Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 55
54 - Undisclosed


Notas iniciais do capítulo

Larissa di Angelo, Mylla Thompson, SweetJúlia, Lia Valdez Di Angelo, obrigada por terem comentado o último capítulo.
Sei que demorei uma vida para atualizar, mas eu estava sem computador (again) e em período de provas (como sempre). E talvez eu fique mais um tempo sem aparecer, porque o vestibular está chegando, mas eu não quero abandonar a fic.
Espero que gostem desse capítulo.



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P. O. V Nico:

A quase semana que se passou foi quase suportável, tirando o fato de termos John triste com a partida de Aria, Catarina depressiva devido ao término, e todo mundo sem vontade de falar. As únicas que traziam alegria para aquela mesa eram Maite e Valentina – a primeira por não saber de nada, exceto a situação da colega de quarto, e a segunda por estar animada graças a tudo o que aconteceria em Quebec a partir do fim de semana que se aproximava.

– Não posso acreditar que vocês mal voltaram e já estão partindo de novo! Eu ficaria ainda mais triste, se não fosse época de Natal e se eu não fosse para casa também e...

– Se você e o Sam não estivesse celebrando 2 meses de namoro oficial e 1 ano de extra-oficial! – Catarina a interrompe, levando todos ao riso.

Era uma manhã fria de sexta-feira, poucas horas antes de nossos vôos: o nosso, o de Maite e de todos os outros que iriam para casa no Natal.

– E se ele não fosse para Madrid comigo! – a ex-ninfomaníaca termina com um sorriso e um suspiro.

– Já estão em Lua de Mel, Mai? – Thalia, que de início parecia detestar a garota, provoca.

– Gosto de deixar as coisas explicitas! – a hispânica pisca, e eu tenho o prazer de ver Thalia corar. – Não que eu a repreenda por fingir que não tem nada rolando entre você e esse italiano aí... Mentira: repreendo sim!

Todos ao redor da mesa, incluindo eu, rimos da cara de Thalia. Mas eu fui o único a ser brindado com um olhar que valeu tanto quanto um tapa seguido por um beijo. Era o tipo de coisa que só nós entendíamos, quase como uma conversa entre-mentes, porém mais intensa ainda. Algo secreto.

– Adoro o modo como eles acham que não flagramos os olhares que lançam um para o outro... – Valentina comenta.

– Ou como certas pessoas ficam deitadas na cama, perdendo no vídeo-game, enquanto pensam em outras pessoas... – John completa.

– O que vocês querem? Que nos agarremos no meio do corredor? Demos uma amasso em algum armário da vida? – Thalia tenta argumentar, e eu apenas me divirto mais

– Sim! – os outros exclamam, como se ela tivesse dito o óbvio.

– E você só fica rindo? – ela fixa aqueles olhos elétricos em mim, e eu quase perco a compostura.

– Amo quando toma as rédeas da situação, perde o controle e cora até ficar rubra como uma maçã! Delicio-me com essa imagem! – e só para ter o gosto de vê-la enrubescer mais ainda, faço com que minha voz saia o mais suave possível.

Mesmo de longe, pude vê-la arrepiar-se.

– Tá vendo? É disso que eu to falando! Tem que ser ousada, cara de pau! – Maite cutuca-a.

Antes que ela pudesse reagir ou dizer algo, faço o favor de acrescentar algo ao espetáculo. Levanto-me de minha cadeira, contorno a mesa e para ao lado daquela que vinha dominando meus pensamentos há tempos. Quando me olha, havia súplica e confusão em seus olhos, e aposto que a súplica era algo como: “Por favor, não faça isso”; mas eu não iria atendê-la, não dessa vez.

– Vejo você depois, amore! – inclino-me sobre Lia e selo nossos lábios.

Como de costume, ela tenta me repelir em um primeiro momento, mas quando tentei me afastar, Thalia me puxa de volta pela gola de meu casaco. Podia ouvir as risadas das garotas e de John, e eu também ria da situação.

– Ah, droga! – ela me solta, e cora de novo, percebendo que não estávamos sozinhos.

