Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 5
4 - Segunda Quase Clichê


Notas iniciais do capítulo

Bem, talvez eu suma por um tempinho, começam as semanas de provas/testes na minha escola. Mas, se der eu posto :)
Enjoy it! *atualizando 06/06/2016* Há 3 anos eu estava prestes a entrar em período de provas na escola, e agora estou no mesmo barco estando na faculdade... Mas vou tentar editar mais capítulos antes de sumir.



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P. O. V Catarina:

O dia seguinte após a queima de fogos começou com correria pelo chalé 7. Era costume aquele lugar estar lotado, mas hoje a confusão era ainda maior: desde bem cedo Will verificava os que estavam saindo, voltando para suas vidas normais, tentando controlar os espertinhos que queriam fugir. Eram quase 8 horas quando, ele enfim parou para descansar e praticamente abandonou a mim e Valentina para tomar conta do resto.

Eu já estava mais acostumada com a Yancy, por já estudar ali desde o começo de 2013, então já estava há muito tempo arrumada com o uniforme, que consistia em saia preta, blusa de botões branca, e o blazer com o brasão da escola. Eu me sentia uma personagem de anime, especialmente enquanto via minha gêmea examinando o próprio visual.

― Eu realmente adorei esse uniforme. Acho que ficou fofo em mim! ― Valentina dava pequenas piruetas na frente do espelho, tentando se ver em todas as direções. .

― Claro que ficou fofo em você, você era uma Lolita até o ano passado. ― revirei os olhos enquanto me levantava da cama: estávamos, tecnicamente, atrasadas. ― Vamos, temos que nos reunir com o...

― Uh, pelo visto eu não sou a única que quer uma despedida descente! ― Valentina deu uma risada maliciosa, e eu tive que acompanhá-la.

Na sala, estavam Will e Steph, numa despedida digna de cinema. Agora fazia sentido ele ter deixado duas novatas coordenando as coisas por “aproximadamente vinte minutos”...

― Ah, bom dia! ― eles disseram muitos corados.

― Ótimo para vocês! ― Valentina continuou ― Só é meio bom para nós!

― Ué, por quê? ― perguntei: pra mim o dia estava muito bem, especialmente depois de ter tido uma boa noite de sono. Acreditava que teria sonhos conturbados, graças à conversa que tivera com Nico na noite anterior, mas foi uma das primeiras em que não tive pesadelos.

― Florzinha, eu vou ficar uns três meses longe do meu namorado, e em um colégio interno! Eu passei a vida toda livre, e os últimos meses aqui no Acampamento, acha mesmo que vou estar confortável em um colégio interno? ― Val pergunta retoricamente.

― Acho que sim: tem competições de patinação no gelo lá! E de música também! ― digo, vendo seus olhos se arregalarem e brilharem: ninguém havia contado a minha irmã que nem tudo estava perdido.

― Por que ainda estamos aqui? ― ela saiu me arrastando do chalé. E parou de me arrastar no exato instante em que viu o pimentão de plantão, vulgo seu namorado. ― Ange! ― ela saiu correndo e os dois ficaram conversando em francês, como de costume.

Dei de ombros, pensando em como os canadenses deviam ser estranhos. Estava pronta para seguir meu caminho, ou para voltar para o meu chalé e arrastar a filha de Íris de lá, quando fui puxada pela cintura. Confesso: eu estava esperando por aquele momento desde que acordara.

― Então, isso quer dizer que conversaremos em italiano? ― Lorenzzo me pergunta, abaixando-se para me beijar.

― Sim. ― sorrio sob seus lábios, que me beijavam com certa delicadeza, o que era até um pouco estranho para nós. ― E infelizmente será uma despedida! ― suspiro, me afastando um pouco, para olhar em seus olhos esverdeados ― Por que Quíron não nos deixa ir junto para a cidade?

― Porque ele sabe que vamos sair do caminho certo! ― responde, segurando meu rosto entre as mãos. ― Literalmente!

― Brooklyn? ― perguntei, lembrando-me de que sua irmã estudava por lá, e passava a maior parte do tempo no 21º Nomo, com os irmãos Kane.

― E estamos atrasados! ― minha cunhada de 13 anos grita.

