Ferris Bueller's Back To The Future escrita por Madonna Of The Wasps


Capítulo 4
Capítulo 4




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Escoltados por capangas de Don Bartoli, Marty e Ferris foram trancados em um quarto, com duas camas e um pequeno guarda-roupa embutido. Até acharem que estes estavam longe o suficiente, Marty ficou vermelho de raiva, e quase avançando para cima de Ferris, gritou:
- VOCÊ ENLOUQUECEU?!
O rapaz, que estava calmo sentado em uma das camas, respondeu com a maior arrogância:
- Ora, "Tommy" - Enfatizou o nome falso de Marty, debochando. - Estaria morto há uma hora se eu não tivesse os convencido.
- Não, eu estaria viajando no tempo tentando achar o Doc!
- Isso se aquelas malucas não estivessem o sufocando...
"Tom Hagen" estava por um fio de dar uma surra em "Michael Corleone", mas procurou se acalmar.
- Por que eu tenho que ser o Tom? - Perguntou, indignado.
- Acho que devia ter dito que você era o Fredo mesmo... - Ferris respondeu, enquanto se deitava para dormir. - Boa noite.
Marty sentou-se na outra cama, observando o jardim da mansão pela pequena janela do quarto. Um grupo de gângsters saíra, levando algum outro pelos braços, sangrando. Este tinha com uma sacola de papel na cabeça e as mãos atadas. Os gângsters o sentaram no chão, sacaram suas metralhadoras, e um começou à dizer coisas em italiano, coisas que Marty achoy melhor não ter entendido. Afastou-se rápido, temendo que o vissem, escutando múltiplos tiros em seguida. Definitivamente não dormiria naquela noite.
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Pasmos, Cameron e Sloane foram até a inesperada locomotiva, aonde duas figuras saíram.
- Verne, nunca mais te deixo pilotar a máquina do tempo!
- Mas Júlio, isso foi muito legal! Nem vem!
Enquanto os irmãos Brown começavam a discutir, Sloane reparou as mesmas marcas de fogo no chão.
- Mas são só garotos... - Cameron não podia acreditar no que estava vendo. - Só pode ser um sonho. Um sonho.
- Cam, olha isso, são as mesmas marcas... Tenho certeza que eles estão envolvidos nessa história.
Sloane olhou para os dois, que não paravam de discutir.
- Vocês dois! - Gritou. - Aonde está Ferris?
Os dois pararam, e Júlio, procurando bancar o mais "civilizado", mexeu nas mangas de suas roupas e respondeu:
- Perdão senhorita, desconheço este tal de Ferris, tampouco sei sobre seu paradeiro.
- E isso não é uma máquina do tempo! - Verne acrescentou inocentemente, levando um chute discreto de seu irmão.
- Máquina do tempo?! - O rapaz de perdidos olhos azuis ainda não se dera totalmente conta da situação. - Isso é uma piada né, por favor, diga isso...
Os dois meninos, para desesperança de Cameron, não tiveram uma reação positiva.
- Acho que vocês sabem de algo... - Júlio falou, observando-os melhor. - Venham conosco.
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- Buongiorno, raggazi!
Marty levantou completamente grogue pela falta de sono, enquanto Ferris acordara completamente feliz e revigorado.
Quem os acordara foi a empregada. Uma idosa descendente de italianos, de um jeito bondoso demais até para quem estava trabalhando na mansão de uma máfia.
- Bom dia. - Ferris disse, logo olhando para Marty. -Tommy, você está péssimo. Senhora, hm...
- Lady Adami.
- Isso. Poderia dar um banho em meu "priminho querido"? Acredito que vá ajudá-lo a acordá-lo.
Marty ficou pasmo, respondendo que não precisava, mas a governanta o arrastou para fora do quarto até o lavabo. Marty não parava de se espernear e gritar pelos corredores, passando por um senhor que o observou com um olhar tenso. Este foi até o quarto aonde estava Ferris, ainda sentado na cama.
- Privetstviya, senhor Corleone. - Disse, com um forte sotaque russo.
- Soviético? - Perguntou, levantando a sobrancelha de um modo irônico.
- Eu ter fugido da URSS. Aqui ser grande alfaiate de Don Bartoli. Eu ser Dmitri Scherbitsky.
- Certo... Então veio tirar minhas medidas?
- Sim. Você levantar, pozhaluysta.
Enquanto "Michael Corleone" se ajeitava, o alfaiate colocava um suporte para livros e uma revista de peças de roupa para escolher.
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Após todos entrarem na locomotiva, Júlio explicou toda a história das viagens no tempo, como uma história que seu pai, Doutor Emmett Brown, contava para os filhos todas as noites. Também explicou que ele havia desaparecido misteriosamente há tempos, o que preocupou os garotos. Júlio sabia que seu pai havia reconstruído o DeLorean, e para garantir, implantou um rastreador secreto no veículo, o que os trouxera para Chicago.
