Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 34
33 - Planos


Notas iniciais do capítulo

66 pessoas acompanhando, 11 favoritaram, 4 recomendaram:: (parafraseando a Avril) Minna saiko, arigato!! E muito obrigada também, àqueles que comentaram no último capítulo: Dama das Cores, Drika Di Angelo, laura stoll olimpicus potter e SweetJúlia.
Espero que todos gostem do capítulo.



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P. O. V Lorenzzo:

E pensar que há 15 minutos eu estava achando detestável a idéia de ser padrinho. Agora acha incrivelmente engraçado!

– Lucas! – Cathy engasgando¹ - Nico? – Cathy engasgando²

– Pelo menos esses estão vestidos, né? – Lucas se vira para Nico

Se olhar matasse, Lucas visitaria seu pai antes do tempo, tamanha era a raiva assassina no olhar que Nico lhe dirigiu.

– Não, pera, ele não ta vestido! Meus Deuses, Catarina! Teu pai sabe que tu sai por aí molestando filhos de Marte indefesos? – Lucas pergunta

– O QUÊ? – Cathy surta, e me empurra pro lado (alguém me socorre, que eu caí). – LUCAS, RETIRE O QUE DISSE! – ela segura o amigo (vários centímetros mais alto que ela) pela gola de sua camisa pólo e, pasmem, o ergue alguns centímetros do chão.

Anotação mental: não estresse sua namorada baixinha que tem poder de te erguer!

– Nico, me ajuda aqui! – Lucas pede, sufocando

– Morre que passa! – o irmão mais novo responde, folheando uma revista com desinteresse e se servindo de champagne. – O padrinho tem que usar um terno que combine com o vestido da madrinha? – Nico pergunta

– Mas é óbvio! – uma vendedora (Claire??) responde

– Ah, ótimo! Porque eu sei muito bem qual vestido a Grace vai usar! – Nico se livrou da revista, que era sobre carros. – Aqui tem vinho?

– É uma loja de filhos de Afrodite, não de filhos de Dionísio! – Claire resmungou – E caso não saiba, o Champagne também é um tipo de vinho.

– Quero algo mais encorpado! – Nico diz – Um Cabernet Sauvignon ou Malbec?

– Você não sabe o vestido da Grace, mas sabe que o sutiã de hoje era roxo! Aliás, eu também sei! – Lucas tentava se recuperar, enquanto eu tentava conter Cathy, que ainda queria enfiar o braço de um manequim em um lugar nada agradável.

– Comé? – eu, Cathy e Claire perguntamos

– Lucas, só uma coisinha – Nico ergue o irmão pela gola da camisa, se movendo rápido como uma sombra. – Nunca fale da Thalia perto de mim. Eu jurei protegê-la, e isso inclui protegê-la de seus comentários ridículos. – ele solta o irmão, e sua fúria é tão grande que sombras começam a se acumular ao seu redor.

– Gente, que tal um pouco de calma? – Claire pede, e tinha tanto charme em sua voz, que Cathy quase dormiu. Quase.

– Perae! – Cathy diz, meio acordada, meio dormindo – Que história é essa de sutiã roxo?

P. O. V Valentina:

Chão da sala, preguiça de lavar a louça... Quase parecia que estávamos no Canadá. A diferença, é claro, estava na ausência das mini-morangos.

– Em que tanto pensa e não compartilha comigo? – Elz me pergunta, virando-se para mim e segurando em minha cintura.

– Afrodite quer um novo casal... E tem gente que não a apóia! Gente muito próxima e gente que não conhecemos...

– Conhecemos? Quando você se incluiu nessa? – ele questiona, preocupado

– Quando... – e então, eu lhe contei sobre a visão da garota de trança, de como Cathy me pediu para vasculhar o passado em busca de pistas e tudo o mais que eu podia contar. – E, é isso: eu quero ajudar, mas, como é de costume, me tiraram do jogo.

– Não acho que te tiraram do jogo! – ele me puxou para mais perto – Acho que a estão movendo pelo tabuleiro.

