu que vejo uma amizade vindo por aí?

KATNISS.

Logo depois de Percy explicar seu plano maluco Saphira e meia centena de dragões avisaram que iam buscar Snalglí's, eles tinham que deixar uma boa reserva já que os Ra'zacs viriam por aquele lado. Peeta e eu fomos junto nas costas de um dragão amarelo.

Durante o dia todo vimos dragões engolirem mais e mais caracóis, poderia ser entediante se não fosse a beleza e elegância dos enormes dragões. Ao voltarmos perto do escurecer a maioria dos dragões tinha. de um a três caracóis gigantes presos em suas patas e Saphira tinha três em cada uma das patas.

Ficamos boquiabertos ao ver o plano de Percy completo, a facha de água entre o continente e a sede parecia ter estado sempre ali.

Uriah, o dragão que nos levava, pousou em frente ao prédio.

– Obrigada, Uriah. - Peeta agradece descendo de suas costas depois de mim.

"De nada rapaz" ele diz alçando vôo.

– Ele é boa gente. - Peeta diz.

"Dragão você quis dizer" Saphira corrige mostrando o caminho Prédio adentro.

Os outros estavam no Salão comendo.

– Estão com fome? - Eragon pergunta.

– Estamos sim, obrigado. - Peeta responde.

Antes de terminarmos o primeiro prato um dos funcionários do Prédio entra correndo.

– Mestre, tem alguma coisa vindo em direção a sede. - Ele anuncia.

Eragon se levanta com a mão no punho da espada.

– Que coisa? - Ele pergunta.

– Não sabemos, mestre.

– Mort? - Ele pergunta e ela fecha os olhos.

Ao abrir ela sorri.

– Estenda os tapetes vermelhos, a Rainha dos Elfos chegou.

– O que? Mas já? - Ele pergunta nervoso.

"Ótimo!"

Saphira comemora.

Eragon olha para sua Dragão e depois se volta ao funcionário.

– Eu vou recebe-lá, você avisa aos outros cavaleiro.

– Sim, mestre. - ele concorda fazendo um reverência e saindo.

– Mort, eu sei o que você pensa, mas não fale nada por favor.

– Não vou, - ela diz rolando os olhos - mas devia.

– Morgana...

– Relaxa, tente arrumar o cabelo que eu vou fazer boca de siri.

Ele esta nervoso, bastante nervoso. Ele escala o lado de Saphira e se senta em seu pescoço, diferente do que fizemos mais cedo sem uma sela. A dragão salta e voa porta a fora.

Virando para Mort vejo ela sorrindo.

– Querem suas armas? - Ela pergunta e eu me lembro que estou sem meu arco.

– Sim. - Annabeth e eu respondemos.

Meu arco e aljava junto de duas adagas aparecem flutuando.

Eu pego o que é meu e Annabeth pega uma das adagas deixando a outra flutuando sozinha.

– Nessie, essa é pra você. - Mort anuncia pegando a adaga do ar e entregando na mão de Nessie.

É uma peça bonita, de bronze, lamina dupla, com desenhos florais em roxo.

– É serio? - Nessie pergunta.

– Peguei quando estávamos na casa de hóspedes.

– Obrigada, Mort. - Ela diz sorrindo.

– Tem outra coisa que eu tenho que entregar, então Semideuses deem um passo a frente. - Mort diz fazendo um caixinha dourada aparecer.

Nico, Percy e Annabeth vão para frente e Mort abre a caixinha tirando de lá três correntinhas. Eram de um mesmo modelo em cores diferente, correntes compridas e simples com um pingente em forme de um omega, uma era dourada, outra preta e uma azul. Cada semideus pegou uma, não teve discussão ele sabiam qual de quem.

– O que são? - Percy pergunta.

– Os pais de vocês me deram para lhes entregar em caso de batalha. Acho que é um bom momento.

– O que elas fazem? - Nico pergunta.

Todos colocavam os colares pelas cabeças.

– Elas vão conjurar uma armadura para te protegerem.

– Uma armadura pra mim? Nossa, como meu pai me conhece. - Percy ironiza como se não precisasse de uma armadura, não imaginava que ele era tão convencido.

– A não ser que você queira uma espada enfiada bem no seu ponto de Aquiles acho bom você agradecer. - Mort ameaça me deixando confusa.

– Você sabe onde ele é? - Percy pergunta de olhos arregalados.

– Qualquer pessoa que já tenha lido os livros baseados em sua historia sabe onde é seu ponto de Aquiles - Sal explica me deixando ainda mais confusa e curiosa, QUE INFERNO DE PONTO É ESSE?

– Como as armaduras aparecem? - Nico pergunta.

– É só dizer proteção em grego.

Os três dizem ao mesmo tempo. Um brilho dourado nos cega temporariamente e os três aparecem com roupas diferentes e armaduras.

As roupas de Annabeth eram uma armadura de metal dourada, que cobria os ombros, tronco e tinha umas franjas de metal como numa sainha, ela tinha protetores de braço e botas de metal da mesma cor. Um calça preta apertada cobria suas pernas.

As roupas de Nico era um armadura de metal preta, que protegia o tronco e os ombros, tinha uma bota protetores de braço feitas do mesmo metal e usava uma calça preta.

As roupas de Percy eram a mais simples, era uma armadura de metal preto que que protegia o tronco, uma calça azul escura com coturnos pretos completavam.

– Eu amo o meu pai. - Percy diz olhando sua roupa.

– Como fazemos elas sumirem? - Annabeth pergunta.

– É só querer.

– Por que você esta nos entregando armas? - Pergunto.

– Primeira impressão. Arya vai respeita-los com mais rapidez se mostrarem que são guerreiros. - Mort responde enquanto conjurava um arco e uma aljava preto e laranja para Peeta. - Você vai usar isso na batalha, eles estão enfeitiçados. É impossível errar.

Quem ainda não tinha colocado suas capas colocaram e então Mort teletransporta para praia onde uma pequena multidão de dragões e cavaleiros se reunia.

Eragon estava perto Saphira e olhava para cima. Mort chega perto dele e sussurra algo, vejo Sal rir então ele deve conseguir ouvir dessa distancia.

Olho para onde todos olhavam, mas eu só via estrelas e a lua.

Entretanto um vulto fica visível e vai aumentando.

Eragon sobe em Saphira e ela salta.

Eu tenho um leve vislumbre do lindo rosto de Eragon antes que ele se perca na escuridão. Finalmente eu consigo definir o vulto e Mort se afasta para perto da gente, ela sorria.

Era um dragão verde do tamanho de Saphira, encima dele uma linda elfa se sentava. Saphira e o outro dragão giram entre si e começam a rugir tão alto que parece que o chão vai tremer.

Os dois dragões pousam e a elfa e Eragon descem.

Os dois param frente a frente por um momento antes que Eragon faça uma vênia e diga palavras que eu não entendo por estar longe, a elfa parece dizer coisas parecida. Os dois se endireitam e continuam olhando um para o outro.

ERAGON.

Ela estava ali, bem em minha frente. Arya não dizia nada e nem eu, mas é um silêncio calmo. Seus olhos percorriam o meu rosto e os meus o seu. Arya dá um passo a frente e toca meu rosto. Pouco me importando com a multidão em volta eu sorrio segurando sua mão em meu rosto.


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