Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 41
40 - Algumas Coisas Mudam


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, amores, mas muitas coisas aconteceram na escola e eu realmente fiquei sem tempo e sem inspiração. Mas, felizmente, tenho 7 dias pela frente para escrever alguns capítulos e deixá-los prontinhos para vocês.
Muito obrigada à todos que acompanham essa fic, em especial: SweetJúlia, Frozen, Lady Jull, Larissa di Angelo, McLanceFeliz, Winky, Aphroditte, Sophneko, Drika Di Angelo, Mylla Grace e Dama das Cores.
Espero que gostem do capítulo de hoje, cujo a música é Pompeii, da banda Bastille (aliás, é uma das minhas músicas favoritas).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401223/chapter/41

P. O. V Catarina:

– Nem acredito que depois de todo esse sufoco, depois de pensar que uma de nossas estrelas não poderia estar conosco por conta de uma gripe, e que a outra estaria estressada, depois de todo esse estresse, deu tudo certo! E fomos aplaudidos até mesmo pela Broadway! – comemorei.

– Gente, muito obrigada por tornarem meu manuscrito realidade! – Ágatha agradece, com lágrimas nos olhos – Vocês não têm noção de quanto isso foi incrível!

– Ah, eu tenho muita noção: eu fiquei vocalizando por um minuto inteiro! – Thalia resmunga, mas sorria – Mas foi realmente fantástico!

– Definitivamente, a harmonia estava incrível... – concordei

– Quando poderemos fazer isso de novo? – Nico chega, abraçando Thalia. Que não se afasta, pelo contrário: se aconchega à ele.

– Depois do casamento, é claro! – Valentina chega. – Gente, temos que correr: o casamento é amanhã, e vocês precisam estar descansados para ele.

– Então, acho que é hora de irmos dormir, certo, Valentina? – me viro para ela, que está junto de Eleazar – Tenho certeza que amanhã poderão ficar juntos!

– Estraga prazeres! – Eleazar resmunga, dá um selinho em Valentina e sai, mas não sem antes bagunçar meu cabelo.

Qual o problema desse povo com o meu cabelo?

– Cara, qual o seu problema? – Valentina questiona, meio triste, meio zangada, meio querendo me matar

– Nenhum! Apenas o típico: você-sabe-que-precisamos-estar-preparadas! – ergo uma sobrancelha

– Ah, ok! – ela se toca – Onde está Lorenzzo?

– Já foi para casa! Ele vai estar lá para recepcionar os convidados!

– Certo! – ela confirma com a cabeça – Então, até amanhã pessoal! Thalia, vamos!

– Que chato, viu? – e a segunda melhor parte da noite aconteceu: ver Thalia resmungar porque não queria se afastar de Nico.

– Não se preocupem! Amanhã passarão bastante tempo juntos! – e depois dessa, saio desfilando, antes que um deles ache algo para me atingir.

[...]

– Então, amanhã é o casamento do irmão do Nico? – Maite pergunta, quando entro no quarto, depois de uma longa ducha

– Sim! Eu mal vejo a hora de vê-lo no altar: vai ser incrivelmente engraçado vê-lo gaguejar! – rio, enquanto uma série de lembraças de Lucas passam na minha cabeça

– Deve ser mesmo! – ela comenta, e volta a ler sua revista

– Está chateada por que não foi convidada? – essa foi minha preocupação desde sempre, mas não havia nada que eu pudesse fazer: Lucas não a conhecia!

– Não, Cathy, sério! – ela sorri – Eu estou preocupada!

– Com o quê? – tento ler sua expressão, mas é impossível entender o que passa naqueles olhos verdes.

– Eu não sei! Parece que... Quer saber? Esquece! Deve ser só tensão! – ela sorriu, e guardou a revista – Boa noite, fofa!

P. O. V Nico:

Eu não conseguia dormir, por mais que tentasse. Hipnos nunca foi muito camarada comigo. E não seria agora, na véspera do casamento de meu irmão, que ele começaria a ser; por tanto, resolvi fazer o que sempre faço quando a insônia aparece: assaltar a geladeira.

Claro que era muito mais fácil fazer isso quando a geladeira ficava no meu chalé (se bem que, temos um frigobar no dormitório, mas ele não está “completo”, por assim dizer), mas o fato de ela ficar na cozinha não me impediria, afinal, não sou eu que posso viajar nas sombras?

– QUE MERDA VOCÊ TÁ FAZENDO... – sim, esse sou eu, levando um susto e tendo a boca tampada por ninguém mais, ninguém menos, do que a Rainha da Superficialidade.

– Será que dá pra gritar mais alto, e anunciar que estou tentando roubar batatinhas? – ela sussurra, equilibrando vários pacotes de Lay’s em um só braço

– Thalia, você está me traindo! – cruzo os braços e ela faz uma cara de ponto de interrogação – Você veio à cozinha sem minha pessoa! Era pra ser nosso lugar secreto! – finjo chorar e levo um pacote de batatas na cara – Nunca mais vou tentar ser engraçado.

– É bom mesmo! – ela diz, abrindo um pacote – Especialmente não hoje, não essa semana!

E como eu a conhecia há muito tempo, tanto quanto posso lembrar, percebi imediatamente que ela não estava bem, que algo a afligia.

– O que aconteceu com minha Punk que usa Pantufinhas de Águia? – pergunto, sentando-me de frente para ela e apertando sua bochecha. – O que tanto a incomoda?

Eu não podia ver seu rosto na penumbra da cozinha, mas seus olhos eram como faróis azuis, que me permitiam enxergar dentro dela, me permitiam ver que ela não estava em paz, e isso muito me incomodou. Depois de tudo o que tinha passado, ela certamente merecia paz.

