Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 54
53 - Missão Nova, Agente Nova


Notas iniciais do capítulo

Sorry, not sorry pela demora! Estou tentando ser uma boa aluna e finjo que estudo, quando na verdade durmo.
Enfim, espero que curtam o capítulo!



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P. O. V Autora:

Tantas tragédias em tão pouco tempo! Valentina esperava que a vida de semideus fosse perigosa, mas não deprimente... Apenas um dia havia passado, e ela já perdera uma amiga e agora tinha que assistir a irmã chorar por ter tido o coração partido.

– Eu sou uma idiota! Preocupo-me tanto com meus julgamentos, que sequer penso nos outros. Eu não deveria ter ido para aquela maldita floresta, eu...

– Deveria ter apenas contado antes para ele! Do mesmo jeito que você não gosta de ser protegida, ele também não gosta e nem precisa ser. – ela murmura baixinho, não pretendendo magoar a irmã.

– O pior é saber que os dois estão errados, mas só conseguir pensar que eu sou a única errada! Maldita hora em que eu não nasci egoísta!

O mundo adoraria que mais pessoas fossem abnegadas como Catarina, enquanto a própria se lamuriava por isso! Seria engraçado se não fosse trágico.

– Você sabe que ele vai se arrepender disso! Daqui a dois tempos estarão juntos novamente... – não era a melhor coisa para se dizer quando há um rompimento, mas todo mundo via que os dois foram feitos um para o outro.

É a palavra de Afrodite, e a palavra de deusa do amor é lei!

– É... Aí mais segredos vão surgir, ele vai se irritar, vamos nos tornar infantis e eu vou, mais uma vez, dar a entender que quero terminar com ele. Que ciclo vicioso!

– Ora, Catarina pare com isso! – uma terceira garota, ali presente, se faz ouvir. E dessa vez, não era com sarcasmo que a filha de Zeus apresentava seus argumentos – Parece até uma filha chorona de Afrodite. Você é filha de Apolo, e se você acha que seu sacrifício tinha uma razão, então está certo. E tem mais: se quer que isso pare, comece com você! Não aceite tão facilmente a desculpa dele, se sabe que ele não vai mudar se você fizer isso. Quer que ele te dê mais atenção, que ele te dê mais carinho? Faça com que ele precise disso.

Com as faces ainda banhadas por lágrimas, o coração ainda dolorido, Catarina estava prestes a lhe dar uma resposta quando é interrompida, por uma batida na porta do quarto. Tratava-se de um mensageiro da escola, que viera entregar uma correspondência para a gêmea mais velha – que soltou gritos de pura felicidade e êxtase, quando terminou de ler o conteúdo da carta.

Sem se despedir da colega de quarto, Valentina sai do mesmo, arrastando a irmã consigo e fazendo segui-la até a diretoria, onde pediu permissão para sair e conseguiu. Usando um dos motoristas da escola, cruzou Nova York quase toda e em questões de segundos chegou ao Greenwich Village, aonde decidiu entrar no apartamento pela saída de incêndio.

Ela só não esperava encontrar tanta gente no apartamento do namorado. Claro que a visita de sua sogra não era surpresa alguma – afinal, fora aniversário dele na última quinta-feira, e Fleur não havia comparecido –, mas não podia dizer o mesmo da ex-cunhada da irmã. De todo o modo, as quatro trocaram palavras enquanto eram servidas de chocolate quente a conhaque, até que Eleazar as interrompe, questionando o porquê da presença.

Explicações lhe são dadas, as cartas por ele são lidas, o casal mais fofo que Afrodite já juntou comemora, e Sophia aproveita a oportunidade para atualizar a matriarca Campbell sobre os últimos acontecimentos. Embora não se atrevesse a dizer uma única palavra, Catarina já sabia que a ruiva se sensibilizaria com a história de Lucas e Calipso, e que concordaria em ceder o hotel para a cerimônia do casamento, como de fato o fez.

– Se eles realmente gostam de coisas simples, como diz, a cerimônia de casamento pode ser sobre a neve e a festa no salão de Baile. – Fleur empolga-se, deixando-se levar tanto pelo sonho perdido de um casamento, quanto pelo seu papel como Gerente de Eventos.

