Kurt Hummel, O Mediador. escrita por BabyMurphy


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

hello bitches, cá estou. Espero que gostem da nossa convidada especial. :D
enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401930/chapter/12

12

– Blaine, você não pode chamar o cachorro de Ariel. – Digo o encarando.

Na última semana, após as aulas terem recomeçado, eu encontrei o fantasma de um menininho. Ele devia ter uns 7 ou 8 anos quando passou dessa para a melhor. Ele continuava aqui porque sua família deixou o cachorro para trás quando se mudou. Ele pediu para que eu tomasse conta e assim o fiz. Mas meus planos eram leva-lo para um abrigo, deixa-lo com outra pessoa, porém está sendo difícil convencer uma certa criança.

– Por que não? – Blaine arqueou uma sobrancelha.

– Primeiro porque o cachorro é macho e Ariel é nome de mulher. – Ele começou a acariciar o cachorro e eu reviro os olhos. – Segundo, não vamos ficar com ele.

– Hã? – Blaine deu um pulo e veio na minha direção.

– Já disse antes, não vamos ficar com ele. – Me virei para terminar de arrumar a cama.

– Mas por quê? – Blaine tinha a voz manhosa. – Eu nunca tive um cachorro.

– Não adianta fazer bico. – Ri ao meu sua frustração. – Girafa é alérgico e não posso tomar conta dele.

– Eu cuido dele. – Ele abre um sorriso enorme.

– Ah claro, vai ser super normal ver um pote de ração flutuando por aí. – Começo a rir, mas ele fecha a cara e volta a se sentar na janela.

Fico o olhando, rindo, enquanto ele acaricia Ariel, emburrado olhando pela janela.

– Rachel está para chegar e ela não sabe sobre você, obviamente. – Começo colocando alguns cobertores no sofá-cama posto no meu quarto para Rachel.

– E daí? – Pergunta ele irritado.

– E daí que ela vai se trocar aqui, então você terá de sumir enquanto ela estiver aqui. – Assim que termino me viro para ele e encontro um Blaine pasmo.

– O que? – Ele fala alto demais. – Argh.

– Para de resmungar um pouco, tudo bem? – Começo a rir. – Parece um velho.

– Não sou velho, só tenho 150 anos. – Ele cruza os braços e começo a rir mais ainda.

– Tudo bem, vovô. Estou indo buscar ela agora, não esteja aqui quando voltarmos. – Sorrio e me aproximo dele.

– Tudo bem. – Estou preste a beijá-lo quando ele desaparece.

– Muito engraçado, Blaine Anderson. Agora sim não ficamos com o maldito cachorro. – Olho para Ariel, sentado na janela com cara de poucos amigos.

– Quer dizer que tem chances de ficarmos com ele? – Ele aparece atrás de mim.

– Interesseiro. – Ele me da um selinho e some de novo, o sorriso estampado em seu rosto.

Cheguei ao aeroporto atrasado, como de costume. O avião de Rachel recém tinha pousado. Corri até o desembarque e consegui chegar antes de ela sair. Ela estava com sua mala cor de rosa, saia xadrez, suéter de rena e meias compridas. A mesma Rachel de sempre.

Tentei recuperar o fôlego antes de ela vir me encontrar, mas podemos dizer que a baixinha corre bastante.

– KUUUURT. – Ela larga a mala no chão e pula em cima de mim.

– Rachel. – Ficamos abraçados por um bom tempo.

– Chegou atrasado, não é? – Ela me solta e me encara, com a mão na cintura.

– Claro que não, eu nunca me atraso. – Digo sério e ambos começamos a rir.

Pego sua mala e começamos a nos direcionar até a saída. Ela começa a falar de como New York continua impecavelmente linda. E começa a reclamar de quão limpa a Califórnia é.

Ela liga o radio e começa a cantar, e não para de me incomodar até que eu a acompanhe. Quando pego o embalo da música e fico completamente tomado pelo ritmo, começo a gritar a letra, mas sem desafinar.

– Sua voz é linda, ma belle. – Não precisei virar para trás para ver quem estava ali.

Pisei no freio por reflexo e se Rachel não estivesse de cinto ela teria voado longe. Coloco a mão sobre o peito e minha respiração fica acelerada.

– O que foi, Kurt? – Rachel desliga o carro e me olha assustada.