- Então foi isso que aconteceu com Ferris e aquele cara... - Sloane comentou, pensativa. - Mas para que época eles foram?
- Este é o problema. - Júlio acrescentou, mexendo em sua invenção. - A última viagem detectada fora aqui. Não tenho ideia de onde estejam.
Ela ficou arrasada ao ouvir tal resposta, chorando e abraçando Cameron. Os dois irmãos Brown ficaram intrigados, com pena da moça, especialmente Verne. Tentado a achar uma solução, chamou Júlio para conversar em partcular.
- Júlio, por que não procuramos o papai no futuro?
- Verne, não seja insensato. Não sabemos nem se ele realmente está lá.
- Mas e se ele estiver? O que temos a perder?
- Ora, nada!
- E se ele estiver lá, ele pode nos ajudar a achar Marty e o amigo daqueles dois!
- Isso é loucura! - Exclamou alto o suficiente para Cameron e Sloane ouvirem.
- O que é loucura? - Ela perguntou, enxugando algumas lágrimas.
- Perdão madame, meu irmão insensato acha que nosso pai está no futuro e que ele vai nos ajudar a achar Martin e o amigo de vocês. Sugiro não dar ouvidos a ele, é o menos esperto da fa...
- Cala a boca Júlio!
Verne já estava quase avançando para cima do irmão, até que Sloane separou os dois e começou a falar:
- Parem! Verne, sua teoria parece interessante. E acho que é uma oportunidade única viajar no tempo. Eu topo.
- O quê?! - Cameron quase surtou. - Ah não, de jeito nenhum. Eu não vou viajar pra sabe-lá-Deus-onde com esses malucos!
- Concordo. - Júlio acrescentou, com um grande ar de superioridade.
Verne, cansado daquela história, saiu correndo até o painel da máquina do tempo e ligou os propulsores.
- Eu vou é embora daqui! - Cameron correu até a porta, mas a locomotiva já estava no ar, preparada para percorrer 88 milhas e viajar no tempo. - SOCORRO!
Em pânico, desiquilibrou-se, quase caindo.
- Cam! - Sloane correu, puxando seu braço para evitar o desastre.
Enquanto isso, Júlio lutava com Verne pelos controles da máquina, mas o caçula era persistente e não desistiria tão fácil. A locomotiva inclinou-se para frente durante a briga, o que fez Cameron cair de volta para dentro do veículo. Estava completamente arrepiado.
- Você... - Respirou fundo, olhando para Sloane. - Você me salvou.
- Você também. - Ela sorriu, logo voltando sua atenção para os irmão brigões. - Parem com isso! Nós vamos sim viajar no tempo!
Enquanto Júlio estava distraído, Verne acelerou, fazendo a máquina sumir no ar, deixando as mesmas marcas de fogo.
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Marty voltava para o quarto, já com roupas da época, encontrando Ferris com roupas iguais as do próprio Michael Corleone, incluindo o chapéu.
- Alguém era muito fã de O Poderoso Chefão... - Começou, em tom de piada. - Antes mesmo de ser filmado ou escrito, para saber todo o figurino do Mikey.
- Um alfaiate russo as costurou para mim. - Respondeu, todo cheio de si. - E esses seus trapos?
- Roupas do falecido marido de Lady Adami. Agora, "Padrinho", qual o seu plano para pegarmos o DeLorean e fugirmos daqui?
- Ora, Marty, isso aqui é o lar de mafiosos! Acha que não estão vigiando aquela lata-velha agora?
- Então passamos por tudo isso pra nada?
- Claro que não, vamos dar um jeito.
- Pelo amor de Deus, Ferris, acha que tudo tem saída para você! Não é tão fácil assim!
- Veremos...
Discutiam incessávelmente, até que Lady Adami chegara em seus aposentos.
- Signor Corleone e Signor Hagen! - Avisou, cumprimentando-os de longe. - Don Bartoli pediu para os levar até seu escritório.
Os dois concordaram, mas Marty não teve um bom pressentimento sobre isso.
Passaram pelo saguão, cheio de artigos interessantes. Várias cópias de grandes obras renassentistas italianas, incluindo a estátua do Rei Davi feita por Michelangelo e um desenho envolvido em vidro do Homem Vitruviano de DaVinci.
Ferris, impressionado com as obras, mal percebeu aonde estava indo até que deu de cara com alguém, fazendo a pessoa cair no chão.
- Desculpe! - Disse, estendendo sua mão.
Levantou a cabeça ruiva, e era uma linda garota, aparentemente de sua idade. Ferris perdeu suas palavras, mas ela estava enfurecida, e grosseiramente se levantou, indo embora.
Encucado, e tentando lembrar-se de Sloane, Ferris voltou a acompanhar Marty e Lady Adami até o escritório de Don Bartoli. Chegando lá, dois capangas com um olhar rude guardavam a porta, parecia que nunca deixariam ninguém entrar, nem passando por cima de seus cadáveres. Mas ao avistarem "Michael Corleone" e "Tom Hagen", abriram a porta ligeiramente, escoltando-os até a presença de seu superior.
- Ah, ragazzi... - Disse alegremente, fumando um charuto. - Espero que tenham gostado de nossa hospitalidade.


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