– Sabe que sou boa apenas com vídeo-games, jogos de tabuleiros não são minha praia! – pisquei confusa.

– Talvez, sua ajuda agora, nesse momento, não seja tão necessária quanto no futuro. Talvez, por enquanto, você tenha apenas que se concentrar em achar as respostas no passado e ajudar sua irmã! – ele disse, calmo como sempre.

Um silêncio reinou entre nós. Mas não o tipo de silêncio constrangedor que rolava nos primeiros meses de namoro; era aquele tipo de silêncio gostoso, que nos permite apreciar cada detalhe do ser amado. Como, por exemplo, os olhos claros que me observavam atentamente, ou os cabelos ruivos que caiam no meu rosto. Ou, os lábios abertos, tentando formar palavras que não lhe viam e seus olhos, que ora miravam os meus olhos, ora miravam meus lábios. Era um silêncio gostoso, do tipo que eu considerava a música mais romântica do mundo.

– Je t’aime! – sussurrei, como quando estávamos no Canadá.

– Je t’aime trop! – ele sussurrou, levando a mão aos meus cabelos e os soltando.

E eu sabia que não poderia pará-lo mais; não por ele ser mais forte que eu, mas porque ambos queriam, ambos tinham sede e fome um do outro. E acho que, como de costume, era eu quem mais estava faminta.

– Vai me beijar agora? – sorri para ele

– Não! – ele sorriu de volta, ainda acariciando meu rosto – Eu vou apenas adimirá-la! Fotografando-a em minha mente! Guardando cada detalhe, para me apegar à eles quando você não estiver aqui!

– Será que passar muito tempo comigo te fez mal? – perguntei, segurando em seus ombros. – Você está tão poético!

– Não gosta disso? – ele pergunta confuso

– Pelo contrário: eu amo! – volto a me perder nas geleiras que são seus olhos

– Ok, eu deixo você me agarrar agora! – ele ri

– Nhão! – eu ri da minha infantilidade, e ele também – Esse silêncio está ótimo; vamos aproveitar mais um pouco! – acaricei seu rosto, e ele beijou a palma da minha mão.

E voltamos ao silêncio. Um silêncio em que, agradeci à Afrodite, por ter posto aquele anjo em meu caminho.

P. O. V Aria:

John e eu estávamos almoçando, mas eu não conseguia tirar a conversa com Afrodite da cabeça. E muito menos podia esquecer os medos de Catarina.

Eu não tinha medo do que podia acontecer por eu estar me envolvendo nos planos de Afrodite. Não era a primeira vez que eu juntava um casal improvável, eu me atrevia a dizer que era a terceira (ficar com John foi mais difícil do que juntar Eleazar e Valentina), e mesmo que Cupido surtasse e resolvesse me atingir... Bom, ele que se preparasse para uma estrategista de primeira.

– Aria, você ta bem? – John perguntou, balançando a mão na minha frente.

– Sabe qual o perigo de trabalhar com o amor? – refleti

– Não faço idéia, exceto que ele pode mudar você! – ele disse, comendo um pedaço de pudim – Por exemplo, queríamos nos matar! E olhe para nós agora! – ele sorriu

– O amor é algo dúbio! Muda do nada: uma hora você ama, outra você odeia! Uma você quer por perto, outra tudo o que quer é a pessoa o mais longe de você possível...

– Estamos falando de nós, ou do seu “trabalho”? – John perguntou, com um sorriso malicioso – Por que, pelo que vi hoje, não dará tanto trabalho.

– Não sabia que vegetais eram fofoqueiros! – Thalia chega e se senta na mesa.

– Quando amamos não fazemos fofoca: contamos sobre o nosso dia-a-dia. – John respondeu. – Vai aprender sobre isso um dia!

– Não, muito obrigada, não quero virar fofoqueira! – ela fez uma careta

– Ou será que você tem medo de se apaixonar? – pergunto

– Gente, qual o problema de vocês? Será que não posso simplesmente beijar um garoto, sem que pense que eu estou a fim dele?

