A Luz E A Escuridão escrita por Madame Baggio


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários!!!

Estamos cada vez mais perto do fim. Que dor no coração...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401408/chapter/14

A viagem até Alghero fora dolorosamente curta. Menos de uma hora separavam Porto Torres do destino final daquela jornada.

Dumbledore tinha fornecido a eles o endereço de seu amigo, um tal de Marius Scott. Ele era suspostamente um estudante de alquimia e um amigo de longa data de Albus que poderia cuidar das garotas.

No silêncio sufocante do carro James ponderava que ninguem poderia cuidar dela melhor que eles. Afinal, o tal Marius não estivera la em nenhuma das vezes na qual eles foram atacados e tiveram que lutar. Os marotos tinham provado que eram capazes de proteger as duas.

Mas isso também era apenas um desejo de James de manter Lily por perto, apesar da ruiva ter sido clara no fato de que não correspondia seus sentimentos. É, doiá um pouco. Tudo bem, talvez mais que um pouco, mas ia passar. Tinha que passar ou seria terrivelmente injusto.

Quem disse que o mundo era justo, né?

Ele sabia também que Remus devia estar pensando mais ou menos nas mesmas linhas, mas ao contrário de James era bem capaz que o outro maroto nunca agisse de fato nos seus sentimentos, não há sério. Porque James conhecia o amigo bem o bastante para saber o que estava passando na cabeça dele no momento. Remus estava provavelmente estava se falando para deixar em Samantha em paz por ser um lobisomem e mais nenhuma razão. Infelizmente para Remus isso sempre era mais do que razão o suficiente.

–Nós chegamos. –Sirius, que estivera no volante, declarou.

Todos levantaram seus olhos e olharam enfeitiçados para a casa diante deles.

Marius tinha uma legítima villa italiana, passando pelos portões altos eles seguiram pelo caminho de pedras brancas cercado grama e arbustos cortados em perfeita simetria. A casa em si era enorme, pintada de um tom vermelho queimado e cheia de janelas. Antes mesmo de eles pararem o carro já havia um figura esperando por eles a porta.

Eles desceram do carro em silêncio e caminharam até a entrada da casa onde um homem que parecia estar na casa dos setenta e muitos, apesar de ainda ter uma postura firme e ser alto, esperava por eles. Com certeza tinha sido um homem extremamente bonito quando jovem, ja que nem a idade avançada roubara seu charme. Os olhos eram tão verdes quanto os de Lily e suas roupas pretas de extremo bom gosto só o faziam ainda mais interessante.

–Eu suponho... –ele falou abrindo um sorriso –Que as duas belas jovens sejam Samantha King e Lily Evans. Bem vindas a minha villa.

Samantha e Lily não conseguiram não sorrir, diante das boas vindas.

–Eu sou Marius Scott. –ele falou quando as duas se aproximaram mais, então segurou uma de mão de cada uma –Mas por favor me chamem apenas de Marius.

–É um prazer, Marius. –Lily falou.

–O prazer é todo meu, acreditem! Na minha idade e com essa casa enorme é fácil ficar solitário, mas agora eu terei não apenas uma, mas duas jovens adoráveis para me manterem companhia.

Eles trocaram sorrisos cúmplices de novo. Era como se ja se conhecessem desde de sempre.

–Ah e vocês devem ser os bravos Aurores que acompanharam nossas damas. –ele se virou para os marotos –Muito obrigado mesmo.

–Foi um prazer para nós, senhor Scott. –Remus falou educado.

–Eu ja disse que é apenas, Marius! –ele falou rindo –Algum problema no caminho até aqui?

–Nada. –Sirius garantiu –Tudo tranquilo.

–Vocês vão ficar para jantar conosco, não?

–Não. –James disse antes que alguem pudesse falar qualquer coisa –Nós estamos com certa pressa e já que estamos pretendendo sair da Itália por meios trouxas nós vamos ter que nos apressar.

–Que pena. –Marius falou, claramente descontente com a ideia.

E apesar de ficar claro que nenhum dos marotos concordava, nenhum deles disse nada também.

Peter foi o primeiro a se mexer. Ele deu um passo para frente, em direção as meninas.

–Foi muito legal passar o tempo com vocês. –ele falou, levemente corado –Quando vocês voltarem a Inglaterra venham nos ver.

Lily sorriu e abraçou o maroto.

–Com certeza, Peter.

–Continua mantendo eles na linha, porque obviamente o Lupin não tem mais essa capacidade. –Samantha falou, também abraçando-o.

Peter sorriu e se afastou, dando espaço para Sirius, que não perdeu um segundo em abraçar Samantha e tira-la do chão.

–Se cuida, baixinha. –ele murmurou contra o pescoço dela.

–Deixa comigo, Morfeu. –ela retrucou, abraçando-o com força também.

Então Sirius colocou Samantha no chão e levantou Lily.

–Se cuida, ruiva. E não deixa a Sam te corromper muito.

Lily deu uma risada chorosa.

–Eu vou tentar.

Quando Sirius se afastou foi Remus quem abraçou Lily.

–Se cuida, Lily. –ele falou sorrindo.