– Sim! E mesmo que eles tenham poucos convidados, estes estariam bem acomodados e as fotos seriam lindas! – Sophia suspira, levando a ex-cunhada a rir.

– Mas seria tão bom se todos pudessem ir agora! Aqueles bailes de Natal são um saco sem todos os jovens que costumavam freqüentá-lo...

– É que todos meteram o pé depois que o Ensino Médio acabou! Sou o único constante em sua vida! O único obrigado a dançar valsa todo ano, desde os 15 anos... – Eleazar arrisca-se a comentar.

– Sim... O único que aos 20 anos pode escolher sua companheira de valsa, ao invés de dançar com a matriarca do lugar...

Teatral e dramaticamente, aquele que atualmente leva o título de Conde de Frontenac joga-se aos pés de sua progenitora e a olha nos olhos.

– Diga-me que não está brincando com meus sentimentos, Mulher! – ele segura o rosto da mãe entre as mãos.

– Você acha que eu viria de Quebec até aqui, para mentir e rir da sua cara? Sim, eu viria, mas não dessa vez, querido!

– Ai meus deuses, eu estou tão feliz, que nem me sinto eu mesmo!

– Ele é sempre assim? – as ex-cunhadas perguntam

– Pode ser pior, dependendo do momento. – Valentina dá de ombros, com um tenro sorriso apaixonado brincando no canto de seus lábios.

Piadas a parte de nosso querido ruivinho, as belas damas ali presente puseram-se a falar sobe a OJI, o baile de Natal e o casamento. Decidiram que todos iriam para os jogos, que teriam início dali a uma semana; claro que tal decisão não foi tão bem aceita por certas pessoas ali, mas como a maioria vence na democracia...

Concluo que Afrodite ainda tem mais cartas na manga.

P. O. V Valentina:

Depois de uma tarde encantadora com a sogra, e depois de ter visto a emocionante cena de Cathy contando sobre o fim de seu relacionamento para Sophia – que chorou por um bom tempo antes de mostrar determinação e anotar algo em sua agenda –, finalmente voltamos para a escola/presídio.

Durante todo o caminho do GV até Yancy, comuniquei-me com Steph através do What’s – com Cathy na conversa também – e a informei de seu novo trabalho... Que a deixou totalmente louca, ao ponto de invadir o meu quarto aos berros, uns 20 minutos depois que eu cheguei e contei as novidades para Thalia.

Nem preciso dizer que a última ficou desolada ao saber que teria, mais uma vez, que usar um vestido comprido. Mas, voltando a Steph:

– Como vocês esperam que eu crie um vestido assim, do nada? Dá um trabalho do caralho desenhar vestidos de baile, ok? – Steph praticamente gritava, com os cabelos vermelhos de raiva.

– Bom, o meu vestido só pode ser confeccionado pelas costureiras do Frontenac, mas por que não tenta se inspirar em algo de nossos guarda-roupas para criar as outras roupas? Você pode começar pela Thalia... – sugiro, fingindo uma inocência que eu duvidava ainda restar em mim.

– O quê? – Thalia, antes distraída com Quizz Up, entra em desespero.

E tal desespero só foi aumentando à medida que Steph vai mexendo em seu armário e jogando pilhas de roupa para fora. E eu, ainda bancando a boa moça, pegava tais peças e jogava para dentro de um saco.

Tinha planos de apresentar os shoppings de Quebec para Thalia e estourar alguns cartões de crédito alheios...

– Fala sério, existem outros tecidos além do jeans e do couro, valeu? – a filha de Íris resmunga, dedicando-se, então, as gavetas

Meias voaram, acompanhadas por luvas e até mesmo peças intimas – essas foram classificadas como sem graças demais, no critério de Steph e no meu também. Ou seja, foram para o lixo.

– Francamente: você conhece outra cor além de preto e bege? Ah, não vale falar roxo! – comento, atirando as peças no saco – Tudo isso merece ir para o lixo!