― O que deu na Sophia? ― questiono confusa: Sophia sempre foi gentil e paciente, especialmente com o irmão... Na verdade, apenas com o irmão.

― Não sei, mas tenho motivos para tirá-la daquele colégio e mandá-la de volta para Veneza! ― ele parecia aborrecido, como se estivesse sabendo de algo que a irmã estava aprontando.

Considerando a idade, eu não duvidava nada que minha cunhada estava começando a ter interesses românticos... Seria hilário ver Lorenzzo agir como irmão mais velho de verdade, com direito a ciúmes e tudo. Seria melhor ainda contrariá-lo e ficar do lado de Sophia.   

― Eu não me meto na sua vida pessoal, você não se mete na minha! ― poderia ser uma barganha o que ela propunha, mas estava mais para uma ordem clara.

― Ok, depois dessa parei com você! Vai lá, mete a cara, e depois quando nada der certo, não diga que eu não avisei!

― Que eu saiba, a vidente é a sua namorada!

― Deixe-a fora disso! E me respeite, sou seu irmão mais velho!

― Engula essa história de irmão mais velho, e me leve logo para a escola: vou chegar atrasada se perder mais meu tempo discutindo com você! ― e dizendo isso, Sophia nos deu as costas, desceu a colina e entrou no carro de Lorenzzo.

― Só vou cuidar daquela ferinha, porque amo minha irmã acima de qualquer birra!

― E também porque sua mãe te mataria se algo acontecesse com ela! ― completei sorrindo, sabendo como a família D’Anibale era ligada.

― É, isso também! ― ele suspira, virando-se para me dar outro beijo ― Vou achar uma forma de te ver de novo! Antes do Natal!

― Isso se eu não achar uma antes!

― É provável! Eu te amo!!

― Eu também. ― deixo-o partir, depois lhe dar um beijo demorado, prendendo-o a mim por alguns segundos, tentando memorizar suas formas.

A Academia Yancy raramente tinha dias de visita, e eu não sabia quando veria Lorenzzo novamente... Embora, preciso confessar: eu tinha planos de fugir caso a saudade apertasse demais.  

― Sou mesma a única que vai com o namorado pra escola? ― Aria, filha de Atena, surge do nada, acompanhada pelo namorado.

― Isso é ruim? ― John, filho de Deméter, pergunta a ela.

― Não, Matinho, eu só quero me garantir pra poder jogar na cara de todo mundo! ― ela sorriu, apertando a bochecha de John.

― Você é tão humilde, Aria! ― Thalia chega revirando os olhos, da mesma forma que eu estava diante daquela cena. ― Cadê o resto do povo?

― Valentina está com Eleazar em algum lugar por aqui, Will e Steph estão lá no chalé 7...

― Eu vi a Agatha fugindo do Connor! ― Aria completou, nos informando sobre sua irmã de chalé, que também estudava conosco.

― E o Nico...

― Eu to aqui! ― ele surge das sombras, quase matando Thalia do coração.

Não preciso mencionar que ele levou um tabefe da filha de Zeus, e só não ouviu um sermão porque Will estava muito ocupado beijando a própria namorada. Do contrário, todos escutaríamos coisas como “Nico, não viaje pelas sombras”, “Não deixem Nico viajar pelas sombras”, “Mantenham-se hidratados” e “Usem camisinha”... Coisas normais que um veterano/conselheiro-chefe costuma dizer.

― Certo, semideuses que vão para Yancy, por favor, dirijam-se para a van 3! – Quíron brada, apontando para uma das vans do acampamento.

Nosso grupo ― depois de esperarmos por Valentina, Agatha e Stephanye terminarem de se despedirem dos rapazes ― segue para o veículo que nos levaria até o internato. Alguns de nós já estavam acostumados com a idéia de passar seis meses dentro de uma escola, no entanto eu conseguia sentir alguns suspirarem e até mesmo se perguntarem o que estariam fazendo ali.

Eu me perguntava, o tempo todo, qual era a necessidade de enviar dois destaques do Acampamento para a escola, porém, se eu soubesse o que estava por vir, talvez eu nunca tivesse pensado em nada. Afinal, acabaria sobrando pra mim mesmo...