–Você também, Remus. –então ela se inclinou e falou na orelha dele –E você tem minha permissão pra beijar a Sam de novo.

Remus riu baixinho e virou-se para Samantha.

–Sam...

Mas antes que o maroto tivesse a chance de falar qualquer coisa a morena ja tinha agarrado a gola da camisa dele, o puxado para perto e colado seus lábios nos dele.

Foi um beijo doce e terrivelemente curto.

–Se cuida. –ela falou, depois de se separar dele –E cuida do Sirius, não esquece de dar ração pra ele e leva-lo pra passear.

Remus segurou o rosto de Sam entre suas mãos de forma delicada e então beijou-a mais uma vez.

–Eu vou sentir sua falta.

Samantha, que ja tinha os olhos alagados por lágrimas, apenas fez que sim com a cabeça.

Antes que ela fizesse algo idiota, tipo chorar, Samantha se virou para James.

–E você... –ela respirou fundo –Larga a mão de ser uma diva, corta esse cabelo e vira gente!

James riu baixinho e abraçou a morena.

–Eu também gosto de você, sua louca. –ele murmurou só pra ela ouvir.

–É, mas você gosta mais da outra louca. –ela respondeu, apertando-o mais.

James soltou Samantha e se virou para Lily.

–Tchau, Lily. –ele sorriu levemente.

–Tchau, James. –ela falou e uma lágrima escorreu pelo rosto dela.

James enxugou delicadamente a lágrima com seu dedo e abraçou a ruiva, apertando-a contra si.

–Obrigada por tudo, James. –ela falou abraçando-o de volta, apertando contra si.

–Eu vou esperar, Lily. –ele falou contra o ouvido dela –Até você poder sair daqui, até a gente se ver de novo, até você resolver me amar também.

Ele apertou Lily mais uma vez antes de solta-la. James deu um último sorriso a ruiva.

–Tchau, meninas.

Os marotos começaram a se afastar. Marius suspirou.

–Odeio despedidas... Bom, vamos entrar, vocês devem estar muito cansadas depois de tantas aventuras e brigas por ai. Vamos conhecer a casa?

Lily e Samantha tentaram sorrir, mas era preciso esforço demais, então elas apenas fizeram que sim com a cabeça.

XxX

–Eu adorei esse quarto. –Lily comentou, se jogando na cama macia –E você, Sam? Gostou do seu quarto?

Silêncio foi a única resposta de Lily.

–Sam? –ela levantou e olhou a amiga que estava olhando pela janela -Samantha? Você está bem?

Sam balançou a cabeça, como se estivesse acordando de um transe.

–O que foi que você perguntou? –a morena perguntou.

Lily deu um sorriso triste.

–Você está pensando no Remus? –ela perguntou de forma compreensiva.

Samantha olhou para a ruiva confusa.

–Remus? Não, não. Na verdade é outra coisa. –ela falou.

–O que? –Lily perguntou curiosa.

–Eu não sei exatamente. –Sam bufou frustrada –Mas tem alguma coisa martelando na minha cabeça e eu não sei o que. Como se uma parte de mim estivesse gritando que alguma coisa está errada.

Lily ficou em silêncio por um minuto, antes de soltar um suspiro.

–Ainda bem que eu não sou a única. –ela falou por fim –Eu to com a mesma sensação.

–O que será que está acontecendo? –Sam perguntou frustrada.

Lily deu de ombros e tentou se concentrar. Havia esse sentimento dentro dela, uma sensação ruim. Algo que dizia que ela devia correr ou gritar, mas não tinha certeza do que era. Era mais do que saudades dos Marotos, mais do que arrependimento de não ter dito a James que o queria também. Era algo diferente, algo negro, sinistro. Era...

Lily pulou da cama, de repente em choque.

–O que? –Samantha perguntou preocupada.

–Quando nós estávamos entrando na casa Marius disse que nós podíamos descansar, ja que devíamos estar cansadas de tantas aventuras e brigas por ai.

–E o que tem isso? –Samantha perguntou confusa.

–Quando ele perguntou aos meninos se nós tinhamos tido algum problema pra chegar aqui...

–Sirius disse que nada tinha acontecido! –Sam completou em choque.

–Então como ele sabe que nós tivemos que lutar pra chegar até aqui? –Lily mais pensou em voz alta.

Nessa hora elas ouviram estalos de aparatação.

–Você está sentindo isso? –Sam perguntou.

Uma sombra caiu sobre o rosto de Lily.

–Comensais.

XxX

–James, vamos voltar. –Remus declarou de repente.

Os quatro Marotos estavam no aeroporto de Alghero, que era de pequeno porte, mas pelo menos dali eles podiam pegar um vôo até Roma, de onde pegariam um vôo direto para Londres. Inglaterra finalmente. Ou pelo menos era o que eles achavam até Remus surtar.

–Remus... –Sirius suspirou –Eu sei que você sente falta das meninas, eu também sinto, mas...

–Não é isso! –Remus protestou –Alguma coisa não está certa, algo não bate. Eu acho que elas não estão seguras, nós temos que voltar.

