Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 32
31 - Denominador Comum


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comentaram o último capítulo (um obrigada geral, porque eu to com muito sono para nomear todos que comentaram, então sorry). Eu amei cada um dos comentários e espero que amem esse capítulo.
Curto, porém....



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P. O. V Autora:

Por onde eu começo a contar? Pelo constrangimento de Thalia, que estava apenas de sutiã, pelo envolvimento de Valentina na O.P.E, ou pelo Lucas zoando eternamente seu irmãozinho?

Vou juntar o primeiro com o último, dar uma pausa, e voltar.

Então...

– Uau, vocês já estão nesse nível? Usem camisinha, ok? – Lucas diz, divertido, rolando de rir..

– Ai, meus Deuses! – Thalia murmura, constrangida, procurando por sua blusa – Cadê minha roupa?

– Aqui! – Nico entrega-lhe a blusa, tão vermelho quanto ela.

– Vocês querem privacidade pra continuar? – Lucas pergunta, ainda rindo

– Eu.. eu.. Argh! – Thalia levanta, e sai correndo do quarto.

– Acho que não! – Lucas murmura – Papai não vai gostar nada quando souber do que aconteceu!

– Tem. 5. Minutos. Para. Me. Convencer. Que. Merece. Viver! – Nico diz, pausadamente, com uma mistura de raiva e constrangimento.

– Prova de roupas. Você é um padrinho de casamento, precisa estar bem vestido! – ele responde, e antes que Nico tenha tempo de dizer algo, é transportado pelas sombras. Odiando pela primeira vez a existência desse poder.

E enquanto nosso Fantasminha e o Cara de Zumbi vão ao Alfaite (onde Lorenzzo está, diga-se de passagem), Thalia andava vermelha e confusa pelos corredores da escola.

– Meus Deuses, o que será que deu em mim? – ela se pergunta, meio tonta e dividida entre continuar andando e voltar para o quarto de Nico.

– Você ta bem? – John pergunta quando passa por ela no corredor. – Por que você ta vermelha, vindo do meu quarto, e ta com a blusa torta? – um sorriso maldoso estampa a cara do garoto – Vocês usaram camisinha?

– A Aria vai ficar viúva! – e o rubor de vergonha se tornar rubor de raiva e ela sai correndo atrás do filho de Deméter

P. O. V Valentina:

Eu achava que ver fantasmas, ou saber a data exata em que alguém partiria, fosse uma coisa horrível. Eu detestava Tânatos por ter me dado esses poderes, mas nesse momento eu sequer ligava para isso.

Se existe algo mais assustador que isso, com certeza é Catarina discutindo com Afrodite.

– Quando você se ofereceu para ser minha protetora, disse que eu só trabalharia para você caso fizesse algo errado. O QUE EU FIZ DE ERRADO? – ela berra.

Estávamos no meu quarto, e Aria e eu apenas assistíamos a tudo com muito medo.

– Você tentou burlar minhas ordens, tentou fazer o Lorenzzo se esquecer de você... – a deusa começa a falar sobre quando minha irmã apagou a memória do namorado, na tentativa de protegê-lo.

– Eu só queria mantê-lo à salvo! É tão difícil assim de entender? Aquilo não foi a coisa mais fácil de se fazer, e me matou quando descobri a verdade! – Cathy diz, e lágrimas rolavam por seus olhos.

Ela realmente se sacrificara naquele verão. Nós lutamos contra Quione (que queria o trono de Bóreas, e para isso ou matava o pai ou casava com o herdeiro do trono, mais conhecido como Eleazar, aquele ruivo que eu namoro, lembram?!) e Phobos, que apenas queria Catarina. Minha irmã foi possuída pela deusa da Neve, e numa tentativa de se livrar dela, se jogara de um penhasco no mesmo instante em que eu fiz isso. Mas eu fui salva, ela não. Quer dizer, ela morreu; mas Lorenzzo foi até o Submundo trazê-la de volta e é por isso que agora ela está gritando com uma deusa.

– Não deixou de ser algo errado; sinto muito! – Afrodite disse – E esse é o único casal que eu realmente pedi para que você me ajudasse: eu preciso concertar um erro do meu filho, preciso concertar o coração daqueles dois.

– Eu entendo isso! Mas eu não quero que meu coração seja partido por isso! – a voz de Cathy falhou – Quer saber por que te chamei aqui? Quer saber por que elas me seguiram? Pois bem, vou lhe mostrar.

E ela fecha os olhos e a luz ao redor começa a mudar. Sempre me esquecia que ela sabia Photokinesis. E usando seu poder de controlar a luz ao redor, ela projetou seus pensamentos para todas nós, e então vimos o que ela tanto temia.

Na visão, ela e Lorenzzo brigavam feio. Ela sentia ciúmes dele como eu sinto de Eleazar. A diferença é que Eleazar é um pouco como eu, então consegue me controlar. Já Lorenzzo é explosivo, mil vezes pior que Cathy: então eles debateriam, até que um sairia ferido e ambos com orgulho demais para admitirem que erraram. E Cathy seria a ferida, afinal, o ciumento excessivo sempre se fere. Experiência própria.

E como se não bastasse isso, uma voz sedutora vivia sussurrando nos ouvidos de Aria e Catarina. E sempre as ameaçavas, sempre dizia que não deixaria Afrodite vencer.

