Eu sou aprova de balas,

Não tenho nada a perder,

Atire, atire...

Ricocheteia, mire...

Atire, atire...

Você atira em mim, mais eu não caio

Porque sou feito de Titânio.

David Guetta Titanium

Estreitei os olhos agora não era uma questão de entrar ou não para o Quadribol e sim uma questão de honra e eu iria vencer a qualquer custo!

Avancei rápido em direção aos aros desviando dos balanços com muita rapidez, quando o maldito balanço que me acertou passou na minha frente como se estivesse cantando vitória sobre mim, não pude evitar lancei minha vassoura pro lado oposto do balanço e girei meu corpo fazendo a vassoura ir junto acertando o balanço como se fosse um bastão de basebol fazendo-a voar para bem longe.

Continuei avançando rapidamente, já conseguia ouvir os gritos eufóricos das pessoas que estavam assistindo aos testes, estreitei os olhos, se eles queriam algo inusitado então teriam algo inusitado.

Avancei tão rápido já me livrando do segundo balanço, agora deixado pra trás, parei subitamente em frente aos aros, respirei fundo e tomei coragem, a partir de agora era tudo ou nada.

Deitei com minha vassoura em quase noventa graus, atiro a goles agora nas minhas mãos para o alto muito rapidamente, quando ela atinge seu ponto mais alto avanço com extrema velocidade ao seu encontro, e nos segundos antes da goles cruzar na minha frente virei meu corpo em trezentos e sessenta graus a tempo suficiente de acertar a goles em movimento fazendo-a ir com uma força inacreditável em direção dos aros e do goleiro que estava ali, mais não pode impedir o ponto, finalizando assim a famosa ‘’Pancada de Fingbourg’’ um dos movimentos mais fascinantes do Quadribol.

Desci da vassoura ofegante e muito feliz pelo feito, andei confiante ate meu irmão que me encarava com uma feição de ‘’não acredito que a mamãe te ensinou isso!’’, enquanto todos me encaravam, uns por nem saber o que eu tinha feito e outros por não saber como eu tinha feito aquilo.

–--Quando Mamãe te ensinou isso?- perguntou Thiago um pouco vermelho.

–--Ano passado, quando você estava aqui ‘’estudando’’- disse fazendo aspas com as mãos, eu sinceramente duvido que algum dia ele tenha realmente estudado - e ela de férias. – disse provocando e mostrando a língua pra ele.

–--Hum, isso vai ter vingança espera ate as férias ‘’maninho’’, e parabéns a vaga é sua. – disse ele saindo do campo e me deixando com feição de ‘’serio? Que felicidade!’’, me controlei pra não sair por ai dançando, no lugar disso só esbocei um enorme sorriso.

Drake veio correndo em minha direção...

–--Como conseguiu fazer isso?

–--Minha mãe me ensinou, a proposito que horas são ?

–-- São 4:20 , sei que vocês estão brigados, mais e melhor correr porque se perder o treino vai ser assassinado por uma ruiva muito brava por sinal!

Ri com o comentário dele mais ate que era verdade minha prima é muito brava, se não corresse seria morto e não iria demorar muito.

Logo sai correndo em meio a tantas pessoas que estavam no campo indo embora e posso jurar que ouvi a voz da Sharpey me chamando mais não dei atenção, entrei no prédio do colégio e segui para a área de esportes passei pela área de luta e finalmente cheguei na área de natação.

Era como uma quadra enorme, com uma grande piscina no centro e nos cantos pequenos bancos como uma arquibancada, corri pra lá e sentei bem a tempo da largada, não sei se ela me viu, mais no momento que todos começaram a gritar torcendo para seus favoritos não pude deixar de gritar também, eu sei que é estranho nos estarmos brigados e mesmo assim eu estou apoiando ela mais nunca fomos normais e nem nunca deixamos de apoiar um ao outro.

Emily foi incrivelmente bem, depois que percebi que ela já tinha se trocado decidi fazer uma ‘’surpresa’’ a ela afinal eu definitivamente não esqueci aquele livro mais também não queria falar sobre ele em publico.

Fui em sua direção, ela estava conversando com a tal garota loira, se me lembro bem o nome dela é Sam, chego pelas costas e digo...

–--Ei, você foi muito bem.

–--Obrigada.