–Olha Remus, eu também queria acreditar que só nós podíamos tomar conta delas. –James falou –Mas Dumbledore confia nesse cara e...

–James, você não está entendendo! –Remus protestou –Eu não confio naquele cara... Alguma coisa... Ah Merlin!

–O que foi Aluado? Agora você está me deixando preocupado. –Sirius disse.

–Eu acho que eu só ouvi porque a lua cheia está perto e meus sentidos estão mais aguçados... –ele estava praticamente pensando alto –Mas aquele Marius... Ele disse que as meninas precisavam descansar por causa de todas as aventuras que passaram até ali.

–E dai? É verdade. –Sirius colocou.

–É, pode ser verdade, mas ele não tinha como saber disso! –Remus falou de repente –Nós não contamos a ninguem o que estava acontecendo, viajamos escondidos do Ministério e Sirius disse que nada tinha acontecido na viagem.

–Ah Merlin. –James parecia a um passo do desespero.

–Nós temos que voltar! –Peter falou –Agora.

–Eu quero que o Ministério se exploda. –Sirius falou –Eu estou aparatando.

–Eu também. –os outros falaram.

Os marotos saíram do salão do aeroporto e entraram em um banheiro e aparataram. Só pra aparecer a mais de um quarteirão da casa.

–Feitiço contra aparatação. –Remus falou –Vamos ter que andar.

–Eu tenho cara de quem liga? –James falou sacando a varinha –Eu vou matar o Marius quando por as mãos nele.

–Entra na fila, James. –Sirius declarou –Só acho melhor salvar as loucas antes.

–Do jeito que elas continuam a nos surpreender é capaz da gente ter que salvar o Marius delas... –Peter resmungou, seguindo os amigos.

XxX

–Você consegue aparatar? –Samantha perguntou pra ruiva sem tirar os olhos da porta.

Lily puxou as cortinas, fechando-as.

–Não. –ela respondeu –Há um feitiço contra aparatação em volta da casa. Muito forte.

–Você acha que consegue quebra-lo? –Sam perguntou.

–Eu vou precisar me concentrar. –ela suspirou –Há mais de uma pessoa segurando o feitiço.

–Nós não temos tempo, eles estão aqui.

Nesse momento alguém bateu educadamente na porta.

–Lily, Samantha. –a voz amigável de Marius soou do outro lado da porta –Por que vocês não descem para jantar?

Samantha e Lily sacaram as varinhas.

–Vai nessa, Scott. –Sam gritou –A gente já se tocou do plano, pode parar com a encenação.

Houve um silêncio do outro lado da porta.

–Bom, já que vocês já sabem o que está prestes a acontecer, por que vocês não abrem a porta e nós podemos fazer isso tudo de maneira civilizada? –a voz dele era totalmente cordial.

Samantha bufou.

–Por que você não vai ver se a gente ta na esquina? –ela retrucou –Fala pro seu amo e senhor que se ele nos quer ele vai ter que trazer o traseiro dele até aqui. E mesmo assim é capaz de nós chutarmos ele de volta pro buraco de onde ele saiu.

–Sua sangue sujo! –a voz de Marius agora perdera totalmente a cordialidade de antes –Você vai se arrepender de ter falado assim do mestre!

–Esses caras são um pé no saco. –Sam comentou com Lily –E agora?

–Eu estou segurando a porta com uma barreira. –Lily falou –Mas não vai durar muito. E eu não vou conseguir segurar a barreira e trabalhar num jeito de quebrar o feitiço ao mesmo tempo.

Samantha suspirou.

–Que hora pros idiotas irem embora. –ela reclamou –Bem quando eles finalmente seriam úteis...

Lily deu uma risada baixa.

–Agora somos só nós duas, Gemêa.

Sam deu de ombros.

–Hora de salvar o mundo, ruiva. Eu tenho um plano, mas eu acho bom você ser tão foda quanto você se diz pra quebrar feitiços, porque se eu morrer eu volto pra puxar seu pé de noite!

–Deixa comigo, Sam.

XxX

Quando os Marotos se aproximaram da casa eles viram dois Comensais cuidando da porta de entrada. O que os fazia pensar em quantos mais deviam haver por ali, porque depois do que acontecera no Café em Porto Torres não era possível que Voldemort achasse que poucos de seus peões seriam capazes de dar conta das duas.

Se bem que ele podia estar pensando que haviam sido os Marotos a salvarem elas la...

–Algum feitiço em volta da casa, fora o de aparatação? –James quis saber.

–Não. –Remus respondeu.

–Peter, você vai na frente. –James falou –Encontre as duas e tenha certeza de que elas estão bem.

–Pode deixar. –Peter falou com firmeza.

Com isso o Maroto virou um rato e correu na direção da casa, passando despercebido pelos Comensais e entrando na casa por uma fresta em uma das janelas.

–Eu bem que queria que a capa invisibilidade estivesse aqui agora... –Sirius suspirou.

–Sem tempo para isso. –James respirou fundo –Vamos dar um pouco de tempo a Peter, antes de alertar todos da nossa presença.

–Eu só espero que elas estejam bem. –Remus falou.

–Elas são nossas marotas honorárias. –Sirius sorriu –Claro que elas estão bem.