– Não podem fazer isso com minhas roupas! Cadê minha privacidade? – Thalia chiava – E me digam para que preciso variar nas cores? São vocês as compromissadas da vez, portanto caprichem vocês nas lingeries!

– Depois de um tempo vira hábito! Muito bom por sinal! – murmuro, lançando um olhar para meu closet – Deixa de ser algo para seu parceiro e passa a ser mais para você!

– Você ta parecendo um livro de auto-ajuda!

– A-há, agora sim! Será perfeito e eu já tenho até o esboço em mente! Tenho até mesmo sugestões de cabelo, maquiagem e jóias! – Steph vira-se para nós, e Thalia perde totalmente a cor.

Vermelho sangue era a cor do corpete que Steph tinha em mãos. Parecia ter sido desenhado para uma única pessoa, pois tinha o desenho exato da cintura da Senhorita Trovoada. Não que essa fosse a parte chocante, certamente que não era... Ainda havia a delicada calcinha de renda que completava o corpete, e também um par de ligas, que me deram inveja.

– Retiro tudo o que eu disse sobre variar nas lingeries! – pisquei, não crendo no que eu via.

– Essa não, por favor! – sim, senhoras e senhores, Thalia Grace implorando.

Mas já era tarde demais, os murmúrios de Thalia não seriam mais ouvidos. Steph já guardara a lingerie em sua “bolsa inspiradora” e saltitara para bem longe de nosso dormitório.

P. O. V Catarina:

Definitivamente, 13 não é o meu número da sorte! Esse ano de 2013 foi o pior possível, e apesar de ter perdido a amiga/assistente e o namorado no mesmo dia, eu ainda tinha esperanças de que no fim seria um bom ano.

Mas para isso, eu precisava cumprir a tarefa que Afrodite me confiara. Porém, não havia condições de eu fazê-la sozinha, e eu já tinha descartado Valentina da minha lista de futuras assistentes: ela estaria bastante ocupada como “Condesa de Frontenac”, atração de Abertura da OJI, e como acompanhante do Anfitrião dos Jogos.

Entretanto, ainda havia alguém que eu poderia confiar e que estaria muito presente na vida de todos por ali.

– Graças aos deuses você está passando por aqui! Aliás, meu vestido será lindo: adoro o efeito que uma boa renda negra causa em contraste com minha pele! – puxei Steph para dentro de meu dormitório.

Aquele lugar estava uma verdadeira bagunça; precisava achar Maite o mais rápido possível para arrumarmos aquele lugar: eu tinha só mais uma semana ali, e minha liberdade e queda no Purgatório do Amor dependia da vistoria de hoje a noite.

– É muito sem graça de sua parte me dizer isso! Agora ficarei imaginando esse vestido até que eu possa passá-lo para o papel! – ela resmunga.

– Você é uma grande artista! Logo terá todos os croquis, além de as melhores costureiras da América. – eu tentava manter o meu astral lá no topo, como uma boa pessoa resignada faria.

– Você não está bem! – não foi uma pergunta – No que precisa de mim?

E isso era o bom em Steph: não fazia mais perguntas do que deveria e nem insistia para saber de tudo; contentava-se em ajudar a deixar os outros felizes. Sorri para a minha cunhada mais próxima e lhe contei do plano de Afrodite, detalhe por detalhe.

– Santos deuses, vocês poderiam ter morrido ontem! – ela exclama – Mas agora não tem mais perigo?

– Oh não! Posso ver claramente tudo o que vai acontecer a partir de agora, e nem mesmo a TPM dela pode afastá-los. Só preciso finalizar isso, mas para tanto é necessário que alguém se declare.

– E você quer minha ajuda para que ela faça isso? – ela ergue uma sobrancelha, e se a curiosidade tiver uma cor, tenho certeza de que essa é o rosa.

– Não necessariamente ela. Contento-me com qualquer um dos dois, desde que as três palavrinhas sejam ditas ou compreendidas! – pisquei.

Vi o olhar de Steph cruzar com o meu, e sabia que a expressão maliciosa dela era uma cópia da minha.

– No que depender desse corselet, isso não vai tardar a acontecer!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! Deixem recadinhos para a autora que acabou de completar 17 anos!!
Beijos!!



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