A Viajante escrita por MFR


Capítulo 18
Capítulo 18




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NESSIE

Depois de ver Nico lutando minha quedinha por ele virou um tombo. Tudo bem que ele perdeu, mas ele estava muito lindo demais para o meu coração.

Eu queria muito pedir para ele me ensinar a lutar, mas antes eu tinha que fazer uma coisa. Dormir. Pego um pijama no meu baú e desço para me trocar no banheiro. O banheiro era de mármore com uma privada, uma pia bonita, uma ducha dentro de um boxe escuro e uma banheira.

Eu não tinha pensado em tomar banho, mas a banheira parecia tão convidativa que eu não aguentei ficar menos de uma hora dentro dela. Estava tão bom ficar quietinha que acabo dormindo.

Enquanto dormia tive um sonho. Uma lembrança na verdade.

Era a Mort, hoje mais cedo.

Era ela vindo para perto de nós. Ela com toda aquela roupa preta já dava medo, mas ela com toda aquela raiva...

Raiva, essa palavra meio fraca para descrever o que Mort sentia hoje.

Os Volturis tinham planos dos mais perversos para me matar e mesmo assim eu não tive tanto medo quanto hoje. Por que uma vez eu vi Mort brava, seu cabelo ficou liso e a espada apareceu, mas Salazar estava lá então conseguiu acalma-la. Hoje ele não estava aqui, hoje ele era o motivo de toda a raiva dela.

Hoje seu cabelo não ficou só liso e sua espada não foi a única a aparecer. O cabelo ficou liso e prata, todas as sua armas apareceram, arco, flechas, espada, adaga, arma, munição, riffle (eu nunca vi ela com um riffle!) tudo aquilo vindo para cima de nós... Tudo aquilo mais Morgana com aqueles olhos pratas, que sempre ficavam pratas quando estava fazendo magia. Assustadora.

O sonho deixou de ser uma lembrança quando eu me vi sozinha. Ela sacou o riffle, apontou para minha cabeça sorrindo e então...

PAM.

Eu acordo

"Foi só um sonho, só um sonho" digo a mim mesma "Mort é sua amiga lembra, sua amiga" e com esse ultimo pensamento eu me acalmei, até que...

PAM.

– AAAH - Sufoco um grito com a mão.

– Nessie, você esta bem? - Era o Nico batendo na porta - Renesmee, responda! - ele continuou batendo - Abra a porta ou vou arromba-lá - disse Nico, mas eu estava nervosa demais para responder - Tudo bem então. - Ele diz dando dois passos para trás - 1... 2..

– NÃO! - Grito - Eu estou bem! - digo antes que ele faça alguma besteira.

Ouço ele suspirar aliviado e encostar a cabeça na porta.

– Por que não me respondeu? - ele me pergunta

– Eu... Eu tava dormindo - respondo procurando uma toalha

– No banheiro? - ele pergunta

– Já viu o tamanho dessa banheira? - pergunto. AH brincadeira, não tem uma toalha nessa merda de banheiro!

Nico ri.

– Tudo bem, vou subir...

– NÃO, ESPERA! - grito

– Oi? - ele pergunta confuso

Eu suspiro, me sentindo corar.

– Nico, por favor. Pega uma toalha para mim?

– Ah... - Ele ri - Tudo bem, vou buscar. Só um minuto - ele diz se afastando da porta.

No andar de cima ouço ele mexendo em algo. Após alguns segundos ele desce e bate na porta levemente. Eu saio da banheira pingando e vou pulando até a porta, destranco e abro apenas o bastante para pegar a toalha.

A toalha era do Nico (era preta).

Me seco rapidamente e coloco o pijama, percebendo tarde demais que ele era curtíssimo.

Respiro fundo pois sabia que ele ainda estava do lado de fora e abro a porta.

Nico estava encostado na porta.

– Obrigada pela toalha - agradeço entregando a toalha

– Não foi nada - ele diz sorrindo de lado. Ele devia querer tomar banho já que segurava uma calça de pijama.

– Eu vou dormir... - digo me virando para a escada. Quando me volto para dizer boa noite vejo que ele olhava para minhas pernas.

Quando ele se vê pego na flagra, ele olha para baixo (corado) e depois diz:

– Perdão, eu...

– Tu-tudo bem - corto rindo (também corada) e ele olha para mim.

– Ãh... Boa noite. - ele me deseja meio envergonhado

– Para você também. - falo sorrindo, ele também sorri e entra no banheiro.

Subo a escada correndo depois pulo na minha cama. Todos estavam dormindo, menos Mort que estava cuidando de Sal. Como ela estava fazendo magia seus olhos estavam pratas e me fez lembrar do meu sonho, mas eu não estava com medo. Ela cuidava de mim. E acabou.

Fiquei deitada esperando dormir, mas quando ouvi a ducha sendo ligada no andar debaixo me levantei, não queria ouvir Nico tomando banho... Bom, até queria, mas esse querer não é decente, como diria meu Tio Emment.