XxX

–Sam, você tem certeza disso? –Lily perguntou, levemente preocupada.

–Na verdade não, mas ai que está a parte divertida de todo esse negócio. –a morena respondeu com um enorme sorriso maroto.

Lily revirou os olhos.

Do lado de fora os Comensais já tinham percebido que um feitiço os impedia de abrir a porta. Várias tentativas de Alohomora depois ele haviam partido para coisas menos súbita e agora as paredes parecia tremer com a força dos feitiços que eles jogavam e a madeira da porta começava a trincar.

–Ok, hora do show, ruiva. –Sam abriu um sorriso –Abaixa essa barreira e se livra do feitiço.

Lily respirou fundo. Tão logo a ruiva abaixou a barreira a porta explodiu e apenas o fato de Sam ser rápida com a varinha evitou que os escombros acertassem as duas.

Sam viu Lily fechar os olhos e se concentrar e respirou fundo. Agora era a hora de aguentar firme. Se nada ela poderia proteger Lily e a ruiva consegueria fugir. O resto era irrelevante.

Marius entrou no quarto, seguido por cinco Comensais. Eles pareciam pragas. Você se livrava de dez mais vinte apareciam.

–Finalmente vocês resolveram ser razoáveis. –ele falou, a voz educada de novo.

–O que eu falei sobre ver se a gente estava na esquina? –Sam perguntou revirando os olhos –Vocês tem um minuto para saírem da minha frente, antes de eu sair por ai apodrecendo braços e pernas. O que vai ser?

Todos os comensais hesitaram, mas Marius revirou os olhos.

–Não precisam temer. O dom dela só tem efeito se ela tocar a parte do corpo. –ele garantiu.

–Você quer apostar seu braço nisso? –ela falou com um sorriso educado.

Isso fez até Marius perder um pouco da compostura e Sam pegou a vantagem. Lily ainda estava trabalhando no feitiço contra aparatação, ela precisava ganhar mais tempo.

–Eu só estou surpresa, Scott. –ela falou tranquila –Você conseguiu me enganar direitinho. Eu não consegui sentir sua Marca.

–É porque eu ainda não tenho uma. –ele falou com simplicidade –Eu estava prestes a ter a prova definitiva da minha lealdade quando nosso Lorde soube que você era capaz de senti-las de longe. Assim que eu entregar vocês duas para ele, no entanto, eu farei o juramento final de lealdade a ele.

Sam perguntou se ele estava esperando aplausos e se seria muito grosseiro bocejar. Ah que seja.

A morena bocejou.

–Lindo, de verdade. –ela falou entediada –Mas eu não tenho tempo para perder com vocês. Quando seu mestre tiver coragem de vir atrás de nós diga que nós estaremos esperando, até lá, sumam da minha frente. –ela falou de forma ameaçadora.

O olhar de todos os Comensais queimou de raiva.

Sam odiava teatro, mas estava na hora desses idiotas saberem de verdade com o que eles estavam lidando.

Ela deixou o seu dom tomar seu corpo, sentiu correr suas veias e fazer o ar ficar pesado. Ela sabia, mesmo sem poder ver, que seus olhos estavam completamente negros agora e que qualquer idiota poderia ver a aura negra que a envolvia.

–Último aviso. Saiam da minha frente.

Os Comensais estavam hesitando todos, o que era exatamente o que Sam queria. Ela não sabia exatamente o que faria, já que era verdade o que Marius dissera: seu dom só funcionava se ela tocasse alguém, mas eles não precisavam saber disso.

Ela ainda podia fazer feitiços sem a varinha e chamar seres das trevas para perto, mas isso sim seria muito arriscado. Embora esses seres tivessem um respeito saudável por ela a morena não tinha nenhum controle sobre eles. Era muito capaz de eles acaberem machucando as pessoas em volta que não tinham nada a ver com a história.

Ela estava sozinha nessa e era hora de encarar isso. Assim que Lily quebrasse o feitiço talvez as duas pudessem fugir juntas, mas se não tivesse como... Bom, ja não queria pensar nisso.

–Você vai se arrepender de ter recusado a generosidade do Lorde das Trevas. –Marius disse, sua voz uma promessa cruel.

–Ele pode enfiar a generosidade dele onde o sol não bate. –Sam garantiu erguendo sua varinha.

Foi nessa hora que um dos Comensais gritou por nada. Os olhos de Sam foram parar no chão, por onde um rato vinha correndo. Um rato extremamente familiar.

–Peter? –Sam chamou em choque, o que fez até Lily abrir os olhos.

–Onde? –ela quis saber.

–Você se concentra ai, ruiva, e deixa os detalhes comigo. –Sam falou, bem na hora que o rato parou do lado dela e se transformou em Peter.

O maroto tinha uma expressão determinada em seu rosto, como Sam nunca tinha visto antes. Ele tinha a varinha em punho e parecia estar pronto para o que viesse. Só naquela hora Sam realmente se tocou que, mesmo sendo quieto e o menos arrogante do grupo, Peter ainda era um Auror Supremo, um dos homens mais fortes ao serviço do Ministério.