Ri dessa cena desde o momento em que a deixei até o momento em que decidi passar o resto da manhã na piscina aquecida do ginásio, antes de viajar para um dos lugares mais gelados da América. Mas se eu achei que ficaria sozinho por lá, estava muito enganado: se eu fora me despedir das dependências da escola, Catarina fora, literalmente, afogar suas mágoas.

– Como está se sentindo? – pergunto, sentado à beira da piscina, vendo-a boiar.

– Bem, se você levar em conta que verei meu ex-namorado daqui a 3 horas e que vou ficar hospedada no mesmo hotel que ele por um mês inteiro. Ah, considere também que o hotel fica em uma cidade muito charmosa e romântica e que juntos somos padrinhos de um casamento, e que serei a única solteira por lá... É, eu to muito bem! – ela ironiza

Fiquei sem saber o que lhe dizer, pois se tinha algo em que eu não tinha experiência alguma, esse algo eram relacionamentos. Ainda me surpreendia com o fato de conseguir ter mantido amigos por perto, quando o natural era que todos se afastassem; surpreendia-me mais ainda por ter uma pseudo-namorada...

– Ora Nico, não precisa ficar fazendo doce: todo mundo sabe que estou sofrendo por causa do Lorenzzo e eu não me importo, desde que ninguém diga isso a ele! – ela suspira

– E se dissermos em forma de indireta? – proponho

– Boa sorte ao suportar o mau-humor dele, então!

– O cara te ama, pra que tanta briga? – pergunto, sem saber se para mim ou para ela.

– Falou o cara que vivia brigando com a namorada! – Cathy ri, e com duas braçadas se aproxima da borda da piscina. – Oh que bonitinho, você cora quando dizemos que a Thalia é sua namorada!

– Não começa, Katara! – desvio o olhar do seu, para que ela não comece a ver onde nada havia.

– Ok, vamos mudar de assunto, então. – ela decide e eu calo um suspiro de alívio – Lembra-se de nossa conversa no nosso último dia no acampamento, no fim do verão? – Catarina pergunta.

– Lembro! Por quê? – tenho ciência de minhas sobrancelhas franzidas devido à confusão.

– Lembra-se que lhe disse que, tudo é possível quando acreditamos e que um pouco de sacrifício é necessário?

– Com clareza de detalhes! – e aquela conversa, com certeza, resultaria em algo mais para mim. Algo, talvez, penoso!

– Ela lhe contou tanta coisa, praticamente lhe entregou a alma! Conte algo a ela também!

– Não há nada sobre mim que ela não saiba: ela me conhece desde que eu era criança! – mergulho, na tentativa de escapar daquela conversa.

– Tem certeza de que não há nada que ela não saiba? Pense em tudo que você esconde, em tudo do que se envergonha ou ressente, ou, pense em seus segredos! – e ela sai, como se só tivesse estado ali para perturbar minha mente com sua mente perturbada.

– Essas filhas de Apolo realmente são loucas! – murmuro para mim mesmo, e continuo boiando na piscina.

– Eu sempre lhe disse isso! – num timing perfeito, Thalia aparece. – A que saiu daqui é a pior de todas que conheci!

– Quais seus interesses comigo? Usar-me como saco de pancadas, ou me beijar? – pergunto

– Eu vim nadar, não tenho culpa de ter um fantasma na piscina! – ela se livra da toalha, permitindo que eu veja seu corpo no maiô tradicional da escola. – Pervertido!

– Gosto de olhar coisas bonitas! – eu teria dado de ombros, se não estivesse relaxado – Você está no topo da minha lista, bambina!

– Começo a achar que talvez, apenas talvez, você que queira me beijar! De novo! – ela entra na piscina e nada até mim – Mas, me diga você Nico: o que está escondendo hoje?

E então, dois anos voltaram a minha mente! Olhos vermelhos toldaram minha visão, e eu me senti sufocando em mim mesmo. Eu me afogava num segredo que pensei ter deixado para trás. Um segredo que, recentemente, prometi a um velho amigo que a deixaria saber.

Era o momento de fazer isso!

– Nico, você ta bem? – Thalia pergunta, preocupada como sempre.

– Por que se preocupa tanto comigo? – pergunto de repente, parando na sua frente.

– Você é meu amigo há muito tempo, e eu gosto de você! Quando gostamos de alguém, costumamos nos preocupar com elas, sabe? – ela tentou ser sarcástica, mas acabou soando fofa.