Fui até onde Sal estava e me sentei no tapete olhando para ele, tinha uma colcha o cobrindo. Salazar estava diferente da última vez que o vi. Ele não estava bronzeado, estava branco como minha família. Seu rosto não tinha expressão, mas seu queixo estava apertado. Levanto o olhar para Mort. Ela me olhava com os olhos pretos normais que quase não davam medo, comparando com os pratas, é claro.

– Eu sinto muito, Mort. - digo

– Eu sei que sente. - ela diz e mostra um sorriso triste - Mas ele vai ficar bem.

– Tenho certeza disso. - concordo com um sorriso. Eu confiava nela, sabia que ela conseguiria traze-lo de volta.

Ela acaricia o rosto dele.

– Pena que vai demorar tanto. - ela sussurra.

Pulo para o lado dela e deito a cabeça em seu ombro. Ficamos assim por um tempo.

– Desculpa por te-lá assustado hoje mais cedo. - ela me diz

Levanto a cabeça e olho pra ela.

– Não me assustou - minto

Ela tira os olhos de Sal e olha para mim.

– Eu sei do sonho.

– Mas... - Digo assimilando o que ela disse - Sua vaca! - grito e soco seu ombro com a forca capaz de destroçar um humano que só fez ela rir. Acabo rindo também. - Nunca mais faça isso de novo! - digo entre risos.

– Ah, é legal - ela reclama

– Sonhos são particulares! Preciso de privacidade pelo menos na minha cabeça!

– Humpf, falo a garota que tem um pai que lê mentes. - Mort diz rolando os olhos.

– Meu pai não lê minha mente. - falo

– Não é algo que ele possa controlar... Mesmo se ele quisesse. - ela diz.

– Mas...

– Tá, tá, vamos mudar de assunto. - ela me corta e se levanta. - Vem, vamos dar um pouco de privacidade para o meu noivo. - ela diz com ironia.

Aceno com a cabeça e sigo ela até nossa "sala de TV".

Mort se senta num sofá e eu deito a cabeça em seu colo, ela imediatamente começa a afagar meu cabelo molhado.

– Você esta gostando do Nico, não é? - ela me pergunta.

Dou risada e toco seu rosto usando meus poderes para perguntar:

"Você ainda não descobriu?"

Ela segura o riso e usa telepatia para responder:

"Eu sabia, só estou puxando assunto"

"Sim, eu gosto muito dele."

"Você conheceu ele hoje, como pode gostar muito dele?"

" Simples. Ele é bonito, inteligente, luta muito bem, é meio sombrio e é filho do meu deus grego favorito"

" Mas Hades é um canalha" afirma Mort

" Ele é injustiçado." defendo meu futuro sogro "Zeus e Poseidon não deviam ter feito aquilo com ele"

" Não vamos discutir... Embora Poseidon seja o mais legal dos três"

Eu já ia contradizer quando Nico sobe as escadas e eu deixo minha mão cair do rosto de Mort.

Nico (provavelmente tentando me matar do coração) estava sem camisa. E ele não pareceu muito feliz em mostrar seu peito para a gente

– Ãh... Eu achei que estavam dormindo - ele diz e seu rosto estava vermelho.

– Vem senta aqui com a gente. - Mort diz e eu olho para ela

– Tá. - Nico diz. (Vai pegar uma camiseta, vai pegar uma camiseta, vai pegar uma camiseta) - Vou pegar uma camiseta - Nico diz. (ufa)

Nico se vira para sua cama e mexe em seu baú até pegar uma camiseta.

Enquanto ele estava longe, eu encarei Mort e coloquei a mão em seu rosto mostrando cenas de tortura. Ela ri.

– Querem chocolate? - Pergunta Mort quando Nico volta.

– Brigadeiro? - Pergunta Nico animado.

– Nossa, viciou rápido. - Morgana diz fazendo uma panela de brigadeiro com três colheres aparecerem.

Nico atacou a panela numa rapidez digna de vicio mesmo.

Eu e Mort rimos e comemos também.

Após termos acabado a panela eu já estava cheia, mas Nico pediu mais, Mort encheu a panela de novo e ele agradeceu.

– Mort, eu queria falar com meus pais - digo receosa já que não gostava de pedir nada para Mort.

– Toma. - diz Mort me entregando seu IDphone - Tem o número do seu pai na agenda

– Obrigada. - agradeço me afastando. Procuro o número e ligo.

"Alô..." Digo quando atendem

"Nessie?" Minha mãe atende

"Oi mãe"

"Como você está?"

"Bem, e aí?"

Ela ri antes de responder

"Todos estão bem, menos Jacob que esta enlouquecendo. Já acharam o Sal?"

"Sim, mas ele esta desacordado."

"Como assim desacordado?"

"Estamos na dimensão do Harry Potter...

"O bruxo?"

"É! Da pra acreditar, alias ele esta dormindo aqui perto. Ele é tão simpático...

"Nessie? O Sal, lembra?."

"Ah é. Ele vai ficar bem, mas vai demorar"

"Quanto tempo?"

"Dois meses"

"O QUE?!"

Esse grito não veio da minha mãe.