– Nada. – Olho pelo espelho e vejo Blaine rindo e em menos de dois segundos ele desaparece. – Só vi um esquilo passando na estrada, não queria atropelar ele.

– Nossa, acho que você conseguia uma desculpa melhor. – Rachel liga o rádio e se volta para frente no mesmo momento que retorno para a estrada.

Chegamos em casa em menos de meia hora. Blaine não deu o ar da graça pelo resto do caminho. Pego a mala de Rachel enquanto ela se direciona para a porta de entrada. No momento em que ela coloca a mão na maçaneta a porta se abre.

– Ai. – Diz ela colocando a mão na testa.

– Tudo bem? – Pergunta Girafa.

– O que você acha? – Ela passa por ele e entra em casa.

– Ótima boas vidas. – Digo passando por ele, que ficou perplexo em frente a porta.

– Ótimo cachorro. – Ele gira as chaves do carro nos dedos e saí de testa franzida.

Rachel cumprimenta meu Pai e Carole na cozinha enquanto eu subo com sua mala, que a proposito está muito pesada. Arrasto ela escada acima e coloco ao lado de sua cama provisória.

– Se fizer aquilo mais uma vez, Anderson, vai ser eu quem vai te mandar pro outro lado. – Digo com os dentes cerrados.

– Você não aguentaria viver sem mim. – Ele aparece sentado na janela, sorrindo.

– Não se convença tanto disso. – Digo lhe encarando.

– O que foi? Eu não fiz nada errado, só disse que tem uma voz bonita. O que é verdade. – Ele da de ombros e sorri.

– Kurt? Qual é o seu quarto? – Ouço a voz de Rachel.

– Ela está vindo, é melhor ir. – Sussurro para Blaine – Eu chamo quando puder voltar.

– Quanto tempo ela vai ficar aqui? – Blaine pergunta acariciando Ariel.

– Uma semana. – Olho para a porta.

– UMA SEMANA? – Blaine grita.

– Uma semana, agora vai. – Ele desaparece resmungando alguma coisa. – Aqui Rachel, última porta. – Grito e ela aparece.

– Você estava falando com alguém? – Ela senta no sofá-cama designado para ela.

– Não. – Sorrio e sento ao seu lado.

– Você é estranho, Hummel, vive falando sozinho. – Ela sorri e pega uma carta. – Aqui, pra você.

– O que é isso? – Seguro a carta que parece uma peça de um baralho de tarô.

– Lembra daquela vez que fomos em uma cartomante, e ela tirou uma carta dizendo que você era – Ela respira fundo e diz com uma voz sinistra – condutor de almas.. uuuuuuh. – E começa a rir.

Lembro, é claro que lembro. Não fazia muitos anos que havia me especializado nesse negocio de mediação quando fomos nessa cartomante, porque Rachel queria saber se seu futuro seria brilhante como uma estrela da Broadway. Mas no fim ela insistiu tanto que acabei entrando na onda, e a carta tirada foi essa.

Arcano Nove: O eremita, a nona carta do tarô, guia as almas dos mortos para além da tentação das fogueiras ilusórias ao lado da estrada, de modo que possam ir direto ao seu objetivo mais elevado.

Isso estava escrito atrás da carta que Rachel me entregou. Olhei fixamente para a carta enquanto Rachel olhava fixamente para mim.

– Você sabe que sou sua melhor amiga, não sabe? – Olho para ela e confirmo com a cabeça. – Às vezes eu acho que você fala mesmo com fantasma, vive falando sozinho, não tem outra explicação.

Sorrio sem graça.

– Tá maluca, Rachel? – Minha voz sai mais fina do que o comum.

– Você é um péssimo mentiroso. – Ela se levanta rindo e vai para o banheiro.

– Eu concordo com ela. – Blaine aparece do meu lado. – Péssimo mentiroso. – Começa a rir e some assim que o encaro.

Porém, por impulso eu sorrio, pois eu seu que é verdade. Sou um péssimo mentiroso. Mas ao mesmo tempo estou nervoso, com medo de Rachel descobrir realmente a verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
O que acham, Ariel deve ficar?
Rachel vai acreditar se o Kurt contar a verdade?
Blaine vai deixar de ser convencido?
Tudo isso, antes de sábado. xoxo'