– Também costumamos confiar a elas nos segredos mais profundos, certo?

– Certíssimo! – ela responde.

– Então, é minha hora de lhe contar um segredo! – suspirei e comecei a nadar até a borda. Eu sabia que ela me seguiria.

– O que tem para me contar, di Angelo? – ela pergunta, sentando-se ao meu lado

P. O. V Thalia:

Nico estava mais pálido do que o comum, e isso com certeza me assustava. Ele não me olhava nos olhos, que estavam escondidos pela cortina negra que eram seus cabelos, que pingavam no momento.

Eu daria tudo para tê-lo fotografado naquele momento!

– Jason alguma vez lhe contou como nos tornamos amigos? – ele questiona depois de um tempo, tirando-me de meus devaneios.

– Ele disse que tinha algo a ver com um segredo que não podia contar e que foi bem difícil conseguir a sua amizade! – respondo

– É, ele soube resumir muito bem isso! – ele suspirou – Thalia, existem muitos deuses ruins nesse mundo, mas nada se compara à Cupido! Ele é perverso, brinca com as pessoas como se jogasse cartas; faz pensarmos que o certo é errado, e que o errado é certo! E mais, ele pode destruir amizades e até mesmo o trabalho de Afrodite.

– Por que tanto ressentimento do pobre Cupido? Ele flechou alguma garota que você gostou com uma flecha de chumbo? – pergunto de brincadeira.

– Foi bem pior que isso! – ele sorriu melancólico – Thalia, o que você faria caso se visse apaixonada por sua melhor amiga?

E eu corei com essa pergunta.

– E-e-eu não sei! Acho que seria estranho: eu praticamente criei a Annie! – respondo finalmente – Mas, que raio de pergunta é essa?

– Cupido me fez sentir na pele isso, Thalia!

– Você se apaixonou pela Annie? – pergunto de repente.

– O QUÊ? NÃO! PELOS DEUSES, THALIA, SERÁ QUE NÃO PERCEBEU QUE EU TO DIZENDO QUE EU TIVE UMA QUEDA PELO PERCY? – ele gritou, exasperado.

P. O. V Nico:

Thalia ficou boquiaberta com minha explosão de raiva – o que era de se esperar –, e eu senti apenas alívio – o que foi totalmente ao contrário de minhas expectativas!

– Ma... Mas! – ela gaguejou depois de um tempo. – Nico, por que nunca me contou isso?

– Eu tinha vergonha disso! Eu evitei o Percy por muito tempo depois que Cupido me forçou a confessar isso na frente de Jason! – suspirei, e eu já não contava mais as coisas em uma ordem normal, eu apenas falava febrilmente – Você, seu irmão e as gêmeas malucas são os únicos que sabem isso! Mas pra você foi tão mais fácil contar! Quer dizer, eu não contei pra Cathy e pra Valentina: a primeira viu que eu falaria isso para você e a outra viu o passado e...

– Nico, respirar é preciso! – ela pede e eu o faço, como quase tudo que ela me pede. – Certo, agora conte isso com calma!

Mas por onde começar? Não há um começo bem certo para se confessar que você já gostou do seu melhor amigo!

– Quando eu era mais novo, me sentia estranho perto do Percy: sentia-me seguro, sabe? Mas também me sentia nervoso, como se tivesse que fazer de tudo para agradá-lo. – suspirei – Mas eu não sei como exatamente eu cheguei ao pensamento de: uau, eu gosto dele! Foi estranho... Não era assim antes de Gaia e toda a loucura pela qual passamos! Eu apenas admirava o cara por sua bravura, o tinha como ídolo, e então, do nada, eu gostava dele. Achei errado, afinal, ele e a Annie se pertencem! Seria horrível por um fim neles. E isso fez com que eu me afastasse dos dois, fez com que eu fugisse do Acampamento Meio-Sangue e encontrasse o Acampamento Júpiter; fez com que eu me tornasse um anti-social, achando que não era merecedor da companhia de ninguém! – fiz uma pausa, esperando algum comentário, mas tudo o que ela fez foi pedir, sem palavras, que eu continuasse – Foi na mesma época em que ele sumiu, e eu vi a Annie ficar louca! Aquilo foi a confirmação de que o que eu sentia era errado, e eu não devia atrapalhá-los.