"Pai?"

"Você vai voltar mais cedo, não é?"

"Não!"

Até parece que eu ia voltar, nem a pau Nicolau!

"COMO NÃO?"

Dessa vez quem gritou foi o Jacob. Será que todos estão ouvindo essa conversa?

"Eu não posso deixar a Mort!" Digo

"Mas Nessie..." Reclamou meu pai

"Por favor, pai. Eu vou deixa-los informados, eu juro!"

"Mas... Rennesme...

"Por favor! Eu gostei de onde estamos e as pessoas são muito legais!"

Ouço ele respirar fundo e ficar calado um momento antes de responder:

" Tudo bem..."

"COMO TUDO BEM?" Jacob gritou do outro lado

"Não grite, Jacob!" Ouço minha avó o repreender. Definitivamente, todos estão ouvindo.

"Tudo bem, Nessie. Você pode ficar aí. Mas ligue pelo menos uma vez por semana."

"Obrigada!" Digo feliz e depois chamo "Jacob?"

"Que?" Ele pergunta mal humorado

"Eu estou bem, fica tranquilo. Daqui a pouco estarei aí, você nem vai sentir minha falta"

Ele fica em silencio um momento.

"Eu já sinto sua falta, mas tudo bem."

"Eu também estou com saudades. Tenho que desligar, beijo"

"Tchau." Todos disseram

Desliguei o celular, mas continuei segurando ele perto do rosto. Voltei para o sofá.

– Tudo bem? - Nico me pergunta

Viro para ele. Oh, nem vi que sentei do lado dele.

– Esta... Eu é... sinto saudade da minha família, só isso. - confessei

Ele acena.

– O que foi? - Pergunto ele parecia meio triste

– É só que... faz muito tempo que eu não sei o que é ter uma família. - ele fala escondendo a tristeza numa voz sem emoção.

– Sinto muito, Nico. - digo. Vejo Mort abaixar a cabeça, ela deve saber sobre a família dele.

– Tudo bem. - ele diz e ficou olhando para sua colher (ele ainda comia!) - Vou dormir. Boa noite para as duas.

Depois ele sai para escovar os dente.

– O que aconteceu com a família dele? - Pergunto para Mort enquanto ele escovava os dentes no banheiro

– Deixe ele te contar. - ela diz e depois desaparece com as panelas e colheres - Vou cuidar do Sal.

Fiquei sentada um tempo depois me deitei para dormir. Nico demorou um pouco, mas se deitou. A cama dele foi estrategicamente colocada do lado da minha (eu mato a Mort!).

[...] NO OUTRO DIA CEDO

HARRY

Ao acordar percebi que fui o primeiro, fora a Mort que provavelmente nem dormiu cuidando de Salazar.

Fazia quase dois anos que eu não via a Mort e o Sal e era horrível encontrar os dois nessa situação. O pior era que eu teria que ir embora em menos de uma semana, é muito pouco tempo eu sei e eu queria muito ficar mais tempo, só que meu trabalho impedia.

Me levantei e fui ao banheiro. Fiz minha higiene matinal e voltei para cima.

Mort não estava mais no terraço e Renesmee, Annabeth e Percy estavam acordados.

– Bom dia! - digo

– Bom dia Harry James Potter - diz Renesmee animada. Por algum motivo ela sabia um monte de coisas dessa dimensão.

– Acho que você sabe mais da minha vida do que eu - digo e ela grita acordando o Nico e o Draco

– Você falou que nem o Rony no primeiro filme! - ela diz e começa a rir que nem doida.

– Qual o seu problema? - Pergunta Draco bravo por ser acordado

Ela mostra a língua e diz:

– Vou ajudar Mort com a comida.

– Até você chegar lá ela já vai ter voltado - diz Percy

Ela olha para ele e corre para a escada numa velocidade que fez ela parecer um borrão.

– O que disse, Percy? - ela pergunta com um sorriso amarelo.

Ele estava de boca aberta, mas depois sorriu.

– Nada - ele responde

Nessie ri e sai correndo de novo.

Draco volta a dormir, mas Nico se levanta se espreguiçando.

– Bom dia - ele diz esfregando os olhos

– Bom dia - respondemos

Nico ia descer para o banheiro, mas Mort e Nessie chegam por teletransporte.

– Venham comer o café - diz Nessie sorrindo

Mort sorriu (de forma sinistra) e foi para perto da cama de Draco. Chegou bem perto do ouvido dele e gritou:

– ACORDA, DONINHA!!!

Ele acordou pulando e gritando. AMO QUANDO ELA IMPLICA MALFOY!

– Qual o seu problema? - Draco pergunta tremendo

– O café esta na mesa - Ela responde e pega o braço dele o arrastando para a mesa

No café da manhã tinha suco de laranja e de acerola, um pão temperado com grãos, pão de queijo, queijo branco, salame e salada de frutas. Grande parte dessa comida eu só sabia o nome por já ter vindo aqui antes.

– Não vai comer? - Nico pergunta para a Nessie.

– Não. - ela responde

– Por que?

