Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 33
32 - Deixem Tudo Com A Barbie


Notas iniciais do capítulo

SweetJúlia, meu amor, muuuuuuuuuuuuuuuito obrigada pela linda recomendação!! Como você sabe, me fez chorar :') Então esse capítulo é todo pra você!!
Mas também vai para todos que comentaram e em especial para a Dama das Cores, que está fazendo aniversário hoje *u* Parabéns para a nossa Steph (que nem se chama Steph, mas ok).
Espero que gostem, amoras!



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P. O. V Catarina:

Assim que Aria mencionou Cupido, Afrodite enrijeceu, e uma luz iluminou minha mente.

– É ele, não é? É ele que está querendo nos impedir! – me soltei do abraço de Valentina, que não deveria estar ali.

– Pode ser que seja! – a deusa suspirou – Quando ele vai crescer? Ou quando vai abandonar sua má personalidade? – e de repente me arrependi de ter gritado com ela; sentia uma enorme vontade de abraçá-la e dizer que tudo acabaria bem – Sou uma péssima mãe; e parece que todos os meus filhos têm algo contra você!

– Deimos é meu amigo, e algumas pessoas de seu chalé também! – disse, mas logo tirei essa idéia da cabeça. – Enfim, o que faremos?

– Nada! – Afrodite disse, com a maior calma do mundo

– Como assim nada? Eu não agüento mais ouvi-la gritando na minha cabeça que vai matar o maldito filho de Hades! Olha, se quiserem, eu to nessa: gosto mesmo de juntar casais! – Valentina diz, e eu tenho vontade de chutá-la para fora dali e mandá-la tomar jeito. Ela precisava sair um pouquinho do mundo romântico e sensual que ela e Eleazar criaram, e vir para o mundo onde um romance não é tão fácil.

Mas então lembrei que não sabia como eles haviam se conhecido, e isso me fez ficar quieta. Ou quase.

– Concentre-se no que eu te pedi! Só isso, por favor! – peço.

– Ah, mas, eu queria que pelo menos alguém por aqui pudesse ter sua alma gêmea! – ela reclamou – Já que para alguns de nós é impossível!

– Não por muito tempo! – Afrodite estalou os dedos, e Valentina sumiu

– O que você fez com minha irmã? – pergunto, assustada

– Mandei pro Ruivo. Entrega rápida do correio do amor. – Afrodite respondeu – Aria, seu namorado precisa de você! – e outra que some. – E pra te provar que NADA, nem NINGUÉM, nem mesmo meu filho, desfaz algo que eu quero... Tchau pra você também! – e então, sou tragada por uma nuvem cor de rosa.

P. O. V Valentina:

Entendi que Afrodite quer juntar Nico e Thalia, embora eu não soubesse os motivos, e a apoiei. Também entendi que havia quem não apoiava, e queria lutar contra eles. Mas mais uma vez apenas me protegeram e me mandaram para longe.

Mas eu não podia reclamar: minha nuvem cor de rosa particular me fez parar na suíte de Eleazar, no exato momento em que ele cantarolava no chuveiro.

Não resisti e o acompanhei.

Light of my life, fire of my loins (Luz da minha vida, fogo da minha carne)

Be a good baby, do what I want (Seja um bom garoto, faça o que eu quero)

Light of my life, fire of my loins (Luz da minha vida, fogo da minha carne)

Gimme them gold coins, gimme them coins (Dê-ma as moedas de ouro, dê-me as moedas)

E, ao ouvir minha voz, ele se vira.

– Poxa, eu tava gostando de ver sua bundinha sexy! – comentei.

– Como é que... – ele perguntou, com shampoo escorrendo por seu corpo.

– Afrodite! – respondi, como se explicasse tudo. Mas eu não queria explicar nada, não com ele nu bem na minha frente.

– Quer parar de me comer com os olhos? – ele diz, e só os deuses sabem quantos sentidos haviam naquela frase.

– Te comeria de outra forma, se eu não precisasse muito conversar! – suspirei e sai do box, fechando-o em seguida – Tome seu banho rápido, por favor!