– Mas você não podia deixá-lo perdido! – ela murmurou – Eu sei, eu também o procurava em cada canto que passava!

– O cara salvou minha vida, eu não podia deixá-lo sumir assim! Mas eu não o achei, eu o encontrei por acaso no outro Acampamento e pensei que meus fantasmas tinham voltado para me assombrar! – soltei o ar, que nem tinha percebido que prendia – Ele saiu em missão, e eu fui à procura das portas da morte! Foi a pior coisa que já fiz, e isso me colocou em dívida com Percy mais uma vez. Fê-lo despencar naquele abismo, junto com Annabeth, e nos fez percorrer a Itália até poder salvá-los.

– E foi aí que você encontrou Cupido? – ela pergunta, cautelosamente.

– Sim! Eu precisava enfrentá-lo para conseguir o que eu queria, e para enfrentá-lo, eu teria que dizer a minha verdade! – suspirei – E eu disse: Eu me odiava! Eu odiava Percy Jackson! Tive uma queda por Percy Jackson, essa é a grande verdade! – repeti as exatas palavras, ditas anos atrás com muito sofrimento.

– Jason ouviu tudo? – ela pergunta, como se tudo o que eu contei não tivesse importado.

– Ouviu! Ele me disse que eu deveria me aceitar do jeito que era, mas... Eu ainda achava errado! Por que doeu confessar aquilo, e amor não deveria doer!

– Não há um poema que fala que amor é ferida que dói e não se sente?

– Tem, mas eu senti cada ferida daquela confissão! E era errado não por eu não aceitar, mas por ser tão doloroso: eu deveria ter ficado contente ao me livrar de tal segredo, mas foi como se um milhão de novos segredos se jogasse sobre mim! E não era real: Cupido apenas estava brincando, como fez com Apolo e Dafne! E isso é cruel!

– E o que aconteceu depois?

– Achamos Percy e Annabeth depois de muitos sacrifícios, e Reyna e eu saímos em missão com a Athenas Parthenos!

– E desde então você começou a evitar o Percy?

– Foi! – e então, algo estalou em minha mente – Entretanto, logo no início desse ano, quando eu soube que ele entraria mais uma vez em missão, eu parei de evitá-lo e resolvi conversar com ele. Pensei que seria estranho, que eu ficaria constrangido ou algo do gênero, mas eu me senti normal: apenas conversando com um cara que me salvou e que eu, erroneamente, culpei pela morte da minha irmã.

– Se sentiu melhor depois dessa conversa? – ela tinha um pequeno sorriso nos lábios rosados

– Melhor? Eu me senti normal, enfim! Sem precisar me esconder, sem achar que eu era um erro e que merecia a solitária por isso! Eu via o Percy como um cara normal, e apenas isso! Voltei a me dar bem com ele e Annabeth, e quando ele saiu em missão com a Catarina eu fiquei apenas torcendo para que acabassem com o Tártaro. – parei, tentando ver aonde meus pensamentos confusos queriam me levar – Ela não é mesmo uma luz no fim dos túneis mentais?

– Hum? – Thalia perguntou, confusa.

– Catarina! Ela é a explicação de tudo! – exclamei, como Arquimedes exclamou Eureka!

– Então a chame aqui, porque eu entendi a história toda, menos o desfecho! – Thalia diz

– Catarina invadiu a vida de todos de uma só vez no início desse ano! Janeiro marcou a ascensão da Enviada da Luz em nossas vidas: em janeiro eu parei de me sentir um lixo e fiz uma amiga de forma inusitada; quem faz amigos caindo da sua árvore?!

– O quê? – eu tava deixando a garota atordoada, Nico, foco!

– Eu conheci a Cathy enquanto estava de guarda da fronteira, mas isso não vem ao caso! O fato é: ela veio para mostrar nossos destinos! O meu, definitivamente, não era o Percy!

– E o meu não era a caçada! – ela murmurou

– Exato! – e eu comecei a rir, como nunca ri em anos – Mas não foi exatamente aquela criaturinha mínima que me trouxe alívio ao contar isso! Já que ela descobriu por suas próprias maneiras.