– Estou com sede.

– Mas e o suco? - Percy perguntou

Mort (que não comia) ficou encostou a cabeça na mesa rindo (provavelmente) do Percy.

– Eu sou meio vampira, Percy. Tenho sede de sangue. - ele diz e todos olhamos para ela. Nessie ri - Calma. Eu bebo sangue de animais.

Aí todos se acalmaram.

– Por que animais? - Draco pergunta

– Se quiser eu faço uma exceção e bebo o seu - propõe Nessie com um sorriso inocente e Draco arregala os olhos. Nessie ri e anuncia - Vou caçar.

– Pegue uma onça por mim. - Mort diz

– Tomara! O gosto delas é delicioso! - Nessie reponde e sai correndo.

– Ela disse onça? - Percy pergunta

– Ahã. - ela responde simplesmente - Se me dão licença - ela se levanta.

MORT

Depois de sair da mesa eu peguei o meu iPad (IDpad na verdade, já que ele era interdimensional) e mandei um e-mail para minha família (Caius, Ágata, Geórgia, Taro, Vid, Temp e Espace).

Achei o Sal.

Estou na dimensão dos bruxos, na escola Balbina (Brasil)

Sal recebeu muitos Avadas, vinte para ser exata. Não precisam se preocupar, ele esta desacordado, mas vai ficar bem.

Estou cuidando dele.

Taro, Caius, Ágata e Geórgia, eu sei que vocês viram, então alguém me traga uma maletinha preta que esta no meu closet. NÃO TENTEM ABRIR ELA, estou avisando!

BEIJOS.

– O que foi? - Annabeth me pergunta

– Estou avisando minha família.

– Eles viram?

– Os outros viajantes sim, mas as Amazonas não podem vir.

– E quando eles chegam? - Percy pergunta

– Em pouco tempo.

– Então... que tal um mergulho antes deles chegarem? - Percy pergunta com um sorriso esperançoso

[...]

Todos aceitamos ir, menos Nico que tive que arrastar.

Na Balbina, os alunos usavam muito a represa, tanto que as roupas de banho faziam parte do uniforme escolar. Guelricho rolava solto por aqui.

Ao descer a escola os olhos dos alunos me seguiam. É, eu devia ter posto uma camiseta além do Shorts e a parte de cima do biquíni, mas não me condenem, eu achei que íamos teletransportar, mas ninguém quis.

Ninguém olhava para Annabeth por dois motivos, o primeiro era que o braço de um garoto musculoso vulgo Percy estava sobre os ombros da garota e segundo porque o biquíni e o short dela tampavam bem mais que os meus.

Quando chegamos (finalmente) ao térreo digo para eles me seguirem, já que eu queria ficar um pouco distante da escola. Paramos perto de uma rocha a beira da represa.

Percy não perdeu tempo, subiu correndo a rocha e pulou na água, ele aparece pouco depois.

– Vocês não vem? - pergunta ele sorrindo.

Annabeth tirou o short e entrou correndo, Nico, Draco e Harry tiraram as camisetas e entraram mais devagar. Percy tinha entrado de short e camiseta. Eu fiquei na beira por um tempo, vendo Percy mergulhar junto com Annabeth (não queria nem pensar no que fariam lá embaixo), Draco e Harry nadavam de um lado para o outro sem rumo e Nico só boiava. Tirei o short e o chinelo e mergulhei.

A água da represa era enfeitiçada para ficar sempre limpa, mas como estávamos distantes da escola a água era um pouco mais suja. Fora a parte perto da beira ela tinha de 10 a 30 metros e havia centenas de espécies de plantas e animais aquáticos. Ela era perfeita para o mergulho.

NESSIE

Depois de quase meia hora de procura eu achei uma onça, tive sorte foi rápido. Eu pulei nas costas dela e quebrei seu pescoço, chupei cada gotinha!

Macabro, eu sei, mas gosto delas é tão bom! Tipo, só perde para o sangue humano, mesmo.

Me levantei e joguei a carcaça da onça para longe.

Fiz o caminha de volta para a escola e desviei para poder dar um mergulho, mas quando cheguei na margem senti o cheiro de Draco e do Harry, por algum motivo eu conseguia sentir o cheiro deles, mas não o de Percy, Annabeth, Nico e Mort. Segui o rastro e encontrei todos. Harry e Draco estavam na água, Mort, Percy e Annabeth também, embora eu não os visse. Nico estava sentado perto de uma pedra, aproveitando a sombra dela.

Andei até ele.

– Oi - digo ao sentar do seu lado.

– Oi - ele diz dando um sorriso - Como nos achou?

– Pelo cheiro - digo e olha pra mim confuso, mas depois ele balança a cabeça como se não quisesse pensar no assunto.

– Você devia entrar. A água esta ótima.

Aceito seu concelho. Eu usava um maiô como camiseta então só tirei o short.

– Você estava de maiô? - Nico me pergunta

– Eu ia mergulhar mesmo depois de caçar - digo dando de ombros antes de pular na água.