P. O. V Thalia:

Presa! Era assim que eu me sentia desde que saíra do Acampamento, e foi assim que me senti ao entrar naquela escola, embora eu ainda estivesse no pátio. Havia árvores ali, e bastante terreno gramado, assim como banquinhos de parque... Talvez uma tentativa de nos deixar mais a vontade, porém nada ali estava me ajudando.

― Adeus ar, adeus liberdade, adeus...

― Ai, para com isso: você pode vir ao pátio, só não pode passar pelos portões! ― Catarina revirou os olhos, atrapalhando minha despedida da natureza.

Eu passei seis anos sendo caçadora: não passar pelos portões era quase a mesma coisa que estar presa dentro de um pinheiro novamente. Mas, é claro, ninguém ali entenderia.

― Oi, povinho! ― reconheço Maite, a amiga de Catarina que falara conosco no outro dia. ― Opa, tem mais gente, apresenta aí, amiga!

― Só tem o John e o Nico, o resto você conhece! ― Catarina diz desinteressada, segurando em meu braço como se quisesse me impedir de fugir.

― Ah, poxa! ― Maite suspira decepcionada. ― Vocês são solteiros?

― Não! ― os dois respondem, porém um mentia...  Por que mentia? Não sei, mas fica o questionamento para mais tarde.

― Peninha! ― ela suspirou, porém logo se empertigou e abriu um belo sorriso.  ― Enfim, bem-vindos a Yancy! Já sabem qual a primeira aula do dia?

― Comitê? ― Catarina pergunta, suavizando sua expressão de desinteresse.

― Sim, e com ela! ― Maite revira os olhos, virando-se para as portas da escola.

Eu me senti em uma versão alternativa de Garotas Malvadas quando as portas duplas da escola se abriram, e de lá saiu uma menina de cabelos loiros e maquiagem digna das filhas de Afrodite. Todos os alunos ali viraram para encará-la, como se ela fosse uma estrela de Hollywood... Até mesmo o vento parecia querer contemplá-la, pois uma leve corrente de ar fez com que os cabelos da garota tremulassem lentamente.

Minha vida estava se tornando um clichê, e eu nem podia fazer algo para impedir.

― Oi, amores! Sejam bem-vindos a Yancy. Eu sou a Diamond, do comitê de boas vindas! ― a menina loira sorri para nós, arrancando suspiros de alguns. ― Junto com a Maite ali, vou recepcionar alguns de vocês por hoje; por favor, levantem uma mão conforme eu falar seu nome: John Schindler!

― Aqui! ― John responde, rindo da cara de ciúmes de Aria.

― Nico di Angelo! ― ela pronuncia o nome de Nico com um sotaque de dar inveja.

― Bem aqui! ― ele respondeu, ao meu lado.

― Thalia Grace! ― ela sorriu ao dizer meu nome, embora eu não faça idéia do porque disso.

― Ao lado do emo! ― sim, eu sabia que Nico não era emo, mas se eu estava disposta a ser sua amiga, eu estava incluindo a cláusula “irritá-lo até a morte” em nossa amizade. ― Algum problema? ― questiono, ao ver a careta que Diamond fez ao me encarar.

― Você não está com o uniforme, Thalia! ― ela disse de forma doce.

― É obrigatório? ― perguntei seriamente. Não era costume usarmos roupas comuns no primeiro dia de aula? Ou isso teria mudado desde a última vez em que estive em uma escola?

― Punk, estamos num internato: o que você acha, boneca? ― Nico questiona, erguendo uma de suas sobrancelhas grossas.

― Que você já pode parar com esses apelidinhos de 1980, emo! ― respondo em tom de desafio, vendo-o abrir um sorriso irônico: sim, ele já sacara a brincadeira e se incluíra nela. Eu estava ferrada.

― Certo, gente, não precisam brigar! ― Diamond sorriu, tentando apaziguar a situação ― Tenho certeza de que trouxe seu uniforme ontem, junto com suas coisas, certo, Thalia? ― ela me perguntou, e eu não sabia o que responder, já que eu não tinha levado.

― Ah, na verdade, ta na minha mala! ― Catarina diz, de repente.

― O que meu uniforme ta fazendo com você? ― perguntei realmente pasma.

― Tia Dite me deu! Você tinha o esquecido em casa, quando fomos buscar suas roupas de inverno! ― ela respondeu, arregalando os olhos, como se pedisse que eu não a contestasse.