– Então, o que foi?

– Quando gostamos de alguém, confiamos nosso maior segredo a ela! – sorri e acariciei sua nuca – Você foi a única pessoa a quem eu contei isso, e foi a primeira a saber que fez com que eu percebesse tanta coisa!

– Mas, eu só sentei aqui e ouvi o garoto que eu gosto dizer que teve uma queda pelo meu primo! – ela piscou, confusa.

– Exatamente: você não tentou me dizer que eu deveria ter me aceitado do meu jeito, que eu deveria ter feito algo ou sei lá! Você apenas ouviu, e me deixou tirar minhas próprias conclusões!

– Talvez por que tenha passado por algo parecido: eu me apaixonei pelo “traidor”, lembra?

– Uhum! – me aproximei mais dela – Fomos dois condenados, não é?

– Eros/ Cupido, ou seja lá quem ele for, realmente gosta de brincar com corações! – ela murmurou – O que ele fez com você foi horrível, nem quero imaginar a dor que passou!

– Não queira mesmo, foi terrível! Pior que enfrentar qualquer monstro. Mas...

– Mas?

– Eu estou disposto a mostrar a ele que não preciso de suas flechas para encontrar o amor! – a encarei uma última vez, e tive o vislumbre de algo queimar naqueles olhos elétricos – Afinal, eu encontrei você! – e então... eu a joguei na piscina.

– Nico, que espécie de declaração de amor é essa? Você deveria me beijar, não me jogar na piscina! – ela gritou, e tudo que eu podia fazer era rir. – Pare de rir, seu crianção!

– Sério, Grace? – nadei até ela – Chamar de crianção um cara que acabou de se declarar pra você? Que feio! – segurei seu rosto entre as mãos.

– Nico? – ela fingia inocência

– Fala, Pára-Raios! – eu não conseguia deixar de sorrir ao olhar naqueles olhos.

– Cala a boca e me beija! – clássica frase que nunca pensei que ouviria Thalia Grace dizer, mas que foi extremamente bom de ouvir.

E de se obedecer.

P. O. V Autora:

– Me sinto tão bem ao ter consertado todos os erros que meu filho fez! – Afrodite suspira, ao assistir o casal que se beijava na piscina.

– Ainda não entendi porque Cupido fez isso! – Steph murmura, olhando curiosa a cena. – Quero dizer, olha só esses dois: nunca pensei que dariam certo, porém são ótimos juntos. Por que não flechar os dois?

– Porque Cupido é um idiota de merda! – Catarina diz, e eu concordo com ela. – Me desculpe Afrodite, mas é a mais pura verdade! E eu tenho um ódio mortal dele, pelo que fez com meu pai.

– Eu sei! – a deusa suspira mais uma vez. – Queria que ele abandonasse esse lado da personalidade... Mas, infelizmente, o amor é algo dúbio: anda de mãos dadas com o ódio, e nunca se sabe qual irá aparecer!

– Pelo menos – sussurra Catarina – Cupido foi contido e agora podemos respirar e esperar pelas próximas complicações!

– Ah é! Por que, agora que ele se declarou para ela, falta bem pouquinho para ela fazer o mesmo e todo mundo descobrir e a bomba estourar! – Steph suspira

– Devemos trazer o Elz para gravar essa? – Afrodite pergunta – Ótimo trabalho, meninas! Foi um dos melhores casais que tive o prazer de juntar.

– Merece até um brinde – murmuro, esquecendo-me que sou apenas uma escriba ali.

– Não é má idéia! – Hera concorda, entrando na sala em que estávamos

– Até burlarei regras, para comemorar convosco! – Perséfone, chegada do submundo, se junta a nós.

E embora a felicidade tomasse conta de todos ali, e o champanhe estivesse incrível, era de conhecimento geral que tal comemoração ocorria muito cedo. Eles estavam juntos, verdade seja dita e observada...

Mas ainda existiam pessoas cegas em relação a tal coisa, e não seria tão fácil fazer tais olhos enxergarem bem a mais nova Obra Prima de Afrodite.


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Notas finais do capítulo

Well, eu aceito comentários, favoritos e recomendações, ok? Adoro responder a tudo e dedicar capítulos.
Amo vocês, e até a próxima pessoal!



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