– ENTENDEU AGORA? EU NÃO QUERO PERDÊ-LO! – ela gritou de raiva e medo.

E eu a abracei.

– Você não vai perdê-lo! – eu disse, apesar de saber que corria o risco de estar mentindo. A visão era bem próxima. Seria em um dos ensaios para o casamento de Lucas e Calipso. Poderia ser naquela semana ainda.

– Afrodite, sabes bem que não tenho medo de nada! – Catarina ergue os olhos, que estão frios como os de Ártemis. – Mas essa... essa Voz não é a única coisa que quer nos atrapalhar. Mas ela é a única que quer acabar comigo e eu não quero que ela faça a mesma coisa com a Aria. É culpa minha ela estar nisso.

– Não se preocupe comigo! – Aria fala pela primeira vez – Eu te segui porque quis, porque sou sua amiga e me preocupo com você! E não tenho medo dessa voz! O que sinto por John não vai acabar assim do nada, a menos que Afrodite ou... – e a percepção alcançou a mente da fiha de Atena – ou Cupido queira!

P. O. V P:

– Por que quis me ver? – pergunto, encarando seus olhos vermelhos.

– Por que temos objetivos em comum! – ele diz – Ou talvez eu apenas queira fazê-la cair de amores por alguém... De novo!

– Vá direto ao ponto! Eu não tenho paciência! – corto-o

– Não quero os dois juntos! Quero vê-lo sofrer! Ou ela! Tanto faz! Só quero algo que me tire do tédio... – ele boceja, e até mesmo seu bocejo é sedutor.

– Eu quero os dois mortos! Sofrimento é muito pouco para eles. – cruzo os braços.

– Menina má! – ele dá uma risada curta – Sabe que morrerá também!

– Morro feliz se arrastá-los juntos comigo para os Campos das Punições. – dou de ombros, embora sentisse um pouco de medo com o que poderia acontecer com minha alma.

– Sabe que ele jamais iria para o mesmo lugar que você: os filhos de Hades/Plutão recebem tratamento VIP quando chega a sua hora. – ele revira os olhos, e isso me deixa tonta.

– Tanto faz! Só quero que morram... de forma dolorosa! – digo

– E qual a sua idéia? – eu não deveria revelá-la a ninguém. Eu não a contei nem mesmo para a tola humana que me ajudava; mas sua voz me envolvia, e me faria contar até mesmo meu segredo mais profundo – Ande, conte para o Amor quais são seus desejos secretos.

Respirei profundamente, sentindo seu cheiro inebriante. Eu podia ter meus votos, mas se ele continuasse com aquela voz, ou se apenas continuasse ali por muito tempo, eu não me arrependeria de quebrá-los.

– Planejo seqüestrar o filho de Hades, e matá-lo gradualmente, com um veneno que estou preparando. Já ela, quero que assista a morte dele, enquanto ele vê a sua. Estou apostando para ver quem irá se matar primeiro. – digo, conseguindo me controlar, mas sentindo um grande desejo subir por mim.

– Tsc Tsc, todos esses anos não lhe serviram de nada! Continua com a mente de uma garotinha de 14 anos apaixonada! – ele suspirou e seu hálito quente tocou meu rosto. – Façamos assim! – ele se inclina e sussurra em meu ouvido, segurando-me pela cintura.

Não consigo resistir ao impulso de por as mãos em seus ombros largos, e isso arranca um sorriso dele.

– Se se entregar, não sobreviverá para triunfar! – ele sussurra em meu ouvido, deixando um beijo ali. – Não que eu não possa achar outras pessoas mais eficientes para isso. – os beijos vão descendo para meu pescoço. – Gente é o que não falta. – ele me dá um chupão, e eu resisto à um gemido. Agarro seus cabelos negros, tão iguais aos dele. – Gente competente, e menos idiota! – ele me solta, fazendo com que eu perca o equilíbrio e caia no chão.

– Seu... Manipulador de quinta! – não ousei levantar. Ainda sentia minhas pernas tremerem e não queria cair na frente dele.

– Somente as mentes mais fracas podem ser manipuladas por mim! – ele se gaba – Mas não me importo: ando tão entediado, que até mesmo uma mente fraca pode me servir em meus propósitos. Se você morrer tentando, ainda será uma diversão para mim. – e abrindo suas majestosas asas alvas, ele me deixa sozinha, admirando seu vôo.

– Vou te mostrar o que uma mente fraca pode fazer.

P. O. V Autora:

Uma das regras mais básicas da matemática é: denominador comum se repete em equações com frações.

E bem, tínhamos um problema bem maior que matemática pela frente.

Duas pessoas (se é que posso chamar de pessoa quem não é humano) querem acabar com os planos de Afrodite, que é o denominador comum deles. Ou seja, somamos, e agora temos uma nova parceria.

Entretanto, um dos numeradores (é, ficou melhor do que pessoas) é uma base que tem um expoente, e esse expoente é uma base e tem um expoente. E então, as regras mudam (além de nos deixarem confusos).

Mas, para simplificar para vocês: não é mais uma questão dos inimigos se unirem. É uma questão de estar preparado para tudo.

Inclusive, os exercícios fáceis que não te preparam para uma prova, ou a calmaria antes de uma tempestade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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