Uma das coisas boas de ser meia vampira, era o fato de que eu conseguia segurar o fôlego por horas.

No fundo da represa eu vi Percy e Annabeth se beijando dentro de uma bolha de ar, desviei o olhar. Mort estava ainda mais fundo, deitada sobre algas fazendo carinho num bichinho feio com chifres.

Cheguei perto dela e o feio arreganhou os dentes, Mort deu um tapa no bicho jogando ele longe. Sentei ao seu lado nas algas. Toco o seu rosto perguntando que bicho era aquele. Ela usa telepatia para responder:

"Grindyionws. Nunca leu Harry Potter, não?"

"Claro que li, mas eu pensava neles como o dos filmes. Esses são feios dema...

Não termino a frase pois de repente tudo vibrou, mas não foi um terremoto, por que eu senti dentro da minha cabeça.

Olho para a Mort, ela sorria, pega minha mão e me puxa até Percy e Annabeth. Os dois não se beijavam, olhavam para os lados, Mort indica pra cima com o queixo, solta minha mão e nada para cima. Ao chegar a superfície ela segura Harry e Draco pelos braços e os puxa até a beira da represa.

– Posso saber por que você esta me arrastando? - Draco pergunta

– Vocês não sentiram? - pergunto

– Sentimos o que? - Harry pergunta

– Eles são dessa dimensão, não podem sentir - Mort responde

– Sentir o que? - Harry me pergunta

– Não sei direito, parece tudo vibrou. - respondo quando finalmente chagamos à margem

– O que aconteceu? - Nico pergunta, ele parecia bem nervoso - De repente tudo... Tudo...

– Tremeu? - Percy propôs e Nico assente.

– Você pode explicar o que esta acontecendo? - Pergunta Annabeth para Mort que parecia tirar a água de seu biquíni com magia

– A dimensão está sobre pressão. - ela responde colocando o short - Meus irmãos chegaram, então são seis viajantes numa só dimensão. É poder demais num lugar nem tão forte assim.

– E por que não sentimos? - Draco pergunta

– Por que vocês são daqui. Coisas interdimensionais só são percebidas por quem sabe sobre as múltiplas dimensões. - ela responde.

– Mas nós sabemos sobre as dimensões. - Diz Draco

– Não vou explicar algo que eu demorei dois anos para entender, sendo que você demoraria vinte anos. - Rebateu Mort e Draco se calou. - Coloquem suas roupas.

Nos vestimos e Mort secou todos com magia, menos Percy que por algum motivo estava seco, resolvi perguntar à ele depois.

– Eles vão demorar? - pergunto curiosa.

Ela nega com a cabeça e aponta para uma direção

– Cinco... Quatro... - ela começou à contar e eu já conseguia ouvir - Três... Dois... - eu já conseguia definir que eram um carro e uma moto - Um.

Então chegaram. Um carro e uma moto de corrida. O carro era branco com detalhes em amarelo e a moto era laranja escuro.

Do carro desceram dois e da moto mais dois. Eu nunca tinha visto os irmãos de Mort mesmo assim eu sabia quem era quem. Caius era alto com um bronzeado claro, tinha olhos azuis, Ágata era branquinha, mas de uma forma natural seu cabelo era loiro e caía liso pelas costas se ondulando nas pontas, ela era a mais baixa das viajantes e tinha olhos azuis, Taro era asiático com o cabelo ruivo e musculoso e Geórgia tinha o cabelo liso, vermelho vivo com as pontas laranjas, os olhos dos dois eram cor de chocolate, como os meus.

– Perdeu, Caius - Taro afirma. Eles deviam estar apostando uma corrida.

– Dane-se, Taro - Rebate Caius. Ele não parecia muito feliz e algo me dizia que o motivo não era a corrida.

Ágata corre e abraça Mort e os outros chegam perto. Eles conversam por um momento depois Mort vira para nós.

– Posso teleportar? - ela nos pergunta e acenamos.

Fechei os olhos, teletransporte era horrível. Eu sentia que estava me expandindo e depois flutuando, quando acaba um enorme peso recai sobre minhas pernas. Foi isso que aconteceu quando aparecemos no terraço.

Ágata se ajoelhou ao lado da cama de Sal e pegou a mão dele que, como tudo abaixo dos ombros, estava coberto pela colcha. Ela parecia a ponto de chorar. Mort ajoelha ao lado de Ágata:

– Ele vai ficar bem. - Mort afirma, embora sua voz falhasse.

– Temos que fazer alguma coisa! - diz Geórgia nervosa

– O que? - Mort pergunta desanimada

– Não sei! - Geórgia responde, ela também parecia que ia chorar.

– Talvez se todos juntarmos nossos poderes podemos cura-lo mais depressa. - Caius responde.

– Não vai dar certo - contradiz Mort

– Por que não? - pergunta na defensiva.

– Por que a dimensão vai ruir - responde Mort se levantando

– Ela vai aguentar - afirma Caius

– Vai? Com seis viajantes? E com cinco usando seus poderes? - Mort pergunta irônica

– Ela tem que aguentar. - Ele fala

– Não! - Nega Mort

– Temos que correr o risco!