–--Será que pode me encontrar na biblioteca depois da hora de dormir?, e que tenho que te perguntar algo e tem que ser logo, vai sozinha ok?.

–-- Então tudo bem!, ate mais...

–--Ate mais.- disse rápido dando as costas e saindo, eu realmente não via a hora de por aquela historia em panos limpos, ela vive me julgando por estar com a Sharpey sendo que nunca nem sequer conversou com ela, mais passou esse tempo todo mentindo pra mim.

....O tempo foi passando rápido... logo chegou a hora de ir dormir, mais não foi isso que duas pessoas fizeram...

Mal consegui fechar os olhos, coloquei meu celular para despertar dali a pouco caso caísse no sono, conheço minha prima na certa vai chegar mais cedo na biblioteca pra ficar imaginando o que eu vou falar com ela.

Estava quase dormindo quando o celular tocou levantei rápido da cama, como já estava com a roupa, só sai do quarto e fui em direção ao quadro da mulher gorda, tomando cuidado para não ser visto ou deixar o livro com toda verdade se espatifar no chão...corri como vento pelo colégio, passando pelos corredores escuros do colégio e...

Atravessei a porta da velha biblioteca rápido, e andei ate o fim da sala entrando no ultimo corredor, na ultima mesa, sentada de frente pra uma estante estava minha prima de jeans e uma blusa lilás de cabeça baixa pensando em algo, exatamente como eu pensei que estaria.

–--Alvo, escuta se quiser fazer as pazes vai ter que parar de falar com aquela cobr...

–--O que e isso?- disse rápido jogando a livro na mesa -´E não aceito um ‘’não sei’’ como resposta!

–--Como descobriu isso?, quem te contou?

–--Então você sabia? e por momento algum passou pela sua cabeça me contar?

–-- Eu não sabia, quer dizer não era pra mim saber, mais acabei sabendo por acidente...

–--E MESMO ASSIM NÃO ME CONTOU, FICOU MENTINDO PRA MIM POR ESSE TEMPO TODO?.

–-- NOS TIAMOS UMA PROMESSA DE NUNCA MENTIR UM PRO OUTRO E MESMO ASSIM PASSOU POR CIMA DA MINHA CONFIANÇA MENTINDO ASSIM PRA MIM! – disse gritando, como ela pode? Como meus pais puderam fazer aquilo comigo?

–--Alvo, pare de gritar, não tive escolha meus pais mandarão não dizer pra ninguém Tio Harry não gosta de falar sobre o assunto...

–--Então ele preferiu mentir pra mim, fazer minha ex-melhor amiga e prima mentir pra mim, pra me fazer vim para uma escola onde todos sabem a verdade menos eu, pra mim ter que ler sobre a verdade num livro em vez de olhar nos meus olhos e me dizer a verdade?, Grande pai ele é!

–-- Não fale assim de seu pai...- disse ela vermelha e já se levantando da cadeira

–---Alvo é doloroso pra ele entenda isso, por isso ele não quis te contar isso!

–--E VOCE ACHA QUE PRA MIM AGORA NÃO ESTA SENDO, DESCOBRIR QUE TODOS EM MINHA VOLTA MENTIAM PRA MIM?

–--Alvo olha se acalm...

–--Não vou me acalmar, eu vou dormir e sugiro que você olhe no rodapé da folha. – disse já vermelho de tanta raiva, subi apresado pro meu quarto mais quando deitei na cama já sabia que não iria conseguir dormir...

Pov. Emily.

Fiquei estática, vendo meu primo vermelho de raiva subindo pro seu quarto, eu ate que o entendia nossos pais tinham que ter contado, mais não contaram e mau sabia eles o mal que estavam fazendo.

Eu mesmo só descobri porque ouvi uma conversa dos meus pais fiquei curiosa e fui pesquisar, resultado acabei criando muita confusão mais minha mãe me fez jurar que não iria contar para ninguém.

Mais confesso que fiquei curiosa, não queria nem por a mão naquele livro mais uma frase do meu primo despertou minha curiosidade.

‘’Sugiro que olhe no rodapé da folha’’

‘

Minha curiosidade aguçou-se quando ouvi aquilo, esperei meu primo atravessar a porta e praticamente pulei da cadeira em direção ao livro e desdobrei o rodapé e li o que tinha ali, quando terminei sentei incrédula na cadeira, meus pais e tios precisam saber disso e precisam saber logo...