–Desculpa a demora. –Peter falou.

–O que raios você acha que está fazendo aqui? –Sam perguntou.

–Nós sentimos saudades. –ele deu de ombros.

Samantha estreitou os olhos e estava a ponto de retrucar quando Marius se fez notar.

–Onde estão seus outros amigos? –ele exigiu.

–Não é da sua conta. –Peter informou.

–Vocês não podem nos derrotar. –Marius informou –Nós estamos em maior número.

–E são mais mal vestidos, mas você não vê a gente jogando isso na sua cara. –Samantha falou.

–Ja chega disso! –Marius gritou furioso –Acabem com eles!

–Ah Merlin... –Samantha bufou entediada –La vamos nós.

XxX

Os três marotos restantes tinham conseguido entrar na casa sem atrair nenhuma atenção indesejada. Os dois Comensais da porta tinham sido derrubados facilmente. Eles ainda não sabiam se havia mais deles ali no térreo, mas não queriam arriscar.

Sirius tinha ido atrás de alguma lareira de onde pudesse chamar ajuda. Por mais que James não quisesse envolver o Ministério nisso tudo, as coisas tinham fugido do controle. No minímo teriam que chamar Dumbledore, já que o louco mor era aparentemente amigo dele. E os marotos confiariam a vida ao diretor de Hogwarts, mas obviamente alguma coisa ali estava muito errada.

A questão de se haviam ou não mais comensais na casa foi respondida depois que James e Remus subiram as escadas até o primeiro andar. Havia pelo menos seis deles ai. Eles só esperavam que Sirius estivesse bem.

Os dois marotos engajaram em uma batalha com os Comensais, mas mesmo eles sendo muito bons ainda estavam em número muito menor e as coisas não pareciam estar indo muito bem quando de repente um som de explosão soou, deixando-os quase surdos, e fazendo a casa inteira tremer.

James e Remus trocaram um olhar.

–Samantha. –eles falaram em suspiros sofridos.

A única coisa boa da explosão fora que um dos Comensais fora acertado por um pedaço de madeira que havia voado sabe Merlin de onde e agora estava desacordado. A distração também fora o bastante para que James e Remus conseguissem derrubar mais dois.

–Nós não podemos perder mais tempo. –James declarou.

–O que você sugere? –Remus perguntou, levemente irônico.

–Eu sugiro o fim da finesse. –Sirius, que acabara de subir as escadas declarou, antes de lançar um feitiço no teto que fez mais tijolos explodirem e caírem sobre os Comensais restantes, fazendo o trabalho de acabar com eles extremamente fácil.

Remus lançou um olhar a Sirius.

–Sabe, apesar da nossa teoria ser de que a Lily e a Sam são as gêmeas do mal, nós devíamos repensar nisso tudo. Você deve ser o gêmeo perdido da Sam. –ele falou meio seco.

–Ela até que queria ter meu charme. –Sirisu falou dando de ombros.

Remus achou melhor não comentar.

–Acho melhor nós irmos atrás delas, antes que as duas derrubem a casa. –James declarou.

Os Marotos correram para o quarto de onde a explosão tinha vindo e ao entrarem la se depararam com a única cena que não queriam ver. Lily estava caída no chão com um Comensal ao seu lado, Peter tinha as mãos para cima e Samantha estava de joelhos, enquanto Marius tinha uma mão segurando os cabelos dela e a outra apontando uma varinha para o pescoço de morena.

–Olha quem está de volta. –ele falou, sua voz mais uma vez perfeitamente educada –Bem a tempo da nossa festa.

–Ah ótimo. –Sam falou irônica –Bem na hora que vocês podiam demonstrar um pouco de bom senso e entrar com cuidado os três patetas restantes entram correndo e agora estamos todos cercados!

–Bom, depois que vocês resolveram explodir metade do quarto nós não tivemos muito escolha. –Sirius retrucou irônico.

–Foi ele! –Sam gritou ao mesmo tempo que Peter gritou “Foi ela!”, um apontando para o outro.

–Vamos nos concentrar no problema presente? –Remus pediu por entre os dentes –Tipo, Comensal com uma varinha apontada pra Sam?

–Ele derrubou a Lily. –Sam falou num suspiro –E roubou a varinha dela. E me disse para não tocar em ninguém ou o outro idiota de preto ali mata a ruiva.

–Exatamente. –Marius falou, claramente satisfeito consigo mesmo –Agora vocês, Aurores, irão se afastar, porque eu estou levando as duas para o Lorde das Trevas.

–Só por cima do meu cádaver. –James declarou por entre os dentes.

Marius deu um sorriso extremamente educado, como se ele e James estivessem conversando num bar e fossem amigos de longa data.

–Isso, senhor Potter, vai ser um grande prazer. –ele declarou apontando a varinha para James.

–Pára tudo! –Samantha declarou –Não seja idiota, Potter. –ela bufou, como se ele estivesse fazendo de propósito só para irrita-la –Caso você não tenha percebido tem mais dois Comensais ainda acordados aqui, fora esses dois idiotas, mais os outros dois desacordados e sabe-se la quantos vocês deixaram dormindo pela casa.

