Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 44
43 - Tempos Tenebrosos


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente!! Pensei que não conseguiria escrever esse capítulo para essa semana, mas graças à recomendação da lady of heaven, eu consegui o empurrãozinho que faltava *u*
Mas, como havia prometido antes, esse capítulo vai especialmente para a larissa carvalho, pela recomendação da semana passada.
lady, já vou começar a escrever seu cap, ok?!
Obrigada a todos que estão lendo!!



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P. O. V Eleazar:

Havia perdido o tempo em que estávamos rodando pelo Acampamento, procurando por Nico.

Fomos mais uma vez ao Anfi-teatro, e ele não estava lá; fomos ao bosque perto dali e nada; demos a volta, passando pela colina, o campo de morangos e a Casa – Grande e nenhum sinal de Nico.

Onde esse garoto se enfiara?

– Ai, meus deuses! – Thalia choramingava – Eu prometi tanto que não o deixaria sozinho

– Não é sua culpa, Thalia! – Catarina murmurou, segurando seu vestido. – É minha culpa.

Sua expressão era mesmo de culpa, mas eu não saberia dizer se ela estava atuando – para nos convencer – ou se sentindo realmente assim.

– O que quer dizer? – a ex-caçadora vira-se para a profetiza.

– Eu sabia que isso iria acontecer! Valentina tinha me alertado, e eu previra isso também.

– Pera: Valentina sabia disso? – e é minha vez de ficar confuso.

Se minha namorada sabia de algo tão sério assim, por que não me contara? Estivemos juntos diversas vezes desde que toda essa confusão começara, e eu havia lhe perguntado o que havia de errado, e tudo o que ela fizera foi balançar a cabeça negativamente e me deixar por fora.

Se Valentina sabia disso, e sabia que podia confiar em mim, por que sempre tentava me livrar desses problemas?

– Sim! E... – antes que Cathy pudesse falar alguma coisa, seu rosto exibia uma marca vermelha, de 5 dedos estampados em sua cara.

– Você sabia e nos deixou sofrendo esse tempo todo? – Thalia a balançava pelos ombros – Por que não nos contou? – a fúria estava estampada em seus olhos elétricos, e ficou mais evidente ainda quando relâmpagos cruzaram a abobada celeste.

– O que me adiantaria contar alguma coisa? Só os deixaria mais estressado; você ficaria mais estressada. – Catarina contesta

– Eu não sei... Poderíamos ter feito algo para impedir!! – Thalia argumentou, praticamente arrancando os cabelos

– Ah é? E o que poderíamos ter feito? Mudar o casamento para o Palácio de Charlottenburg, para que não nos encontrassem? Ficar de olho no Nico durante vinte e quantro horas, impedindo-o de ter privacidade? Vigiá-lo com uma câmera? Por um alarme nele, que disparasse toda vez que ele se afastasse?

– Não! Mas podíamos ter nos preparado! – Thalia a empurra para longe, com o impacto de um raio – Tem razão: a culpa é toda sua!

– E é por isso mesmo que serei eu que concertarei a merda toda! – Cathy nos dá as costas e se afasta, entrando cada vez mais na floresta.

Eu só esperava que ela soubesse o que estava fazendo...

P. O. V Autora:

Sabem aquele famoso ditado “nada é o que parece”? Pois então, creio eu que, quem quer que o tenha criado, provavelmente conhecia várias profecias... Talvez tenha sido o próprio Apolo que tenha inventado isso...

Enfim, mais uma vez, tal ditado podia ser aplicado à uma profecia.

Depois que Catarina se afastou, na tentativa de aniquilar a confusão que causara ao tentar não arranjar confusão – confuso, eu sei, mas é isso mesmo que aconteceu –, Thalia, ainda com raiva, e Eleazar continuaram no caminho em que estavam.

Mas, o que nenhum dos dois poderia prever, mas Catarina já desconfiava, é que estavam sendo enganados...

– Ué gente, por que estão aqui? – ganha um estoque de flor de lótus, quem descobrir o autor dessa pergunta.

– NICO? – Thalia e Eleazar gritam, abismados

– Eu! – a garota pisca, com um pote de salada de frutas na mão. – Por que estão tão surpre... Hum?

E subitamente, Thalia o abraça, como se sua vida fosse depender disso, como se todo o oxigênio do mundo estivesse dentro dele. Ela o abraça, entre lágrimas e risos, sem se importar em manchar a camisa dele ou borrar seu rosto, ou parecer uma doida: estava muito aliviada para se ligar em futilidades como essas.

– Onde você se enfiou?? – ela pergunta, segurando seu rosto entre as mãos.

– Na cozinha do acampamento... Eu fui fuxicar as comidas da festa, porque estou com fome e porque sou curioso mesmo! – ele deu de ombros. – E por que você está chorando e rindo, Lia? E por que você ainda ta vestido desse jeito?

Eleazar, então, dedica os próximos minutos em uma narrativa, descrevendo como foi interromper seu trabalho e ir atrás de Thalia e Catarina, que acharam que ele havia sumido ou entrado no bosque e sido seqüestrado.

– Por que raios eu faria isso? – ele ergue o rosto de Thalia – Você pediu que eu não fizesse, e eu sempre sigo seus conselhos.

Tal ponto era verdade, mas tampouco surgiu efeito nela, que só pensava em como estava feliz por tê-lo ali, em seus braços, e por poder se perder mais uma vez nos olhos negros dele.

Mas, enquanto ela estava ali, deleitando-se com a volta dele, e ele deleitando-se com a preocupação dela, algo sombrio se espalhava pelos domínios divinos.

Todos sabem que não devem se aproximar do bosque sozinhos, sabem que é perigoso; mas não há limites para os puros de coração, que sempre põem a necessidade de seus amigos acima dos perigos que podem enfrentar por isso. Todos sabem disso, inclusive nossos “convidados indesejados”

E era por saber que certas pessoas são altruístas o suficiente para não ligarem para os perigos ali guardados, que eles descobriram quem era o elo mais fraco em toda aquela ligação.

– Sempre a mocinha do grupo! – o deus comenta – Por que achei que sua irmã fosse a mais fraca, quando está óbvio que você é?

– Por que ela é espalha o amor, enquanto eu me faço de indiferente! – a semideusa comenta, levando a mão à seu diadema.

Mas ela não consegue por as mãos nele, já que Cupido o faz desaparecer com apenas um estalar de dedos.

– Não será por falta de uma arma que terei medo de você! Já enfrentei seu irmão antes, e nem mesmo a personificação do medo me fez desistir de levar meus planos adiante.

– Mas minha querida! – o deus se aproximou, rodeando-a e parando a suas costas – Eu não irei lhe fazer desistir – ele sussurra em seu ouvido, segurando sua jugular.

– Então, qual o propósito disso tudo? – ela pergunta

– Não tem graça se eu contar agora! – ele ri

E sua risada se espalha pela noite, como o anúncio de tempos tenebrosos se aproximando.


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Notas finais do capítulo

Entenderam? Ficaram na dúvida de quem está sendo levada (o)?
Meninas, mais uma vez, obrigada pela recomendação de vocês!!
Beijos para todos!!