Apenas assinto, me perguntando se Afrodite de fato estava metida no meio disso tudo, ou se Catarina inventara tudo naquela hora. Levando em consideração tudo o que eu sabia da deusa do amor, eu esperava que fosse a segunda opção.

― Enfim, Di, deixa que eu levo a Thalia para a aula, afinal, ela não pode ir a lugar algum sem o uniforme! ― Catarina propõe, já me arrastando para longe do grupo ― Que idéia é essa de vir para um internato e não trazer o uniforme? ― ela me pergunta, séria demais. ― Sua sorte é que Afrodite nunca perde uma!

Por que deuses? Com tantas deusas para não perder uma, por que logo a mais perigosa? Porque, se tem uma coisa mais perigosa que o amor, por favor, me apresente a isso.

― Tá do lado dela agora, pirralha? ― pergunto.  

― Eu tenho o Lorenzzo, não tenho? ― Cathy argumenta, e eu não posso contestá-la.― Agora vamos, você não quer realmente chegar atrasada no seu primeiro dia de aula.

― Na verdade, eu nem queria estar aqui! ― respondi sincera.

― Desculpe, mas você tinha outra vida, por que então a trocou por isso? ― ela pergunta, claramente referindo-se a caçada.

― Não sei! E eu odeio não saber!

― Talvez a resposta que você procura esteja dentro de você! ― ela sorriu, e me levou para seu quarto, onde troquei de roupa, enquanto ela buscava por meu material. ― Coturnos?

― O quê? Eu já tenho que usar essa roupa de patricinha, ao menos algo meu eu preciso manter! E obrigada por pegar minha mochila. ― sorri passando por ela.

Sei que deveria esperar por ela, porém tudo o que eu menos queria era tagarelar até as salas de aula. Eu já teria que ouvir muito durante o dia, e se eu pudesse evitar jogar conversa fora, eu evitaria. Eu estava irritada, e não seria legal da minha parte descontar isso nas pessoas, especialmente em Catarina: ela choraria, tenho certeza.

― Como alguém pode realmente achar que... Merda foi essa? ― eu berro a plenos pulmões, encarando um belo par de olhos verdes.

― Ops, desculpe, princesa! ― o garoto sorri, e se levanta, me puxando junto ― Deveria prestar mais atenção por onde anda, ao invés de falar sozinha por aí. Sou o Sam! ― ele sorri.

― Thalia! E foi mau, mas é meu primeiro dia aqui! ― disse sem graça. Não, não era normal me apresentar a skatistas que te derrubam por aí, mas eu estar em uma escola também não era normal.

― Ah, sim! É, é realmente estranho o primeiro dia de aula por aqui! Você não deveria estar com o comitê de saias curtas, digo, o comitê de boas vindas? ― ele me pergunta.

― Deveria, só que esqueci que deveria estar com o uniforme, e me esqueci de trazê-lo também, mas por sorte uma amiga minha trouxe para mim! ― pare de contar histórias longas, Thalia.

― E eu deveria estar na aula de matemática! ― ele olha pro seu relógio de pulso. ― Qual sua primeira aula?

― Química, com a Sra. Eastwick! ― respondi, me sentindo meio decepcionada: Sam parecia um cara legal, e já que eu desistira da caçada...

Annabeth se orgulharia desse pensamento meu.  

― Uau, turma avançada, novata! ― Sam me parabeniza, e me indica o caminho certo para o laboratório, que não era muito longe dali. ― Boa sorte! Nos vemos pelos corredores! ― ele sobe no skate e volta a direção que seguia.

Enquanto eu vou para meu primeiro dia de aulas, depois de vários anos...

P. O. V Nico:

Lyra já tinha me avisado sobre Maite e os problemas que a levaram a ser internada na Yancy, por isso resolvi mentir, achando que estava a salvo. No entanto, nunca estive mais errado.

― Então, Nico, já que não é solteiro, onde está sua namorada? ― ela me pergunta, se pendurando no meu braço.

John feliz-filho-de-Deméter Schindler, continuou aproveitando o tour pela escola, junto com sua namorada, que o guiava por ali.

― Ah... Ela ta por aí! ― respondo de forma evasiva, o que faz Valentina rir atrás de mim.