– É que, tipo assim, você passou os últimos 6 anos com um grupo que jurou virgindade eterna... – John murmura – Então fica estranho você saí se agarrando com os outros por aí...

– GEEEEEEEEENTE! – um grito interrompe Thalia e nos deixa um pouco abismados – Vocês viram o Nico? – e não foi Diamond, muito menos Lena quem perguntou. Foi Agatha!

– Nossa, você ainda estuda aqui? – pergunto – Você sumiu nessas últimas semanas!

– Clube de teatro, maior loucura! – ela ofegou – Mas então, alguém viu o Nico?

– A Thalia viu! A Thalia o agarrou! A Thalia quase... – John é calado por um belo tapa na cara – Vira minha cara ao avesso. Ouch!

– Eu até poderia bancar a namorada boazinha e dizer: ah, tadinho; mas vou ser realista: bem feito! – digo, e recebo um olhar do mal do vegetal

– Danem-se vocês! Thalia, cadê o Nico? – por que tanto desespero, hermana?

– Acho que ele e o irmão foram ver alguma coisa do casamento! – Thalia responde, sem interesse algum – Por que tanto interesse nele? Connor sabe que você quer traí-lo com o Nico?

– Pra se trair, é preciso estar junto! E eu não quero trair ninguém, embora adimita que eu pegaria o Nico se eu tivesse chance – mas gente, quem é essa e o que faz com a Agatha? – Mas, enfim, eu não quero a boca dele; eu quero as cordas vocais!

– O quê? – perguntam o vegetal, Thalia e eu.

– É o seguinte... – e ela dedicou a próxima meia-hora nos contando sobre as idéias do clube de teatro – Então, a apresentação de vocês ainda está no topo dos assuntos. – e ela mostra a rede social da escola, onde a hashtag #GracediAngelo estava no topo dos assuntos. – E eu concordo com eles: vocês dois, em um dueto, são mesmo uma graça dos anjos!

– Ai, mas eu podia passar sem essa! – Thalia dá um tapa na própria cara – Olha, só cantamos uma música juntos...

– Isso! – Agatha exclama e começa a mandar mensagens – Thalia, acha o Nico e encontre comigo no auditório 2 o mais rápido possível! – e a loirinha some.

– Alguém entendeu? – Thalia pergunta

P. O. V Nico:

– Me sinto um pingüim! – reclamei

– Será que a Thalia curte um pingüim? – Cathy riu, sentada (lê-se jogada) numa poltrona

– Não começa! – eu disse, corando e tirando a gravata

– Relaxa, bobo! Ninguém ta nem aí se vocês estavam quase se comendo no seu quarto, na hora do almoço, e seu irmão te atrapalhou... Sério, ninguém liga, nem vai lembrar disso! – ela passou a folha de uma revista – Claire, quero um vestido desse...

– Será que cabe em você? – Claire destila um pouco de veneno, enquanto trabalha no terno de Lorenzzo (ou será que ela trabalhava nos músculos?)

– Acho que o bico fino do meu sapato cabe em certo lugar que você gosta de dá... – Cathy reflete

– Você ta muito agressiva hoje! – Lucas diz, sorrindo para seu próprio reflexo.

– Mas, então, agora que já experimentei minha roupa, e vemos que ela cabe perfeitamente bem... Posso ir embora? – peço

– Quer voltar para o corpo eletrizante da Thalia? – Lucas pergunta, me lançando um olhar malicioso.

– Será possível que um homem não pode apenas sentir fome? – pergunto

– Que tipo de fome? – Claire pergunta

– Do tipo que um bom hambúrguer pode matar! – resmungo, procurando pela minha roupa.

– Oláa! – Catarina balançou minha camisa em suas mãos – Isso que eu to vendo é uma mancha de batom?

– Dá isso aqui! – tomo a camisa de suas mãos e a visto – Querem saber? Não importa se posso ir embora ou não... Apenas saibam que já fui! – e aproveitando que, com tanta raiva eu havia reunido muitas sombras ao meu redor, fiz a viagem nas sombras mais rápida da minha vida. – Ah, muito bonito, hein?