– Não é nada, é só que... – ela bufa, procurando por palavras – Eu ainda não descobri quem nos trouxe para cá!

I was left to my own devices (Eu fui abandonado à própria sorte)

Many days fell away with nothing to show (Muitos dias se passaram, sem nada para mostrar)

Quase me esquecera desse detalhe. Há mais ou menos dois meses, dissemos que iríamos descobrir quem nos havia matriculado na Yancy.

No início, eu pedira à Lucas e à Hazel que, quando tivessem oportunidade, perguntassem à Hades se ele havia me matriculado – uma vez que ele fora na reunião que acontecera após o quase estupro de Thalia – mas, segundo meus irmãos, ele nada sabia. Até tentei procurar mais, porém fiquei tão focado em ajudar Thalia, cuidar de Thalia, estar ali por Thalia, que acabei me esquecendo completamente. E então vieram as provas, o amigo oculto, os preparativos para o casamento, o musical, e saber quem tinha me posto ali não importava mais.

Até porque, eu não queria mais sair, não enquanto ela estivesse lá.

– Eu esqueci completamente desse detalhe! – lhe confessei

– Não consigo fazer o mesmo! – ela murmurou – Isso é um grande mistério e, de acordo com meu histórico de tragédias, todo mistério é o início de uma grande confusão.

– O que quer dizer?

– Olhe, quando Luke quis recomeçar a Era de Ouro, como tudo começou? Com todos se pergunta quem havia roubado o Raio Mestre. Foi um mistério, que te tirou do Lótus e me tirou de uma árvore. E está acontecendo de novo. Na mesma cidade, com as mesmas pessoas. – ela discursou fervorosamente, como se não tivesse muito tempo.

And the walls kept tumbling down (E as paredes continuam a ruir)

In the city that we love (Na cidade que amamos)

– E, como se não bastasse isso, ainda tem alguém que não está muito feliz com essa sua carinha fofo de emo e está louco para te ver morto em uma floresta. – ela prosseguiu – E a visão de nossas profetizas foi toldada: tudo o que elas vêm ao buscar pelo rosto da ameaça, é uma escuridão intensa.

Great clouds roll over the hills (Grandes nuvens passam sobre as Colinas)

Bringing darkness from above (Trazendo escuridão de cima)

E ela tinha razão, tudo em nosso mundo começa com um mistério: quem roubara o raio de Zeus? Onde estava Percy Jackson? Quem é Jason e de onde ele veio?

E então, tudo se transforma em caos: Luke quer trazer Cronos de volta, Gaia está despertando, e existe outro acampamento.

– O modo operante não muda, só que novos vilões surgem! Nós nunca seremos apenas adolescentes! – ela suspira, e percebo que havia terminado. Mas seus olhos ainda escodiam alguma coisa.

But if you close your eyes (Mas se você fechar seus olhos)

Does it almost feel like (É quase como se)

Nothing changed at all? (Absolutamente nada mudasse?)

And if you close your eyes (E se você fechar seus olhos)

Does it almost feel like (É quase como se)

You've been here before? (Você tivesse estado aqui antes?)

Entretanto, apesar de todas essas coincidências (para não dizer evidências), eu sentia que havia algo diferente.

– Sei que vai parecer bem estranho isso o que vou dizer, principalmente vindo de mim! – seguro em sua mão e olho no fundo de seus olhos – Mas você não pode perder a esperança! Tem amigos aqui, que como sempre, lutarão ao seu lado se algo ruim acontecer! EU lutarei!

– Mas não é comigo que estou preocupada, seu idiota! – ela soltou minha mão e me empurrou – É com você! Se alguma coisa acontecer com você, não vai ser nada legal! E é um saco dizer isso... É como uma fraqueza.

We were caught up (Fomos envolvidos)

And lost in all of our vices (E nos perdemos em todos os nossos vícios)

In your pose as the dust settles around us (Em sua pose enquanto a poeira abaixa à nossa volta)

E com essa eu tive que rir, porque eu nunca imaginei que veria Thalia Grace assustada. Principalmente assustada com a possibilidade de algo acontecer comigo. Era engraçado e fofo ao mesmo tempo.

– Viu como sou idiota ao me preocupar com você? Eu aqui, toda preocupada, e você aí, rindo! – ela seca uma lágrima e pega um punhado de batatas.

– Não estou rindo porque a acho idiota! – digo, puxando-a para meu colo – Estou rindo porque nunca pensei que escutaria isso! É fofinho! – beijo sua nuca, e a sinto arrepiar-se.

– E constrangedor! – ela murmura

– Mas se quer saber, também estou preocupado! – sussurro – E é com você! Porque sei bem o quão impulsiva você é, e tenho medo de que isso se torne uma fraqueza em algum momento.

How am I gonna be an optimist about this? (Como posso ser otimista quanto a isso?)

– Não é estranho? – ela pergunta, virando-se para mim – Dois meses atrás estávamos quase sempre nos matando ou discutindo, e agora estamos aqui, preocupados um com o outro...

Sorri com essa constatação. Era realmente inimaginável tal situação. Se me perguntassem, eu jamais saberia dizer como aconteceu.

Oh where do we begin? (Oh, por onde começamos?)

The rubble or our sins? (Os escombros ou os nossos pecados?)

– Parece que algumas coisas mudam no nosso mundo, afinal de contas! – acaricio seu rosto e recebo um sorriso em troca.

– Acho que gosto de algumas mudanças! – ela puxa meu cabelo, como da primeira vez que estivemos a sós naquele lugar.

– É! Eu também! – e eu a beijo, como da primeira vez que estivemos ali, mas dessa vez não é um selinho ao acaso.

O beijo também mudara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
E como eu disse antes, vou tentar escrever mais durante esses dias, mas o esquema de postagem vai ser o mesmo.
Beijos!!