― E por que ela deixou um pedaço de mau caminho como você andar livre por aí?

― Ela não deixou, Maite! Ela colocou a Valentina pra tomar conta de mim, assim como o namorado dela pediu que eu fizesse isso! ― me soltei de seu braço, e segurei o da gêmea da minha amiga, que me encarou com deboche.

― E eles não têm medo de vocês acabarem se pegando? Porque, putz, vocês são muito gatos, imagine só os dois na...

― Ahn, Maite, não me leve a mal, mas mesmo concordando com a parte em que Nico é bonito, eu nunca trairia meu namorado! ― Valentina nunca me pareceu tão séria, ou tão ofendida.

― Então ele deve ser muito bom de cama, pra você negar um cara como ele! ― Maite sorri. ― Sabe, eu estava pensando.

― Desculpe querida, mas Eleazar é só meu, e eu não divido por nada, nem por um ménage! ― Valentina sorri, e me puxa para longe dali ― Aquela ali é uma vadia declarada, como minha irmã pode ser amiga dela?

― Sua irmã enxerga o lado bom das pessoas! ― dei de ombros. É preciso enxergar o melhor de cada um para ser amigo de alguém como eu... Se Catarina de Lyra conseguia ser minha amiga, ela conseguiria ser amiga de uma ninfomaníaca como Maite.

― E eu enxergo o lado ruim! O daquela ali é ser vadia nível Drew! ― ela empinou ainda mais o nariz. ― E aquela loira ali, é maluca! Cocaína pura na veia!

― Vou acreditar em você! Mas é realmente sério que você ta com ciúmes do Eleazar, sendo que ele nem ta aqui? ― e eu me arrependi de perguntar assim que fechei a boca.

― Nico di Angelo, você realmente me perguntou isso?

― Não?! ― sugeri esperançoso.  

― Acho bom que não tenha! ― ela me lança um olhar cheio de ódio, e continua a me puxar pela escola.

Não era para o filho de Hades aqui lançar olhares mal encarados? Tem que ver isso aí, produção. Além disso, só eu tinha que lidar com filhos malucos de Apolo? Primeiro Will, depois Catarina, e agora Valentina? Não tem Nico di Angelo suficiente para isso.

― Muito bem, gente, agora me digam qual o seu primeiro horário, para que eu possa encaminhá-los para as salas certas! ― Diamond sorri, interrompendo nosso tour.

Um a um dizemos nossos horários, e somos dispensados, até que sobram apenas a loira e eu.

― Você vem comigo, temos o primeiro tempo juntos! ― ela sorri para mim, e eu me vejo sorrindo de volta.

Meu primeiro tempo era aula de química, uma matéria que eu achava desnecessária, mas sabia de tanto passar meu tempo com os filhos de Hécate e os filhos de Apolo. Entramos na sala, e Diamond segue para uma das mesas, sentando-se ao lado de outra garota que já estava ali, enquanto eu sigo em direção a senhora Eastwick, a professora da disciplina.

― Ah, sim, o aluno novo! Sobrenome italiano, pelo que vejo! Hm, sim! Ah, pode se sentar ao lado daquela jovem ali. Como são os únicos alunos novos aqui, terão que sentar juntos até o término do semestre. ― a professora aponta para uma menina de cabelos negros. Belos cabelos negros.

― Olá, sou novo aqui também. Meu nome é Ni...

― Eu sei quem é você, emo, agora senta essa bunda espectral aí, e presta atenção na aula. ― Thalia me interrompe, e eu não poderia acreditar no quão clichê seria aquela aula.

Que ótimo jeito de começar uma segunda-feira: indo para um internato onde quase todos têm algum problema psicológico ― com exceção dos semideuses, que têm problemas com monstros e deuses ―, tendo como guia uma ninfomaníaca que dá em cima de você, e para completar, tendo Thalia Grace como parceira de laboratório, na aula de química!

Que mais poderia dar errado nesse dia?!


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Notas finais do capítulo

Mais de 1k de palavra foi adicionado a esse capítulo, o que preencheu algumas lacunas que eu não reparei que tinha. Além de ajudar a compreender algumas atitudes e personagens.
Espero que tenham gostado/estejam gostando das mudanças feitas!
Beijoos e até os reviews