P. O. V Aria:

A sorte com certeza não estava ao meu favor! Primeiro uma reunião com Afrodite, e agora ser pega aos amassos com John.

Caramba, eu estava quase sem roupa!!

– Nico! Será que dá pra ser mais indiscreto? – John pergunta, enquanto eu fecho minha calça e procuro por meu suéter

– Indiscreto? Eu? Meu filho, você que quer fazer saliências com sua namorada, em pleno dia, num dormitório que você compartilha... Por que não foram para o quarto dela? Diamond não voltaria tão cedo quanto eu voltei! – Nico disse, rindo, e tirando a camisa

Uau, pra que lado olho agora? Vegetal ou Caveira? Vegetal ou Caveira!

Se concentra! – Afrodite berra em minha cabeça

– Desculpe por isso! – John murmura, vermelho.

– Quem sai na chuva é pra se molhar... – sorri, e lhe dei um beijo.

– Eu desisto de procurar o... NICO! – Thalia grita, levando a mão ao peito – Ai, Zeus, de onde esse garoto surgiu? E porque você ta toda amassada e com o suéter ao avesso?

– Melhor a gente sair daqui, Cara de Pinheiro! – Nico segura Thalia pelo pulso – Antes que Q.Izinho e Matinho nos esfolem... SE PREVINAM! – ele berrou antes de sair do quarto.

– Meus deuses, que vergonha! – murmuro

– Mas pense pelo lado bom... – John sussurra, beijando meu pescoço

– Que lado bom?

– Eles já não estão mais aqui! – ele foi aproximando mais os beijos, enquanto sua mão apertavam com mais força minha pele exposta – E duvido muito que voltem, agora que se encontraram...

– Então, não correríamos perigo algum em continuar... – continuei sua linha de raciocínio.

– Exatamente! – ele me beijou e eu sinceramente mataria qualquer um que entrasse naquele quarto naquele momento.

Mataria até mesmo um deus...

P. O. V Thalia:

– Onde você esteve? – perguntei, enquanto Nico me empurrava, as gargalhadas, pelo corredor de seu dormitório

– Provando a roupa para o casamento! – ele responde, rindo e me jogando contra parede – Eu posso estar com raiva do Lucas, mas agora entendo como foi divertido para ele!

– Pelos deuses, o que você ta falando? – pergunto

– Não importa! – ele ofega e encosta sua testa na minha. E eu me perco nas sombras em seus olhos – Nada importa! – ele segura meu rosto delicadamente, como se fosse quebrar, e me beija ferozmente.

E eu parei de raciocinar porque a única coisa que eu conseguia me concentrar era o corpo que me prensava contra a parede, as mãos que apertavam minha cintura, e os lábios que sussurravam meu nome. Nico estava toltando totalmente a minha mente.

– Nunca pensei que fosse dizer isso, mas... – ele começou a falar – Eu senti sua falta!

– Co-co-como assim? – droga, por que eu to gaguejando

– Você...

– Ah, até que enfim achei os dois! Venha, meus divos, o pessoal ta esperando por vocês! – Ágatha surge, nos puxando para o Auditório 2, onde o pessoal do teatro estava – Steve, eu consegui, eu os trouxe!

– Ah, finalmente, meus protagonistas perfeitos! – um cara barbudo e barrigudinho (muito parecido com Poseidon) diz.

– Protagonistas Perfeitos? – Nico e eu nos entreolhamos.

No que será que nos metemos agora?


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Notas finais do capítulo

Quem está no grupo, tem uma idéia sobre o que eles se meteram :D
Espero que tenham gostado, e que me deixem reviews!! Adoro responder o reviews de vocês.
E eu queria fazer uma pergunta e pre-ci-so que vocês respondam: se eu escrever e postar uma fic sobre a história da Valentina e do Eleazar, vocês leriam? Porque já tem sobre a vida da Cathy, mas nada sobre a irmã dela! E então, vocês leriam??