–Nove. –Sirius voluntariou –Eu também encontrei um la embaixo.

–Ou seja... –Sam continuou, ignorando o moreno –Nós estamos em um número bem menor, então a não ser que algo aconteça logo...

Marius puxou o cabelo da morena.

–Toda essa conversa está começando a me cansar. –ele declarou –Nós vamos acabar com isso logo.

–Com certeza.

Todos olharam em volta, procurando pela voz, até que todos os olhos se voltaram para a ruiva caída no chão, que acabara de levantar a cabeça.

–Se eu fosse você, eu corria. –ela declarou, encarando Marius.

–O que isso quer dizer? –o comensal que apontava a varinha pra ela perguntou, confuso.

Samantha deu um sorriso de canto de lábio.

–Que a ruiva é tão foda quanto ela acha que é. –a morena respondeu.

De repente estalos começaram a soar por todas partes. E então quatro pessoas novas surgiram na sala. Entre elas Dumbledore.

–C-como... Co-como você... –Marius balbuciou em choque –Eu tirei sua varinha!

–Quem disse que eu preciso dela pra fazer qualquer coisa, seu idiota? –Lily falou, totalmente satisfeita consigo mesma.

–Se afastem dessas garotas. –Dumbledore falou com sua voz calma, mas cheia de autoridade –Agora.

O comensal que estava perto de Lily sequer hesitou. Ele se afastou rapidamente e provavelmente estava a um passo de aparatar quando um outro auror o pegou. O mesmo aconteceu com os outros dois, deixando apenas Marius ali, ainda segurando Sam pelo cabelo. Ele deu um puxão, fazendo a morena ficar de pé e usando-a como escudo.

–Marius. –Dumbledore chamou sério –Deixe a Samantha ir.

–Eu acho que não. –ele falou –Já que eu não posso leva-la comigo eu devo no minímo mata-la, para que nunca aja o risco de ela estar contra o mestre.

–Você só se esqueceu de uma coisa, Einstein. –Samantha falou irônica.

–O que? –ele quis saber.

–Agora não tem mais ninguem apontando uma varinha pros meus amigos. –ela declarou.

Antes que Marius realmente entendesse o que ela tinha dito Sam ja tinha jogado os braços para trás e agarrado o rosto dele.

Marius soltou a morena e a empurrou e gritou, se jogando no chão.

–Sam, tire o feitiço dele. –Dumbledore pediu.

–Por que? –ela perguntou indignada.

–Porque eu preciso de respostas e ele é claramente o responsável por toda essa organização.

Sam bufou, murmurou alguma coisa pra si mesma, mas mesmo assim ela caminhou até Marius e o tocou de novo.

–Eu achei que você não podia tirar isso da sua vitíma. –Sirius falou.

–Claro que eu posso. –ela falou como se ele fosse idiota –Como você acha que eu vencia todas aquelas lutas na Espanha? Eu usava meu dom pra deixar eles sem movimento por um tempo, derrubava eles e dai curava todo mundo. Eu não sou tão ruim assim. –ela revirou os olhos.

–Eu sei que não, baixinha. –Sirius bufou.

–Sosseguem os dois. –James falou revirando os olhos.

Ele tinha ido até o lado de Lily, que ainda estava sentada no chão. Ele se abaixou ao lado dela.

–Você está bem, Lily? –ele perguntou, tocando o rosto da ruiva.

Ao invés de responder Lily jogou os braços em volta do pescoço de James e o beijou.

–Então ta... –Peter comentou.

–Olha la. Não é que a ruiva resolveu pensar direito. –Sirius comentou irônico.

–Ei vocês dois! Se agarrem depois! Nós temos trabalho a fazer! –Sam chamou.

–Deixa o James aproveitar um pouco. –Sirius falou –Só porque você não está beijando ninguem não precisa atrapalhar os dois.

A morena lançou um olhar assassino a Sirius que a ignorou totalmente.

–Acho que eu perdi mais do que eu imaginava... –Albus comentou com um sorriso.

–Você nem imagina. –Sam comentou.

James e Lily se separaram e o moreno tinha um sorriso tão iluminado no rosto que chegava a ser invejável.

–Ja que vocês dois resolveram se largar é melhor resolver logo isso. –Sam comentou.

Nesse momento mais dois aurores entraram na sala, entre eles Thomas Klaus, o líder do Esquadrão de Aurores Supremos.

–Tudo certo aqui? –ele quis saber.

O resto aconteceu rápido demais. Lily ficou pálida de repente e se agarrou a James. Já Samantha reagiu. Seus olhos se encheram de ódio.

–Seu cretino! –ela gritou e avançou pra cima de Thomas.

E provavelmente teria pego o Auror se Sirius, que estava mais perto dela, não a tivesse a agarrado pela cintura e segurado.

–Sam, pára! –o moreno falou incoformado –O que você pensa que está fazendo?

–Foi ele, Sirius! –ela gritou, se debatendo –Foi ele quem me trancou naquela maldita sala! É por culpa dele que eu virei um rato de laboratório do Ministério!

Todos os olhares se voltaram em choque para Thomas.

–Eu não sei do que você está falando. –ele falou com calma.