– Eu já pretendia fazer isso; mas com você aqui fica difícil! – ele implica, mas abre o chuveiro – Tem certeza de que não quer se juntar a mim?

– Tenho! – disse, embora meu corpo dissesse ao contrário – Vou procurar alguma coisa para comer!

– Mas eu já estou aqui! – ele ri

– Argh! – ele ri mais ainda, e eu vou para a cozinha de seu apartamento.

Quer dizer, vou depois de parar no corredor, e ver uma das minhas fotos favoritas. Lembrava bem como essa foto foi tirada. Estávamos na cidade baixa de Quebec com alguns amigos, onde há vários campos; Eu estava deitada na grama, conversando com Aria, que tinha acabado de chegar de seu intercâmbio no Brasil; e então, eu senti algo se chocar contra mim.

– Ouch, você pesa! – lembro que reclamei

– Todos pesamos! – ele riu, e isso deixou seus olhos claros brilhando – Mas só eu te amo! – ele sussurrou e começou a beijar a curva do meu pescoço, perto da orelha. E eu comecei a rir, porque sinto cócegas. – Você é uma chatinha, mas eu não saberia mais viver sem você!

– Awwn, merece uma foto! Meu primo ta virando um cara fofo! – e então, a foto é tirada.

Suspiro, ao lembrar daqueles primeiros meses de nosso namoro.

– Ai, meus deuses! – exclamo, quando dou de cara com um ser meio exageradamente magro sentado no sofá da sala.

– Ah.. Uau! – o cara exclama, quase deixando o notebook cair do colo – Você... você é a garota da foto! – legal, tenho um rótulo agora – A...

– Minha namorada, por tanto pare de babar! – Eleazar aparece na sala, usando apenas jeans.

Mulher, se controle e não pule no seu namorado agora.

– Sou a Valentina! Maria Valentina! – me apresentei

– Sou Chris! – ele conseguiu não gaguejar.

– E, infelizmente, vai ter que sair! – Eleazar disse. – Precisamos conversar!

– Tudo bem! Vou voltar para LOL. – Chris pega suas coisas – Até outro dia! – e sai

– Coitado do cara! – eu rio – Eu podia esperar vocês terminarem o que quer que estivessem fazendo. Talvez até pudesse ajudar!

– Nhá, ele ficaria babando por você, eu não me concentraria e também não tínhamos idéia do que fazer para nosso trabalho! – ele deu de ombro. – E eu não quero esperar para saber porque você ta assim! – ele ergueu meu rosto – O que aconteceu depois daquela festa, que você não me contou?

E bem na hora que eu ia responder, o monstro da fome faz meu estomâgo roncar e o faz rir.

– Uma coisa não mudou: seu apetite continua voraz! – ele me beijou

– Em todos os sentidos! – arranhei suas costas. – Mas agora não: primeiro um almoço descente, depois as explicações e talvez, quem sabe...

– Pode ser! – ele sorriu ao completar, e me beijou mais uma vez.

P. O. V Aria:

– Seu cereal malcriado! – Thalia gritava, correndo atrás de John, que ria como um louco.

– O que? Eu só estou preocupado com a segurança do meu Bro de dormitório. Regra número um: não engravide ninguém! – John grita de volta e me vê – Regra número dois: se tiver uma namorada, escondasse atrás dela caso a sua amiga queira te matar por ter citado a regra número um. – e eu sou feita de escudo humano.

– O quê você aprontou, Johnatan? – perguntou

– Ah, Johnatan não! Sabe que eu odeio meu nome! – ele me abraça pela cintura – É que eu vi a Thalia saindo vermelha e meio tremendo do meu dormitório, e falando sozinho. Supus que ela e o Nico estivessem indo muito longe, e aconselhei que se protegessem.

Uma coisa sobre vegetais ambulantes (vulgos, filhos de Deméter): eles são lindos, mas não tem noção do quando uma tempestade pode ser perigosa. Principalmente a Tempestade Grace.