– Não vou por em perigo a vida de bilhões!

– Isso não é uma decisão só sua. - rebate Caius

– Ele é o meu noivo. - diz Mort dando ênfase no meu

– E nosso irmão!

Caius e Mort estavam perto um do outro, perigosamente perto. O cabelo da Mort já estava liso e a cada segundo mais fios pratas apareciam, Caius tinha o cabelo loiro e liso, mas parecia que este estava ficando dourado também. Acho que era comum o cabelo dos viajantes refletirem suas emoções.

– Caius, eu amo o Sal. Mas não posso arriscar. - ela diz depois de respirar fundo.

– Se amasse estaria fazendo de tudo para cura-lo e não passando ferias com os galãs da sua infância.

Ele mau tinha terminado de falar quando recebeu um soco que o jogou para o alto. Caius deu um mortal no ar para cair de pé. Ele segurava o queixo. Mort apareceu em sua frente, seu cabelo nunca ficou tão prata, e o segurou pela gola da camisa. Caius parecia atordoado demais até para se mexer.

– Nunca mais ouse questionar o amor e o respeito que eu tenho por Salazar. - Mort cospe as palavras.

Caius arranca a mão de Mort. Ele não diz nada e os dois continuam se encarando. Taro vai até os dois e os toca nos ombros.

– Ei, vamos baixar a bola, brigar não vai ajudar em nada. - tenta acalmar os ânimos, é em vão - Hey, todos sentimos a falta do platina, lembram? Todos.

– Então porque não cuidamos dele? - pergunta Caius entredentes. Mort e ele ainda se encaravam.

Agora era a vez de Ágata tentar ajudar.

– Ela tem razão, Caius. Não podemos colocar em risco a dimensão. - diz Ágata puxando o braço dele, mas ele continua parado. - Por favor, amor. - ela pede puxando o braço dele de novo, dessa vez ele a olha. Ágata sustenta o olhar até que ele relaxa.

Mort se afasta e cai sobre terraço um silêncio tenso. Após algum tempo Caius a chama, ele parecia arrependido.

– Mort?

– E sei, está tudo bem. - ela o corta. Silêncio de novo.

– Trouxemos o que pediu - anuncia Geórgia desaparecendo de mãos vazias e aparecendo de novo ao lado de Mort segurando uma maletinha retangular preta.

Mort pegou a maleta, levou para nossa "mesa de jantar" e abriu.

Dentro dela tinha um laptop pequeno e fino, alguns fios enrolados, um estojo preto, uma placa que eu não sabia o que era e um monte de caixas. As caixas eram pequenas e brancas, com o símbolo da ALFA pintado de prata, dourado e bronze, elas tinham o tamanho parecido com as caixas de calculadoras e tinham coisas escritas à caneta.

– Porque pediu para trazer isso? - pergunta Geórgia que estava sentada

– Antes de Sal sumir nós estávamos criando os novos IDphones. - ela responde enquanto ligava o laptop.

– Pra que novos? Esses aqui não tem nenhum ano. - Diz Taro

– Esses tem algumas falhas.

Mort pegou seis caixinhas e deixou-as separadas.

– Os seus IDphones. - ela pede e todos os viajantes pegam seus celulares - Nessie, trás para mim por favor - me pede e eu pego os quatro celulares.

– E o de Sal? - Ágata pergunta.

– Eu já peguei o dele. Não esta funcionando por causa dos Avadas. - responde Mort

Então ela começa a mexer nas coisas. Ela liga a placa ao laptop, pega seis caixinhas e tira delas seis celulares transparentes com as bordas brancas, os conecta na placa e os ativa digitando uma serie de números e letras.

– Pronto. - Mort diz desconectando os IDphone e jogando um para cada Viajante. Na mão deles as bordas mudavam de cor - Eu arrumei algumas coisas neles e adicionei programas, o design veio dos primeiros IDphones que, para os que não sabem, eram só pedaços de vidro com tinta que mostravam a direção para que os primordiais achassem os portais para a ALFA.

– Então os novos telefones vieram dos mais antigos? - Taro pergunta sorrindo

– É. - afirma Mort - Como podem perceber a cor da borda vai mudar dependendo de seu gosto. Eles também são mais resistentes, nada, nem mesmo Avadas, podem quebra-los

– E o motivo é o Sal. - diz Geórgia

– Salazar é sempre o motivo.

[...] DOIS MESES DEPOIS

MORT

É se passaram dois meses. Amizades mais que verdadeiras foram criadas, paixões secretas esquecidas (ou quase esquecidas), paixões secretas criadas...

Cada momento junto com Nessie, Percy, Nico e Annabeth me fizeram gostar mais ainda deles.

Nico e Nessie se tornaram melhores amigos. Nessie não desconfiava que Nico gostava dela e nem vice versa.

Percy e Annabeth estavam curtindo muito o momento "não preciso me preocupar com um monstro tentando me matar"

Nico tentou ensinar Nessie a lutar com espadas, mas acabou que ela é melhor adagas, Annabeth que dá aulas para ela.