–Seu mentiroso descarado! –Sam gritou em fúria –Fala para eles, Lily! Você também foi presa!

–Foi ele sim! –a ruiva declarou, se levantando. James se colocou diante dela de forma protetora –Foi ele quem entrou na minha casa e me levou embora!

O olhar do quatro marotos queimou de ódio.

–Eu acho bom você começar a se explicar agora, Thomas. –Remus ordenou, quase num rosnado.

Dumbledore estava silencioso, mas era fácil ver que ele também estava furioso com a história toda.

–Ela está mentindo é óbvio. –Thomas falou como se qualquer outra ideia fosse ridícula.

–A perna esquerda dele é falsa. –Sam falou de repente –Quando ele me pegou eu consegui toca-la e ela apodreceu.

Isso todos os Marotos sabiam que era verdade. Mas a história que eles conheciam era que Thomas tinha se enfiado em uma luta com um Comensal e perdido a perna dessa forma.

–Seu filho da mãe. –Sirius bradou e por um minuto soltou Sam, mas foi tudo o que a morena precisou.

Num segundo ela foi pra cima de Thomas e antes que Remus conseguisse segura-la de novo a morena já tinha tocado nos ombros do Auror.

–Tire isso de mim! –ele exigiu em pânico.

–Eu quero que você morra, seu infeliz! –ela retrucou –Fala agora que eu estou mentindo!

–Vamos, Thomas. –James falou, sua voz uma lâmina cortante –Fala que as duas estão mentindo.

Thomas parecia claramente dividido sobre o que falar. Ele podia mentir ou podia falar a verdade, mas o que iria garantir que Samantha tirasse o feitiço dele?

Mal sabia ele que nada iria fazer Samantha tirar esse feitiço dele. Nada.

–É verdade. –ele declarou por fim, em desespero –Foram ordens do Ministério, eu só fiz meu trabalho!

–E desde quando nosso trabalho é prender inocentes, Thomas? –Remus exigiu –Para serem usados como experimentos!

–Elas são aberrações! –o homem gritou em desespero –Elas não são normais! São perigosas, como vocês não podem ver? Olha o que ela está fazendo comigo, sem um pingo de arrependimento!

–Da mesma forma que você atacou meus pais sem piedade! –Lily gritou.

–E do mesmo jeito que você me bateu sem arrependimento! –Samantha falou furiosa –Você acha mesmo que eu vou sentir um pingo de remorço em ver você apodrecer? Pensa de novo! Eu quero que você desapareça.

–Samantha. –Dumbledore falou com calma –Isso é vingança, você tem consciencia disso? Você vai poder viver com isso na sua cabeça?

Samantha jogou um olhar incrédulo a Dumbledore. Como ele ousava defender esse maldito? Mas foi olhando nos olhos do diretor que Sam entendeu que ele não estava protegendo Thomas, ele a estava protegendo. Dumbledore queria que ela entendesse o peso de suas escolhas. Se ela não tirasse o feitiço dele Thomas iria morrer, por causa dela. E ela teria que viver com isso para sempre.

–Eu vou sobreviver. –ela declarou com firmeza.

Thomas soltou um som de agonia, mas não havia nada que pudesse ser feito por ele. O homem até tentou jogar um olhar suplicante a Lily, mas essa se recusava a encara-lo. Talvez se ele nunca tivesse machucado os pais da ruiva ela teria considerado ajuda-lo, mas não era assim.

Logo o som da voz de Thomas foi se apagando, os pedidos de misericórdia, os gritos de dor, as maldições foram sumindo até que só o silêncio restou.

–Isso foi terrível. –Peter murmurou.

–É, foi. –Samantha concordou e se calou.

Era a primeira vez que eles a viam tão silenciosa.

–Eu sinto muito, Samantha e Lily. –Dumbledore falou então –Eu deveria ter cuidado melhor de vocês.

–Você cuidou, senhor. –Lily sorriu –Afinal, foi você quem nos tirou de la, não foi?

Dumbledore fez um gesto com a cabeça, concedendo o ponto.

–Não eu, exatamente. –ele falou –Frank Longbottom resgatou Lily e Alastor Moody resgatou você.

–É, mas você foi o único que se importou o bastante para mandar alguem nos procurar. –Lily suspirou.

Um silêncio caiu na sala.

–Eu não queria ser chato e cortar o momento... –Sirius falou desconfortável –Mas o que a gente vai fazer com ele? –ele perguntou indicando Marius.

–Prende-lo. -Remus falou de forma firme –Ja chega de execuções por hoje.

–Eu concordo plenamente. –Sam falou num suspiro.

–Antes de mais nada, eu preciso perguntar algo a ele. –Dumbledore declarou –Desde quando você está trabalhando para Voldemort, Marius?

O homem ergueu o queixo, numa demonstração falsa e desnecessária de bravura.

–Alguns meses. –ele deu de ombros, como se não fosse nada –Antes de você vir me pedir para esconder as duas. Quando eu soube quem elas eram eu não pude deixar de contar ao meu Mestre. Ele ia me recompensar muito bem por isso.

Dumbledore soltou um suspiro.

–Por que, Marius?