– Aria, saia daí agora! Eu não quero matá-la: só deixá-la viúva! – ela sibila

– Se ele me soltasse, eu sairia. Ou não, eu não quero ficar viúva! Eu rego essa plantinha todo dia para ela crescer direito, mas pau que nasce torto não se endireita! – digo, e vejo Thalia corando – Di Immortales!

– Isso pegou tão mal, mas tão mal! – John resmungou baixinho

– Depois dessa acho que vou até embora! – Thalia murmura – Vai que vocês conseguem endireitar? – e sai, desfilando

E eu fico apenas piscando, ainda tonta com tanta besteira que ouvi e falei.

– E então? – John pergunta

– Então o quê? – pergunto, corada, ao me virar para ele

– Estava me perguntando se você não quer almoçar, antes que eu não tenha mais tempo! – ele sorriu

Quem olhasse, diria que era puro como mel. Mas mel nem sempre é tão puro quanto pensamos.

– Vamos! Depois acertamos nossas diferenças! – me aconchego a ele, enquanto andamos.

– Hmm, acho que vou te usar como escudo humano mais vezes! – ele murmura maliciosamente

P. O. V Catarina:

– Da próxima vez que me chamarem pra ser padrinho, e eu recuso! – Lorenzzo reclamava, enquanto tentava tirar sua calça jeans.

– Precisando de ajuda, senhor? – modifico um pouco minha voz.

– Mas como é que as vende... Cathy? – e ele cai no chão. – Ouch! Me ajuda a levantar, rápido, antes que alguém apareça!

– Não! Eu ainda to rindo! – eu escorreguei pela parede e parei sentada no chão, rindo como se o mundo fosse acabar

– Mas que namorada eu fui arranjar! – ele usou minha perna como apoio e se levantou, fechando a cortina – Não sei se te beijo ou se te interno!

– Quer tirar no palitinho? – pergunto, ainda rindo.

– Vou arriscar a primeira opção! – ele me puxa pela perna, e ficando por cima, me beija.

E todas as minhas preocupações são arrancadas de mim, assim como um suspiro de satisfação. Afrodite estava certa, ela sempre está!

Eu tentei me afastar de Lorenzzo para protegê-lo, afinal ele é meu ponto fraco, mas mesmo sem a memória do início de nosso relacionamento a química entre nós era inegável: não conseguíamos ficar 5 minutos em um ambiente, sem que nos tocássemos. E eu apreciava isso!

– Acho que me dei bem! – ele me tira de meus devaneios – Mas como foi que chegou aqui? – e me leva de volta. Namorado bipolar...

– Afrodite. Mas é uma longa história, e eu não quero conversar agora!

– Mas eu... – e ele é calado pela minha pessoa.

– Cara, quantas vezes vou ter que dizer: cala a boca e me beija, seu idiota?! – perguntei, fazendo o que eu pedia: beijando-o, como se todo o ar estivesse dentro dele. Ou pelo menos, como se toda a minha sanidade estivesse.

Talvez a segunda estivesse. E eu estou sendo racional demais para alguém que está beijando o namorado, então...

– Você surge do nada, sai me agarrando... Tem certeza de que ta bem? – ele foi nos levantando

– Não! – respondi, não consiguindo conter meu lado racional. – Mas isso não importa!

– Como não? – ele se solta de mim e me encara – É claro que importa se o amor da minha vida está bem ou não!

– Não sei se choro, se rio, se te agarro ou se conto tudo o que ta acontecendo! – digo, sentindo lágrimas arderem em meus olhos

– A última seria uma ótima opção, Sole Mio! – ele encostou a testa na minha

– Lorenzzo, sua proximidade não está me ajudando a ser...

– Hoje to batendo meu recorde de achar casais em situações constrangedoras!


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Notas finais do capítulo

Acho que morro o dia que alguém me chamar de Sole Mio *u*
E mato, se uma pessoa der uma de Lucas kkkkk
Espero que tenham gostado.
E Júlia, obrigada mais uma vez!!
Até semana que vem, pessoal!