Nada de muito especial aconteceu nesses meses, e isso me enlouquecia.

Eu passava a noite inteira e parte da tarde acelerando o processo de cura do Sal e cada dia mais falta eu tinha dele.

Meus irmãos não nos visitaram mais, era perigoso para a dimensão e eu tenho saudades deles também.

Harry foi embora uma semana depois de chegar e Draco um mês depois. Eu também tenho saudade deles.

Simplificando: Eu estava um poço do tamanho do tártaro cheio até a borda de saudade.

Argh! Estou sentimental. ECA ECA ECA.

São três horas da tarde e estou cuidando de Sal.

Cada dia que se passou eu sentia ele mais fortemente, hoje parecia que ele estava de volta, acordado e bem, entretanto seus olhos não se abriam. Não ainda, pelo menos.

Cuidei dele por mais duas horas, então Morgana nos chamou para jantar, o que era comum já que Alessandra é uma velha mal comida que insiste em promover esses jantares estúpidos, rejeitei o convite, Nico que quis saber o motivo e eu respondi sorrindo:

– Acho que Sal pode acordar.

– Sério? - Annabeth pergunta e eu aceno rindo

– Quando? - Nessie pergunta

– Talvez na próxima hora - respondo.

Eu simplesmente não podia acreditar que ele ia acordar... Quer dizer sim, sim eu podia, queria e precisava acreditar pois ele ia acordar e eu ia descontar todos os seis meses de saudades que eu tive dele.

Voltei para perto de Salazar e sentei ao seu lado na cama, Nessie, Nico, Percy e Annabeth esperavam sentados na cama dos PERCABETH observando de longe.

Respirei fundo, mesmo depois de dois meses ainda doía olhar em seu rosto desacordado.

Seu cabelo preto estava uma bagunça total, sua pele estava branca como papel, ele vestia as mesmas roupas de quando ele partiu da ALFA (camiseta, calça e coturnos pretos). Talvez fosse minha cabeça tentando ver o que eu queria, mas parecia que ele estava mais vivo.

Eu derramava lagrimas sem parar, mas não soluçava. Não gostava de soluçar.

Salazar não respirou durante os dois meses que estive aqui e vocês não sabem o que eu senti ao ver ele puxando e soltando o ar.

Peguei sua mão, a ansiedade não cabia dentro de mim, usei meus poderes mais uma vez, sabia que seria a última, para acelerar o processo de cura.

Então seus olhos se abrem.

Pratas e lindos.

Ele pisca e se senta com tudo. Estava confuso e tremia. Aperto sua mão para conseguir sua atenção e consigo. Ao me ver ele relaxa, sua respiração ainda esta acelerada, mas vai se acalmando. Nos encaramos por um tempo.

Sorrio entre as lágrimas que ele lentamente secou com a mão esquerda.

– Você esta bem? - pergunto num sussurro

Ele acena levemente com a cabeça e diz com a voz fraca:

– Só estou com sono.

Não consigo reprimir o soluço ao ouvi-lo.

– Então dorme. - digo e fecho os seus olhos.

Um pequeno sorriso se abre em sua boca enquanto eu o empurro delicadamente para os travesseiros.

Não vou dizer que esse foi nosso reencontro, amanha de manhã quando ele acordar provavelmente nem se lembrará de agora. E amanhã eu teria um reencontro verdadeiro, banhado à beijo e socos, porque ele me paga por ter me feito passar por tudo isso.

Seis meses, gente! Seis meses!

Seis meses de preocupação e saudade. Seis meses sem sorrisos de lado que me fazem derreter. Seis meses sem ele para curar meu mau humor com um comentário besta. Seis meses sem brincadeiras idiotas. Seis meses sem dormir sobre seu peito. Seis meses sem um carinho na bochecha. Seis meses me sentindo a pessoa mais sozinha do Mapa Dimensional.

Salazar sempre foi muito protetor comigo e ficar sem ele me deixou frágil. Eu não podia ser mais grata por Poseidon ter feito Percy e os outros virem comigo e Edward e a Bella por terem deixado a Nessie vir, pois eu não aguentaria a barra de cuidar de Sal por esse tempo todo

Sim, eu sei que a culpa não é de Salazar. Mas eu me senti um nada sem ter ele por perto. Vid costuma dizer que cinquenta por cento de Salazar sou eu e cinquenta por cento de mim é o Salazar, só depois dele sumir que eu fui entender que ela tinha razão. Nós fomos o ultimo casal de viajantes à começar namorar e mesmo assim sempre fomos os mais unidos, nunca tivemos uma única briga séria.

Agora sentia raiva e felicidade. Não raiva e felicidade dele, mas pelo tempo que fiquei sem ele e por saber que ele estava de volta.

– Ele esta bem? - Ouço alguém perguntar

Com um sorriso enorme eu aceno.

[...] NO OUTRO DIA DE MANHÃ

PERCY

Quando acordei, Annabeth, Nessie e Mort não estavam no terraço então elas deviam ter ido buscar comida. Nico dormia e Salazar também.