–Eu estou velho, Albus! Você está velho! Você não vê? Não é deprimente saber que daqui para frente a única coisa que nos resta é esperar a hora de morrer?

–Essa não é a única coisa que nos resta, Marius. –Dumbledore suspirou –Nós ainda temos a chance de fazer uma diferença, de fazer o certo.

Marius soltou uma risada sem humor.

–Você não vê o absurdo que diz? Foi por isso mesmo que me uni ao Lorde! Ele também quer o segredo da imortalidade e vai dividi-lo comigo!

–Não, ele não sabe e se soubesse não dividiria com você, Marius. –Dumbledore falou, com pena óbvia do homem –E você é um tolo por pensar o contrário.

–Podem leva-lo. –James indicou aos outros aurores.

Os homens pegaram Marius pelos braços e começaram a tira-lo dali.

–Isso ainda não acabou, Albus! Meu Mestre é mais poderoso do que você imagina! Nenhum de vocês pode fazer nada a respeito. –ele gritou antes de ser levado.

Um silêncio caiu entre os que ficaram na sala.

–Eu sinto muito por ter colocado vocês nessa situação, meninas. –Dumbledore falou por fim.

–Não foi culpa sua, professor. –Lily garantiu.

–É, desencana, tio Al. –Samantha falou num suspiro cansado –A culpa é toda daquele idiota por ter achado que ia conseguir vender a gente fácil assim.

–Se bem que... –Sirius parecia pensativo –Talvez a tática mais apropriada seja mesmo entregar vocês duas para o Lorde das Trevas. Se ele não se matar em uma semana, ele manda as duas de volta.

As duas lançaram olhares assassinos ao maroto.

–Foi só uma ideia. –ele falou, levantando a mão em rendição.

–Pelo menos agora já acabou. –Peter comentou.

–Essa parte né. –Remus lembrou –O que nós vamos fazer agora? Para onde nós vamos leva-las?

–Uma coisa de cada vez, senhor Lupin. –Dumbledore falou –Eu creio que nossa primeira preocupação deva ser com a lua cheia, que está quase ai.

–Não se preocupe. –Samantha falou sorrindo –Nós ja vamos tomar as providencias. Comprar uma coleira anti-pulgas e alguns biscoitinhos, porque o Morfeu ali nunca divide os dele. –ela falou apontando para Sirius.

Foi a vez de Sirius e Remus lançarem olhares sujos para a morena.

–Que tal a gente ter essa conversa enquanto bebemos alguma coisa. –James propôs, pegando a mão da Lily –Quem liga que ta cedo? Esse dia merece uma garrafa de whisky de fogo.

–Apoiado, Potter. –Samantha declarou –Vamos, Lupin, nós temos que te arrumar uma coleira e duas daquelas jaulas de cachorro que vão nos aviões. –ela declarou pegando a mão de Remus.

–Jaulas? –Remus perguntou confuso.

–É! –ela falou impaciente –Aquelas onde a gente põe cachorros quando vamos pegar aviões. Nós precisamos de uma pra você e uma pro Sirius.

–E onde nós estamos indo de avião? –Peter quis saber.

–Sabe Merlin, mas nós temos que vazar daqui. –a morena declarou.

–Nisso, a senhorita King está coberta de razão. –Dumbledore declarou –Eu acho melhor vocês duas saírem da Europa por um tempinho. E já que ficou provado que problemas seguem as duas acho melhor deixarmos os quatro melhores aurores do Ministério para protege-las. –ele sorriu para os marotos –Boa viagem e eu espero saber de todas as novidades quando vocês voltarem. –ele deu um olhar significativo para Remus e Sam e James e Lily que ainda estavam de mãos dadas.

–Longa história, tio Al, mas a gente explica depois. –Sam garantiu.

–Juízo crianças.

–Sempre. –Lily e Sam falaram ao mesmo tempo.

Com isso Dumbledore saiu dali, deixando os quatro marotos e as duas meninas.

–E ai? –Lily perguntou pra Samantha –Para onde a gente vai?

–Eu quero ir pra praia. –a morena declarou –Eu preciso me bronzear.

–Praia não. –Lily reclamou –Eu torro e fico mais vermelha que o normal.

–Para isso serve guarda-sol querida.

–Hum... Com licença. –Sirius falou, levantando a mão –Será que a gente não pode...

–Não. –as duas falaram ao mesmo tempo.

Lily suspirou derrotada.

–Tudo bem, a gente até pode ir pra praia, mas eu vou querer um chapéu daqueles de praia, enorme e lindo!

–Pede pro Potter comprar um pra você. –Sam declarou –Vamos logo.

–Onde? -James perguntou meio frustrado.

–Onde a gente quiser. –as duas falaram de novo ao mesmo tempo e como se fosse óbvio.

–Boa sorte, Pontas e Aluado. –Sirius declarou com um sorriso maroto –Vamos a la playa, povo!

–Merlin me ajude. –Remus murmurou.

–Eu acho que nem Merlin salva a gente, Aluado... -James falou num tom conformado, mas um sorriso enorme no rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eba!!!

Próximo é o último!

Comentem!

B-jão