Era estranho saber que Salazar ia acordar depois de tanto tempo e eu sabia que mesmo Mort não demonstrando ela estava muito feliz por isso. Ontem depois de Salazar acordar ela foi ao banheiro dizendo que ia tomar um banho, não vi ela voltando para cima.

Me levantei e estava à caminho do banheiro quando quando ouço um muxoxo, olho em volta e vejo Salazar se sentando. Ele segurava a cabeça e tinha os olhos apertados, como se sua cabeça doesse. Me aproximei dele.

– AH! Que dor de cabeça! - ele reclama

– Pela sua cara você deve estar mesmo. - digo

Ele abre os olhos e um segundo depois eu estava sendo segurado pelo pescoço á trinta centímetros do chão. Eu não conseguia respirar e nem sabia quem estava me segurando. Embora achasse que fosse Salazar não podia imaginar um motivo para ele me atacar. Tento me soltar e consigo olhar quem me segurava. Era Salazar. Ele me erguia só com uma mão. Seu cabelo estava prata como o de Mort quando ficava com raiva.

Eu socava seu braço, mas ele nem diminuía o aperto só aumentava. Tentei dizer que era amigo, mas eu não tinha oxigênio para formar o som de uma letra.

Quando eu estava a ponto de desmaiar ouço um grito.

MORT

Eu tinha teletransportado junto com Nessie e Annabeth (depois de dois meses ninguém se importava mais) no terraço depois de buscar o café quando me deparo com uma cena inacreditável. Sal segurando Percy pelo pescoço.

– SAL, NÃO! - grito. Deixo cair toda a comida que segurava e corri. Puxei o braço de Sal, ele solta Percy e me empurra, sou jogada para trás até bater na muretinha do terraço. Não doeu, mas magoou. - Sal? - pergunto

Ele olha para mim e fica boquiaberto.

– Mort? - ele pergunta confuso antes de correr até mim. Ele apoia um joelho no chão e me puxa para perto. - Estressadinha, me perdoe - ele se desculpa - Eu não vi que era você.

– Tudo bem - digo me sentando - Mas confesso que esperava um reencontro mais romântico depois de seis meses. - falo de mau humor

– Seis meses? - ele me pergunta

– É, Salazar, seis meses. - respondo

– Mas... - ele parecia bem confuso - Mas eu te vi antes de ontem.

...

– SÓ PODE SER BRINCADEIRA! - grito - Quer dizer que eu fiquei seis meses sem você e você não se lembra de nada? Nada? Eu vou te matar! - ameaço e começo a dar socos nele, ele segura minhas mãos e diz:

– Antes de você me matar, pode me dizer porque você ficou sem mim por seis meses? - ele pergunta me fazendo esquecer de toda a raiva.

– Por que você sumiu! - Grito, e depois meus olhos ficam cheios de água - Você tinha ido para aquela maldita dimensão para ajudar Àg e Caius, passou em Panem e depois veio para cá, aqui você fez o favor de receber 20 Avadas Kedavras. - Dou uma pausa e depois continuei - Ficamos te procurando por quatro meses, Sal! Até que eu te achei aqui e desde então estou acelerando o processo de cura.

Eu chorava muito. Meu noivo estava aqui bem na minha frente e eu chorava.

– Mort, me perdoa. - ele repete - Me perdoe, me perdoe - então me abraça. É tão bom abraça-lo! Ele afasta meu rosto e continua - Eu não podia ter feito isso com você. Eu tinha que estar contigo. Você não merecia isso. Eu tinha que cuidar de você, não o contrario. Agente mal virou noivos e eu su... - ele não termina por que eu o beijo.

Ele segura minha cintura com força e eu agarro seu pescoço como um bote salva vidas. Não importava se toda a dimensão explodisse, porque Sal estava na minha frente e eu o beijava. O pesadelo acabou, tudo estava bem e nada podia nos atrapalhar. A não ser....

– Oie! Ainda estamos aqui. - Diz Percy interrompendo esse bendito momento!

– Você atrapalhou? - pergunta Sal incrédulo

– Você atrapalhou? - repito a pergunta e Percy dá um passo para trás. Me levanto. - Perseus Jackson, eu vou matar você! COMO VOCÊ ATRAPALHA UM MOMENTO DESSE?! EU DEVIA CORTAR SUA CABEÇA E COLOCAR DE TROFÉU EM MINHA CABECEIRA! COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO, SEU PLÂNCTON MALDITO?! SABE À QUANTO TEMPO EU ESTOU ESPERANDO PELO BEIJO DO MEU NOIVO?! EU DEVIA MATAR VOCÊ AGORA MESMO!

Percy estava de olhos arregalados.

– Anh... Annabeth? - ele chama a namorada - Vamos dar um passeio? - ele pergunta, pega a mão dela e corre para a escada. Nico e Nessie vão atrás.

Depois deles saírem olho para Sal. Ele estava em pé com aquele sorriso que me faz derreter.

– Onde estávamos? - ele pergunta e volta a me beijar.


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